O FANICO
Neste Dez
de Junho, mais uma vez os portugueses tiveram tanto em directo como em
diferido, a oportunidade de assistir às cerimónias oficiais do Dia de Portugal e das Comunidades, que
se realizaram no Parque Urbano do Rio Diz, junto à altaneira cidade dos cinco
éfes...
FORTE, FRIA, FORMOSA, FARTA e...
a Guarda...
a Guarda...
Como vem sendo hábito, os movimentos
contestatários da sociedade, aproveitam estas ocasiões para darem projecção às
reivindicações sobre as injustiçadas medidas impopulares perpetradas por estes
governos...
Entram dispersos, de mansinho, e quando as
cerimónias protocolares vão no auge, vão de sacar faixas reivindicativas e
gritar bem alto as dores que trazem na mágoa...
Tudo certo... o que não parece certo é quando
um dos visados pela manif se sente mal e lhe dá um súbito fanico em
público, necessitando de assistência à sua saúde e esses manifestantes, indiferentes
e insensíveis ao momento, prosseguem os seus gritos de protesto!
Haja respeito por estes momentos!
Uma coisa são as políticas sociais e outra, os momentos em que uma pessoa se encontra em apuros de saúde...
A prossecução dos gritos de protesto durante
aquela meia hora em que o Cá-Cá de Belém
era assistido por uma equipe médica apenas serviram para descredibilizar quem
os continuou a proferir, denotando falta de ética, ausência de valores e uma
completa insensibilidade perante a situação!
Está bem que mantivessem as faixas erguidas
mas aquela meia hora era de ser esperada em silêncio expectante, desejando que
a vítima recuperasse rapidamente e bem, da reacção vagal!...
Só então prosseguiriam as palavras de
ordem!Está certo que a reacção vagal seja o estado permanente do presidente da nossa República... mas daí até ao ponto da coisa ser indiferente aos manifestantes, vai um abismo!!!
Voltando ao estado de saúde do nosso Cá-Cá, era previsível que isto lhe pudesse suceder na medida em que andar pelas Muralhas da China é fisicamente exigente.
Foi o resultado do Cá-Cá de Belém ter ido mostrar a muralha à sua Maria...
Não saberá ele, que já não tem idade para estas coisas?
