A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) considerou que o concurso de colocação deste ano, que arranca sexta-feira, será «o maior despedimento de sempre de professores», estimando em cerca de 20 mil o número de lugares a extinguir.
Mário Nogueira, da Fenprof, faz as contas para justificar que o próximo concurso de colocação representa o maior despedimento de sempre de professoresMário Nogueira diz que a Fenprof vai estar atenta à contratação directa de docentes por parte de 59 escolas
Em conferência de imprensa em Lisboa, o secretário-geral da Fenprof disse que «das 20600 vagas, 18000 serão ocupadas por quadros de zona pedagógica e 2600 serão para contratados entrarem nos quadros».
«Ainda que assim fosse - e não vai ser assim - cerca de 15000 professores dos quadros de zona pedagógica ficarão de fora, porque são cerca de 33000», acrescentou.
A Fenprof calcula também que existam perto de 5000 vagas negativas, ou seja, lugares que depois do concurso vão ser extintos, porque os professores que os ocupavam não tinham horário.
Mário Nogueira explicou que se por exemplo um professor sair «por transferência para uma vaga positiva», aquela vaga negativa «é extinta».
O representante sindical disse ainda que a Fenprof vai estar atenta à contratação directa de docentes por parte de 59 escolas em zonas de intervenção prioritária, um processo que entra em vigor este ano.
«Cada escola que definir critérios à margem daqueles que estão na lei» terá sempre de negociar com os sindicatos, frisou.