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1.7.09

óbvio!

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Não sendo dada a campanhas, esta pareceu-me meritória:




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25.11.08

angel & demon

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Uma churrascaria gordurenta em tarde de karaoke, ambiente familiar, dos 8 aos 80, na praia do Areinho.

Há sítios assim: só dá figuras. Ali, elas eram quase todas grandes e gordas - ou a caminho - e eles quase todos uns finguelinhas.

Havia um senhor que dançava à Travolta, outro que era mais vira, tudo isto ao som de Toni Carreira. E entre o bando das moças 'casadoiras', inscrito a prateado, este traseiro:



Não acho que lá volte, é como ter ido às festas de S. Pedro da Afurada em noite de concerto do Roberto Leal - uma vez é divertido, à segunda é redundante. Mas é dos sítios que não se esquecem.
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20.8.08

battling knights

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Os cavalos empinam-se, os braços erguem-se, as espadas cruzam-se... é só rodar a manivela.

Tudo «destaque e dobre pelo picotado» (embora a montagem exija técnicas algo avançadas). Inspirado na obra A Batalha de S. Romão, de Paolo Uccello. Da National Gallery de Londres.
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7.7.08

soleil, moi je suis noir dedans

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Forma, textura, estrutura, movimento, cor. A combinação perfeita é uma arte maior.

Segue-se um excerto da retrospectiva da obra de Yves Saint-Laurent, no desfile com que assinalou, em simultâneo, a retirada e os 40 anos de carreira.

Dizia ele que roupa e moda são coisas diferentes. De facto, e a não ser que previamente se conheçam as colecções, acho que por esse lado ninguém consegue datar a generalidade das obras.






PS - Muito gostava eu de ter o casaco que deu título a este post...
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26.6.08

plano pessoal de leitura

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Os clássicos da literatura portuguesa que volta e meia acabo por oferecer? «Nome de Guerra», do Almada Negreiros, e a Poesia do António Maria Lisboa.

Desta vez pendeu para o segundo:


POEMA DO COMEÇO


Eu num camelo a atravessar o deserto
com um ombro franjado de túmulos numa mão muito aberta

Eu num barco a remos a atravessar a janela
da pirâmide com um copo esguio e azul coberto de escamas

Eu na praia e um vento de agulhas
com um Cavalo-Triângulo enterrado na areia

Eu na noite com um objecto estranho na algibeira
- trago-te Brilhante-Estrela-Sem-Destino coberta de musgo
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2.6.08

ysl por betty catroux

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Or a farewell to a longtime survivor. Born with a nervous breakdown.
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29.2.08

e pensar que passou fome...

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Podem os direitos de autor abranger uma obra sobre a obra? JK Rowling e a Warner Brothers pensam que sim.

Não lhe li os livros, mas nunca tinha visto um escritor dar tão pouco valor ao que faz enquanto literatura.
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12.2.08

sharia

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A história anda nos jornais há uns dias, e desde o primeiro minuto tive a sensação de que algo não batia certo. Francamente, parece um bocado absurdo um chefe da Igreja Anglicana defender a existência de tribunais religiosos islâmicos em qualquer parte do mundo, quanto mais no Reino Unido.

Afinal não contaram tudo.

Os tribunais islâmicos existem em território britânico desde 1982, em paralelo com a Justiça oficial do reino. Serão uma espécie de tribunais arbitrais - qualquer um pode recorrer a um juízo comum sempre que queira - que regulam sobretudo questões como acordos de divórcio e custódia de crianças, negócios e afins. Também existem tribunais hebraicos. Claro que prevalece sempre a lei geral, mas muitas vezes as partes preferem recorrer a mediações mais de acordo com os seus costumes tradicionais.

Rowan Williams limita-se a defender a sua existência por constatar que são muito mais eficazes quanto à efectiva aceitação das decisões pelos membros das respectivas comunidades. E a achar que são fundamentais para a pacificação social.

Vistas as coisas em contexto, tem outro sentido. Mas sem contexto vende mais...

«'Banglatown', au coeur de Londres, défend les tribunaux islamiques», Le Monde
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28.1.08

a revolução 'desumana'

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«(...) Temos uma dificuldade crescente em distinguir a informação da sua síntese ou, dito de outra forma, do conhecimento. Porquê? Porque a cultura gerada pelas máquinas nos ultrapassa. Usando uma metáfora marítima: a quantidade de informação apresentada na net é um oceano, mas nós desconhecemos a arte de marear. Cada vez mais, parece que permanecer à superfície deste oceano - «navegar» - se tornou uma questão de sobrevivência. Só que os humanos ainda o fazem à moda antiga, ainda vemos o conhecimento aliado ao conceito de profundidade. A superfície e o fundo: vamos ter que aprender a conciliar estas duas noções.»

Interessantíssimas, as linhas de raciocínio do professor Ollivier Dyens. «La révolution 'inhumaine'», a ler na íntegra no Le Monde.
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22.8.07

um verdadeiro perigo!

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(...) - Não é perigosa a ideia de que a falta de condições numa cidade permite criar movimentos alternativos?

- Essa constatação não é perigosa, é um facto. Um grande artista brasileiro, Hélio Oiticica, dizia "Da adversidade vivemos...".

No JN, João Fernandes responde a Helena Teixeira da Silva. O questionário é revelador quanto a uma certa ideia do fenómeno de consumismo cultural que se vive no presente. A senhora merece um prémio enquanto representante do cidadão que vê alguém mais exótico e pensa: «deve ser artista»!
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24.6.07

um livro contra a fé

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(...)
Particularmente examinados são, para além dos traços essenciais da matriz judaica, os fundamentos e as práticas, passados e presentes, do islamismo e do cristianismo. E aqui a crítica é impiedosa, procurando provar o seu carácter arcaico, o potencial de violência que integram, e a periculosidade das posições daqueles que buscam compreender, quando não aceitar, os seus mais terríveis excessos. A argumentação, que recorre constantemente aos textos sagrados, bem como aos discursos e às práticas dos líderes políticos que procuram na religião os fundamentos das suas opções, é verdadeiramente esmagadora, embora, frequentes vezes, bastante perturbante para aqueles que foram educados num universo laico mas tolerante em matéria de religião. Ao mesmo tempo, o recurso constante a factos do passado recente integra o debate em volta dos antigos mitos na discussão sobre os acontecimentos contemporâneos que os invocam e com os quais nos temos visto, e continuamos a ver, constantemente confrontados. Afinal, pergunta o autor,«quando será que nos iremos aperceber de que a indulgência do nosso discurso político em relação às crenças religiosas nos impede de mencionar, quanto mais de erradicar, a fonte de violência mais prolífica da história?»
A presença dos cristãos fundamentalistas na administração americana é mostrada em muitos dos seus assustadores detalhes, mas a crítica do Islão é, sem dúvida, a mais agreste. Tendo em linha de conta a tese proposta, afinal, de que outro modo poderia ser, se, como se sabe, é neste campo que as coisas têm agora ido mais longe? As palavras são duras: «Ao reflectirmos sobre o Islão e sobre o risco que ele representa para o Ocidente, deveríamos imaginar o que seria preciso para vivermos pacificamente com os cristãos do século XVI. Com homens ainda desejosos de perseguir as pessoas por crimes como a profanação da hóstia ou a bruxaria. Estamos hoje na presença do passado. Conseguir estabelecer um diálogo construtivo com estas pessoas, convencê-las dos nossos interesses comuns, incentivá-las a seguir o caminho da democracia e a celebrar a diversidade mútua de ambas as nossas culturas é tudo menos uma tarefa simples.»



«O Fim da Fé. Religião, Terrorismo e Futuro da Razão», do filósofo americano Sam Harris, visto por Rui Bebiano em passado/presente.
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20.6.07

pequena homenagem

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a Gianfranco Ferré, o único costureiro capaz de me fazer querer experimentar a maioria das peças que assinou. E um dos autores que mais me ensinou a funcionar com movimento e cor.
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12.6.07

no princípio, o verbo?

No princípio, ar.
No princípio, chão.
No princípio, som.
No princípio, corpo.
O verbo só mais tarde aconteceu.

É agora a nossa vida uma espécie de caminho no sentido oposto, do meio da confusão a tentar discernir essencial de acessório, sempre à espera de avistar algum pequeno pontinho negro onde descansar de tanta luz em volta.

Mãe África.
Gostemos ou não, algum dia de lá viemos todos. E a sabedoria mais ancestral de todas as culturas humanas, a mais próxima da real essência, continua a ocupar uma boa parte da sua circunstância.

Mãe África.
Saibamos respeitá-la não só enquanto antepassada comum, mas como fonte de inspiração cada vez mais necessária à sobrevivência nesta barafunda civilizacional em que tivemos por sorte nascer.
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(Vem isto a propósito de «Em Moçambique o Sol Nasceu», rapsódia de danças tradicionais coreografada por David Abílio, que a Companhia Nacional de Canto e Dança de Moçambique apresentou esta noite no Teatro S. João. Um belíssimo espectáculo, com alguns laivos de ancestralidade a passarem pela plateia, que aos poucos entrou na festa e só por falta de espaço não acabou também a dançar.)
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8.5.07

plantem-se côcos no Alqueva!

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Confesso que Bougainville, um pontinho no oceano pelos vistos com tamanho suficiente para ter nome no mapa, me era totalmente desconhecida até esta tarde.
Acontece que os seus habitantes, a braços com os elevados preços do combustível, lembraram-se de um expediente dos tempos da guerra civil - em período de escassez de petróleo, recorriam ao... óleo de côco.


Diz a BBC News que as mini-refinarias florescem pelos quintais da ilha, num enorme impulso à economia local, e que o povo anda feliz com o novo combustível: é barato, é limpo e deixa as ruas perfumadas...


indígena da Papua Nova Guiné (foto AFP)

17.3.07

A
PROJECTO DE SUCESSÃO


Continuar aos saltos até ultrapassar a Lua
continuar deitado até se destruir a cama
permanecer de pé até a polícia vir
permanecer sentado até que o pai morra

Arrancar os cabelos e não morrer numa rua solitária
amar continuamente a posição vertical
e continuamente fazer ângulos rectos

Gritar da janela até que a vizinha ponha as mamas de fora
pôr-se nu em casa até a escultora dar o sexo
fazer gestos no café até espantar a clientela
pregar sustos nas esquinas até que uma velhinha caia
contar histórias obscenas uma noite em família
narrar um crime perfeito a um adolescente loiro
beber um copo de leite e misturar-lhe nitroglicerina
deixar fumar um cigarro só até meio

Abrirem-se covas e esquecerem-se os dias
beber-se por um copo de oiro e sonharem-se Índias.

António Maria Lisboaaaaaaaaaaaa

14.3.07

"new adventures in junkyland"

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Às vezes chego a pensar que dava um magnífico enredo de telenovela, não fosse acabar quase sempre nos enterros dos artistas principais.
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25.2.07

se produzissem o mesmo efeito...

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Os trabalhadores constantemente interrompidos por mensagens de e-mail e chamadas telefónicas sofrem uma quebra no QI duas vezes superior à verificada em utilizadores de marijuana, revela um estudo encomendado pela empresa Hewlett Packard ao Instituto de Psiquiatria da Universidade de Londres. [BBC News]
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23.2.07

a
não percas tempo que o vento

é meu amigo também
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30.9.06

mapo oput

Às voltas por África, encontrei uma maneira sábia de promover a reconciliação nacional no Uganda, que está a tentar ultrapassar os efeitos de duas décadas de guerra civil.

Na BBC NEWS.


24.7.06

preciosidades


Preciosidades estéticas, alguns dos cartazes de Maio.68 que mais uma vez me chegaram pel' o jumento.

A apreciar aqui.