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Em meu rosto...
Lágrimas ou águas da chuva?
Escuridão da noite vazia,
com o vento a tempestade.
Sinto a monotonia...
Solidão
no abandono ou,
abandono do meu dono.
Sinto-me abatida. Sem rima!
À
noite, sou vaga lume
que
brilha e disputa,
o brilho da lua.
Sublime
nostalgia...
Liberta
e desnuda
caio na letargia!
Culpa tua...
Vejo-me
ao teu lado,
acompanhando-te
nos teus passos rápidos.
Me perco
no compasso...
Recomponho-me!
És tua, essa dança,
mas a melodia é minha!
Eterna fantasia, alegoria.
Descontrolada perco o ritmo,
me desfaço em teu cansaço.
Caio
no laço... Disfarço!
Atonita, acordo deste sonho,
envolto num sono embriagado.
Retorno voando feito libélula...
Sentindo-me dopada,
enfeitiçada
pelo tempo,
carrega-me a contento...
Sem medo te sigo. Sou toda tua.
Sem vida própria, te sinto...
Me sinto tola,
sozinha, clausura.
Enrosco-me
na tua lábia,
transformando-me em presa fácil.
Caça tua ou minha? Sei lá...
São apenas palavras perdidas
que irão se formando, completando,
mais
uma escrita enfadonha.
Poesia irônica, sem nenhuma sintonia...
- Rosa Azul -