quinta-feira, 27 de março de 2014

«NA(u)S(e)A»

(Duas adendas no final deste texto.)
A invasão e anexação da Crimeia pela Rússia, e as subsequentes sanções políticas e económicas aplicadas àquela, podem proporcionar – aliás, já estarão a proporcionar – consequências algo constrangedoras, danos, se não concretos, físicos, materiais, então pelo menos de imagem. Concretizando: os países europeus poderão sofrer retaliações por parte de Moscovo no que se refere ao abastecimento de gás natural. E os Estados Unidos da América? Haverá alguma área em que possam ser prejudicados pela pátria de Vladimir Putin por terem decidido – tarde e deficientemente, está comprovado – opor-se aos desígnios territoriais do presidente russo? Na verdade, há; mas não se trata de algo que acontece na Terra mas sim… fora dela.
A actual administração norte-americana decidiu, recorde-se, e para além das forças armadas, também «transformar fundamentalmente» a National Aeronautics and Space Administration: esta passou a ter um papel cada vez mais preponderante na promoção das causas do «politicamente correcto», como a apologia do «aquecimento global» ou das «alterações climáticas» - um exemplo, pode dizer-se, de grande «criatividade artística» - e a valorização dos contributos de muçulmanos no desenvolvimento da ciência; conquistar o espaço deixou de ser prioritário, e, revertendo uma decisão, ou uma ambição, de George W. Bush, Barack Obama não autorizou, directa ou indirectamente, o desenvolvimento de um projecto de «regresso à Lua» nem a concretização de uma alternativa aos vaivéns após estes terem deixado de ser utilizados… definitivamente. Tão avessos a poupar, os democratas decidiram fazê-lo exactamente onde não convinha… Resultado? Os norte-americanos viram-se, e vêem-se, desde então na contingência – e na (dispendiosa) humilhação – de dependerem dos russos, seus históricos rivais desde o lançamento do Sputnik, para transportarem os seus cosmonautas até à Estação Espacial Internacional. Agora, a pergunta óbvia é: e se Moscovo decidir que as «boleias» nas Soyuz acabaram?     
Se a resposta for… aquela que é mais de recear, a vergonha do outro lado do Atlântico será incomensurável. E tal será da inteira responsabilidade de Barack Obama e de quem o «aconselhou» a fazer um «downsizing» da NASA; esta ter-se-á já transformado em «NA(u)S(e)A» - uma situação de grande... gravidade. Entretanto, a vontade de vomitar aumentou com mais uma (deplorável) intervenção da agência, especificamente no apoio a um estudo que, sob o pretexto de traçar cenários de «colapso da civilização», acaba por subscrever, como solução e prevenção, as mais desacreditadas fórmulas marxistas – indo ao encontro, aliás, do que na ONU se anda igualmente a propor. É aquilo que se pode designar de «abordagem melancia»: verde por fora, vermelha por dentro…    
Se no que se refere ao espaço sideral a desistência parece ser a opção dos democratas, o mesmo parece estar a ocorrer quanto ao ciberespaço. Na Casa Branca está em curso aquela que Joel B. Pollak designa como «a pior coisa, de longe, que Barack Obama fez em política externa»: a cedência do controlo da Internet, por parte dos EUA e através da ICANN, à ITU e à «comunidade internacional» - onde, claro, não faltam países oprimidos por ditaduras ou «quase-ditaduras» desejosas de controlar e mesmo de eliminar as comunicações electrónicas. Venezuela e Turquia são os membros mais recentes de um (infame) «clube» onde já têm assento permanente Cuba e a China. Até Bill Clinton está contra a decisão! Porém, deve-se colocar a questão de os próprios EUA, sob Barack Obama, se terem tornado uma «nação-prisão» no espaço virtual: os efeitos das revelações sobre as actividades de «recolha de dados» da National Security Agency (NASA, NSA, isto estará tudo… ligado?) continuam a surgir e a fazer-se sentir, e o próprio presidente, ou os seus conselheiros, vêem-se obrigados a dar explicações, e a acalmar os ânimos, de empresas como a Facebook e a Google, cujos fundadores e presidentes se contavam (será que ainda se contam?), ironicamente, entre os seus maiores apoiantes
A «América de Obama», caracterizada pelo excesso de propaganda, e pelos abusos estatais sobre cidadãos com recurso a tecnologias cada vez mais sofisticadas, poderia proporcionar a Philip K. Dick ideias e inspirações para novos romances; mas não tanto a Arthur C. Clarke, porque o ímpeto para conhecer novos mundos é quase inexistente... Pelo que voltar a viajar até à Lua, e, eventualmente, construir lá uma base permanente, e até enviar uma missão tripulada a Marte, são projectos que, infelizmente, parecem ser e vão continuar a ser apenas do domínio da ficção científica. Pelo menos enquanto os democratas continuarem no poder. (Também no Simetria.
(Adenda - Ao prescindirem de ocupar os «espaços vitais» - o espaço exterior, o ciberespaço -  e, ao mesmo tempo, a optarem por diminuírem as suas forças armadas, os EUA estarão a retirar-se e, logo, a renderem-se.)
(Segunda adenda - Há gente que não tem mesmo a noção do ridículo... ao persistir, de uma forma cada vez mais histérica, em aceitar ficções como factos. Nos EUA como em Portugal. Todos, provavelmente, são grandes admiradores de Roland Emmerich.

sábado, 22 de março de 2014

Onde está o senador Obama?

(Uma adenda no final deste texto.)
Há um «mistério» que continua sem solução mais de cinco anos depois: o que terá acontecido ao senador Barack Obama, do Partido Democrata pelo Illinois? Ele «desapareceu» a 20 de Janeiro de 2009, isto é, no dia da sua tomada de posse como 44º presidente dos Estados Unidos da América… Quem temos visto na Casa Branca desde então «só pode ser» um impostor porque diz e faz exactamente o contrário do que o senador Obama defendia.
Trey Gowdy, representante pelo Partido Republicano da Carolina do Sul, lembrou há pouco mais de uma semana, durante uma intervenção sua no Congresso, várias afirmações do saudoso senador Barack Obama, todas com o mesmo tema: a condenação do abuso de poder por parte do ramo executivo, da perda de prerrogativas por parte do ramo legislativo, enfim, do desrespeito da Constituição; há gravações de intervenções dele no mesmo sentido, como por exemplo esta de 2006 e esta de 2008. Ora, acontece que aquele que se faz passar por «presidente» Obama tem feito precisamente o oposto, em especial no que se refere à aplicação do denominado Affordable Care Act, adiando e/ou alterando sucessivamente, à revelia do Congresso, componentes e prazos fundamentais daquela lei. Mas não é só nisto que se sente a falta do senador Obama: ele prometeu a «administração mais transparente de sempre», e o que há é precisamente o oposto; ele prometeu que não contrataria lobbyists, e muitos entraram na Casa Branca; ele prometeu que fecharia a prisão de Guantánamo... e esta continua aberta; ele insurgiu-se contra a alegada «tortura» feita a terroristas… e agora são às dezenas os que são «executados» sumariamente com drones; ele condenou em 2008 uma dívida nacional total que era então de nove triliões de dólares, e classificou o aumento, por George W. Bush, de quatro triliões, como algo de «irresponsável» e «não patriótico»… e agora a dívida está em 17 triliões, ou seja, oito (o dobro de GWB) foram adicionados pelo actual «presidente». E a senadora (democrata) Claire McCaskill diz que se trata de um valor «irresponsável»!    
É pouco provável que o senador Barack Obama fizesse, repetidas vezes, promessas quanto às consequências de uma reforma do sistema de saúde do país… e, confirmando-se que foram quebradas, admitir essa autêntica «traição» - decisiva, sem dúvida, na reeleição do «impostor» - calmamente, como se nada fosse, numa entrevista à televisão! De facto, que dúvidas podem existir de que não estamos perante o homem que venceu em Novembro de 2008? Será que o «verdadeiro» Obama, em plena crise causada pela invasão e anexação russa da Crimeia, e ainda, como preocupações adicionais, a ter de lidar com problemas na Venezuela, Turquia, Síria, Irão e Coreia do Norte, teria tempo e paciência para fazer entrevistas descontraídas com humoristas como Zack Galifianakis e Ellen DeGeneres, com quem aproveitou para «vender» o (c)ACA, tal como um actor a promover o seu mais recente filme? E para receber Lance Bass e os «Marretas» na Casa Branca? Teria tempo e paciência para anunciar em directo as suas previsões para o campeonato universitário de basquetebol norte-americano? Permitiria uma viagem da esposa, filhas e sogra à China no Air Force One, sem motivos válidos (que não, mais uma vez, o turismo) e sem jornalistas a acompanhá-las? Estaria já a preparar – ou teria já dado instruções nesse sentido – as suas próximas férias de Verão no sítio «chique» do costume?
Acaso estes são comportamentos dignos de um verdadeiro presidente? Claro que não. Nem do - «desaparecido» - senador Barack Obama, que, certamente, não organizaria uma iniciativa denominada «My Brother’s Keeper», destinada a auxiliar as famílias carenciadas afro-americanas, e mantendo ao mesmo tempo, hipocritamente, uma relação problemática com… irmãos dele. Na verdade, ele não tem sido o «guardador» do seu meio-irmão George Hussein Obama, que (sobre)vive num bairro de lata em Nairobi, a capital do país (Quénia) onde ele antes dizia ter nascido. Nem de outro meio-irmão, Mark Obama Ndesandjo, que afirmou que o presidente mentiu sobre (não) ter estado com ele. Nem de ainda outro meio-irmão, Malik Obama, que afirmou que «os muçulmanos destruirão Israel» - com este o «guardar» não quererá tanto dizer «proteger» mas sim mais «vigiar»…
Um verdadeiro presidente, e para mais do Partido Democrata, não chegaria a um ponto em que… vários democratas, liberais, esquerdistas, se queixam dele! A começar pelos congressistas que têm os seus lugares em risco nas próximas midterms e que, por isso, não hesitam em (continuar a) produzir e divulgar anúncios eleitorais contra o «ObamaCare». E passando pelos artistas que o satirizam e pelos jornalistas (uns mais legítimos do que outros) que se queixam de serem censurados pela actual administração… e já não só de serem «apenas» vigiados, «escutados». A ideia de que Barack Obama é como que «venenoso» começa a difundir-se, e não é só um opositor como Reince Priebus a dizê-lo: são também «burros» a admiti-lo, a coberto, claro, do anonimato, a órgãos de comunicação social como o New York Times; um verdadeiro presidente não seria «tóxico», como que «impróprio para consumo». O que também pode explicar porque é que a pessoa que tomou o lugar do Nº 44 não integra a lista dos 50 grandes líderes mundiais, elaborada e divulgada pela revista Fortune; e porque é apontado, numa recente «pesquisa», como o «quinto melhor presidente dos EUA»… uma posição que não é tão favorável quanto parece. ;-) De qualquer forma, não há dúvida: há que encontrar, o mais depressa possível, o senador Obama, o verdadeiro Barack Obama!
(Adenda - Mais uma «prova» de que a pessoa que passa por presidente dos EUA não é o «verdadeiro» Barack Obama? Este, ao contrário do «usurpador», já teria reconhecido que Mitt Romney tinha razão; e não insistiria no erro, não se recusaria a reconhecer a realidade de que a Rússia não é, apenas, uma «potência regional». E há que perguntar a Hillary Clinton, que agora veio afirmar que está «muito preocupada com a direcção» que o país tem tomado, o que é que ela andou a fazer durante quatro anos.)    

segunda-feira, 17 de março de 2014

Sinais de desespero (Parte 2)

(Uma adenda no final deste texto.)
Na frente externa, em resumo, é isto: por causa da «flexibilidade» que prometeu a Vladimir Putin, Barack Obama permitiu o surgimento de uma «nova guerra fria» que tem na ocupação de parte do território da Ucrânia - a Crimeia – por forças militares russas o motivo de maior preocupação (mas há outros). Na frente interna, em resumo, é isto: como ficou demonstrado pela victória do republicano David Jolly na eleição para um lugar na Casa dos Representantes pela Flórida contra a democrata Alex Sink (que até era a favorita, dispôs de maior apoio financeiro e político e corria num círculo eleitoral que BHO venceu em 2008 e 2012), a aprovação e implementação do «ObamaCare» pelo Partido Democrata vai – tudo neste momento o indica – custar muito caro aos seus congressistas nas eleições de Novembro próximo.
Neste contexto deprimente, o que fazem os «burros»? Reagem como estão habituados a fazer: (tentam) desvalorizar a derrota e/ou (tentam) desviar as atenções para outro assunto e/ou causa, frequentemente falsa e/ou ridícula. Agora, e mais uma vez, são as «alterações climáticas» - antropogénicas, isto é, (supostamente) causadas pelo homem – que servem de (fraco) «refúgio» aos desorientados democratas… que não têm vergonha em organizar uma «sessão alongada» - várias horas seguidas, entrando pela madrugada dentro! – no Senado para debitarem todas as idiotices já por demais conhecidas neste âmbito. Note-se que os cerca de 30 «azuis» não conseguiram, porém, aguentar-se mais tempo do que Ted Cruz, sozinho, no ano passado. Além disso, esta «maratona» de manipulação e de mentira terá tido a particularidade de constituir uma «encomenda» de (ou um «frete» feito a) Tom Steyer, bilionário que doou recentemente 100 milhões de dólares (!) para financiar as campanhas eleitorais dos democratas, e que é um «crente» nas «causas ecológicas». 
No entanto, a este seu «benfeitor» - e, já agora, também a George Soros – é que não ouvimos Harry Reid chamar de «não americano» do qual «não tem medo» e acusá-lo de «querer comprar a América», que foi o que ele fez recentemente em pleno Capitólio, não uma, não duas, não três, não quatro mas sim cinco vezes (!!) em relação aos irmãos Charles e David Koch. Que têm o «descaramento» de apoiar candidatos e projectos mais à direita, apesar de não serem, longe disso, os que mais gastam nos EUA, no total dos «mecenas», tanto conservadores como liberais. Têm, todavia, 100 milhões de dólares para oferecer ao Hospital Presbiteriano de Nova Iorque, uma acção de extraordinária generosidade que, mesmo assim, foi alvo de inacreditável contestação por parte de uma turba vil de sindicalistas esquerdistas!
Harry Reid acusa os republicanos de serem «viciados em Koch» mas é ele quem tem estado constantemente com Koch na boca… porca. Tão porca, aliás, que teve o atrevimento de afirmar que «todas as “histórias de horror” (sobre o «ObamaCare») não são verdadeiras», e foram fabricadas para anúncios pagos pelos irmãos Koch – pois, é uma obsessão aparentemente sem remissão. Depois, lá corrigiu para «grande maioria» (dessas histórias). Previsivelmente, os protestos não se fizeram esperar, como o de Julie Boonstra, doente com cancro que perdeu o seu seguro de saúde devido ao (un)Affordable Care Act e que exigiu um pedido de desculpa ao «Rei(d) da Comédia». Ela bem que pode esperar sentada…
Evidentemente, não é só o sacana e senil líder da maioria no Senado a dar (novos) sinais de desespero, seu e do seu partido. Joe Biden fez uma «pausa» na sua normal produção de gaffes mais ou menos risíveis para afirmar que a aprovação de novas leis eleitorais no Alabama, na Carolina do Norte e no Texas que requerem a apresentação de um cartão de identificação para votar são uma demonstração de «ódio» - algo com que George R. R. Martin concordará. Menos conhecido, mas não menos raivoso, é Allan Brauer, democrata da Califórnia, que não se importaria de ver mortos todos os políticos republicanos, e ainda os filhos deles. Em suma, os «burros» estão com medo, em pânico e andam a «passar-se», o que pode explicar algumas «sessões de gritaria» recentes. Eles, sim, são os radicais, na forma como no conteúdo.
(Adenda – Hillary Clinton pode ter comparado recentemente Vladimir Putin a Adolf Hitler, mas isso não apagará a responsabilidade que ela tem no presente (mau) estado das relações com a Rússia, simbolizado naquele ridículo episódio do «botão de reinício» («reset»)… Entretanto, Joe Biden voltou a meter a «pata na poça», desta vez na Polónia; mais uma gaffe… ou mentira? Um «camarada» dos dois, Chris Murphy, também foi «apanhado» a fazer figuras tristes: foi de porta em porta para tentar convencer eleitores do Estado de que é senador, o Connecticut, a se inscreverem no «ObamaCare»! O que, porém, sempre é menos mau do que tentar impingi-lo a uma turista candiana! O que faz o desespero…)     

domingo, 9 de março de 2014

Forças (des)armadas

(Uma adenda no final deste texto.)
Poderá ter sido mais do que uma coincidência? Cerca de 48 horas depois de Chuck Hagel ter anunciado uma redução do número de efectivos das forças armadas dos EUA, a Rússia avançou para a Crimeia. Como se quisesse dizer: «Eles vão ser menos, logo nós não temos medo»…
Porém, nem russos, chineses ou outros declarados (ou não) rivais dos EUA precisam de se preocupar (muito) com um potencial confronto com o Pentágono… porque os próprios (ir)responsáveis governamentais estão a tratar, internamente, de minar a operacionalidade e a moral militares. A «transformação fundamental» prometida por Barack Obama passa também pela defesa. E as mudanças mais significativas já introduzidas não são tanto (ainda) ao nível quantitativo mas sim ao nível qualitativo. O Partido Democrata está a enfraquecer – deliberadamente? – a melhor, mais sofisticada, mais poderosa estrutura mundial, tornando-a num espaço onde impera o «politicamente correcto». Onde agora predomina a apologia da causa LGBT e a afronta ao cristianismo. Onde se contemporiza com muçulmanos e se apontam compatriotas de direita como inimigos. 
Os exemplos têm-se sucedido desde a tomada de posse do Nº 44. Em Junho de 2012 o Departamento de Defesa organizou pela primeira vez o seu próprio evento de «orgulho gay», com mensagens especiais do presidente e do então secretário da Defesa Leon Panetta; na capela da Academia de West Point já se celebram «casamentos» entre pessoas do mesmo sexo… e quem ousar criticá-los arrisca-se a ser punido pela sua eventual comandante lésbica; na base aérea de Kadena, no Japão, já se organizam espectáculos de travestis em apoio dos LGBT’s em uniforme. Entretanto, o Pentágono anunciou que levaria a tribunal marcial os militares cristãos que «promovessem» a sua fé, e para a prisão os sacerdotes que prestassem serviço durante o último «fecho governamental»… decisões, provavelmente, resultantes da – bizarra – associação do DdD com o extremista anti-religioso Mike Weinstein; e presépios foram retirados de pelo menos duas bases, a de Guantánamo e a de Shaw. Neste contexto, (quase) não surpreende que no ano passado se soubesse não de um mas sim de dois casos em que entidades dentro do exército classificaram cristãos e/ou direitistas como potenciais perigosos extremistas; o que «justificará», por sua vez, que um sargento tenha sido proibido de ler livros de autores como David Limbaugh, Mark Levin e Sean Hannity…        
… Porque, provavelmente, aqueles famosos conservadores são exemplos dos «homens brancos, heterossexuais e cristãos» que são criticados num recente manual de treino militar como sendo (injustamente) privilegiados. Em outro manual, específico para os soldados colocados no Afeganistão, aqueles são aconselhados a não defenderem naquele país os direitos das mulheres, a não criticarem a pedofilia e os talibans. Estes, ou os seus simpatizantes, podem por sua vez insultar militares norte-americanos mortos em acção em frente aos seus familiares e camaradas… o que aconteceu numa cerimónia fúnebre realizada em 2011 na base de Bagram, em Kabul; igualmente ofensiva foi a decisão, por parte do Departamento de Defesa, de não atribuir, postumamente, condecorações – cruzes púrpura – aos militares mortos em Fort Hood pelo terrorista infiltrado Nidal Hasan em 2009. Afinal, há agora prioridades maiores do que homenagear devidamente os que caíram em combate… tais como, na Marinha, fazer das «alterações climáticas» um princípio orientador, o que inclui gastar dezenas de milhões de dólares em «combustível biológico» de qualidade duvidosa. E, além de «verde», o Pentágono não se importa de ficar «vermelho»: não se compreende a «lógica» nem as vantagens de os EUA decidirem recorrer a um satélite chinês para realizar (parte das su)as comunicações militares!
As «novas forças (des)armadas» norte-americanas encontraram em Chuck Hagel, mais do que em Robert Gates ou em Leon Panetta, o seu representante ideal. Há todos os motivos para desconfiar e duvidar de alguém que é elogiado por notórios anti-semitas como Ahmed Yousef (conselheiro do Hamas) e Louis Farrakhan… talvez porque gostaram de saber que o ex-senador republicano concorda(va) que os EUA são como que o «rufia do Mundo» e que acredita(va) que Israel controla(va) o Departamento de Estado – apenas duas de várias opiniões e posições polémicas que Hagel assumiu ao longo dos anos, incluindo em iniciativas organizadas por grupos de pressão árabe-americanos. Apesar da oposição dos senadores do GOP à nomeação, expressa na respectiva audiência no Capitólio, e em que se destacou Ted Cruz, ele foi mesmo confirmado. Pouco mais de seis meses depois, Bill O’Reilly pediu a demissão do secretário de Defesa por este não ter assegurado o pagamento, aquando do shutdown, de benefícios a familiares de militares mortos.
Barack Obama já deu a entender, mais do que uma vez, que, qual rei ou imperador, considera as forças armadas como sendo algo seu. E, segundo diversos comentadores e especialistas, será esse sentimento de posse que o leva a proceder naquelas a «experiências sociais radicais» (que fazem dos soldados «ratos de laboratório»), «purgas» e mais «purgas», e até mesmo uma «operação de demolição». A manipulação e a perversão são de tal ordem que há quem fale que está em vigor uma nova directiva «Don’t Ask, Don’t Tell»… mas revertida.
(Adenda – Mike Weinstein «voltou a atacar»: agora conseguiu que a academia da força aérea norte-americana removesse um verso da Bíblia do quadro branco de um aluno! É (mais) um exemplo de um (inadmissível) abuso sobre um indivíduo que, se continuar a ser repetido, pode degenerar em más condutas que afectam toda (um)a instituição. Como foi o caso da equipa dos Navy Seals abatida em 2011 devido em grande parte à negligência da actual administração, o que está hoje mais do que comprovado.)