Quando nós vamos ambos, de mãos dadas,
Colher nos vales lírios e boninas,
E galgamos dum fôlego as colinas
Dos rocios da noite inda orvalhadas;
Ou, vendo o mar das ermas cumeadas
Contemplamos as nuvens vespertinas,
Que parecem fantásticas ruínas
Ao longo, no horizonte, amontoadas:
Quantas vezes, de súbito, emudeces!
Não sei que luz no teu olhar flutua;
Sinto tremer-te a mão e empalideces
O vento e o mar murmuram orações,
E a poesia das coisas se insinua
Lenta e amorosa em nossos corações.
Antero de Quental
1 comentário:
Tirésias cegou-me e empurrou-me para os ensinamentos de Clarice. Jazem as minhas pétalas de uma flor que murchou, cantada na morte de Antero de Quental - tão triste!
O meu amigo Zeca Paleca, do blogue LUSO: OS PRÓS E OS CONTRAS até sabe que a vida é o clarão de um pirilampo na noite, mas a vida bem preenchida torna-se longa. Sejamos solidários, não critiquemos porque não se deve atirar as culpas para cima do espelho.
Disseram-me um dia que nada é tão perigoso como um amigo ignorante: Mais vale um sábio inimigo.
Convido-te para um cafézinho, servido com gentileza e amizade no
http://www.lusoprosecontras.blogspot.com
SÊ FELIZ!
Enviar um comentário