Olho vivo na Hyundai!
Há duas décadas, quem comprasse um carro coreano era chamado de louco. Hoje, a realidade é outra: as montadoras daquele país evoluíram, tanto no design quanto na qualidade da construção de seus veículos, e rapidamente conquistaram o consumidor brasileiro.
A Hyundai figura entre uma das expoentes da indústria automobilística da Coreia do Sul e pretende crescer ainda mais por aqui. O primeiro passo foi dado com a representação do grupo CAOA, que aumentou o número de concessionárias e cativou o brasileiro com agressivas – e nem sempre politicamente corretas – campanhas de marketing e propaganda.
Mas a tacada de mestre será dada pela própria Hyundai Motor Corp., com a inauguração da pedra fundamental de sua primeira fábrica de automóveis de passeio no país, localizada em Piracicaba, no interior de São Paulo. A planta foi apresentada na última sexta-feira, 25 de fevereiro, na presença de autoridades (como o governador do estado, Geraldo Alckmin) e alguns dos executivos mais importantes da empresa.
As metas da Hyundai são bastante ousadas: a montadora prevê fabricar 150 mil veículos por ano a partir de 2012 e quer conquistar 10% do mercado, o que tiraria a Ford do quarto lugar em vendas. O plano é sustentado por um investimento expressivo: a Hyundai aplicará 600 milhões de dólares na construção da fábrica piracicabana, sendo que os fornecedores pretendem injetar mais 300 milhões de dólares. De quebra, a empresa prevê que vai gerar cerca de 3.800 empregos diretos.
E qual será o modelo fabricado nesta nova fábrica? O compacto HB – nome provisório do projeto, que ainda não foi batizado – será a nova arma da marca em um dos segmentos mais disputados por aqui, o dos carros populares. A promessa da Hyundai é oferecer um produto competitivo e moderno com o padrão de qualidade que já é conhecido de outros modelos da marca, como o ix35 e o i30.
Ainda é cedo para dizer se a Hyundai conseguirá de fato entrar para o seleto grupo das quatro maiores montadoras de carros do Brasil. Mas, se considerarmos o salto de qualidade que os coreanos conseguiram dar de vinte anos para cá, não devemos duvidar da capacidade destes asiáticos. Quem agradece é o consumidor.
Até a próxima!
Vitor