O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Tuesday, October 31, 2006

A Carta Roubada

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No aniversário de Vermeer não me aventurarei pelas esotericíssimas teias ocultas e de herméticas medições do «Oficial com Mulher Risonha», nem pelo «Geógrafo» que exibe um raro compasso insuspeito de metáforas dúbias de confrarias de construtores. Dou-Vos «A Carta de Amor». Cá para mim, é evidente que o amor era proibido e a criada se tinha apropriado do papel para chantagear a patroa. Abotoada com as coroas, digo os florins que pedira, cá está ela a devolver o objecto que lhe permitira o ganho. De que outra maneira se justificaria o ar mais feliz do que o da destinatária? Não é com estas trombas que se costuma receber missivas ansiadas, ou é?
Mas Vermeer é um génio, na mesma.
E quem não concorde pode dizer que foi o misantropo que roubou a moral da história.

Migalhas

1- Foi ouvido no âmbito do Processo Casa Pia um perito que terá garantido ter Carlos Cruz «uma personalidade depressiva e com tendências suicidas», o que ainda vá. Mas acrescentando que «é muito raro este tipo de pessoas ter tendências pedófilas», o que suscita todas as oposições de que me lembro, pois se vamos promover a estatística a meio de prova, com mais razão se poderá chamar à barra a astrologia, que nos dá conta das predisposições em termos de probabilidade caracteriológica.
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2- Que ninguém mais diga, na minha frente, mal do «CORREIO DA MANHû. Afinal consegue milagres como o de ressuscitar os mortos. Diz, na edição de hoje, que o Caso Profumo foi levado à cena e que Profumo, hoje com 64 anos vive sob um nome fictício e não colaborou com o empreendimento teatral. Julgava-se que o político do nome tivesse falecido em Março, mas pode ser uma reedição de Lázaro sem a intervenção do Salvador. Como, porém, a idade não coincide e a destruição do começo do Passado é mais complexa do que a da continuidade dele, o mais provável é que se estejam a referir a Christine Keeler, a callgirl interveniente no facto histórico em questão e que com ele ficou devastada, como se vê.
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3- No Dia Mundial da Poupança, postura em que demos cartas antes de a substituirmos pelo recurso ao crédito desenfreado, saúde-se a lista de recomendações que o Presidente do Tribunal de Contas, Oliveira Martins, faz ao Estado perdulário em que sobrevivemos. Mas desengane-se o Conselheiro: a situação só ficará resolvida quando este Vulto for para o Governo. Até lá, os patos somos nós.

Palavras no Tempo

UM
«O mais contra Salazar não tem resposta. Só a tiro, como já disse.».
Humberto Delgado in «DA PULHICE DO "HOMO SAPIENS"», Lisboa, 1933, pág. 250.

DOIS
«Obviamente, demito-o!».
Humberto Delgado, sobre Salazar, 10 de Maio, 1958.

TRÊS
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Capa de um livro, alusiva ao local onde Humberto Delgado foi alvejado a tiro, a 13 de Fevereiro, 1965.

Ponto de Viragem

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Perante esta imagem da Bela Helena, a Christensen, no caso, impõe-se impedir que as pessoas continuem de braços cruzados! Até para que um qualquer Páris não seja escamoteado no prémio do que lhe informou o juízo, se é que me faço perceber...

Contradições

As críticas que o politólogo André Freire faz à introdução dos círculos uninominais padecem de vários males. Desde logo ao pôr no mesmo pé as Felgueiras e Isaltinos e o Dr. Jardim. Eu, que muitas vezes venho sendo duro para com este, tenho de me insurgir aqui contra o facto de o amalgamarem a políticos acusados de corrupção ou impropriedades financeiras em seu proveito. Mas há mais: não é sério comparar funções executivas a funções representativas, as experiências inglesa e americana comprovam um efectivo reforço da proximidade dos eleitos e eleitores, pelo que a atitude falaciosa está é do lado do especialista que o nega, para além de ser contraditória a defesa da falsidade da ligação com a anterior, da dependência do voto. Mas claro que a estes democratas dar a voz ao Povo com um açaime partidário um pouco mais folgado é o que mais custa, como demonstra o medo da dificuldade das maiorias. A vontade dos eleitores só serve para propagandear o regime, não tem conteúdo de confiança.

Mistérios das Campanhas

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Devo dizer que a notícia de que no Tennessee teria sido lançado um anúncio sugerindo ter o candidato Democrata, Harold Ford, travado conhecimento com uma playmate na festa da revista de Hefner me parece estar a ser analisada sob o ponto de vista errado. Dizem que é truque dos adversários para o denegrir, embora me pareça muito mais expediente dos apaniguados para o promover. Com efeito, ser benquisto dessa elite surge-me como evidente carta de recomendação para o Senado.
Assim como não percebo como pode ser acusado de racista o anúncio de uma loura dizendo que adorou conhecer o Congressista afro-americano. Se ela dissesse que nunca alinharia em aproximar-se dele por razões étnicas, então sim, a campanha do visado poderia queixar-se. Açora, desta forma...
De qualquer maneira, creio que ele não conseguirá vencer esta corrida. Conheço-o bem, é muito esperto e simpático, moderado, para mais, o que é raro nos Congressistas do Black Caucus. O melhor candidato que os Democratas poderiam apresentar no Estado, com o bónus de mobilizar a etnia a que pertence. Os Republicanos, por seu turno, poderiam ter concorrido com um melhor do que aquele que está na luta, se os dois candidatos conservadores não tivessem dividido o voto nas Primárias, abrindo espaço para que o moderado Corker chegasse em primeiro. Se ganha Bryant, penso-o adversário mais capaz. Mas Ford tem um grande contra - o seu tio e mentor, ex-senador estadual e um dos políticos mais importantes da região, está acusadíssimo de falcatruas, o que deverá levantar anticorpos suficientes que obstem à eleição.

Chamada Para a Vida

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Enquanto por cá uns quantos parecem apostar no massacre de espécie protegida, no Japão, onde a crise de natalidade é maior, foi criado um toque de telemóvel que avisa as Mulheres dos picos de fertilidade potencial respectivos. É verdadeiramente o alargamento à cegonha da rede, o que me faz pensar se não deveríamos incluir esta função nas designadas por «despertador».

Bruxas à Portuguesa

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Reconhecendo a importância da data, eis a minha fantasia para logo à noite, na celebação do Halloween. Preparem-se: doce ou partida! Mas não no sentido de embarque, que então todas as portas se fechariam na cara de um pobre misantropo brincalhão, salvo as dos noventa e tantos por cento de Socialistas que votaram a recondução.

Monday, October 30, 2006

A Atribuição

Ouço as declarações de Paulo Bento:
«Houve um jogador que disse "o que não nos mata torna-nos mais fortes"»
Alguém pode confirmar se o futebolista que produziu a frase em apreço era Friedrich Nietzshe?

Vidas Paralelas

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Tem a História da Literatura destas ironias: no mesmo dia do mês, mas não do ano, nasceram os dois poetas e ensaístas mais diferentes que imaginar se possa. Paul Valéry e Ezra Pound vieram ao Mundo a 30 de Outubro. Porquê diferentes? Desde logo, como poetas, a aparição meteórica do francês, logo intercalada com um silêncio de vinte anos, por conexões íntimas que lhe condicionariam o estro, opõe-se à do nativo de Idaho, que passou uma vida a erguer os seus versos maiores, com as incorporações que lhe ditavam os seus estudos universalistas. Já no ensaio, um rejeitava o estatuto de filósofo, alérgico que era ao ócio especulativo, numa fidelidade constante ao lema de «empregar aquilo que se sabe», enquanto o outro não hesitava em integrar ensinamentos das diversas escolas de pensamento na sua produção própria.
Anbos prezavam a sua independência e escreveram sobre política. Mas por incrível que pareça, o "fascista" não era nacionalista, rejeitando o tipo de homem que considerava dominante no seu País, pelo conhecido e radical repúdio da usura, mas, igualmente, por lhe ser desagradável a ausência de sentido crítico do seu povo e a vulnerabilidade perante a imprensa. Enquanto que o integrado na III República chegava a delírios nacionalistóides de atribuir a invenção da fotografia não aos azares de uma descoberta, mas ao carácter nacional gaulês e a sua expansão pelo Mundo à generosidade da França.
Ambos apoiaram soluções estranhas ao demo-liberalismo. Mas onde o Autor do «CEMITÉRIO MARINHO» correspondeu ao convite de Ferro para se pronunciar a favor de Salazar, com insistência genial na tecla que mais deveria agradar ao Governante Luso, a do Ditador obrigado à política pelos factos, contra a vontade, o Fabro dos «CANTOS» oferecia-se como voluntário para conferências radiofónicas de apoio ao mais assumido e impulsivo dos conquistadores do Poder, Mussolini. E onde via na raça e experiência judaica o egoísmo materialista que combatia, Valéry recusava instruções de um Bonnard Ministro da Educação, no sentido de celebrar o encontro Pétain-Hitler de Montoire e fazia o elogio do Judeu Bergson, para incómodo de Vichy. Onde Pound era eterno promotor os Amigos, sendo brigas como a com Sherwood Anderson excepções, partilhando afinidades, o reflexivo Criador de Teste não esquecia afrontas como a de France, fazendo-lhe o elogio académico sem por uma vez nomeá-lo e recusava as insistências amical e patronal dos dois Lebeys para que aderisse à Maçonaria ou a um partido.
Onde vemos facilmente um com as insígnias académicas e as condecorações não conseguimos imaginá-las no outro, substituídas pela trunfa desgrenhada e as tertúlias, ou o isolamento final. Num, a estante aparece facilmente em fundo, por trás do sofá, no outro como pólo de atracção de onde escolhe um dos volumes. Mas ambos foram mestres em lê-los - e mais, em escrevê-los.

A Frechada

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Então não querem lá ver que, com esta homenagem ao enjaulado, Leah Rimini conseguiu abrir uma brecha neste coração duro? O esforço também compensa, não é só o crime.
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Os Deveres do Diagnóstico

O Prof. César das Neves acerta na identificação se um sentimento ainda difuso de contestação às «conquistas de Abril», mas falha por completo, quando reduz a problemática económica e ao sentido das carreiras individuais essa tomada de consciência. Ora, verificar os sintomas de nada serve se se erra na causa da doença.
É muito mais, é a impossibilidade de respeitar uma geração que mudou a enformação do País para servir o seu comodismo de não ter de entrar numa guerra, ou de continuar nela.
E, a prazo, o sentimento de desprezo por quem fez para não ser respeitado, se devidamente enquadrado doutrinalmente, pode levar ao que os Mestres Integralistas não cessavam de repetir, a opção pelos Avós contra os pais, já que estes últimos alienaram sem remissão o património e a ética que poderiam fazer um País maior.

O Trilho de Cardos

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A eterna dosagem das contrariedades e da nossa noção dos Outros forma a combinação mais difícil de obter para alcançar a fórmula do ideal humano de eliminação de sentimentos negativos e transfiguração interior, na medida em que cede a elaboração de um ideal com facilidade às obsessões dos olhos e da memória.
Até que consigamos elevar-nos acima da veneração das aspirações próprias e, sem querer generalizar esse sentimento, pratiquemos, no que nos respeita, o aproveitamento dos golpes para a pidade que perdoa como Paz, embora não como tranquilizante. É o estágio supremo a que um homem comum pode chegar e o momento em que deixa de entrar na segunda dessas condições, para, totalmente encarnar a primeira.
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De Thomas Gray:
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HYMN TO ADVERSITY
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Daughter of Jove, relentless power,
Thou tamer of the human breast,
Whose iron scourge and torturing hour
The bad affright, afflict the best!
Bound in thy adamantine chain
The proud are taught to taste of pain,
And purple tyrants vainly groan
With pangs unfelt before, unpitied and alone.

When first thy Sire to send on earth
Virtue, his darling child, design'd,
To thee he gave the heavenly birth,
And bade to form her infant mind.
Stern, rugged nurse; thy rigid lore
With patience many a year she bore;
What sorrow was, thou bad'st her know,
And from her own she learn'd to melt at others' woe.

Scared at thy frown terrific, fly
Self-pleasing Folly's idle brood,
Wild Laughter, Noise, and thoughtless Joy,
And leave us leisure to be good.
Light they disperse, and with them go
The summer friend and flattering foe;
By vain Prosperity received,
To her they vow their truth, and are again believed.

Wisdom in sable garb array'd
Immersed in rapturous thought profound,
And Melancholy, silent maid,
With leaden eye that loves the ground,
Still on thy solemn steps attend;
Warm Charity, the general friend,
With Justice, to herself severe,
And Pity dropping soft the sadly-pleasing tear.

O gently on thy suppliant's head,
Dread goddess, lay thy chastening hand!
Not in thy Gorgon terrors clad,
Nor circled with the vengeful band
(As by the impious thou art seen)
With thundering voice and threatening mien,
With screaming Horror's funeral cry,
Despair, and fell Disease, and ghastly Poverty;—

Thy form benign, O goddess, wear,
Thy milder influence impart,
Thy philosophic train be there
To soften not to wound my heart
The generous spark extinct revive,
Teach me to love and to forgive,
Exact my own defects to scan,
What others are to feel, and know myself a Man.


Adicionando «Adversidade Mais Doce», de Colin Hambrook
e «A Árvore do Perdão», de Edward Burne-Jones.

Atenção à Esquerda!

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No Brasil o molusco gigante ganhou e só se espera que não venha a haver grande desgosto por isso. Não sou adepto da teoria há pouco expressa por um alto dirigente da Al-Qaeda, segundo a qual as populações de Países com regimes eleiçoeiros merecem ser castigadas pelas acções dos seus governantes «por terem sido elas a pô-los lá». A afirmação só comportaria um elemento justiceiro se fizesse recair a sanção apenas sobre identificados votantes nesses poderosos.
No caso vertente, as declarações pós-eleitorais do vencedor deixam-me angustiado. Ao dizer que se tratou de «uma vitória dos de baixo contra os de cima», está a comprovar que nunca deveria ter chegado à Presidência, na estrita medida em que um chefe de estado deve unir todos e não sublinhar as clivagens. E a frase segundo a qual «continuaremos dando atenção as mais necessitados» é muito suspeita. Não por eventual auxílio aos desvalidos, que se estima. Mas porque o elemento de continuidade contido na expressão pode sugerir que os mais carenciados, no seu entender, serão aqueles a que se ligou mais no primeiro mandato: os políticos que quis comprar, bem como os comediantes e falsários que quis contratar para denegrir opositores.
A imagem parece-me ilustrativa.

Sunday, October 29, 2006

O Riso no Eixo

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Que dia! De manhã, não conseguia postar, com o publish a dar sempre erro e a não conseguir colocar os postais. Quando, ao fim, lá consigo meter uns simulacros, estou em cima da hora para sair para almoçarada rija no Ribatejo. Despeço-me do lar sem ameaça de maior, retorno a ela com céu façanhudo, prestes a desabar. E ainda encontro os marcadores dos comentários avariados. Para cúmulo, tenho os Familiares em revolta, por, ao que parece, num programa de debate da «SIC NOTÍCIAS», os participantes se terem boçalmente divertido à custa de um lapso linguístico do Presidente, que terá dito «Revolução Russa» em vez de «Revolta Húngara», acabando um dos seus membros numa, segundo o relato, indigente troca de pontos de vista sobre «o pior português de sempre» referido várias vezes a Mulher de D. João IV como «D. Filipa de Gusmão». Mais não posso dizer, porque não vi. Mas a confirmar-se esta versão, espera-se que no próximo programa se riam muito de si próprios e se tratem da mesma forma que terão tratado o Político de Boliqueime.

E se um Desconhecido...

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...de repente lhe oferecer flores? Espero que as saiba colocar de forma a demonstrar quanto a oferta sensibilizou. Exemplo a seguir, por uma vez, nos últimos tempos, o da longínqua Austrália com Imogen Bailey.

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Do Not Disturb

A história dos filipinos que resolveram habitar o cemitério de Manila desperta várias reflexões não muito alegres. Tristeza pela falta de alternativas, sem dúvida; mas a tónica que vem sendo posta nas entrevistas, acerca da tranquilidade dos ocupantes vivos dos túmulos, faz-me meditar no egoísmo da contemporaneidade, virada exclusivamente para o seu conforto, desejosa de que os fantasmas não nos incomodem. Quando, desde tempos imemoriais, de Leste a Oeste, a primeira preocupação era garantir que os mortos, esses sim, finalmente descansassem em paz, para o que se esculpia guardiães deste género, no nosso hemisfério; e se prestava tributo a espíritos protectores, mais para o Oriente. Não se tratava só de respeito, era também genuína compaixão que norteava a nossa relação com os Desaparecidos, esperançados em que, finalmente, se libertassem de um mundo pouco grato. Hoje a vaidade é tanta que só se olha ao ambiente tétrico e se determina aos Finados a imposição de não incomodar. É egotismo, não felicidade, por muitas etiquetas de quarto de hotel que se coloque por cima das tumbas.

Justas

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Sabe-se como havia também gladiadoras na Roma Antiga, até que Sétimo Severo lhes proibiu os combates; e talvez tenha sido essa a inspiração das jovens de Sofia que se prestaram ao espectáculo. Sem o sangue da arena do Império também se conhece da popularidade que a luta e o pugilismo femininos desfrutam no universo mental americano e do deleite que os combates na lama despertam um pouco por todo o lado. A especialidade, porém é ter o enfrentamento que se deu esta semana como motivo a conquista de um mocetão, o que assimila o caso muito mais aos torneios medievais em que uma Bela Dama estivesse em liça, recompensando o campeão que saísse triunfante. Só uma dúvida me assalta - será que o disputado rapazinho concordou em dar-se como prémio de jogo? Ai, Século XXI!

Incentivo Jansénico

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Quero deixar bem claro que espero que este aplauso de encorajamento com que Eva Mendes está a brindar um Amigo Nosso num momento culminante funcione da maneira ilustrada abaixo.

Continuação de Uma Saga

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Her Highness Princess Bomba deu-nos a saber da Sua condescendência em participar no baile que promovemos, mostrando-nos imagens da retirada das minas em que vem estando Imersa.
Chegada à viatura de banhos, atreve-se o pobre misantropo a mostrar ao público um momento de ligação, versando o que se passará a seguir; e outro, final, desvendando a personagem de que Se fantasiará, informação que nos foi sonegada. Penso que tudo aponta para esta, com o indício dos amigos mineiros...
O Baile não começará sem Tal Presença.

Saturday, October 28, 2006

À Bola Com a Arte

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28 de Outubro é pretexto para lembrar Francis Bacon. Dizia que «a função do Artista é sempre aprofundar o mistério». Talvez isso explique a razão por que me sinto "um verdadeiro artista" ao pensar a minha condição de Benfiquista. Aquela primeira parte no Estádio do Dragão põe de parte qualquer solução baseada no Presente. Resta pois olhar para a galeria onde estão pendurados os retratos dos antepassados, esses que fizeram o esplendor encarnado em tempos bem distantes.

Das muitas pinturas de auto-retratos que produziu, não são as mais deformadas que exprimem o meu estado de hoje. É esta. E o fato azulado não é inocente, signo que é da origem da camisa de forças em que me sinto. Abatimento excessivo? A segunda parte foi muito melhor? Pois sim, mas depois de dar tanto avanço... E a insistência em deixar em campo o Nuno Gomes... Pobre Mexicano, para quê esforçar-se? O pior é que, com o golo que acabou por marcar, nunca mais nos livramos da bailarina. E as declarações do Paulo Bento sobre a imaturidade do golo sofrido no último minuto podem ser apropriadas pelo Fernando Santos.

Voto na Grandeza

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Passando ontem à tarde pelo Chiado, como costumo, veio uma Menina, bem jeitosa, por sinal, assediar-me - o intelecto, calma, não pensem outras coisas, que para essas já houve melhores dias - estendendo-me este papelucho, querendo que participasse na votação do tal programinha, a qual anda nas bocas do Mundo e vem fazendo também as delícias das da blogosfera. Como não quero ser conivente com votações e televisão, duas contra-indicações que detecto para a envergadura das Personalidades, farei algumas breves considerações sobre o tema, apenas para os meus Visitantes.
Tinha, em criança, um album em que, aos quadradinhos, eram traçadas as gordas biográficas de Vultos maiores da nossa História, de Viriato a Mousinho, passando por Navegantes, Condestáveis, Restauradores e outros Fundadores. Intitulava-se, justamente «GRANDES PORTUGUESES». Dos muitos lá elencados, seguindo nisso as tendências maternas, a história a que voltava sempre era a de Martim de Freitas, que descobrindo na entrega ao Cadáver do Seu Senhor as chaves da manutenção da honorabilidade, sempre me pareceu o expoente dos fiéis à outrance que continuadamente me seduziram. Na infância Dela Minha Mãe tinha, com efeito, contrariado as tentativas de uma professora de fazer os alunos elegerem, em concurso similar restrito à turma, a figura de Egas Moniz. E isto porque onde o Alcaide apenas era movido pelo sentimento de não trair, no Aio sobressaía o orgulho, contudo estimável, na Palavra e no Nome.
Mas reconheço que se o critério fosse o do reconhecimento do Estrangeiro, coisa tão querida do nosso não menos querido provincianismo, talvez o português mais célebre lá fora tenha sido o Gama, para o grande público e o Infante D. Henrique, para os intelectuais. Isto antes do Século XX, que, daí para cá, Eusébio e Figo não comportam rivalidades, salvo a ainda emergente, de C. Ronaldo. E a de Salazar, mas Dessa já falei.


Gostaria no entanto de acrescentar ainda uma breve evocação do Tenente Correia de Lacerda, heróico Caído em África, na I Guerra Mundial, antes de Portugal oficialmente nela entrado, o qual, combatendo tenaz e superlativamente até ao seu fim contra forças superiores, para cobrir os Camaradas, veio a ser sepultado com todas as honras prestadas também pelos Oficiais Alemães, em tempos em que os inimigos se sabiam reconhecer a bravura. A minha lembrança foi estimulada por os seus nomes próprios serem Viriato Sertório. Em que medida esses patronos precursores da luta por um pré-Portugal o terão inspirado?

Best Selling

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O misantropo ressacado resolveu recorrer à magia para Vos prender. A Potter, evidentemente; e seria uma palissade maior ainda dizer que «não a Harry»...

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Do Truísmo em Português

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Conhecida que é a história do infeliz marechal de Francisco I, M. de La Palisse, cabo de guerra notável que, aprisionado, foi vítima de uma arcabuzada despeitada em rixa decorrente do desacordo quanto aos louros da captura, e viu duplamente mutiladas, por corruptelas imputáveis à simplicidade dos soldados, o verso de homenagem il faisai encore envie para «il était encore en vie», bem como a queda do "se" na expressão «já se dizia de M. de La Palisse», ao ponto de fazê-lo passar por pacóvio que nunca foi.
A canção cómica que daí derivou acha-se na net, em várias línguas, mas não, julgo, a versão com que Amorim de Carvalho a trasladou para a nossa, a partir do «TRÉSOR POÉTIQUE» de Larousse e Beyer:

Senhores quereis ouvir
a história de La Palisse?
Podia-vos divertir,
se acaso vos divertisse.

Desde o berço se educou
êste fidalgo modêlo;
nunca o seu chápéu tirou
sem que ficasse em cabelo.

O humilde criado seu
que lhe fazia o banquete,
nunca os ovos esqueceu
ao preparar-lhe a omelette.

Da côr do sol eram bem
os seus cabelos brilhantes;
se não vive mais ninguém,
não teria semelhantes.

Gostava de navegar,
e, quer na paz, quer na guerra,
quando viajava por mar,
nunca viajava por terra.

Num torneio em que entrou, êle
quási que ficou à morte;
mal se tendo no corcel
foi visto plo rei e a corte.

Vendo-o no seu palafrém
gentis as damas sorriam;
e foi lá visto também,
por todos que lá o viram.

Era um homem sem temor,
insaciável de glória;
se saía vencedor
alcançava uma vitória.

Ferido foi, afinal;
quis assim a sua estrêla;
foi a ferida mortal
visto que êle morreu dela.

Pelos soldados foi
chorado qual merecia;
o último dia do herói
foi o seu último dia.

Quis Deus, senhor dos mortais
que em sexta-feira morresse;
teria vivido mais
se até Sábado vivesse.

E afinal, se não tivesse sido imortalizado pela asneirada, não se teria na asneira tornado imortal.

Avatares da Biblioteca

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O Caríssimo Je Maintiendrai, depois de hipnotizado pela amizade que aqui retratou?

Correio Para Port-Royal

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Ao Jansenista, parabéns, por mais um aniversário do Bispo de Ypres.
Um recado para o Mesmo:
Dear Jans:
I am
Misanthrope´s real Cousin Jessica.
A kiss.
Jess Rabbit

Sorriso Amarelo

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Tanto o dos adeptos do Beira-Mar, pela cor das camisolas, como o dos Sportinguistas, pela razão que segue:
Um Leão perdeu a juba
Cortada rente por um Buba.
A imagem deste groggy Rei da Selva é de uma ponte de Praga.
Da praga dirão os Lagartos. A ponte fareis Vós.

Friday, October 27, 2006

Baile de Máscaras

Prestes a entrar em mais um fim de semana que espero bom para todos, inspiro-me no Salão Manga, em que os participantes devem disfarçar-se de uma qualquer personagem de desenho animado japonês, para convidar cada Amigo do misantropo a escolher uma personagem de Banda Desenhada, de qualquer país, de que gostasse de disfarçar, por ser a que mais O/A fascina. Peço que só escolham uma por cabeça. Eu darei o exemplo.
Beijinhos e abraços.

O Papel dos Imigrantes

Não estou a referir-me ao contibuto deles, é mesmo ao boletim de voto dos imigrados de origem árabe em França que me refiro. Ainda é cedo para saber se o roubo e incêndio de um autocarro que ontem ocorreu é prólogo a novos motins, ou mera comemoração do primeiro aniversário dos do ano transacto. Mas gostaria de adivinhar para onde irão ass cruzinhas dessa gente, admitindo que a final presidencial seja Royal-Sarkozy. Para a bela Socialista que se opôs à legalização à Lagadére dos sans papiers? Ou para o Gaullista rebelde que pugnou pelo direito de voto dos imigrantes nas autárquicas? Nem tudo é o que parece e muita desta gente, apesar de «não se sentir bem» nesta Ocidental sociedade de acolhimento, não está nada preocupada com a extensão da votação regional e municipal, porque já a tem para si, até em eleições tidas por maiores. E a desconfiança que nutrem dirige-se bastas vezes quer aos que estavam, quer aos recém-chegados. Além de que Sarkozy chamou a muitos deles delinquentes. Coisa que, como se sabe, não lhes passava pela cabeça que fossem.

O Graal de Marcelo

A notícia que o «DN» veicula dos novos «Encontros no Círculo», promovidos por Marcelo Rebelo de Sousa, parece ser interpretada no sentido de estar o Comentador-Mor da Nação em busca de um novo substrato humano de apoio, o que não julgo ser verdade. Não creio que ele esteja apostado em criar novas organizações de intervenção pública organizadas, nem, a tantos anos de distância, em cativar eleitores, o que fará com mais eficácia, na hora da disputa presidencial pós-Cavaco. O que ele procura, quanto a mim, é a aura de credibilidade que o mostre como presidenciável e não mero analista dos outros. Os presidentes não gostam de promover debates sobre os grandes problemas? Pois aqui está um voluntário para o lugar já com um curriculum preenchido no campo. Como esse patrocínio de conferencistas costuma ser desencadeado após se ocupar o cargo, até poderá gerar-se nos mais incautos a ideia de ser uma injustiça este Mecenas da Conversa não estar ainda lá. Marcelo não deixa escapar coisa alguma e precisa de tudo o que faça esquecer outros mergulhos.

O Oásis

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Esta vida é um deserto! Se a sede ainda vai sendo debelada, com as chuvadas que vêm caindo, que fazer à fome? Em chegando perto de palmeiras é atirarmo-nos às tâmaras. Peço vénia para Vos revelar o nome da retratada: Tamara Witmer.

A Carga da Autoridade

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Leio no «DESTAK» um texto esclarecedor: um polícia foi avisar os participantes de uma festa de que estavam a incomodar os vizinhos com o barulho e viu-se confundido pelas participantes, pois de festejo exclusivamente feminino se tratava, com um stripper contratado, que, pelos vistos, esperavam apresentado naquele preparo. Depressa se viu em pelo e acariciado por todos os lados, sendo entendida a exibição da insígnia como parte da coreografia. A coisa só acabou quando ele conseguiu chamar reforços, não para ajudarem à celebração, mas... para o socorrerem. Como o caso se passou em Israel, está explicada a espantosa sobrevivência daquele País, rodeado que está de inimigos: o espantoso afecto que a população nutre pelos agentes da Ordem, ao contrário de cá, em que as pobres corporações policiais, sobretudo as de trânsito, são vistas como inimigo e o termo "polícia" quase virou insulto.
Mas também podemos meditar no caso por outra perspectiva: depois da insuficiência reconhecida da acção militar das forças do Estado Hebraico no Líbano, há sinais preocupantes para a Nação Judaica - um elemento policial já não consegue dar conta, sozinho, de um tal grupo.
Espero que este postal agrade aos meus Leitores que gostam de Israel, como aos que o execram. Não me venham dizer que não está equilibrado...

A Crista do Bicho

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Neste mundo tremendo das relações entre masculino e feminino é vulgar, em todos os sentidos do termo, ver homens classificar as Mulheres como «galinhas». Menos comum será trancar a própria cara-metade no galinheiro, o que este voluntarioso romeno fez. Mas o gáudio com que a notícia foi reproduzida um pouco por toda a parte não se justificaria, dado a violência doméstica, infelizmente, já nem ser novidade. Só é entendível pela explicação que o carcereiro deu, «de preservar a esposa das tentações, uma vez que o andava a enganar» e pelo facto de se tratar de septuagenários. Ora, se os babosos difusores da história pensarem bem, trata-se de reprodução politicamente incorrectíssima, cabendo no item "discriminação em função da idade".

Lendas e Narrativas

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Esclarecendo o Jansenista sobre quem também é amigo de Quem e o Je Maintiendrai sobre os desenvolvimentos do narrador com a Prima, posso assegurar a Ambos que ainda não perdemos o balanço...

Resposta à História

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Em resposta ao Bic Laranja, que pergunta e bem o que nos restará e com o que sonharemos após o banimento do sorriso, devo confessar-Lhe a minha suspeita de que tudo não passe de um estratagema para vender brinquedos destes no Natal que se aproxima, como sucedâneo da proibida alegria natural e «para que não falte em casa alguma um sorriso»...

Thursday, October 26, 2006

A Inversão dos Papéis

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Por cá tenta-se deitar as culpas de um crime execrável para as costas largas das circunstâncias. Mas na Austrália o principal dirigente muçulmano chega ao extremo de culpar de um dos mais desprezíveis actos que se pode imaginar a própria vítima. O Sheik Taj Aldin Alhilali entende que as Mulheres que não se cubram à maneira islâmica se oferecem à violação, tal como a carne exposta que se deita fora é comida para os gatos. Passemos pelo gosto duvidoso de, tendo felinos, a coisa mais próxima do Divino, para comparar a metade feminina da Humanidade, optar por um pedaço esfolado de um animal morto. Mas é muito mais, vindo de um indivíduo que apoiou muita da violência anti-ocidental. É, a coberto de uma defesa do pudor que nos é estranha, uma revelação do regime a que sujeitaria as Ocidentais, se pudesse. E a prova absoluta de que, embora possa não ser entendimento extensível a todo o Islão, todo o Islão é terreno fértil para o surgimento de opiniões destas em cargos importantes. Com esta filosofia, por muito que a violação seja condenada pela Sharia, haveria sempre dois critérios, de modo a inverter os conceitos de inocência e culpa que são fundamento nosso.
É isso que querem?


A Sombra da «Violação», de Magritte tem estranhos pontos de contacto com a visão deste fanático: num rosto descoberto ver o oferecimento dos orgãos sexuais femininos. Só que este não tinha responsabilidades políticas e havia abdicado das lógicas...

O Despertar das Tinas

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Para acabar de vez com a argumentação dos preconceituosos que dizem ser o Céu «uma banhada», chamo a atenção para o ar enxuto como sai da banheira Jennifer SKY.


Juntando o útil ao agradável, espero convencer o Muito Caro Je Maintiendrai das virtudes destes lançamentos diurnos e diários.

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Outra Grande Oportunidade

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Depois do êxito estrondoso que foi o I leilão de fotografia, em devido tempo nesta página anunciado, Luís e Bernardo Trindade voltam à carga para bem de todos os que insistem em ver o Passado trazido até nós, realizando nova venda por licitações no dia 9 de Novembro pelas 21 Horas na "sala iaman" do CCB, decorrendo a exposição nos três dias precedentes, das 10 às 20 H, no módulo 03, loja 04.
A fotografia da capa do catálogo, que se vende na Livraria Campos Trindade, Rua do Alecrim, 44, é a do Fernando Pessoa menino, sim.
Não percam, a seguir vai uma prova.

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A Persistência da Memória

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Consultando o catálogo, deparamos com um pouco de tudo. Fotografias de Eusébio e Amália, antes de serem lontras, várias da Família Real Portuguesa e das visitas ao nosso País de Afonso XIII de Espanha e Isabel II de Inglaterra, imagens antigas de Lisboa,
fotografias de Salazar, como esta que me honro de possuir, devidamente encaixilhada, de um António resistente a uma insurreição, trocando impressões com o Capitão David Neto; outra da inauguração da Ponte velha, de Guarda engalanada e nome antigo bem visível, ou o automóvel que os anarquistas tentaram atacar. Para verem a riqueza, há um lote de 110 sobre este Magno Tema. Para quem goste existe também uma, com dedicatória, do Venerando Chefe do Estado, o Pai Tomás.
Como imensas de veículos d´outrora, carros dos primórdios, barcos de porte vário, tal este Berganteene Seal que trouxe o Casal Reinante Inglês do Iate Real ao Terreiro do Paço, aviões da Idade da Pedra deles e até um dirigível.

Não se podendo omitir uma importante secção tauromáquica, um conjunto notabilíssimo - que tive oportunidade de examinar - das Olimpíadas de 1936 em Berlim, sim, essas de Hitler vs. Owens; e actores portugueses em cena, bem como figuras da Nossa Gente, das quais este «Faroleiro», de Mário Pinto, me sensibiliza particularmente. A não perder, Apaixonados da Fotografia!

O Debate por Excelência(s)

Afinal Hollywwod não dorme. A amigáveis ferroadas teológicas que têm feito as delícias dos internautas sempre foram passadas à tela.
Misanthropic Productions present:
***Noel Coward***Peter Ustinov ***
***(Je Maintiendrai)***(O Jansenista)***
in
..............DE BATE AMIGO...............
..............
A Friends´ Quarrel.............
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Also starring:
Paulo Cunha Porto as himself-the narrator
Directed by
PCP
According to the true story of Two Great Bloggers
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