A falsa adoração é promovida pelas religiões pagãs
O falso culto é um fenômeno global promovido pelas religiões pagãs tais como o budismo, hinduísmo, divindades africanas nativas, sikhismo, espiritismo, xintoísmo, etc. O denominador comum dessas religiões pagãs é a salvação mediante esforços humanos, não por meio de uma divina provisão de graça. Nos rituais são empregados deuses de feitura humana para serem favoráveis e concederem vida neste mundo e no mundo vindouro.
A falsa adoração é promovida pelo humanismo e o secularismo
A falsa adoração é também promovida hoje por uma hoste de ideologias tais como o humanismo, o secularismo, o materialismo, o evolucionismo, todas essas ideologias que negam a existência de Deus e de Seu plano para a humanidade e a criação sub-humana. Eles crêem na habilidade humana de construir um melhor futuro sem a intervenção divina. Muitos vivem segundo o lema: “Nenhum Deus, nenhuma culpa. A crença em Deus desperta o fanatismo e a culpa. Viva livre e responsável. Desbatize-se!”
As pessoas irreligiosas que acatam essas filosofias seculares humanísticas compreendem mais de 1,1 bilhão de pessoas hoje. Representam 16% da população mundial. Sua meta é promover uma adoração centralizada no eu, antes que em Deus.
O falso culto é promovido pelo papado
O papado tem desempenhado um papel profético destacado em levar pessoas ao falso culto a Deus mediante ícones, estátuas, crucifixos, relíquias, Maria, e, acima de tudo, a exaltação do papa. Qualquer tentativa para materializar a Cristo ou os outros membros da Trindade, identificando-os com objetos, altares, ícones, crucifixos ou estátuas, é condenada nas Escrituras como idolatria. Este é o problema fundamental do culto católico. É um culto idolátrico que depende em grande medida de objetos de culto como auxílios. Os crentes são enganados em crer que pelos elementos da Eucaristia, relíquias santas, imagens, altares sagrados, podem experimentar o divino.
A adoração a Deus mediante objetos termina superando a pregação, que é o meio escolhido por Deus para comunicar a fé e nutrir a vida espiritual de Seu povo. O apóstolo Paulo explica que “a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo” (Rom. 10:17). Isso significa que a fé salvadora procede da leitura, pregação e pelo ouvir a Palavra de Deus, e não mediante a participação do corpo físico de Cristo ou a veneração de objetos “santos”.
O papa promove o falso culto hoje, especialmente por reavivar a adoração a Maria. Durante o ano passado o Papa Bento XVI fez constantes apelos a orar a Maria pedindo orientação e proteção. O website “Os Pensamentos Marianos do Papa Bento XVI” alista mais de 90 apelos a orar a Maria, feitos pelo papa entre 19 de abril e 6 de novembro (www.udayton.edu/mary/popessaying.html).
Por exemplo, no primeiro dia da Festa da Assunção, Bento XVI declarou: “Maria foi assunta em corpo e alma para o Céu: há até espaço para o corpo em Deus. O céu não é mais uma esfera bastante remota desconhecida por nós. Temos uma Mãe no céu. E a Mãe de Deus, a Mãe do Filho de Deus, é nossa Mãe. Ele mesmo assim disse. Ele a tornou nossa Mãe quando disse aos discípulos e a todos nós: ‘Eis aí a tua Mãe!’ Temos uma mãe no Céu. O Céu é aberto, o Céu tem um coração”. Acaso isso significa que sem Maria Deus não tem um coração?
É duro de se crer como a Igreja Católica tem tido êxito em torcer as palavras de Cristo a João: “Eis aí tua mãe” (João 19:27). Por essas palavras Jesus confiava Maria aos cuidados de João, e não à humanidade para cuidar dela. Isso é claramente indicado pela declaração de Cristo a Maria: “Mulher, eis aí o teu filho” (João 19:26). Por essas duas declarações Jesus primeiro confiou João a Maria e daí, Maria a João. Nesses versos não ocorre exaltação a Maria como mãe de Deus e da humanidade. Isso é pura invenção idolátrica católica.
Essas conclusões preliminares extraídas da contextualização do livro de Apocalipse propiciam a base para um estudo mais detido da profecia fundamental da marca e o número da besta. Tais estudos demonstram que a questão-chave no conflito final é o culto apropriado a Deus. A profecia de João sobre a marca e o número da besta apela aos crentes para reconhecerem, não sinais externos ou títulos papais, mas o falso culto global promovido por uma variedade de religiões, inclusive o catolicismo.
A melhor proteção contra os enganos dos tempos finais da falsa adoração é o selo de Deus, manifestado na vida pelo poder capacitador do Espírito em obediência aos mandamentos de Deus.
Samuele Bacchiocchi, Ph.D., professor aposentado de História Eclesiástica e Teologia da Universidade Andrews, Berrien Springs, Michigan, EUA.
(Tradução: Azenilto Brito)
quinta-feira, maio 31, 2007
O Apocalipse e a marca da besta – Parte 5
O escopo global do falso culto
O cristianismo com seus 2,1 bilhões de membros nominais representa 33% da população mundial (cerca de 6 bilhões de pessoas). Mas a maioria da população cristã da Europa Ocidental consiste de cristãos não-praticantes. Freqüentam ocasionalmente a igreja nos eventos especiais e percebem a religião como uma herança cultural, em grande medida irrelevante para sua vida diária. O problema da falsa adoração nos países cristãos é tão difundida quanto em países não-cristãos.
A falsa adoração promovida pelo Islã
Em seguida ao cristianismo vem o Islã, com 1,3 bilhões de membros. Representam 21% da população mundial. O Islã também desempenha um papel profético relevante ao promover o falso culto do tempo do fim da trindade iníqua de Apocalipse 13. Incorpora o Espírito do Anticristo por negar a divindade de Cristo (1 João 2:22,23), Sua crucifixão, ressurreição e ascensão ao céu.
Para os muçulmanos, o ensino bíblico de que Cristo é o Filho de Deus seria blasfemo. “Blasfemam aqueles que dizem: Deus é um de três numa Trindade, pois não há Deus, exceto Um Deus” (Surata 5:76). O ensino do Islã da unidade absoluta de Deus deriva de sua crença de que Deus está “lá no alto, distante” e além de qualquer relacionamento íntimo. Ele vive num isolamento solitário. Tal ensino procede das seitas gnósticas que viviam na Arábia Saudita ao tempo de Maomé. Em contraste, o Deus da Bíblia consiste de três Pessoas que vivem em eterna comunhão. Ele é tanto transcendente quanto imanente, além e dentro de Sua criação.
Não há provisão de salvação no Islã. Os muçulmanos obtêm a salvação mediante rituais religiosos como orar, jejuar, dar esmolas e fazer peregrinações a Meca. Alá é um Deus temível que requer total submissão a suas regras e rituais. Por exemplo, se um muçulmano não ora a Alá diariamente, ele terá que cumprir os deveres que deixou de cumprir no inferno, antes de ir para o céu. Os muçulmanos adoram a Alá mais por temor de punição sobre a Terra e no céu.
Há uma impressionante semelhança entre o Islã e o catolicismo em seu respectivo entendimento da importância das boas obras para alcançar a salvação. Tanto no catolicismo quanto no Islã, a salvação é o resultado de uma combinação de graça e obras. No catolicismo, a graça de Deus é infundida nos crentes para capacitá-los a realizar boas obras necessárias para merecer a salvação no dia do juízo.
Numa linha de raciocínio semelhante, no Islã a salvação é uma combinação da graça de Alá e as obras dos muçulmanos. No Dia do Juízo, se as boas obras de um muçulmano ultrapassarem as más, e se Alá aceitar suas boas obras, então podem ser perdoados de todos os seus pecados e entrar no Paraíso. Portanto, o Islã é uma religião de salvação pelas obras porque combina as obras do homem com a graça de Alá.
O Alá do Corão explicitamente promove matança de pagãos, judeus e cristãos que não aceitarem o Islã. “Quando os meses proibidos passarem, então lutai e matai os pagãos onde quer que os encontreis, cercai-os e permanecei à espreita por eles com todo estratagema (de guerra). Mas se eles se arrependerem, e estabelecerem orações regulares e praticarem caridade regular [se tornarem muçulmanos], então abri-lhes o caminho” (Surata 9:5).
Esse método de evangelismo por coerção revela-se em total contraste com os ensinos do Deus bíblico para ganhar homens e mulheres para o Seu Reino, proclamando-lhes as Boas Novas de Sua graça salvadora mediante o sacrifício expiatório de Cristo.
(Continua...)
O cristianismo com seus 2,1 bilhões de membros nominais representa 33% da população mundial (cerca de 6 bilhões de pessoas). Mas a maioria da população cristã da Europa Ocidental consiste de cristãos não-praticantes. Freqüentam ocasionalmente a igreja nos eventos especiais e percebem a religião como uma herança cultural, em grande medida irrelevante para sua vida diária. O problema da falsa adoração nos países cristãos é tão difundida quanto em países não-cristãos.
A falsa adoração promovida pelo Islã
Em seguida ao cristianismo vem o Islã, com 1,3 bilhões de membros. Representam 21% da população mundial. O Islã também desempenha um papel profético relevante ao promover o falso culto do tempo do fim da trindade iníqua de Apocalipse 13. Incorpora o Espírito do Anticristo por negar a divindade de Cristo (1 João 2:22,23), Sua crucifixão, ressurreição e ascensão ao céu.
Para os muçulmanos, o ensino bíblico de que Cristo é o Filho de Deus seria blasfemo. “Blasfemam aqueles que dizem: Deus é um de três numa Trindade, pois não há Deus, exceto Um Deus” (Surata 5:76). O ensino do Islã da unidade absoluta de Deus deriva de sua crença de que Deus está “lá no alto, distante” e além de qualquer relacionamento íntimo. Ele vive num isolamento solitário. Tal ensino procede das seitas gnósticas que viviam na Arábia Saudita ao tempo de Maomé. Em contraste, o Deus da Bíblia consiste de três Pessoas que vivem em eterna comunhão. Ele é tanto transcendente quanto imanente, além e dentro de Sua criação.
Não há provisão de salvação no Islã. Os muçulmanos obtêm a salvação mediante rituais religiosos como orar, jejuar, dar esmolas e fazer peregrinações a Meca. Alá é um Deus temível que requer total submissão a suas regras e rituais. Por exemplo, se um muçulmano não ora a Alá diariamente, ele terá que cumprir os deveres que deixou de cumprir no inferno, antes de ir para o céu. Os muçulmanos adoram a Alá mais por temor de punição sobre a Terra e no céu.
Há uma impressionante semelhança entre o Islã e o catolicismo em seu respectivo entendimento da importância das boas obras para alcançar a salvação. Tanto no catolicismo quanto no Islã, a salvação é o resultado de uma combinação de graça e obras. No catolicismo, a graça de Deus é infundida nos crentes para capacitá-los a realizar boas obras necessárias para merecer a salvação no dia do juízo.
Numa linha de raciocínio semelhante, no Islã a salvação é uma combinação da graça de Alá e as obras dos muçulmanos. No Dia do Juízo, se as boas obras de um muçulmano ultrapassarem as más, e se Alá aceitar suas boas obras, então podem ser perdoados de todos os seus pecados e entrar no Paraíso. Portanto, o Islã é uma religião de salvação pelas obras porque combina as obras do homem com a graça de Alá.
O Alá do Corão explicitamente promove matança de pagãos, judeus e cristãos que não aceitarem o Islã. “Quando os meses proibidos passarem, então lutai e matai os pagãos onde quer que os encontreis, cercai-os e permanecei à espreita por eles com todo estratagema (de guerra). Mas se eles se arrependerem, e estabelecerem orações regulares e praticarem caridade regular [se tornarem muçulmanos], então abri-lhes o caminho” (Surata 9:5).
Esse método de evangelismo por coerção revela-se em total contraste com os ensinos do Deus bíblico para ganhar homens e mulheres para o Seu Reino, proclamando-lhes as Boas Novas de Sua graça salvadora mediante o sacrifício expiatório de Cristo.
(Continua...)
O Apocalipse e a marca da besta – Parte 4
Advertência contra o falso culto relevante hoje
A advertência de João contra o falso culto ultrapassa o seu tempo, alcançando até o fim da história. Isso é indicado pelo fato de que as tentativas finais da besta de impor a falsa adoração são imediatamente seguidas pelo anúncio da queda de Babilônia e o julgamento sobre a besta e seus seguidores por ocasião da vinda do Filho do Homem nas nuvens do céu (Apoc.14:14).
Ao tempo de João o falso culto era promovido especialmente mediante o culto ao Imperador, o que forçava os cristãos a terem que escolher entre Cristo ou César. Hoje o falso culto é promovido por uma variedade de agências satânicas mediante religiões tanto cristãos quanto pagãs. Isso torna a profecia da marca e número da besta particularmente relevante para o nosso tempo.
A centralidade da profecia da marca da Besta
Antes de discutir o escopo global do falso culto hoje, é importante observar a localização da profecia da marca da besta no centro do livro. A profecia é precedida pela grande batalha entre Cristo e o dragão no capítulo 12 e seguida pelo apelo divino final através das mensagens dos três anjos em Apocalipse 14, seguidas pelos juízos finais de Deus sobre a humanidade, especialmente Babilônia.
Em seu livro The Deep Things of God, John Paulien escreve: “No centro do livro do Apocalipse arma-se a grande batalha entre o dragão e o remanescente. Esta seção, com suas mensagens dos três anjos é o centro em torno do qual se estrutura o conteúdo do que João deseja transmitir. É a chave para entender o livro inteiro... Aqui Deus estabelece Sua agenda para o evento final da história da Terra” (pág. 122).
A importância da profecia da marca da besta é evidente quando se examina a chamada literatura quiástica do Apocalipse. Vários eruditos têm feito notar que as mensagens do Apocalipse são expostas como um quiasma. A palavra “quiasma” deriva da letra “X” em forma de cruz, e é empregada para descrever a estrutura literária típica da literatura hebraica. Embora as composições literárias sigam um padrão A-B-C com o clímax sendo atingido no fim, a estrutura quiástica se caracteriza por uma linha A-B-A. Num esboço quiástico o relato progride de A para B, e então de volta ao A. Mas o segundo “A” expande o pensamento do primeiro “A”, como numa escala musical onde as mesmas notas mantêm-se retornando, mas num tom mais elevado.
É importante observar também que numa estrutura quiástica o clímax do relato ocorre ao centro, com as seções precedente e seguinte movendo-se para cima e para distante dela. No Apocalipse a primeira metade do quiasma é histórica, enfocando eventos da história da Igreja cristã, enquanto a segunda parte é escatológica, tratando de eventos que levam à consumação da redenção.
O centro da seção sobre a CRISE FINAL contém o tema teológico central do livro: O grande conflito entre Cristo e Satanás, que começa no céu e prossegue sobre a Terra, onde o dragão persegue o remanescente. Em sua desesperada tentativa para suprimir o genuíno culto a Deus, o dragão dá poder à besta que sobe do mar e à besta que sobe da Terra para impor o falso culto, colocando a marca e o número da besta sobre os seus seguidores. As tentativas da besta de suprimir a adoração de Deus (Apoc. 13) são seguidas pela advertência final de Deus à humanidade e os juízos sobre Satanás e seus seguidores.
O ponto desta discussão sobre a estrutura quiástica do Apocalipse é que a profecia que estamos para estudar sobre a marca e o número da besta não é uma profecia isolada tratando com marcas externas dos títulos do papa, mas uma profecia central e fundamental que descreve em dramáticas imagens a tentativa desesperada final de Satanás em vencer sua batalha contra Deus, promovendo e impondo um falso culto idólatra.
A marca e o número da besta representam as tentativas desesperadas de Satanás de vencer a batalha pela mente e o coração da humanidade, antes que Deus intervenha para executar os Seus juízos sobre o dragão, a besta, o falso profeta, e os ímpios, a fim de resolver o conflito cósmico por destruir permanentemente os ímpios e estabelecer um novo mundo.
A questão-chave no conflito final é a adoração apropriada de Deus. A profecia de João a respeito da marca e o número da besta apela aos crentes para que reconheçam, não títulos papais, mas a adoração falsa global promovida por uma variedade de religiões, incluindo o catolicismo.
No tempo de João, os cristãos defrontavam o desafio do falso culto, promovido especialmente pelo Imperador Domiciano, que desejava ser adorado como “DEUS E SENHOR”. Adicionalmente os cristãos tinham que enfrentar as religiões mais atrativas dos mistérios de Mitra, Cibele e Ísis, que ofereciam esperança para a vida no além. Hoje o desafio aos cristãos do falso culto é bem mais complexo e difundido.
(Continua...)
A advertência de João contra o falso culto ultrapassa o seu tempo, alcançando até o fim da história. Isso é indicado pelo fato de que as tentativas finais da besta de impor a falsa adoração são imediatamente seguidas pelo anúncio da queda de Babilônia e o julgamento sobre a besta e seus seguidores por ocasião da vinda do Filho do Homem nas nuvens do céu (Apoc.14:14).
Ao tempo de João o falso culto era promovido especialmente mediante o culto ao Imperador, o que forçava os cristãos a terem que escolher entre Cristo ou César. Hoje o falso culto é promovido por uma variedade de agências satânicas mediante religiões tanto cristãos quanto pagãs. Isso torna a profecia da marca e número da besta particularmente relevante para o nosso tempo.
A centralidade da profecia da marca da Besta
Antes de discutir o escopo global do falso culto hoje, é importante observar a localização da profecia da marca da besta no centro do livro. A profecia é precedida pela grande batalha entre Cristo e o dragão no capítulo 12 e seguida pelo apelo divino final através das mensagens dos três anjos em Apocalipse 14, seguidas pelos juízos finais de Deus sobre a humanidade, especialmente Babilônia.
Em seu livro The Deep Things of God, John Paulien escreve: “No centro do livro do Apocalipse arma-se a grande batalha entre o dragão e o remanescente. Esta seção, com suas mensagens dos três anjos é o centro em torno do qual se estrutura o conteúdo do que João deseja transmitir. É a chave para entender o livro inteiro... Aqui Deus estabelece Sua agenda para o evento final da história da Terra” (pág. 122).
A importância da profecia da marca da besta é evidente quando se examina a chamada literatura quiástica do Apocalipse. Vários eruditos têm feito notar que as mensagens do Apocalipse são expostas como um quiasma. A palavra “quiasma” deriva da letra “X” em forma de cruz, e é empregada para descrever a estrutura literária típica da literatura hebraica. Embora as composições literárias sigam um padrão A-B-C com o clímax sendo atingido no fim, a estrutura quiástica se caracteriza por uma linha A-B-A. Num esboço quiástico o relato progride de A para B, e então de volta ao A. Mas o segundo “A” expande o pensamento do primeiro “A”, como numa escala musical onde as mesmas notas mantêm-se retornando, mas num tom mais elevado.
É importante observar também que numa estrutura quiástica o clímax do relato ocorre ao centro, com as seções precedente e seguinte movendo-se para cima e para distante dela. No Apocalipse a primeira metade do quiasma é histórica, enfocando eventos da história da Igreja cristã, enquanto a segunda parte é escatológica, tratando de eventos que levam à consumação da redenção.
O centro da seção sobre a CRISE FINAL contém o tema teológico central do livro: O grande conflito entre Cristo e Satanás, que começa no céu e prossegue sobre a Terra, onde o dragão persegue o remanescente. Em sua desesperada tentativa para suprimir o genuíno culto a Deus, o dragão dá poder à besta que sobe do mar e à besta que sobe da Terra para impor o falso culto, colocando a marca e o número da besta sobre os seus seguidores. As tentativas da besta de suprimir a adoração de Deus (Apoc. 13) são seguidas pela advertência final de Deus à humanidade e os juízos sobre Satanás e seus seguidores.
O ponto desta discussão sobre a estrutura quiástica do Apocalipse é que a profecia que estamos para estudar sobre a marca e o número da besta não é uma profecia isolada tratando com marcas externas dos títulos do papa, mas uma profecia central e fundamental que descreve em dramáticas imagens a tentativa desesperada final de Satanás em vencer sua batalha contra Deus, promovendo e impondo um falso culto idólatra.
A marca e o número da besta representam as tentativas desesperadas de Satanás de vencer a batalha pela mente e o coração da humanidade, antes que Deus intervenha para executar os Seus juízos sobre o dragão, a besta, o falso profeta, e os ímpios, a fim de resolver o conflito cósmico por destruir permanentemente os ímpios e estabelecer um novo mundo.
A questão-chave no conflito final é a adoração apropriada de Deus. A profecia de João a respeito da marca e o número da besta apela aos crentes para que reconheçam, não títulos papais, mas a adoração falsa global promovida por uma variedade de religiões, incluindo o catolicismo.
No tempo de João, os cristãos defrontavam o desafio do falso culto, promovido especialmente pelo Imperador Domiciano, que desejava ser adorado como “DEUS E SENHOR”. Adicionalmente os cristãos tinham que enfrentar as religiões mais atrativas dos mistérios de Mitra, Cibele e Ísis, que ofereciam esperança para a vida no além. Hoje o desafio aos cristãos do falso culto é bem mais complexo e difundido.
(Continua...)
O Apocalipse e a marca da besta – Parte 3
A escolha entre aliança a Cristo ou a César
Ao espalhar-se o culto ao imperador pelo Império Romano, especialmente na Província da Ásia, o profeta João pôde ver nisso os sinais da crise vindoura, quando “os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apoc. 13:8'). João reconheceu que os cristãos em breve teriam que escolher entre sua aliança a César ou a Cristo, como o seu Senhor.
O próprio João tomou a decisão de ser fiel a Cristo e pagou o preço de ser exilado à ilha de Patmos, diminuta e “esquecida por Deus”. Ele nos conta que estava na ilha, não num giro evangelístico, mas “por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Apoc. 1:9). Mais provavelmente o “testemunho de Jesus” refere-se à decisão de João de adorar a Cristo como Dominus et Deus – Senhor e Deus, em vez de ao Imperador Domiciano.
O termo “Senhor” – Dominus em latim, ou Kurios em grego, ” tornou-se o campo de batalha de lealdades”. Os cristãos tinham que escolher se adoravam a Cristo ou a César como o seu SENHOR. Isso nos ajuda a entender por que o anjo elogia aqueles cristãos que tinham “perseverança e por amor do meu nome” sofreram, sem desfalecer (Apoc. 2:3), permanecendo fiéis: “Não negaste a minha fé” (Apoc. 2:13).
Mas se o Imperador julgou que Patmos era um lugar ideal, esquecido por Deus, para isolar João, um influente líder da Igreja na Ásia Menor, ele estava errado. Pois foi daquela pequena ilha que o Espírito de Deus lhe deu mensagens para atender as suas necessidades espirituais e a cada uma das sete Igrejas na Ásia Menor (Apoc. 1-3). Ademais, o anjo o levou em visão para o céu, junto ao próprio trono de Deus (Apoc. 4 e 5). Dali foi-lhe mostrado o desdobrar do conflito entre Deus e Satanás, até a vitória final e o estabelecimento de um novo mundo.
A influência do culto pagão sobre as Igrejas Cristãs
A segunda razão para a centralidade da adoração em Apocalipse é a preocupação de João com a influência do culto pagão sobre as congregações cristãs da Ásia Menor. Detectamos essa preocupação nas mensagens de repreensão a seis das sete igrejas. As mensagens revelam que algumas congregações foram condicionadas pelo culto pagão ao seu redor. Quando comparado com o resto dos livros do Novo Testamento, o Apocalipse contém repreensões bem severas. A razão é que João confronta alguns ensinos que causavam divisões e que eram promovidos por certos membros influentes.
Em Apocalipse 2, João descreve esses falsos ensinos por três nomes diferentes: os nicolaítas, Balaão e Jezabel. “Entretanto, algumas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem” (Apoc. 2:14). A mesma questão de “comerem das coisas sacrificadas a ídolos” é mencionada com referência a Jezabel.
Aparentemente esses falsos ensinadores não viam nada errado em participar no culto pagão ao Imperador e deuses por comer alimentos que haviam sido consagrados em seus altares. Esse comprometimento com o culto pagão ameaçava a vida espiritual de algumas congregações. Por exemplo, é dito à Igreja de Sardes: “Conheço as tuas obras; tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma o restante, que estava para morrer” (Apoc. 3:1-2).
A carta de Plínio ao Imperador Trajano poucos anos mais tarde (111 AD) confirma a preocupação de João com o comprometimento com o culto pagão por um crescente número de cristãos. Plínio, governador da Bitínia, escreveu: “O contágio dessa superstição [cristianismo] tem se espalhado não só pelas cidades, mas também pelas aldeias e fazendas. Mas parece possível deter e curar isso. Certamente é por demais claro que os templos, que estavam quase desertos, começaram a ser freqüentados, que o estabelecimento de ritos religiosos, há muito negligenciados, estão sendo reativados, e que de toda parte estão vindo sacrifícios de animais, para os quais até agora poucos compradores têm sido encontrados. Daí, é fácil imaginar que uma multidão de pessoas pode ser reformada se uma oportunidade para arrependimento lhes for concedida” (Plínio, Cartas X, 97).
Nessa época crítica quando alguns cristãos estavam comprometendo sua aliança com Cristo a fim de ajustar-se ao mundo pagão, João, de seu exílio em Patmos, os chama a um despertamento e reconhece a natureza demoníaca do culto ao Imperador. Roma é uma besta habilitada por Satanás para requerer a adoração que a Deus pertence. O tema central do Apocalipse é um chamado à fidelidade no contexto da influência sedutora do culto idolátrico da sociedade romana.
(Continua...)
Ao espalhar-se o culto ao imperador pelo Império Romano, especialmente na Província da Ásia, o profeta João pôde ver nisso os sinais da crise vindoura, quando “os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apoc. 13:8'). João reconheceu que os cristãos em breve teriam que escolher entre sua aliança a César ou a Cristo, como o seu Senhor.
O próprio João tomou a decisão de ser fiel a Cristo e pagou o preço de ser exilado à ilha de Patmos, diminuta e “esquecida por Deus”. Ele nos conta que estava na ilha, não num giro evangelístico, mas “por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Apoc. 1:9). Mais provavelmente o “testemunho de Jesus” refere-se à decisão de João de adorar a Cristo como Dominus et Deus – Senhor e Deus, em vez de ao Imperador Domiciano.
O termo “Senhor” – Dominus em latim, ou Kurios em grego, ” tornou-se o campo de batalha de lealdades”. Os cristãos tinham que escolher se adoravam a Cristo ou a César como o seu SENHOR. Isso nos ajuda a entender por que o anjo elogia aqueles cristãos que tinham “perseverança e por amor do meu nome” sofreram, sem desfalecer (Apoc. 2:3), permanecendo fiéis: “Não negaste a minha fé” (Apoc. 2:13).
Mas se o Imperador julgou que Patmos era um lugar ideal, esquecido por Deus, para isolar João, um influente líder da Igreja na Ásia Menor, ele estava errado. Pois foi daquela pequena ilha que o Espírito de Deus lhe deu mensagens para atender as suas necessidades espirituais e a cada uma das sete Igrejas na Ásia Menor (Apoc. 1-3). Ademais, o anjo o levou em visão para o céu, junto ao próprio trono de Deus (Apoc. 4 e 5). Dali foi-lhe mostrado o desdobrar do conflito entre Deus e Satanás, até a vitória final e o estabelecimento de um novo mundo.
A influência do culto pagão sobre as Igrejas Cristãs
A segunda razão para a centralidade da adoração em Apocalipse é a preocupação de João com a influência do culto pagão sobre as congregações cristãs da Ásia Menor. Detectamos essa preocupação nas mensagens de repreensão a seis das sete igrejas. As mensagens revelam que algumas congregações foram condicionadas pelo culto pagão ao seu redor. Quando comparado com o resto dos livros do Novo Testamento, o Apocalipse contém repreensões bem severas. A razão é que João confronta alguns ensinos que causavam divisões e que eram promovidos por certos membros influentes.
Em Apocalipse 2, João descreve esses falsos ensinos por três nomes diferentes: os nicolaítas, Balaão e Jezabel. “Entretanto, algumas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem” (Apoc. 2:14). A mesma questão de “comerem das coisas sacrificadas a ídolos” é mencionada com referência a Jezabel.
Aparentemente esses falsos ensinadores não viam nada errado em participar no culto pagão ao Imperador e deuses por comer alimentos que haviam sido consagrados em seus altares. Esse comprometimento com o culto pagão ameaçava a vida espiritual de algumas congregações. Por exemplo, é dito à Igreja de Sardes: “Conheço as tuas obras; tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma o restante, que estava para morrer” (Apoc. 3:1-2).
A carta de Plínio ao Imperador Trajano poucos anos mais tarde (111 AD) confirma a preocupação de João com o comprometimento com o culto pagão por um crescente número de cristãos. Plínio, governador da Bitínia, escreveu: “O contágio dessa superstição [cristianismo] tem se espalhado não só pelas cidades, mas também pelas aldeias e fazendas. Mas parece possível deter e curar isso. Certamente é por demais claro que os templos, que estavam quase desertos, começaram a ser freqüentados, que o estabelecimento de ritos religiosos, há muito negligenciados, estão sendo reativados, e que de toda parte estão vindo sacrifícios de animais, para os quais até agora poucos compradores têm sido encontrados. Daí, é fácil imaginar que uma multidão de pessoas pode ser reformada se uma oportunidade para arrependimento lhes for concedida” (Plínio, Cartas X, 97).
Nessa época crítica quando alguns cristãos estavam comprometendo sua aliança com Cristo a fim de ajustar-se ao mundo pagão, João, de seu exílio em Patmos, os chama a um despertamento e reconhece a natureza demoníaca do culto ao Imperador. Roma é uma besta habilitada por Satanás para requerer a adoração que a Deus pertence. O tema central do Apocalipse é um chamado à fidelidade no contexto da influência sedutora do culto idolátrico da sociedade romana.
(Continua...)
O Apocalipse e a marca da besta – Parte 2
Adoração, Tema Central do Apocalipse
A segunda conclusão significativa que emergiu de meu estudo preliminar é que adoração é o tema central do Apocalipse. É a chave para entender muito do livro. Nenhum outro livro da Bíblia contém tantas cenas de adoração. Vez após vez foram mostrados a João seres celestes e terrestres louvando a Deus (4:9; 7:12; 11:17) e servindo-O em Seu templo (7:15; 22:3).
Os adoradores cantam o cântico de Moisés e do Cordeiro (5:9; 14:3; 15:3). Dão louvor a Deus (19:5) e glorificam o Seu nome (15:4). Anciãos, anjos e criaturas viventes prostram-se perante Ele e O adoram (4:10; 5:8,14; 7:11; 11:16; 19:4). A palavra “Amém” e a exclamação “Aleluia” são encontrados regularmente em ambientações de culto (1:6,7; 5:14; 7:12; 19:4; 19:1, 3, 4, 6).
O verbo “adorar” (proskuneo) — um termo litúrgico fundamental — ocorre 24 vezes no Apocalipse. Isso representa quase metade de ocasiões de tais ocorrências em todo o Novo Testamento. A adoração a Deus e ao Cordeiro irradia do epicentro da sala do trono de Deus, em círculos concêntricos expansivos que incluem as quatro criaturas viventes (19:4), os vinte e quatro anciãos (4:10; 5:14; 11:16; 19:4), todos os anjos (7:11), e todas as nações (15:4). A convocação final à humanidade é o chamado, “Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apo. 14:7; ênfase acrescentada). Declarado de modo simples, descobri que a adoração é a chave que abre o Apocalipse. Entendendo a razão para a centralidade da adoração em Apocalipse podemos interpretar a profecia da marca e número da besta em seu apropriado cenário histórico.
Adoração É a Causa Original do Grande Conflito
A terceira conclusão é intimamente relacionada à segunda. Descobri que a razão porque a adoração é tão central no Apocalipse é pelo fato de que a João foi mostrado em visão que a adoração é a causa original da titânica controvérsia entre Cristo e Satanás. Em Apocalipse 12, João descreve como essa controvérsia sobre adoração se iniciou no céu, quando Miguel e seus anjos combateram e derrotaram o dragão (Satanás), ambos tendo sido lançados para a Terra.
Após a expulsão do céu, Satanás tornou este planeta o teatro de suas operações, empregando todos os seus recursos para suprimir a adoração e os adoradores do verdadeiro Deus, promovendo, em lugar disso, o falso culto a si mesmo, mediante a trindade iníqua, representada pelo dragão, a besta do mar e a besta da terra, conhecida também como o “falso profeta”.
O conflito chega a um clímax em Apocalipse 13, onde Satanás, representado pelo Dragão, dá poder à besta do mar e à besta da terra para imporem o seu falso culto, colocando uma marca, um nome e o número 666 sobre as testas e mãos de seus seguidores. Assim, como veremos, a marca, nome e número da besta representam a natureza da falsa adoração, promovida pela trindade iníqua.
Por que a Adoração é uma questão crítica no Apocalipse?
Por que a Adoração é uma questão crítica no Apocalipse? Por que a adoração não é o tema central de outros livros neotestamentários? Por que somente em Apocalipse os cristãos são advertidos contra as terríveis conseqüências de participar do falso culto?
Lemos, por exemplo, em Apocalipse 14:9-11: “Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na fronte, ou na mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, nem aquele que recebe o sinal do seu nome”.
Por que tão severa advertência contra a falsa adoração é encontrada no Apocalipse? Nas epístolas paulinas o tema central é fé versus obras, mas em Apocalipse o tema central é a verdadeira contra a falsa adoração. Qual é a razão para essa diferença em ênfase? Há duas respostas a esta pergunta e ambas são sugeridas pela ambientação histórica do livro.
A Ameaça do Culto ao Imperador
A primeira razão para a centralidade e conflito sobre adoração se acha na ameaça do culto ao Imperador. Ao tempo em que João redigia o seu livro o culto ao imperador havia penetrado nas instituições políticas e econômicas do Império Romano, de modo a tornar-se crescentemente difícil a cristãos conscienciosos permanecerem fiéis a Cristo.
O culto ao Imperador teve início sob o Imperador César Augusto (27 AC – 14 AD) como um meio de unificar a multiplicidade de nações que constituíam o Império Romano, promovendo lealdade comum e um senso de destino nacional. Foi, contudo, pelo fim do primeiro século, durante o reinado do Imperador Domiciano (81-96), que o culto ao Imperador representou a maior ameaça à Igreja cristã.
Conquanto o pai de Domiciano, Vespasiano (69-79) e seu irmão Tito (79-81), receberam honrarias divinas por ocasião da morte, o Imperador Domiciano desejou obtê-las durante o seu tempo de vida. O historiador romano Suetônio nos informa que Domiciano referia-se a si próprio grandiloqüentemente como “Dominus et Deus” – Senhor e Deus. Suetônio prossegue: “E assim surgiu o costume de daí em diante dirigir-se a ele em nenhum outro modo, mesmo por escrito ou em conversa. Ele não permitia que nenhuma estátua fosse erguida em sua honra no Capitólio, exceto de ouro ou prata e de certo peso pré-estabelecido”. (Suetônio, Domitian xiii).
O culto ao Imperador tornou-se um teste de fé para os cristãos. Mais tarde discutiremos a carta que Plínio, governador da Bitínia, escreveu em 111 AD ao Imperador Trajano para obter instruções sobre como proceder contra os cristãos. Ele explica que o procedimento era perguntar-lhes se eram cristãos. Os que assim o confessassem eram executados, mas os que alegavam não mais serem cristãos eram requeridos adorar a imagem do imperador, oferecendo incenso e vinho perante a mesma. O culto à “imagem da besta” era um terrível teste para a fé cristã. Isso nos ajuda a entender por que João fala da besta da terra instando as pessoas a fazerem “uma imagem à besta” (Apoc. 13:14), e fazendo com “que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta” (Apoc. 13:15).
(Continua...)
A segunda conclusão significativa que emergiu de meu estudo preliminar é que adoração é o tema central do Apocalipse. É a chave para entender muito do livro. Nenhum outro livro da Bíblia contém tantas cenas de adoração. Vez após vez foram mostrados a João seres celestes e terrestres louvando a Deus (4:9; 7:12; 11:17) e servindo-O em Seu templo (7:15; 22:3).
Os adoradores cantam o cântico de Moisés e do Cordeiro (5:9; 14:3; 15:3). Dão louvor a Deus (19:5) e glorificam o Seu nome (15:4). Anciãos, anjos e criaturas viventes prostram-se perante Ele e O adoram (4:10; 5:8,14; 7:11; 11:16; 19:4). A palavra “Amém” e a exclamação “Aleluia” são encontrados regularmente em ambientações de culto (1:6,7; 5:14; 7:12; 19:4; 19:1, 3, 4, 6).
O verbo “adorar” (proskuneo) — um termo litúrgico fundamental — ocorre 24 vezes no Apocalipse. Isso representa quase metade de ocasiões de tais ocorrências em todo o Novo Testamento. A adoração a Deus e ao Cordeiro irradia do epicentro da sala do trono de Deus, em círculos concêntricos expansivos que incluem as quatro criaturas viventes (19:4), os vinte e quatro anciãos (4:10; 5:14; 11:16; 19:4), todos os anjos (7:11), e todas as nações (15:4). A convocação final à humanidade é o chamado, “Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apo. 14:7; ênfase acrescentada). Declarado de modo simples, descobri que a adoração é a chave que abre o Apocalipse. Entendendo a razão para a centralidade da adoração em Apocalipse podemos interpretar a profecia da marca e número da besta em seu apropriado cenário histórico.
Adoração É a Causa Original do Grande Conflito
A terceira conclusão é intimamente relacionada à segunda. Descobri que a razão porque a adoração é tão central no Apocalipse é pelo fato de que a João foi mostrado em visão que a adoração é a causa original da titânica controvérsia entre Cristo e Satanás. Em Apocalipse 12, João descreve como essa controvérsia sobre adoração se iniciou no céu, quando Miguel e seus anjos combateram e derrotaram o dragão (Satanás), ambos tendo sido lançados para a Terra.
Após a expulsão do céu, Satanás tornou este planeta o teatro de suas operações, empregando todos os seus recursos para suprimir a adoração e os adoradores do verdadeiro Deus, promovendo, em lugar disso, o falso culto a si mesmo, mediante a trindade iníqua, representada pelo dragão, a besta do mar e a besta da terra, conhecida também como o “falso profeta”.
O conflito chega a um clímax em Apocalipse 13, onde Satanás, representado pelo Dragão, dá poder à besta do mar e à besta da terra para imporem o seu falso culto, colocando uma marca, um nome e o número 666 sobre as testas e mãos de seus seguidores. Assim, como veremos, a marca, nome e número da besta representam a natureza da falsa adoração, promovida pela trindade iníqua.
Por que a Adoração é uma questão crítica no Apocalipse?
Por que a Adoração é uma questão crítica no Apocalipse? Por que a adoração não é o tema central de outros livros neotestamentários? Por que somente em Apocalipse os cristãos são advertidos contra as terríveis conseqüências de participar do falso culto?
Lemos, por exemplo, em Apocalipse 14:9-11: “Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na fronte, ou na mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, nem aquele que recebe o sinal do seu nome”.
Por que tão severa advertência contra a falsa adoração é encontrada no Apocalipse? Nas epístolas paulinas o tema central é fé versus obras, mas em Apocalipse o tema central é a verdadeira contra a falsa adoração. Qual é a razão para essa diferença em ênfase? Há duas respostas a esta pergunta e ambas são sugeridas pela ambientação histórica do livro.
A Ameaça do Culto ao Imperador
A primeira razão para a centralidade e conflito sobre adoração se acha na ameaça do culto ao Imperador. Ao tempo em que João redigia o seu livro o culto ao imperador havia penetrado nas instituições políticas e econômicas do Império Romano, de modo a tornar-se crescentemente difícil a cristãos conscienciosos permanecerem fiéis a Cristo.
O culto ao Imperador teve início sob o Imperador César Augusto (27 AC – 14 AD) como um meio de unificar a multiplicidade de nações que constituíam o Império Romano, promovendo lealdade comum e um senso de destino nacional. Foi, contudo, pelo fim do primeiro século, durante o reinado do Imperador Domiciano (81-96), que o culto ao Imperador representou a maior ameaça à Igreja cristã.
Conquanto o pai de Domiciano, Vespasiano (69-79) e seu irmão Tito (79-81), receberam honrarias divinas por ocasião da morte, o Imperador Domiciano desejou obtê-las durante o seu tempo de vida. O historiador romano Suetônio nos informa que Domiciano referia-se a si próprio grandiloqüentemente como “Dominus et Deus” – Senhor e Deus. Suetônio prossegue: “E assim surgiu o costume de daí em diante dirigir-se a ele em nenhum outro modo, mesmo por escrito ou em conversa. Ele não permitia que nenhuma estátua fosse erguida em sua honra no Capitólio, exceto de ouro ou prata e de certo peso pré-estabelecido”. (Suetônio, Domitian xiii).
O culto ao Imperador tornou-se um teste de fé para os cristãos. Mais tarde discutiremos a carta que Plínio, governador da Bitínia, escreveu em 111 AD ao Imperador Trajano para obter instruções sobre como proceder contra os cristãos. Ele explica que o procedimento era perguntar-lhes se eram cristãos. Os que assim o confessassem eram executados, mas os que alegavam não mais serem cristãos eram requeridos adorar a imagem do imperador, oferecendo incenso e vinho perante a mesma. O culto à “imagem da besta” era um terrível teste para a fé cristã. Isso nos ajuda a entender por que João fala da besta da terra instando as pessoas a fazerem “uma imagem à besta” (Apoc. 13:14), e fazendo com “que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta” (Apoc. 13:15).
(Continua...)
O Apocalipse e a marca da besta – Parte 1
[O texto a seguir foi escrito por Samuele Bacchiocchi, Ph.D., professor aposentado de História Eclesiástica e Teologia da Universidade Andrews, Berrien Springs, Michigan., EUA, e traduzido por Azenilto Brito.]
Durante as semanas passadas gastei considerável tempo familiarizando-me com o cenário histórico do livro de Apocalipse. Eu muito recomendo o capítulo “O Mundo do Livro de Apocalipse”, da obra de John Paulien The Deep Things of God [As coisas profundas de Deus]. O capítulo oferece uma pesquisa concisa, mas informativa da precária situação da Igreja no tempo de João e os desafios que os cristãos estavam defrontando de fora e de dentro. O capítulo ajuda o leitor a apreciar algumas das questões que João está abordando no Apocalipse.
John Paulien, Ph. D., atualmente serve como Chefe do Departamento de Novo Testamento do Seminário Teológico da Universidade Andrews. Ele é reconhecido como a maior autoridade em literatura joanina, especialmente a respeito do livro de Apocalipse. Em apreciação por sua erudição e contribuição ao entendimento do Apocalipse, ofereci-me a promover e distribuir sem qualquer comissão seus cinco álbuns de 60 CD-ROMS, contendo um total de 120 conferências sobre o livro de Apocalipse. Considerável tempo e esforço foram investidos nessas conferências por uma equipe profissional.
Apocalipse: Uma Perspectiva Tridimensional
A primeira conclusão que emerge de meu estudo preliminar é que Apocalipse não foi escrito como um quebra-cabeça gigante para ser montado dois mil anos depois, mas um poderoso drama destinado a falar sobre os desafios dos leitores originais, bem como das futuras gerações de cristãos. Podemos dizer que o Apocalipse tem uma perspectiva tridimensional: passado, presente e futuro. Essa perspectiva tridimensional se reflete na fórmula empregada três vezes para descrever a Deus como “Aquele que era, que é e que há de vir” (Apoc. 1:4; 1:8; 4:8').
João escreveu a sete congregações reais em sete cidades reais da província romana da Ásia Menor. Era de se esperar que eles lessem, ouvissem e praticassem as palavras da profecia. “Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”. (Apoc. 1:3). O termo grego para “lê” (anaginoskon) significa literalmente “ler com entendimento”. Era esperado que o leitor (pregador) e os ouvintes (a congregação) entendessem as mensagens proféticas.
Este texto promete uma bênção especial ao leitor e ouvinte do livro de Apocalipse. “Os leitores seriam os pregadores—enquanto os ouvintes seriam a congregação reunida ouvindo a leitura. Embora a leitura e o ouvir das profecias sejam muito importantes, a totalidade das bênçãos é pronunciada sob os que conservam suas mensagens” (Ranko Stefanovich, Revelation of Jesus Christ, p. 59).
O Apocalipse Atinge Até a Consumação da Redenção
Mas as profecias do Apocalipse alcançam além do tempo de João, até a consumação da redenção, com o estabelecimento de um novo mundo. Elas descrevem o desenrolar do grande conflito desde seu início no céu até as suas várias manifestações sobre a Terra. Retratam com imagens dramáticas as forças satânicas, representadas pelo dragão, as bestas, e o falso profeta, batalhando pela lealdade dos corações humanos por imposição de um falso culto. Mas a vitória pertence a Cristo, que retorna como “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Apo. 19:6), para destruir os ímpios e estabelecer “um novo céu e uma nova Terra” (Apo. 21:1).
O tema de que trata o livro de Apocalipse poderosamente, não só dirigido a seu público original, como também às gerações futuras de crentes, apela ao discernimento espiritual em interpretar suas mensagens proféticas. Nenhum método simples (preterismo, futurismo, historicismo, idealismo) pode ser usado como um padrão para interpretar todo o Apocalipse. Em vez disso, precisamos examinar cada passagem, perguntando, como assinala John Paulien: “‘Que método é adequado para esta passagem?’ Ao percorrermos o livro de Apocalipse devemos ser sensíveis à evidência do texto. Permitiremos que o texto bíblico governe o que vemos na passagem” (John Paulien, The Deep Things of God, p. 30).
Ao aplicarmos este princípio à profecia concernente à marca e o número da besta, significa que precisamos ser sensíveis à evidência do texto. Acaso sugere que a imposição do falso culto pela besta terá lugar exclusivamente no Fim? Ou já houve um cumprimento inicial no tempo de João? A resposta a esta pergunta será encontrada logo mais ao examinarmos o desafio do culto ao Imperador que João e seus irmãos cristãos estavam enfrentando.
(Continua...)
Durante as semanas passadas gastei considerável tempo familiarizando-me com o cenário histórico do livro de Apocalipse. Eu muito recomendo o capítulo “O Mundo do Livro de Apocalipse”, da obra de John Paulien The Deep Things of God [As coisas profundas de Deus]. O capítulo oferece uma pesquisa concisa, mas informativa da precária situação da Igreja no tempo de João e os desafios que os cristãos estavam defrontando de fora e de dentro. O capítulo ajuda o leitor a apreciar algumas das questões que João está abordando no Apocalipse.
John Paulien, Ph. D., atualmente serve como Chefe do Departamento de Novo Testamento do Seminário Teológico da Universidade Andrews. Ele é reconhecido como a maior autoridade em literatura joanina, especialmente a respeito do livro de Apocalipse. Em apreciação por sua erudição e contribuição ao entendimento do Apocalipse, ofereci-me a promover e distribuir sem qualquer comissão seus cinco álbuns de 60 CD-ROMS, contendo um total de 120 conferências sobre o livro de Apocalipse. Considerável tempo e esforço foram investidos nessas conferências por uma equipe profissional.
Apocalipse: Uma Perspectiva Tridimensional
A primeira conclusão que emerge de meu estudo preliminar é que Apocalipse não foi escrito como um quebra-cabeça gigante para ser montado dois mil anos depois, mas um poderoso drama destinado a falar sobre os desafios dos leitores originais, bem como das futuras gerações de cristãos. Podemos dizer que o Apocalipse tem uma perspectiva tridimensional: passado, presente e futuro. Essa perspectiva tridimensional se reflete na fórmula empregada três vezes para descrever a Deus como “Aquele que era, que é e que há de vir” (Apoc. 1:4; 1:8; 4:8').
João escreveu a sete congregações reais em sete cidades reais da província romana da Ásia Menor. Era de se esperar que eles lessem, ouvissem e praticassem as palavras da profecia. “Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”. (Apoc. 1:3). O termo grego para “lê” (anaginoskon) significa literalmente “ler com entendimento”. Era esperado que o leitor (pregador) e os ouvintes (a congregação) entendessem as mensagens proféticas.
Este texto promete uma bênção especial ao leitor e ouvinte do livro de Apocalipse. “Os leitores seriam os pregadores—enquanto os ouvintes seriam a congregação reunida ouvindo a leitura. Embora a leitura e o ouvir das profecias sejam muito importantes, a totalidade das bênçãos é pronunciada sob os que conservam suas mensagens” (Ranko Stefanovich, Revelation of Jesus Christ, p. 59).
O Apocalipse Atinge Até a Consumação da Redenção
Mas as profecias do Apocalipse alcançam além do tempo de João, até a consumação da redenção, com o estabelecimento de um novo mundo. Elas descrevem o desenrolar do grande conflito desde seu início no céu até as suas várias manifestações sobre a Terra. Retratam com imagens dramáticas as forças satânicas, representadas pelo dragão, as bestas, e o falso profeta, batalhando pela lealdade dos corações humanos por imposição de um falso culto. Mas a vitória pertence a Cristo, que retorna como “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Apo. 19:6), para destruir os ímpios e estabelecer “um novo céu e uma nova Terra” (Apo. 21:1).
O tema de que trata o livro de Apocalipse poderosamente, não só dirigido a seu público original, como também às gerações futuras de crentes, apela ao discernimento espiritual em interpretar suas mensagens proféticas. Nenhum método simples (preterismo, futurismo, historicismo, idealismo) pode ser usado como um padrão para interpretar todo o Apocalipse. Em vez disso, precisamos examinar cada passagem, perguntando, como assinala John Paulien: “‘Que método é adequado para esta passagem?’ Ao percorrermos o livro de Apocalipse devemos ser sensíveis à evidência do texto. Permitiremos que o texto bíblico governe o que vemos na passagem” (John Paulien, The Deep Things of God, p. 30).
Ao aplicarmos este princípio à profecia concernente à marca e o número da besta, significa que precisamos ser sensíveis à evidência do texto. Acaso sugere que a imposição do falso culto pela besta terá lugar exclusivamente no Fim? Ou já houve um cumprimento inicial no tempo de João? A resposta a esta pergunta será encontrada logo mais ao examinarmos o desafio do culto ao Imperador que João e seus irmãos cristãos estavam enfrentando.
(Continua...)
sexta-feira, maio 25, 2007
Domingo do pluralismo
No próximo domingo (dia 27), o Centro para o Cristianismo Progressivo (The Center for Progressive Christianity – TCPC) estará promovendo nos EUA, o “Domingo do Pluralismo” (Pluralism Sunday). Segundo o site do TCPC, a iniciativa é “um passo para derrubar os muros do orgulho e preconceito” presentes na cultura, os quais são responsáveis por promover “a violência física em nossos lares, em nossas comunidades, e no mundo”.
De acordo com a proposta, nesse domingo as igrejas evangélicas devem trazer outras pessoas de diferentes denominações para pregar e dirigir a adoração. Além disso, as igrejas devem tomar tempo para ensinar aos seus membros os valores de outras denominações, tudo em nome do pluralismo.
NOTA: O diálogo entre as religiões pode ser muito proveitoso, porém, é inegável que essa iniciativa ecumênica visa a preparar as religiões para a aceitação da futura Lei Dominical – é um movimento disfarçado para unir as igrejas em torno da guarda do domingo.
De acordo com a proposta, nesse domingo as igrejas evangélicas devem trazer outras pessoas de diferentes denominações para pregar e dirigir a adoração. Além disso, as igrejas devem tomar tempo para ensinar aos seus membros os valores de outras denominações, tudo em nome do pluralismo.
NOTA: O diálogo entre as religiões pode ser muito proveitoso, porém, é inegável que essa iniciativa ecumênica visa a preparar as religiões para a aceitação da futura Lei Dominical – é um movimento disfarçado para unir as igrejas em torno da guarda do domingo.
quinta-feira, maio 24, 2007
Nova diretriz presidencial dá a Bush poder ditatorial
A Diretriz Presidencial de Segurança Nacional e a Diretriz Presidencial de Segurança Interna [Nota: “Homeland Security” é uma agência federal do governo norte-americano encarregada de prevenir, defender e responder aos ataques de terrorismo no território dos EUA], assinada em 9 de maio de 2007, afirma que em caso de um “evento catastrófico”, George W. Bush pode tornar-se o que é melhor descrito como “um ditador”.
“O Presidente deverá conduzir as atividades do Governo Federal para garantir o governo constitucional.”
Essa diretriz, completamente desconhecida pela mídia, e dada sem o escrutínio pelo Congresso, dá a Casa Branca poder ditatorial sem precedentes sobre o governo e o país, contornando o Congresso dos EUA e removendo a separação de poderes. A Diretriz também colocou o secretário de Segurança Interna [Nota: Homeland Security] no cargo de “segurança doméstica”.
Fonte: The Intelligence Daily
(Colaboração: Azenilto Brito e Marcello Flores)
NOTA: “Eventos catastróficos” podem incluir um ataque terrorista, uma pandemia (gripe aviária) ou um desastre natural (terremoto de grande magnitude, furacão, tsunami). A pergunta a se fazer é: Por que justamente agora, na surdina, a Casa Branca lança uma diretriz como essa? O que será que eles sabem que nós ainda não sabemos? Por que o presidente americano deveria ter todo o poder em sua mão em caso de alguma “catástrofe”? É bom lembrar que o poder acumulado de Bush pode ser colocado em prática através da Federal Emergency Management Agency (FEMA) - Agência de Gerenciamento de Emergência Federal.
“O Presidente deverá conduzir as atividades do Governo Federal para garantir o governo constitucional.”
Essa diretriz, completamente desconhecida pela mídia, e dada sem o escrutínio pelo Congresso, dá a Casa Branca poder ditatorial sem precedentes sobre o governo e o país, contornando o Congresso dos EUA e removendo a separação de poderes. A Diretriz também colocou o secretário de Segurança Interna [Nota: Homeland Security] no cargo de “segurança doméstica”.
Fonte: The Intelligence Daily
(Colaboração: Azenilto Brito e Marcello Flores)
NOTA: “Eventos catastróficos” podem incluir um ataque terrorista, uma pandemia (gripe aviária) ou um desastre natural (terremoto de grande magnitude, furacão, tsunami). A pergunta a se fazer é: Por que justamente agora, na surdina, a Casa Branca lança uma diretriz como essa? O que será que eles sabem que nós ainda não sabemos? Por que o presidente americano deveria ter todo o poder em sua mão em caso de alguma “catástrofe”? É bom lembrar que o poder acumulado de Bush pode ser colocado em prática através da Federal Emergency Management Agency (FEMA) - Agência de Gerenciamento de Emergência Federal.
Lobby a favor do fechamento do comércio aos domingos
As associações brasileiras de Supermercados (Abras), de Lojistas de Shoppings (Alshop) e de Shopping Centers (Abrasce), juntamente com a Associação Paulista de Supermercados (Apas) e o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), apresentaram ontem ao Ministério do Trabalho e Emprego uma proposta para alterar a Lei Federal nº 10.101, de 2000, que, entre outros pontos, regulamenta o trabalho aos domingos.
As entidades querem que a lei seja unificada e passe a valer em todo o País. Hoje, apesar de ter abrangência nacional, em alguns estados e municípios, como Bahia e São Paulo, as determinações para essa atividade são diferenciadas. Nesses dois estados, o trabalho no domingo é regulamentado por acordo celebrado entre bases sindicais e patronais. Um dos principais temores do varejo é que a falta de alinhamento nacional dê força a pressões que estão sendo feitas em Brasília para que o comércio deixe de funcionar aos domingos. [Grifo acrescentado].
A principal proposta das lideranças do varejo é a alteração do artigo 6° da lei que determina que, em um período de quatro semanas, a folga do trabalhador caia no domingo, o chamado esquema "três por um". A sugestão do varejo é que seja padronizado o esquema dois por um – a cada dois domingos, um é de descanso –, com a compensação do acréscimo de três dias nas férias do funcionário. A proposta é uma opção ao pedido dos comerciários, que querem a adoção de uma folga dominical a cada domingo trabalhado.
As entidades também vão apresentar a pesquisa que encomendaram ao Ibope sobre a aceitação da população da abertura do comércio aos domingos. [Resultado da pesquisa aqui]
Segundo o presidente da Abras, Sussumu Honda, o setor não conseguiria se manter fechado aos domingos sem demitir grande número de funcionários. Hoje, 73 mil mercados e supermercados do País abrem aos domingos e empregam cerca de 850 mil pessoas. "Se não pudermos abrir nesse dia vamos precisar dispensar até 120 mil desses trabalhadores", disse Honda. Ele ainda diz que não há como acatar a proposta de "um para um" como querem comerciários, já que não haveria mão-de-obra capacitada no mercado para trabalhar em supermercado em quantidade suficiente para cobrir esse rodízio.
Honda também afirmou que o movimento do domingo responde pelo segundo melhor dia nas vendas dos supermercados, ficando atrás apenas do sábado. Cerca de 12% do faturamento da semana é conseguido no domingo. No final de semana todo são faturados 38% dos ganhos semanais do setor.
FONTE: Diário do Comércio
NOTA: O fechamento definitivo do comércio aos domingos provavelmente ocorrerá quando surgir alguma “crise” do tipo energética ou mesmo ambiental. Começará com os EUA e se espalhará pelo mundo. Estamos nos aproximando da grande crise final profetizada pela Bíblia no Apocalipse. O que você está fazendo para se preparar para esse momento?
As entidades querem que a lei seja unificada e passe a valer em todo o País. Hoje, apesar de ter abrangência nacional, em alguns estados e municípios, como Bahia e São Paulo, as determinações para essa atividade são diferenciadas. Nesses dois estados, o trabalho no domingo é regulamentado por acordo celebrado entre bases sindicais e patronais. Um dos principais temores do varejo é que a falta de alinhamento nacional dê força a pressões que estão sendo feitas em Brasília para que o comércio deixe de funcionar aos domingos. [Grifo acrescentado].
A principal proposta das lideranças do varejo é a alteração do artigo 6° da lei que determina que, em um período de quatro semanas, a folga do trabalhador caia no domingo, o chamado esquema "três por um". A sugestão do varejo é que seja padronizado o esquema dois por um – a cada dois domingos, um é de descanso –, com a compensação do acréscimo de três dias nas férias do funcionário. A proposta é uma opção ao pedido dos comerciários, que querem a adoção de uma folga dominical a cada domingo trabalhado.
As entidades também vão apresentar a pesquisa que encomendaram ao Ibope sobre a aceitação da população da abertura do comércio aos domingos. [Resultado da pesquisa aqui]
Segundo o presidente da Abras, Sussumu Honda, o setor não conseguiria se manter fechado aos domingos sem demitir grande número de funcionários. Hoje, 73 mil mercados e supermercados do País abrem aos domingos e empregam cerca de 850 mil pessoas. "Se não pudermos abrir nesse dia vamos precisar dispensar até 120 mil desses trabalhadores", disse Honda. Ele ainda diz que não há como acatar a proposta de "um para um" como querem comerciários, já que não haveria mão-de-obra capacitada no mercado para trabalhar em supermercado em quantidade suficiente para cobrir esse rodízio.
Honda também afirmou que o movimento do domingo responde pelo segundo melhor dia nas vendas dos supermercados, ficando atrás apenas do sábado. Cerca de 12% do faturamento da semana é conseguido no domingo. No final de semana todo são faturados 38% dos ganhos semanais do setor.
FONTE: Diário do Comércio
NOTA: O fechamento definitivo do comércio aos domingos provavelmente ocorrerá quando surgir alguma “crise” do tipo energética ou mesmo ambiental. Começará com os EUA e se espalhará pelo mundo. Estamos nos aproximando da grande crise final profetizada pela Bíblia no Apocalipse. O que você está fazendo para se preparar para esse momento?
quinta-feira, maio 17, 2007
Bento XVI no Brasil: verdades e mentiras – Parte 3
Segundo a agência ACI, o papa discursou na sessão de abertura da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano propondo a prática da Eucaristia (leia-se missa dominical) como estratégia para construir o verdadeiro amor na sociedade. "Só da Eucaristia brotará a civilização do amor, que transformará a América Latina e o Caribe para que, além de ser o Continente da Esperança, seja também o Continente do Amor!", afirmou o bispo de Roma. Em seguida, fez o apelo: "Temos que motivar os cristãos para que participem dela ativamente e, se for possível, melhor com a família. A assistência dos pais com seus filhos à celebração eucarística dominical é uma pedagogia eficaz para comunicar a fé e um estreito vínculo que mantém a unidade entre eles. O domingo significou, ao longo da vida da Igreja, o momento privilegiado do encontro das comunidades com o Senhor ressuscitado... Por isso a celebração dominical da Eucaristia tem que ser o centro da vida cristã". (O blog Diário da Profecia também postou a notícia.)
Além disso, já na sexta-feira, em um discurso na Catedral da Sé, em São Paulo, dirigido ao episcopado brasileiro, o papa foi bem claro ao dar o seu recado: “A única Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro” (O Estado de S. Paulo, 12 de maio de 2007).
Dessa forma, as duas notícias citadas acima demonstram a que ponto pode chegar a teologia católica ao colocar a autoridade da Igreja acima da própria autoridade das Escrituras Sagradas. O descanso dominical (e não o descanso sabático, como prescrevem as Escrituras) foi uma invenção de Roma, uma flagrante mudança do quarto mandamento da Lei de Deus sem autorização bíblica. A maior confirmação desse fato nos é dada pelo Dr. Samuele Bacchiocchi, teólogo adventista e italiano de nascimento. O Dr. Bacchiocchi resolveu fazer o doutorado na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (a mais famosa universidade católica do mundo). E desenvolveu sua tese doutoral em cima do tema “Do sábado para o domingo”, utilizando para sua pesquisa inclusive documentos da própria biblioteca do Vaticano. Algo impensável até então. (Ele foi o primeiro teólogo protestante a cursar o doutorado naquela Universidade.) Resultado: em 1977, sua tese foi aprovada e publicada pela universidade com o Imprimatur oficial da Igreja Católica. Recebeu ainda um diploma com a assinatura do próprio papa Paulo VI (então bispo de Roma). Atualmente, Bacchiocchi reside nos EUA, trabalha como escritor e realiza palestras e seminários sobre “O Dia do Senhor”. Quatro dessas palestras (incluindo um pouco da história do autor) podem ser lidas em português no site do Prof. Azenilto Brito. (Vale a pena conferir.)
É lamentável ver que a Igreja Romana se auto-intitula a única igreja de Cristo na Terra, mas diminui a autoridade das Escrituras Sagradas deixando de lado muitos ensinamentos do próprio Senhor Jesus. Pelo jeito, a viagem de Bento XVI ao Brasil não contribuirá muito para deter a evasão de fiéis católicos.
“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lucas 6:46).
Além disso, já na sexta-feira, em um discurso na Catedral da Sé, em São Paulo, dirigido ao episcopado brasileiro, o papa foi bem claro ao dar o seu recado: “A única Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro” (O Estado de S. Paulo, 12 de maio de 2007).
Dessa forma, as duas notícias citadas acima demonstram a que ponto pode chegar a teologia católica ao colocar a autoridade da Igreja acima da própria autoridade das Escrituras Sagradas. O descanso dominical (e não o descanso sabático, como prescrevem as Escrituras) foi uma invenção de Roma, uma flagrante mudança do quarto mandamento da Lei de Deus sem autorização bíblica. A maior confirmação desse fato nos é dada pelo Dr. Samuele Bacchiocchi, teólogo adventista e italiano de nascimento. O Dr. Bacchiocchi resolveu fazer o doutorado na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (a mais famosa universidade católica do mundo). E desenvolveu sua tese doutoral em cima do tema “Do sábado para o domingo”, utilizando para sua pesquisa inclusive documentos da própria biblioteca do Vaticano. Algo impensável até então. (Ele foi o primeiro teólogo protestante a cursar o doutorado naquela Universidade.) Resultado: em 1977, sua tese foi aprovada e publicada pela universidade com o Imprimatur oficial da Igreja Católica. Recebeu ainda um diploma com a assinatura do próprio papa Paulo VI (então bispo de Roma). Atualmente, Bacchiocchi reside nos EUA, trabalha como escritor e realiza palestras e seminários sobre “O Dia do Senhor”. Quatro dessas palestras (incluindo um pouco da história do autor) podem ser lidas em português no site do Prof. Azenilto Brito. (Vale a pena conferir.)
É lamentável ver que a Igreja Romana se auto-intitula a única igreja de Cristo na Terra, mas diminui a autoridade das Escrituras Sagradas deixando de lado muitos ensinamentos do próprio Senhor Jesus. Pelo jeito, a viagem de Bento XVI ao Brasil não contribuirá muito para deter a evasão de fiéis católicos.
“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lucas 6:46).
Bento XVI no Brasil: verdades e mentiras – Parte 2
O clímax da visita do bispo de Roma ao Brasil ocorreu na missa celebrada no Campo de Marte, em São Paulo, onde foi canonizado Frei Galvão, o primeiro santo verde-amarelo. Possivelmente, as implicações teológicas desse evento são o melhor indicativo do abismo existente entre a teologia católica e o protestantismo.
A Igreja Católica, ao canonizar os santos, apresenta-os aos fiéis como “intercessores” diante de Deus e também incentiva sua adoração (aos santos) na forma de imagens. Uma flagrante violação do segundo mandamento da Lei de Deus: “Não farás para ti imagem de escultura... não as adorarás, nem lhes darás culto” (Êxodo 20:4 e 5). (Só para lembrar: a ICAR aboliu o segundo mandamento da Lei de Deus por sua própria autoridade.)
Como surgiu, então, essa doutrina espúria de “santos” tornarem-se intercessores? A resposta é uma só: foi copiada do modelo pagão do Império Romano. O teólogo Orlando Jerônimo de Oliveira assim explica: “A mitologia clássica da Grécia e de Roma ensinava a existência de Dii Majores, divindades superiores, e Dii Minores, divindades inferiores. Os pagãos acreditavam que os Dii Majores possuíam todo o poder e autoridade e que os Dii Minores serviam de mediadores entre os deuses e os mortais, de tal modo que a mitologia grega no Império Romano consistia de muitos deuses e muitos mediadores. Acreditava-se que quando um homem se fazia notável por seus feitos, conquistas e invenções ou qualquer outra coisa que o distinguisse como benfeitor do gênero humano, podia ser canonizado e posto no número dos deuses inferiores. Como deus inferior ou semi-deus vinha a ser um mediador. A simpatia por seus semelhantes, somada aos méritos o tornavam idôneo para desempenhar as funções de intercessor entre os mortais e os deuses maiores. Os filósofos pagãos Hesíodo, Platão, Apuleo, e outros, falam todos nesse sentido. O filósofo Apuleo disse: ‘Os semi-deuses são inteligências intermediárias, por meio das quais nossas orações e necessidades chegam ao conhecimento dos deuses. São mediadores entre os habitantes da Terra e os habitantes do Céu. Eles levam para lá as nossas orações e trazem para a Terra os favores implorados. Eles vão e voltam como portadores das súplicas dos homens e dos auxílios da parte dos deuses’” (A Igreja Católica nas Profecias, p. 107, 108. Editora Ados).
Como a ICAR apresenta um “santo” para cada necessidade da vida humana (casamenteiro, livrar-se da dívida, etc.), o ministério intercessor de Jesus no Céu fica esvaziado, sem sentido. A profecia bíblica já havia advertido de que isso ocorreria: “Sim, engrandeceu-se até o príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo” (Daniel 8:11). O poder por trás dessa profecia é o poder romano (tanto o Império quanto a Igreja Romana, posteriormente). Se o “exército dos céus” contra quem o chifre pequeno lutou são os “santos de Deus”, então o Príncipe do exército é o próprio Filho de Deus: Jesus Cristo. O Império Romano “engrandeceu-se” contra Ele na pessoa de Pilatos e dos soldados romanos que O torturaram e O crucificaram. E “deitaram o lugar do seu santuário abaixo” quando no ano 70 d.C. os romanos destruíram Jerusalém e o templo dos judeus, não deixando ali “pedra sobre pedra”. Já a Igreja Romana, levantou-se contra Cristo e “dEle tirou o sacrifício diário” quando substituiu alguns dos ensinamentos bíblicos por tradições humanas. A melhor tradução para “sacrifício diário” é “contínuo”, e não se refere ao sacrifício mas sim à intercessão contínua de Cristo no santuário celestial: “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém, no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” (Hebreus 9:24). De alguma forma a Igreja Cristã anulou a intercessão que Cristo foi realizar no Céu. Na verdade, além de alterar a Lei de Deus, os Dez mandamentos, o poder religioso de Roma transferiu o ato de intercessão pelo pecador para o líder da igreja, para os sacerdotes. Deitaram abaixo o lugar do santuário de Deus, invalidando a contínua intercessão de Cristo, sem falar da multidão de “santos intercessores” criados pela Igreja como imitação do paganismo romano.
Pesa ainda o fato de que a igreja foi capaz até de comercializar o perdão vendendo indulgências, método contra o qual se levantou Martinho Lutero. Tudo isso contribuiu para desfigurar a imagem de Deus e Sua obra de salvação pela humanidade. De acordo com o Papa Leão XIII, a missa substituiu o trabalho de Cristo no santuário celestial: “Os sacrifícios do Velho Concerto eram sombras do futuro sacrifício da cruz muito antes já do nascimento de Cristo. Após a Sua ascensão ao Céu, um sacrifício idêntico continuou na missa... Nosso Divino Redentor quis que o sacrifício consumado uma vez na cruz se prolongasse para sempre. E isto é feito através da missa” (citado por Edwin Thiele, Apostila de Daniel). De fato, Pedro, quando diante de um pecador para conceder-lhe perdão, não assumiu essa responsabilidade que só compete a Jesus, mas aconselhou-o a rogar a Deus pelo perdão (Atos 8:20-23).
“Porquanto, há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5).
A Igreja Católica, ao canonizar os santos, apresenta-os aos fiéis como “intercessores” diante de Deus e também incentiva sua adoração (aos santos) na forma de imagens. Uma flagrante violação do segundo mandamento da Lei de Deus: “Não farás para ti imagem de escultura... não as adorarás, nem lhes darás culto” (Êxodo 20:4 e 5). (Só para lembrar: a ICAR aboliu o segundo mandamento da Lei de Deus por sua própria autoridade.)
Como surgiu, então, essa doutrina espúria de “santos” tornarem-se intercessores? A resposta é uma só: foi copiada do modelo pagão do Império Romano. O teólogo Orlando Jerônimo de Oliveira assim explica: “A mitologia clássica da Grécia e de Roma ensinava a existência de Dii Majores, divindades superiores, e Dii Minores, divindades inferiores. Os pagãos acreditavam que os Dii Majores possuíam todo o poder e autoridade e que os Dii Minores serviam de mediadores entre os deuses e os mortais, de tal modo que a mitologia grega no Império Romano consistia de muitos deuses e muitos mediadores. Acreditava-se que quando um homem se fazia notável por seus feitos, conquistas e invenções ou qualquer outra coisa que o distinguisse como benfeitor do gênero humano, podia ser canonizado e posto no número dos deuses inferiores. Como deus inferior ou semi-deus vinha a ser um mediador. A simpatia por seus semelhantes, somada aos méritos o tornavam idôneo para desempenhar as funções de intercessor entre os mortais e os deuses maiores. Os filósofos pagãos Hesíodo, Platão, Apuleo, e outros, falam todos nesse sentido. O filósofo Apuleo disse: ‘Os semi-deuses são inteligências intermediárias, por meio das quais nossas orações e necessidades chegam ao conhecimento dos deuses. São mediadores entre os habitantes da Terra e os habitantes do Céu. Eles levam para lá as nossas orações e trazem para a Terra os favores implorados. Eles vão e voltam como portadores das súplicas dos homens e dos auxílios da parte dos deuses’” (A Igreja Católica nas Profecias, p. 107, 108. Editora Ados).
Como a ICAR apresenta um “santo” para cada necessidade da vida humana (casamenteiro, livrar-se da dívida, etc.), o ministério intercessor de Jesus no Céu fica esvaziado, sem sentido. A profecia bíblica já havia advertido de que isso ocorreria: “Sim, engrandeceu-se até o príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo” (Daniel 8:11). O poder por trás dessa profecia é o poder romano (tanto o Império quanto a Igreja Romana, posteriormente). Se o “exército dos céus” contra quem o chifre pequeno lutou são os “santos de Deus”, então o Príncipe do exército é o próprio Filho de Deus: Jesus Cristo. O Império Romano “engrandeceu-se” contra Ele na pessoa de Pilatos e dos soldados romanos que O torturaram e O crucificaram. E “deitaram o lugar do seu santuário abaixo” quando no ano 70 d.C. os romanos destruíram Jerusalém e o templo dos judeus, não deixando ali “pedra sobre pedra”. Já a Igreja Romana, levantou-se contra Cristo e “dEle tirou o sacrifício diário” quando substituiu alguns dos ensinamentos bíblicos por tradições humanas. A melhor tradução para “sacrifício diário” é “contínuo”, e não se refere ao sacrifício mas sim à intercessão contínua de Cristo no santuário celestial: “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém, no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” (Hebreus 9:24). De alguma forma a Igreja Cristã anulou a intercessão que Cristo foi realizar no Céu. Na verdade, além de alterar a Lei de Deus, os Dez mandamentos, o poder religioso de Roma transferiu o ato de intercessão pelo pecador para o líder da igreja, para os sacerdotes. Deitaram abaixo o lugar do santuário de Deus, invalidando a contínua intercessão de Cristo, sem falar da multidão de “santos intercessores” criados pela Igreja como imitação do paganismo romano.
Pesa ainda o fato de que a igreja foi capaz até de comercializar o perdão vendendo indulgências, método contra o qual se levantou Martinho Lutero. Tudo isso contribuiu para desfigurar a imagem de Deus e Sua obra de salvação pela humanidade. De acordo com o Papa Leão XIII, a missa substituiu o trabalho de Cristo no santuário celestial: “Os sacrifícios do Velho Concerto eram sombras do futuro sacrifício da cruz muito antes já do nascimento de Cristo. Após a Sua ascensão ao Céu, um sacrifício idêntico continuou na missa... Nosso Divino Redentor quis que o sacrifício consumado uma vez na cruz se prolongasse para sempre. E isto é feito através da missa” (citado por Edwin Thiele, Apostila de Daniel). De fato, Pedro, quando diante de um pecador para conceder-lhe perdão, não assumiu essa responsabilidade que só compete a Jesus, mas aconselhou-o a rogar a Deus pelo perdão (Atos 8:20-23).
“Porquanto, há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5).
quarta-feira, maio 16, 2007
Bento XVI no Brasil: verdades e mentiras – Parte 1
A passagem de Bento XVI pelo Brasil mobilizou 3.200 jornalistas de todo o mundo. (Para os jogos PAN 2007, estão sendo esperados 3.000 jornalistas.) Só esse número já é suficiente para concluir que, atualmente, o poder político (e também religioso) do Vaticano é inversamente proporcional ao seu tamanho geográfico. Cada palavra proferida por Bento XVI nessa viagem foi registrada e analisada pela mídia. Como era de se esperar, houve até uma “overdose” de notícias relacionadas à viagem papal. (Não foi difícil encontrar pessoas com comentários do tipo “Não agüento mais ouvir notícias sobre o papa”.)
A própria mídia percebeu que o objetivo da viagem de Bento XVI ao Brasil foi “promover o estilo de vida católico”. O papa usou o púlpito brasileiro para explicar ao mundo “o que é ser católico”. A razão é simples: a Igreja Católica passa por uma crise de identidade não só no Brasil, como no mundo todo. Por um lado, pressionados pela visão secular-relativista do pós-modernismo, e de outro lado inconformados com posições “radicais” da moral ensinada pela própria Igreja (algumas posições são realmente radicais), muitos fiéis estão abandonando o redil católico, sendo que alguns o fazem só em “espírito”, outros em “espírito e corpo” – vários dos quais passam a congregar em igrejas evangélicas, para desespero do Vaticano.
Alguns temas enfatizados por Bento XVI em seus discursos também são comuns aos protestantes (igrejas tradicionais): a santidade da vida (contra o aborto), a santidade do matrimônio tradicional (contra a união homossexual), a castidade antes do casamento e a fidelidade depois do voto matrimonial. Outro exemplo pode ser encontrado na exortação de Bento XVI, proferida durante a missa no Campo de Marte, em São Paulo: “É preciso dizer não àqueles meios de comunicação social que ridicularizam a santidade do matrimônio e a virgindade antes do casamento.” (Imagine como seria fantástico se todos os cristãos colocassem em prática essa exortação!)
Todavia, entre a teologia do catolicismo e a teologia protestante tradicional ainda existe um abismo intransponível. Sem dúvida, a diferença principal é a questão sobre a autoridade das Escrituras Sagradas. Enquanto o protestantismo coloca a autoridade das Escrituras Sagradas como norma final para a fé e a prática, o catolicismo insiste em afirmar que a autoridade das Escrituras Sagradas está subordinada à autoridade da Igreja. Daí, como se pode ver, decorrem todas as outras diferenças teológicas. A começar pela figura e a autoridade do papa (palavra em latim que significa “pai”). Se os católicos seguissem os ensinamentos de Jesus registrados nos Evangelhos, seu corretor-mór perderia o emprego: “A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus” (Mateus 23:9).
Quanto à autoridade do papa supostamente ser derivada da autoridade concedida a Pedro pelo próprio Cristo (Mateus 16:18 e 19), esse argumento é mais um exemplo do tipo de teologia que faz a Igreja Católica, colocando a autoridade da Igreja acima da autoridade das Escrituras Sagradas. Assim, ela é capaz de usar um texto bíblico que lhe convém, e ao mesmo tempo ignorar muitos outros textos que apontam seus erros. Ora, se o papa acredita ser o sucessor de Pedro, por que, então, ele não segue o exemplo do apóstolo em determinadas questões: (1) Pedro nunca assumiu o papel de intercessor manifestando a pretensão de perdoar os pecados (Atos 8:20-23); (2) Pedro também não aceitava homenagens de adoração (Atos 10:25 e 26).
"Mas Deus terá sobre a Terra um povo que mantenha a Bíblia, e a Bíblia só, como norma de todas as doutrinas e base de todas as reformas. As opiniões de homens ilustrados, as deduções da ciência, os credos ou decisões dos concílios eclesiásticos, tão numerosos e discordantes como são as igrejas que representam, a voz da maioria – nenhuma destas coisas, nem todas em conjunto deveriam considerar-se como prova, em favor ou contra qualquer ponto da fé religiosa. Antes de aceitar qualquer doutrina ou preceito, devemos pedir em seu apoio um claro ‘Assim diz o Senhor’. Satanás se esforça constantemente por atrair a atenção para o homem, em lugar de Deus. Induz o povo a olhar para os bispos, pastores, professores de teologia, como seus guias, em vez de examinarem as Escrituras a fim de, por si mesmos, aprenderem seu dever" (O Grande Conflito, p. 595).
A própria mídia percebeu que o objetivo da viagem de Bento XVI ao Brasil foi “promover o estilo de vida católico”. O papa usou o púlpito brasileiro para explicar ao mundo “o que é ser católico”. A razão é simples: a Igreja Católica passa por uma crise de identidade não só no Brasil, como no mundo todo. Por um lado, pressionados pela visão secular-relativista do pós-modernismo, e de outro lado inconformados com posições “radicais” da moral ensinada pela própria Igreja (algumas posições são realmente radicais), muitos fiéis estão abandonando o redil católico, sendo que alguns o fazem só em “espírito”, outros em “espírito e corpo” – vários dos quais passam a congregar em igrejas evangélicas, para desespero do Vaticano.
Alguns temas enfatizados por Bento XVI em seus discursos também são comuns aos protestantes (igrejas tradicionais): a santidade da vida (contra o aborto), a santidade do matrimônio tradicional (contra a união homossexual), a castidade antes do casamento e a fidelidade depois do voto matrimonial. Outro exemplo pode ser encontrado na exortação de Bento XVI, proferida durante a missa no Campo de Marte, em São Paulo: “É preciso dizer não àqueles meios de comunicação social que ridicularizam a santidade do matrimônio e a virgindade antes do casamento.” (Imagine como seria fantástico se todos os cristãos colocassem em prática essa exortação!)
Todavia, entre a teologia do catolicismo e a teologia protestante tradicional ainda existe um abismo intransponível. Sem dúvida, a diferença principal é a questão sobre a autoridade das Escrituras Sagradas. Enquanto o protestantismo coloca a autoridade das Escrituras Sagradas como norma final para a fé e a prática, o catolicismo insiste em afirmar que a autoridade das Escrituras Sagradas está subordinada à autoridade da Igreja. Daí, como se pode ver, decorrem todas as outras diferenças teológicas. A começar pela figura e a autoridade do papa (palavra em latim que significa “pai”). Se os católicos seguissem os ensinamentos de Jesus registrados nos Evangelhos, seu corretor-mór perderia o emprego: “A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus” (Mateus 23:9).
Quanto à autoridade do papa supostamente ser derivada da autoridade concedida a Pedro pelo próprio Cristo (Mateus 16:18 e 19), esse argumento é mais um exemplo do tipo de teologia que faz a Igreja Católica, colocando a autoridade da Igreja acima da autoridade das Escrituras Sagradas. Assim, ela é capaz de usar um texto bíblico que lhe convém, e ao mesmo tempo ignorar muitos outros textos que apontam seus erros. Ora, se o papa acredita ser o sucessor de Pedro, por que, então, ele não segue o exemplo do apóstolo em determinadas questões: (1) Pedro nunca assumiu o papel de intercessor manifestando a pretensão de perdoar os pecados (Atos 8:20-23); (2) Pedro também não aceitava homenagens de adoração (Atos 10:25 e 26).
"Mas Deus terá sobre a Terra um povo que mantenha a Bíblia, e a Bíblia só, como norma de todas as doutrinas e base de todas as reformas. As opiniões de homens ilustrados, as deduções da ciência, os credos ou decisões dos concílios eclesiásticos, tão numerosos e discordantes como são as igrejas que representam, a voz da maioria – nenhuma destas coisas, nem todas em conjunto deveriam considerar-se como prova, em favor ou contra qualquer ponto da fé religiosa. Antes de aceitar qualquer doutrina ou preceito, devemos pedir em seu apoio um claro ‘Assim diz o Senhor’. Satanás se esforça constantemente por atrair a atenção para o homem, em lugar de Deus. Induz o povo a olhar para os bispos, pastores, professores de teologia, como seus guias, em vez de examinarem as Escrituras a fim de, por si mesmos, aprenderem seu dever" (O Grande Conflito, p. 595).
sexta-feira, maio 11, 2007
Papa quer acordo entre Vaticano e Brasil até 2010
O papa Bento 16 manifestou nesta quinta-feira, durante encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, o desejo de ver firmado um acordo entre o Vaticano e o Brasil durante o seu pontificado e o atual mandato de Lula, até 2010.
A revelação foi feita pela embaixadora do Brasil no Vaticano, Vera Machado, que contou que o acordo regulamentaria a ação da Igreja no Brasil, abordando o ensino de religião nas escolas, a isenção fiscal para as paróquias e outros temas.
"Eles (o Vaticano) sentem falta desse status de um acordo internacional que tem com outros países", disse a embaixadora.
Apesar de ser o país com o maior número de católicos no mundo, o Brasil ainda não tem um acordo específico com o Estado do Vaticano, que foi um dos primeiros a reconhecer a independência do país.
Uma proposta de acordo foi enviada pela Santa Sé ao Itamaraty em dezembro do ano passado, mas o governo brasileiro vem resistindo aos pedidos da Igreja e prefere remeter os temas para a legislação brasileira já em vigor.
Leia mais BBC Brasil.
NOTA: Está sendo uma grande surpresa (e boa) saber que o Brasil deixará de assinar, no momento, uma concordata com o Vaticano, que já tem acordos desse tipo com mais de cem países. Só não devemos nos iludir achando que o governo brasileiro agiu assim porque morre de amores pela liberdade religiosa. Ledo engano. A motivação é política mesmo. O governo do Brasil está alinhado com o socialismo-pagão (coletivista) da futura Nova Ordem Mundial (NOM), fato comprovado ao verificar os vários projetos de Lei já apresentados em Brasília (e outros que ainda serão apresentados) que visam a promover a agenda da NOM no Brasil:
- Legalização da prostituição (Projeto de Lei 98/2003).
- Proibição de castigo físico pelos pais (PL 2654/2003) – (Diminuir a autoridade dos pais).
- Tornar crime de delito o discordar do homossexualismo (PL 5003/2001).
- Legalizar o aborto (em breve).
- Legalizar a eutanásia (em breve).
- Legalizar drogas ilícitas – maconha... (em breve).
- Desarmar a população civil (já submetido à consulta popular).
Sem mencionar o fato de que não é porque o governo brasileiro deixou de assinar a concordata agora que isso significa que nunca mais assinará. No futuro breve, aproveitando alguma ocasião em que haja menos holofotes, essa concordata poderá ser assinada.
“Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Isaías 40:8).
A revelação foi feita pela embaixadora do Brasil no Vaticano, Vera Machado, que contou que o acordo regulamentaria a ação da Igreja no Brasil, abordando o ensino de religião nas escolas, a isenção fiscal para as paróquias e outros temas.
"Eles (o Vaticano) sentem falta desse status de um acordo internacional que tem com outros países", disse a embaixadora.
Apesar de ser o país com o maior número de católicos no mundo, o Brasil ainda não tem um acordo específico com o Estado do Vaticano, que foi um dos primeiros a reconhecer a independência do país.
Uma proposta de acordo foi enviada pela Santa Sé ao Itamaraty em dezembro do ano passado, mas o governo brasileiro vem resistindo aos pedidos da Igreja e prefere remeter os temas para a legislação brasileira já em vigor.
Leia mais BBC Brasil.
NOTA: Está sendo uma grande surpresa (e boa) saber que o Brasil deixará de assinar, no momento, uma concordata com o Vaticano, que já tem acordos desse tipo com mais de cem países. Só não devemos nos iludir achando que o governo brasileiro agiu assim porque morre de amores pela liberdade religiosa. Ledo engano. A motivação é política mesmo. O governo do Brasil está alinhado com o socialismo-pagão (coletivista) da futura Nova Ordem Mundial (NOM), fato comprovado ao verificar os vários projetos de Lei já apresentados em Brasília (e outros que ainda serão apresentados) que visam a promover a agenda da NOM no Brasil:
- Legalização da prostituição (Projeto de Lei 98/2003).
- Proibição de castigo físico pelos pais (PL 2654/2003) – (Diminuir a autoridade dos pais).
- Tornar crime de delito o discordar do homossexualismo (PL 5003/2001).
- Legalizar o aborto (em breve).
- Legalizar a eutanásia (em breve).
- Legalizar drogas ilícitas – maconha... (em breve).
- Desarmar a população civil (já submetido à consulta popular).
Sem mencionar o fato de que não é porque o governo brasileiro deixou de assinar a concordata agora que isso significa que nunca mais assinará. No futuro breve, aproveitando alguma ocasião em que haja menos holofotes, essa concordata poderá ser assinada.
“Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Isaías 40:8).
“Vantagens” da futura Lei Dominical
Alguns teólogos e eruditos falam que a Europa está numa era “pós-cristã”, como se o cristianismo ali já tivesse morrido. E esses líderes cristãos preocupados que pensam e se preocupam com tal problema estão propondo soluções. Eu poderia ler centenas de artigos e dissertações, como exemplo, da revista Sunday, publicada regularmente para tratar exatamente desse problema, e noto que há várias propostas freqüentemente feitas. Três delas se destacaram em minha mente. Uma é a proposta legislativa. A segunda pode ser chamada, a proposta educacional, a terceira pode se chamar, a proposta teológica para ajudar a resolver o problema da profanação do Dia do Senhor.
Muitos hoje crêem que o de que precisamos é uma legislação nacional que poria fora da lei todas as atividades que não sejam compatíveis com o espírito do domingo. É argumentado que essa legislação nacional poderia alcançar dois objetivos principais:
1) Preservaria o equilíbrio ecológico de nosso meio-ambiente.
2) Incentivaria ou promoveria a freqüência à igreja aos domingos.
Permitam-me perguntar-lhes: o que pensam a respeito disso? Pensam realmente que uma legislação nacional seria a melhor solução para a prevalecente não-observância, indiferença e negligência do dia do Senhor? O que acham disso?
Eu pessoalmente não creio que em nossa sociedade materialista e pluralista possamos tornar as pessoas religiosas por meio de legislação coerciva. Isso se comprova na Europa, na Itália, Inglaterra, Alemanha onde há leis dominicais que proíbem todo tipo de atividade comercial e industrial. Na Itália, por exemplo, você não pode comprar gasolina aos domingos. Pode haver um posto de gasolina aberto para cada dez.
Assim, tem-se que encher o tanque no sábado se estiver viajando por lá, de outro modo estará sem combustível no domingo. Significa isso que as pessoas são mais religiosas? Não! Só 3 por cento das pessoas vão à igreja aos domingos; 97% vão à igreja só três vezes na vida: quando são batizadas, quando se casam e quando são sepultadas, e neste último caso nem vão por si — são carregadas! ... Assim, isso mostra que a legislação não é a solução para a prevalecente profanação do Dia do Senhor.
E muitos líderes religiosos reconhecem isso, assim estão propondo um programa para educar, iluminar nossa comunidade quanto aos vários benefícios sociais, econômicos, ecológicos, fisiológicos que podem derivar de quando pessoas e máquinas param por um dia no domingo. De fato, um recente artigo da revista Sunday diz que se todas as lojas fechassem aos domingos isso se traduziria em economia: economia em mão de obra, economia em energia, economia que poderia ser transferida para o consumidor em termos de 15% de redução na caixa registradora.
Isso parece bastante atraente, não é mesmo? Outra vez, porém, um programa educacional como esse poderia ter sucesso? Bem, eles estão tratando duro disso. Há pouco recebi, por exemplo, alguns posters que têm sido colocados em algumas partes do país, como este que foi colocado em importantes lojas e que diz: “A abertura aos domingos vai custar-lhe todo dinheiro extra no preço final de suas compras.” Eis aqui outro que diz: “Não se engane. Se esta loja está aberta aos domingos você vai pagar maiores preços sete dias por semana."
Uma vez, permitam-me perguntar: Pode uma campanha educacional como essa realmente ter êxito em educar e convencer as pessoas a se tornarem religiosas no domingo, a assistirem a igreja de sua escolha? O que pensam?
Temo que educação uma vez mais não seja a solução porque a experiência nos ensina que as pessoas não mudam o seu estilo de vida só por causa de uma peça de bom conselho que lhes é dada, não é verdade? Em todo maço de cigarro nos EUA está claramente escrito, em preto e branco, que o Cirurgião Geral (N.T.: equivalente a Ministro da Saúde) determinou que o fumar é prejudicial para a saúde. Esta é uma boa peça de conselho dada por uma autoridade altamente respeitada no país. Contudo, o que vemos? Há mais de 37 milhões de pessoas nesse país somente que preferem consumir sua saúde em fumaça a interromper o hábito de fumar! O que isso demonstra? O que prova? Simplesmente prova que bom conselho, educação por si mesmo não é suficiente.
Dr. Samuele Bacchiocchi
(Trecho de um dos “Seminários do Dia do Senhor” realizados pelo autor – créditos da tradução: Azenilto Brito)
Muitos hoje crêem que o de que precisamos é uma legislação nacional que poria fora da lei todas as atividades que não sejam compatíveis com o espírito do domingo. É argumentado que essa legislação nacional poderia alcançar dois objetivos principais:
1) Preservaria o equilíbrio ecológico de nosso meio-ambiente.
2) Incentivaria ou promoveria a freqüência à igreja aos domingos.
Permitam-me perguntar-lhes: o que pensam a respeito disso? Pensam realmente que uma legislação nacional seria a melhor solução para a prevalecente não-observância, indiferença e negligência do dia do Senhor? O que acham disso?
Eu pessoalmente não creio que em nossa sociedade materialista e pluralista possamos tornar as pessoas religiosas por meio de legislação coerciva. Isso se comprova na Europa, na Itália, Inglaterra, Alemanha onde há leis dominicais que proíbem todo tipo de atividade comercial e industrial. Na Itália, por exemplo, você não pode comprar gasolina aos domingos. Pode haver um posto de gasolina aberto para cada dez.
Assim, tem-se que encher o tanque no sábado se estiver viajando por lá, de outro modo estará sem combustível no domingo. Significa isso que as pessoas são mais religiosas? Não! Só 3 por cento das pessoas vão à igreja aos domingos; 97% vão à igreja só três vezes na vida: quando são batizadas, quando se casam e quando são sepultadas, e neste último caso nem vão por si — são carregadas! ... Assim, isso mostra que a legislação não é a solução para a prevalecente profanação do Dia do Senhor.
E muitos líderes religiosos reconhecem isso, assim estão propondo um programa para educar, iluminar nossa comunidade quanto aos vários benefícios sociais, econômicos, ecológicos, fisiológicos que podem derivar de quando pessoas e máquinas param por um dia no domingo. De fato, um recente artigo da revista Sunday diz que se todas as lojas fechassem aos domingos isso se traduziria em economia: economia em mão de obra, economia em energia, economia que poderia ser transferida para o consumidor em termos de 15% de redução na caixa registradora.
Isso parece bastante atraente, não é mesmo? Outra vez, porém, um programa educacional como esse poderia ter sucesso? Bem, eles estão tratando duro disso. Há pouco recebi, por exemplo, alguns posters que têm sido colocados em algumas partes do país, como este que foi colocado em importantes lojas e que diz: “A abertura aos domingos vai custar-lhe todo dinheiro extra no preço final de suas compras.” Eis aqui outro que diz: “Não se engane. Se esta loja está aberta aos domingos você vai pagar maiores preços sete dias por semana."
Uma vez, permitam-me perguntar: Pode uma campanha educacional como essa realmente ter êxito em educar e convencer as pessoas a se tornarem religiosas no domingo, a assistirem a igreja de sua escolha? O que pensam?
Temo que educação uma vez mais não seja a solução porque a experiência nos ensina que as pessoas não mudam o seu estilo de vida só por causa de uma peça de bom conselho que lhes é dada, não é verdade? Em todo maço de cigarro nos EUA está claramente escrito, em preto e branco, que o Cirurgião Geral (N.T.: equivalente a Ministro da Saúde) determinou que o fumar é prejudicial para a saúde. Esta é uma boa peça de conselho dada por uma autoridade altamente respeitada no país. Contudo, o que vemos? Há mais de 37 milhões de pessoas nesse país somente que preferem consumir sua saúde em fumaça a interromper o hábito de fumar! O que isso demonstra? O que prova? Simplesmente prova que bom conselho, educação por si mesmo não é suficiente.
Dr. Samuele Bacchiocchi
(Trecho de um dos “Seminários do Dia do Senhor” realizados pelo autor – créditos da tradução: Azenilto Brito)
terça-feira, maio 08, 2007
Brasil recusa tratado com a Santa Sé
Jamil Chade - CIDADE DO VATICANO
O Vaticano não conseguirá atingir um dos seus principais objetivos políticos na viagem do papa Bento XVI ao Brasil a partir de amanhã: a assinatura de um acordo com o governo garantindo à Igreja todos os seus direitos no território nacional, inclusive a consolidação de todas as isenções fiscais que recebe, obrigações no setor educacional e mesmo a autorização para que missionários possam entrar em reservas ecológicas e indígenas. O governo ainda teme que o acordo poderia ser, no futuro, interpretado como uma forma de dificultar mudanças nas leis do aborto, já que deixaria claro que o Estado brasileiro e o Vaticano compartilham dos mesmos valores.
A embaixadora do Brasil na Santa Sé, Vera Machado, negou ontem em Brasília que o governo brasileiro já tenha tomado qualquer decisão sobre o assunto. “O acordo está em negociação e não há nenhuma posição pré-fixada em não assinar”, afirmou.
O Brasil se recusou a assinar o acordo proposto no final do ano passado e sugeriu uma versão light do tratado, apenas citando as boas relações entre o Vaticano e o Estado brasileiro e remetendo todas as questões à Constituição e ao Código Civil.
O Estado apurou que o chanceler Celso Amorim nem sequer irá ao encontro entre o papa Bento XVI e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele usará uma desculpa protocolar: como o encontro ocorrerá apenas entre o papa, Lula e o secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertoni, não haveria motivo para a presença do chanceler. O Vaticano não enviará seu “ministro” responsável pelas Relações Exteriores, Dominique Mamberti, já que se trata de uma viagem pastoral.
Protocolo à parte, Amorim conseguiu evitar assim o encontro e tratar do acordo. Do lado brasileiro, apenas Vera Machado estará presente. Segundo ela, o acordo não está na agenda do encontro. A embaixadora reafirmou que essa é uma visita pastoral do papa e não serão discutidos assuntos de governo. “O acordo será discutido em outra ocasião.”
TEMAS DELICADOS
Lula prometeu uma visita ao Vaticano em setembro deste ano para tentar garantir boas relações entre o maior País católico do mundo e a Igreja. Em todo seu governo, o presidente esteve em Roma apenas no funeral do papa João Paulo II.
Quanto ao acordo, o Vaticano alega que vários governos contam com acordos similares com a Santa Sé, entre eles a Itália. Um dos países que recentemente renovaram seu acordo com o Vaticano foi Portugal, em 2004. O entendimento reconhece a personalidade jurídica da Igreja, os feriados religiosos e isenta o clero de deveres judiciais. Mas o acordo com Portugal inclui temas mais delicados. Pela concordata, o casamento religioso é equiparado ao casamento civil, o divórcio passa a ser algo “grave” e ainda estabelece a “educação moral e religiosa católica”. No caso do Brasil, diversas leis garantem certos privilégios à Igreja, como isenção fiscal e reconhecimento da estrutura de poder.
Mas o que o Vaticano queria agora é a união de todas essas leis em um documento único. No fim do ano passado, a Igreja enviou a proposta ao governo, o que pegou Brasília de surpresa. O Itamaraty convocou o Ministério da Fazenda para debater o que isso implicaria às contas nacionais, já que a isenção não é dada apenas às paróquias, mas seminários e outras entidades religiosas.
Na prática, o acordo não significaria uma maior isenção imediata à Igreja. Mas engessaria o governo para o futuro em relação a qualquer mudança. Além disso, o governo teme que a bancada evangélica no Congresso (10% dos parlamentares) se mobilize para obter acordo similar para suas igrejas.
O acordo ainda poderia servir como mais um mecanismo para que o Vaticano garantisse o ensino religioso nas escolas públicas. A Igreja, em sua proposta inicial, fala de “ensino católico”, mas resolveu amenizar os termos para tentar um acordo, o que nem assim foi aprovado pelo governo.
Apesar de não falar diretamente de aborto, o governo teme que o acordo possa ser usado no futuro pela Igreja para pressionar contra reformas da lei que permitam o aborto.
Outro ponto destacado pelo acordo que assustou o governo foi a proposta de que missionários religiosos tenham livre acesso e proteção em reservas indígenas e ambientais, como a Amazônia. A Igreja ficou preocupada com a morte da irmã Dorothy Stang e a citação do tema no acordo seria uma forma de dar proteção aos missionários.
Fonte: O Estado de São Paulo, 08 de Maio de 2007.
NOTA: Mesmo sendo contra a legalização do aborto, devo comemorar a possível recusa do governo brasileiro em assinar uma concordata com o Vaticano, uma vez que por trás desse acordo há a violação do caráter laico da República do Brasil (a união Igreja-Estado sempre é perigosa para a liberdade de consciência).
O Vaticano não conseguirá atingir um dos seus principais objetivos políticos na viagem do papa Bento XVI ao Brasil a partir de amanhã: a assinatura de um acordo com o governo garantindo à Igreja todos os seus direitos no território nacional, inclusive a consolidação de todas as isenções fiscais que recebe, obrigações no setor educacional e mesmo a autorização para que missionários possam entrar em reservas ecológicas e indígenas. O governo ainda teme que o acordo poderia ser, no futuro, interpretado como uma forma de dificultar mudanças nas leis do aborto, já que deixaria claro que o Estado brasileiro e o Vaticano compartilham dos mesmos valores.
A embaixadora do Brasil na Santa Sé, Vera Machado, negou ontem em Brasília que o governo brasileiro já tenha tomado qualquer decisão sobre o assunto. “O acordo está em negociação e não há nenhuma posição pré-fixada em não assinar”, afirmou.
O Brasil se recusou a assinar o acordo proposto no final do ano passado e sugeriu uma versão light do tratado, apenas citando as boas relações entre o Vaticano e o Estado brasileiro e remetendo todas as questões à Constituição e ao Código Civil.
O Estado apurou que o chanceler Celso Amorim nem sequer irá ao encontro entre o papa Bento XVI e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele usará uma desculpa protocolar: como o encontro ocorrerá apenas entre o papa, Lula e o secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertoni, não haveria motivo para a presença do chanceler. O Vaticano não enviará seu “ministro” responsável pelas Relações Exteriores, Dominique Mamberti, já que se trata de uma viagem pastoral.
Protocolo à parte, Amorim conseguiu evitar assim o encontro e tratar do acordo. Do lado brasileiro, apenas Vera Machado estará presente. Segundo ela, o acordo não está na agenda do encontro. A embaixadora reafirmou que essa é uma visita pastoral do papa e não serão discutidos assuntos de governo. “O acordo será discutido em outra ocasião.”
TEMAS DELICADOS
Lula prometeu uma visita ao Vaticano em setembro deste ano para tentar garantir boas relações entre o maior País católico do mundo e a Igreja. Em todo seu governo, o presidente esteve em Roma apenas no funeral do papa João Paulo II.
Quanto ao acordo, o Vaticano alega que vários governos contam com acordos similares com a Santa Sé, entre eles a Itália. Um dos países que recentemente renovaram seu acordo com o Vaticano foi Portugal, em 2004. O entendimento reconhece a personalidade jurídica da Igreja, os feriados religiosos e isenta o clero de deveres judiciais. Mas o acordo com Portugal inclui temas mais delicados. Pela concordata, o casamento religioso é equiparado ao casamento civil, o divórcio passa a ser algo “grave” e ainda estabelece a “educação moral e religiosa católica”. No caso do Brasil, diversas leis garantem certos privilégios à Igreja, como isenção fiscal e reconhecimento da estrutura de poder.
Mas o que o Vaticano queria agora é a união de todas essas leis em um documento único. No fim do ano passado, a Igreja enviou a proposta ao governo, o que pegou Brasília de surpresa. O Itamaraty convocou o Ministério da Fazenda para debater o que isso implicaria às contas nacionais, já que a isenção não é dada apenas às paróquias, mas seminários e outras entidades religiosas.
Na prática, o acordo não significaria uma maior isenção imediata à Igreja. Mas engessaria o governo para o futuro em relação a qualquer mudança. Além disso, o governo teme que a bancada evangélica no Congresso (10% dos parlamentares) se mobilize para obter acordo similar para suas igrejas.
O acordo ainda poderia servir como mais um mecanismo para que o Vaticano garantisse o ensino religioso nas escolas públicas. A Igreja, em sua proposta inicial, fala de “ensino católico”, mas resolveu amenizar os termos para tentar um acordo, o que nem assim foi aprovado pelo governo.
Apesar de não falar diretamente de aborto, o governo teme que o acordo possa ser usado no futuro pela Igreja para pressionar contra reformas da lei que permitam o aborto.
Outro ponto destacado pelo acordo que assustou o governo foi a proposta de que missionários religiosos tenham livre acesso e proteção em reservas indígenas e ambientais, como a Amazônia. A Igreja ficou preocupada com a morte da irmã Dorothy Stang e a citação do tema no acordo seria uma forma de dar proteção aos missionários.
Fonte: O Estado de São Paulo, 08 de Maio de 2007.
NOTA: Mesmo sendo contra a legalização do aborto, devo comemorar a possível recusa do governo brasileiro em assinar uma concordata com o Vaticano, uma vez que por trás desse acordo há a violação do caráter laico da República do Brasil (a união Igreja-Estado sempre é perigosa para a liberdade de consciência).
segunda-feira, maio 07, 2007
ONG propõe "menos filhos" contra aquecimento global
A forma mais barata e efetiva de combater o aquecimento global é reduzir o número de nascimentos para controlar a população global, afirma uma organização não-governamental britânica que lança nesta segunda-feira sua “estratégia para o clima baseada na população”.
Para a organização Optimum Population Trust (OPT), dedicada a defender o controle de natalidade, “o crescimento populacional é amplamente reconhecido como uma das principais causas da mudança climática, mas ainda assim os políticos e os ambientalistas raramente discutem isso por temor a provocar polêmica”.
Segundo o argumento da ONG, mesmo se o mundo todo conseguir uma redução de 60% nos níveis de emissões de CO2 até 2050 em relação aos níveis de 1990, de acordo com as recomendações do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU), isso será praticamente anulado pelo crescimento populacional no período.
“O impacto do crescimento populacional no clima é enorme. Baseado nas emissões médias per capita de 4,4 toneladas de CO2 até 2050 (o cenário ‘médio’ traçado pelo IPCC), o crescimento de 2,5 bilhões na população mundial até aquela data, de 6,7 bilhões para 9,2 bilhões, significará emissões de 11 bilhões de toneladas de CO2 a mais por ano”, afirma o documento de lançamento da campanha.
Camisinha
Segundo os cálculos da OPT, um cidadão britânico médio gera 750 toneladas de CO2 durante sua vida, num impacto equivalente a 620 vôos de ida e volta entre Londres e Nova York.
Considerando um “custo social” de US$ 85 (cerca de R$ 172) por tonelada de CO2, de acordo com o estimado por um relatório do governo britânico, o documento da ONG avalia em 30 mil libras (cerca de R$ 121,5 mil) o custo de cada britânico em sua vida em termos de emissões de dióxido de carbono.
“Uma camisinha de 0,35 libra (cerca de R$ 1,42), que poderia evitar aquele custo de 30 mil libras em um único uso, significa assim um espetacular potencial de retorno para o investimento – cerca de 9.000.000%”, afirma a organização.
“Uma estratégia para o clima baseada na população envolve menos dos impostos, das regulamentações e dos outros limites à liberdade individual e à mobilidade hoje considerados como resposta às mudanças climáticas. Para concluir, seria mais fácil, mais rápido, mais barato, mais livre e mais verde”, conclui o documento.
Fonte: BBC Brasil
NOTA: Essa matéria torna evidente a motivação política que está por trás do tema “aquecimento global”. Seguindo a doutrina malthusiana (leia ECOmenismo – parte 4), não existem “recursos naturais suficientes no planeta para suportar a expansão dos benefícios da moderna civilização industrial”. Daí ser necessário limitar o crescimento populacional e frear o progresso industrial no mundo. (Essa guerra contra o progresso é também uma guerra velada contra o protestantismo – um dos maiores fatores de impulso do progresso da era moderna –, logo, pode-se perceber também a presença do paganismo por trás dessa discussão do aquecimento global.) Outro destaque da matéria acima é a menção, ao final, de “outros limites à liberdade individual e à mobilidade” como sendo propostas válidas para combater o aquecimento global. Você já sabe o que isso, na prática, quer dizer...
“A todos, os pequenos e os grandes, os ricos os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome” (Apocalipse 13:16 e 17).
Para a organização Optimum Population Trust (OPT), dedicada a defender o controle de natalidade, “o crescimento populacional é amplamente reconhecido como uma das principais causas da mudança climática, mas ainda assim os políticos e os ambientalistas raramente discutem isso por temor a provocar polêmica”.
Segundo o argumento da ONG, mesmo se o mundo todo conseguir uma redução de 60% nos níveis de emissões de CO2 até 2050 em relação aos níveis de 1990, de acordo com as recomendações do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU), isso será praticamente anulado pelo crescimento populacional no período.
“O impacto do crescimento populacional no clima é enorme. Baseado nas emissões médias per capita de 4,4 toneladas de CO2 até 2050 (o cenário ‘médio’ traçado pelo IPCC), o crescimento de 2,5 bilhões na população mundial até aquela data, de 6,7 bilhões para 9,2 bilhões, significará emissões de 11 bilhões de toneladas de CO2 a mais por ano”, afirma o documento de lançamento da campanha.
Camisinha
Segundo os cálculos da OPT, um cidadão britânico médio gera 750 toneladas de CO2 durante sua vida, num impacto equivalente a 620 vôos de ida e volta entre Londres e Nova York.
Considerando um “custo social” de US$ 85 (cerca de R$ 172) por tonelada de CO2, de acordo com o estimado por um relatório do governo britânico, o documento da ONG avalia em 30 mil libras (cerca de R$ 121,5 mil) o custo de cada britânico em sua vida em termos de emissões de dióxido de carbono.
“Uma camisinha de 0,35 libra (cerca de R$ 1,42), que poderia evitar aquele custo de 30 mil libras em um único uso, significa assim um espetacular potencial de retorno para o investimento – cerca de 9.000.000%”, afirma a organização.
“Uma estratégia para o clima baseada na população envolve menos dos impostos, das regulamentações e dos outros limites à liberdade individual e à mobilidade hoje considerados como resposta às mudanças climáticas. Para concluir, seria mais fácil, mais rápido, mais barato, mais livre e mais verde”, conclui o documento.
Fonte: BBC Brasil
NOTA: Essa matéria torna evidente a motivação política que está por trás do tema “aquecimento global”. Seguindo a doutrina malthusiana (leia ECOmenismo – parte 4), não existem “recursos naturais suficientes no planeta para suportar a expansão dos benefícios da moderna civilização industrial”. Daí ser necessário limitar o crescimento populacional e frear o progresso industrial no mundo. (Essa guerra contra o progresso é também uma guerra velada contra o protestantismo – um dos maiores fatores de impulso do progresso da era moderna –, logo, pode-se perceber também a presença do paganismo por trás dessa discussão do aquecimento global.) Outro destaque da matéria acima é a menção, ao final, de “outros limites à liberdade individual e à mobilidade” como sendo propostas válidas para combater o aquecimento global. Você já sabe o que isso, na prática, quer dizer...
“A todos, os pequenos e os grandes, os ricos os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome” (Apocalipse 13:16 e 17).
sexta-feira, maio 04, 2007
Diplomatas muçulmanos fazem curso no Vaticano
Em uma iniciativa sem precedentes, diplomatas do Irã, do Iraque, da Arábia Saudita e de vários países muçulmanos do Mediterrâneo e do Oriente Médio irão se encontrar na próxima segunda-feira em Roma para fazer um curso para conhecer e aprender sobre as instituições da Igreja católica e a política internacional da Santa Sé.
O curso, que durará três semanas, duas em Roma e uma em Turim, promovido pela Fundação da Pontifícia Universidade Gregoriana e pelo Instituto Internacional Jacques Maritain, será aberto pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, e pelo cardeal Renato Martino, presidente do Pontifício Conselho de Justiça e Paz.
O objetivo, explicaram os promotores da iniciativa, é fazer com que o mundo muçulmano conheça a realidade da Santa Sé e "contribuir para a formação de mediadores nas relações entre os Estados, os povos e as culturas a fim de favorecer o conhecimento entre os povos e as religiões no complicado contexto atual".
Os diplomatas muçulmanos terão aulas, encontrarão os responsáveis pelos ministérios da Santa Sé e visitarão os locais mais importantes da política vaticana.
A iniciativa teve uma acolhida "extraordinária", explicou hoje, em uma coletiva de imprensa em Roma, o padre Franco Imoda, presidente da Fundação La Gregoriana e reitor da universidade, e o professor Papini, diretor do Instituto Maritain. Entre os países convidados, só Omã e Tunísia recusaram mandar representantes.
Devido a motivos de organização, a Autoridade Nacional Palestina, o Qatar e o Iêmen também não participarão do curso. Estarão presentes os diplomatas da Argélia, Albânia, Arábia Saudita, Barein, Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Kuwait, Irã, Iraque, Líbano, Marrocos, Montenegro, Síria, Turquia, Liga Árabe e Liga das Universidades islâmicas.
Fonte: ANSA
NOTA: O diálogo entre as religiões tem o seu lugar, mas as reais intenções do Vaticano podem ser avaliadas pela contrapartida: Será que o papa Bento XVI aceitaria um convite para enviar seus cardeais para fazer um curso sobre Islamismo em Meca? E se fosse um curso sobre Budismo no Tibete? Que tal um curso sobre Adventismo na Conferência Geral, em Washington?
“...mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta” (Apocalipse 13:3).
O curso, que durará três semanas, duas em Roma e uma em Turim, promovido pela Fundação da Pontifícia Universidade Gregoriana e pelo Instituto Internacional Jacques Maritain, será aberto pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, e pelo cardeal Renato Martino, presidente do Pontifício Conselho de Justiça e Paz.
O objetivo, explicaram os promotores da iniciativa, é fazer com que o mundo muçulmano conheça a realidade da Santa Sé e "contribuir para a formação de mediadores nas relações entre os Estados, os povos e as culturas a fim de favorecer o conhecimento entre os povos e as religiões no complicado contexto atual".
Os diplomatas muçulmanos terão aulas, encontrarão os responsáveis pelos ministérios da Santa Sé e visitarão os locais mais importantes da política vaticana.
A iniciativa teve uma acolhida "extraordinária", explicou hoje, em uma coletiva de imprensa em Roma, o padre Franco Imoda, presidente da Fundação La Gregoriana e reitor da universidade, e o professor Papini, diretor do Instituto Maritain. Entre os países convidados, só Omã e Tunísia recusaram mandar representantes.
Devido a motivos de organização, a Autoridade Nacional Palestina, o Qatar e o Iêmen também não participarão do curso. Estarão presentes os diplomatas da Argélia, Albânia, Arábia Saudita, Barein, Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Kuwait, Irã, Iraque, Líbano, Marrocos, Montenegro, Síria, Turquia, Liga Árabe e Liga das Universidades islâmicas.
Fonte: ANSA
NOTA: O diálogo entre as religiões tem o seu lugar, mas as reais intenções do Vaticano podem ser avaliadas pela contrapartida: Será que o papa Bento XVI aceitaria um convite para enviar seus cardeais para fazer um curso sobre Islamismo em Meca? E se fosse um curso sobre Budismo no Tibete? Que tal um curso sobre Adventismo na Conferência Geral, em Washington?
“...mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta” (Apocalipse 13:3).
Ensino religioso nas escolas públicas
A Comissão de Educação e Cultura vai promover audiência pública para debater o caráter laico do Estado e o ensino religioso na rede pública de ensino. O evento atende requerimento dos deputados Ivan Valente (Psol-SP) e Fernando Gabeira (PV-RJ), aprovado na quarta-feira (2), e ainda não tem data marcada.
Serão convidados um representante da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, representantes de entidades científicas e pesquisadores da área.
Os autores da proposta afirmam que, por iniciativa da secretaria, o Ministério da Educação recolocou em discussão, na sociedade brasileira, a questão do ensino religioso nas redes públicas de ensino.
Os deputados citam reportagem segundo a qual a secretaria teria promovido, em dezembro último, seminário intitulado "Os desafios do ensino religioso como área do conhecimento no contexto escolar". O propósito desse evento, conforme declarações do secretário Ricardo Henriques, do MEC, teria sido "aproveitar o ambiente rico da educação para tentar fazer com que as várias visões de mundo conversem". "O ensino religioso, a partir de uma visão ecumênica, tem a potencialidade de discutir a tolerância e o pluralismo", acrescentou o secretário.
De acordo com os deputados, o secretário descartou, na ocasião, a obrigatoriedade da disciplina, face às determinações que vigoram na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB (9394/96).
"Por se tratar de tema polêmico, recorrente em nossa história e de grande amplitude, entendemos como necessária a realização deste debate", argumentam Gabeira e Valente.
Fonte: Agência Câmara
NOTA: Mesmo feita a ressalva da não obrigatoriedade da disciplina, devemos destacar a perigosa aproximação Igreja-Estado por trás dessa proposta. Termos como “visão ecumênica”, “tolerância” e “pluralismo”, têm sido redefinidos e amplamente empregados para enfraquecer o cristianismo bíblico e estabelecer a Nova Ordem Mundial (a Babilônia do Apocalipse). Não é por acaso que em alguns países, como os EUA, está crescendo uma modalidade de ensino (amparada por lei) chamada Homeschooling (ensino em casa), onde os pais descontentes com a influência do ensino público podem efetuar a educação dos filhos em casa – os principais adeptos dessa modalidade têm sido os cristãos que discordam de posturas como o liberalismo, o evolucionismo, o coletivismo e o ecumenismo, cada vez mais presentes no ensino público.
“Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor...” (2 Pedro 3:10).
Serão convidados um representante da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, representantes de entidades científicas e pesquisadores da área.
Os autores da proposta afirmam que, por iniciativa da secretaria, o Ministério da Educação recolocou em discussão, na sociedade brasileira, a questão do ensino religioso nas redes públicas de ensino.
Os deputados citam reportagem segundo a qual a secretaria teria promovido, em dezembro último, seminário intitulado "Os desafios do ensino religioso como área do conhecimento no contexto escolar". O propósito desse evento, conforme declarações do secretário Ricardo Henriques, do MEC, teria sido "aproveitar o ambiente rico da educação para tentar fazer com que as várias visões de mundo conversem". "O ensino religioso, a partir de uma visão ecumênica, tem a potencialidade de discutir a tolerância e o pluralismo", acrescentou o secretário.
De acordo com os deputados, o secretário descartou, na ocasião, a obrigatoriedade da disciplina, face às determinações que vigoram na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB (9394/96).
"Por se tratar de tema polêmico, recorrente em nossa história e de grande amplitude, entendemos como necessária a realização deste debate", argumentam Gabeira e Valente.
Fonte: Agência Câmara
NOTA: Mesmo feita a ressalva da não obrigatoriedade da disciplina, devemos destacar a perigosa aproximação Igreja-Estado por trás dessa proposta. Termos como “visão ecumênica”, “tolerância” e “pluralismo”, têm sido redefinidos e amplamente empregados para enfraquecer o cristianismo bíblico e estabelecer a Nova Ordem Mundial (a Babilônia do Apocalipse). Não é por acaso que em alguns países, como os EUA, está crescendo uma modalidade de ensino (amparada por lei) chamada Homeschooling (ensino em casa), onde os pais descontentes com a influência do ensino público podem efetuar a educação dos filhos em casa – os principais adeptos dessa modalidade têm sido os cristãos que discordam de posturas como o liberalismo, o evolucionismo, o coletivismo e o ecumenismo, cada vez mais presentes no ensino público.
“Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor...” (2 Pedro 3:10).
Vaticano determina novo conceito de terrorismo
O jornal L'Osservatore Romano qualificou nesta quarta-feira de "terrorismo" as críticas ao Papa feitas por um apresentador durante o concerto celebrado em Roma como parte das comemorações do primeiro de maio. "Atacar a Igreja é fazer terrorismo... alimentar o furor cego e irracional contra quem fala sempre de amor, do amor pela vida e pelo homem", escreveu L'Osservatore Romano. É "vil lançar pedras contra o Papa, sentindo-se respaldado pelos gritos de aprovação da massa facilmente excitável", assinalou.
Durante o show, o artista Andrea Rivera afirmou que a Igreja Católica local havia negado enterro religioso a Piergiorgio Welby, o tetraplégico que foi objeto de eutanásia em dezembro de 2006. "O Papa diz que não acredita na teoria da evolução. Estou de acordo, a Igreja não evoluiu", disse Rivera ante 400 mil pessoas que assistiam ao show tradicional do qual participaram mais de 20 grupos de rock. "Não suporto saber que o Vaticano negou a Welby o enterro. Isso não aconteceu com os ditadores como Francisco Franco ou Augusto Pinochet", afirmou.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi interveio, concedendo entrevista à RAI 1, na qual assegurou que "os comentários foram insensatos e irresponsáveis".
Fonte: Último Segundo
NOTA: Sem entrar no mérito da questão da crítica que o artista fez ao papa, e por extensão à Igreja Católica, o fato que deve causar profunda preocupação em qualquer cidadão que valorize a liberdade de consciência é a “redefinição” de termos que o jornal L’Osservatore Romano (mídia oficial do Vaticano) usou para defender o papa das críticas. Ora, segundo o pensamento de que “quem define os termos, define o julgamento” (pensamento esse amplamente usado pelas sociedades secretas para estabelecer a Nova Ordem Mundial), “discordar”, segundo a Igreja Católica, a partir de agora, é o mesmo que “atacar”, e se o alvo for a Santa Sé, então, tudo poderá ser resumido em uma só palavra: “terrorismo”. Com uma única declaração o Vaticano transformou todos aqueles que discordam da Igreja Católica em terroristas. Cuidado! Para a “Santa Inquisição” entrar em ação falta pouco...
“Melhor é buscar refúgio no Senhor do que confiar no homem” (Salmo 118:8).
Durante o show, o artista Andrea Rivera afirmou que a Igreja Católica local havia negado enterro religioso a Piergiorgio Welby, o tetraplégico que foi objeto de eutanásia em dezembro de 2006. "O Papa diz que não acredita na teoria da evolução. Estou de acordo, a Igreja não evoluiu", disse Rivera ante 400 mil pessoas que assistiam ao show tradicional do qual participaram mais de 20 grupos de rock. "Não suporto saber que o Vaticano negou a Welby o enterro. Isso não aconteceu com os ditadores como Francisco Franco ou Augusto Pinochet", afirmou.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi interveio, concedendo entrevista à RAI 1, na qual assegurou que "os comentários foram insensatos e irresponsáveis".
Fonte: Último Segundo
NOTA: Sem entrar no mérito da questão da crítica que o artista fez ao papa, e por extensão à Igreja Católica, o fato que deve causar profunda preocupação em qualquer cidadão que valorize a liberdade de consciência é a “redefinição” de termos que o jornal L’Osservatore Romano (mídia oficial do Vaticano) usou para defender o papa das críticas. Ora, segundo o pensamento de que “quem define os termos, define o julgamento” (pensamento esse amplamente usado pelas sociedades secretas para estabelecer a Nova Ordem Mundial), “discordar”, segundo a Igreja Católica, a partir de agora, é o mesmo que “atacar”, e se o alvo for a Santa Sé, então, tudo poderá ser resumido em uma só palavra: “terrorismo”. Com uma única declaração o Vaticano transformou todos aqueles que discordam da Igreja Católica em terroristas. Cuidado! Para a “Santa Inquisição” entrar em ação falta pouco...
“Melhor é buscar refúgio no Senhor do que confiar no homem” (Salmo 118:8).
O aquecimento global e o Vaticano
Atualmente, dois temas paralelos (preservação da natureza e aquecimento global) têm sido tratados pela mídia mundial como sendo no seu todo convergentes, confundindo assim a opinião pública. Embora a preservação do meio ambiente seja algo legítimo em que os cristãos devam se envolver, não significa isso que a “verdade” sobre o aquecimento global seja também algo “acima de qualquer suspeita”. Muito pelo contrário, a mídia mundial tem sido parcial na apresentação dos fatos sobre o aquecimento global, forjando na sociedade a idéia de unanimidade científica nesse tema, o que, no mínimo, revela a presença de interesses escusos nos bastidores, já que, na prática, a teoria não pode ser comprovada.
A dissonância nesse assunto é muito maior do que se imagina, conforme podemos ver por meio do documentário produzido pelo canal de TV britânico “Channel 4” – “The Great Global Warming Swindle” (A Grande Fraude do Aquecimento Global). Nele o professor Tim Ball, do Departamento de Climatologia da Universidade de Winnipeg, afirma: "Quando as pessoas dizem que não creio em aquecimento global eu digo que creio em aquecimento global, mas não que o CO2 de origem humana está causando esse aquecimento global." Já o professor John Christy, principal autor do relatório do IPCC, também afirma: "Muitas vezes ouço dizer que já há um consenso de milhares de cientistas na questão do aquecimento global e que os seres humanos estão causando mudanças catastróficas no sistema climático. Sou um cientista entre muitos que pensa que isso simplesmente não é verdade."
Ainda sobre o IPCC, o professor Philip Stott, do Departamento de Biogeografia da Universidade de Londres, conclui: "O IPCC, como qualquer corporação humana, é político e suas conclusões finais são motivadas politicamente." Compartilhando dessa opinião, Patrick Moore, co-fundador do Greenpeace, sustenta: "Isso não devia se chamar mais movimento ambientalista porque é realmente um movimento de ativismo político e se tornaram enormemente influentes em nível global." Ainda na parte 1 desse documentário, Nigel Calder, ex-redator da New Scientist, faz uma afirmação categórica: "A questão toda tornou-se semelhante a uma religião. E as pessoas que discordam são chamadas de 'heréticas'. Eu sou um 'herético' e os produtores deste programa são todos 'heréticos'." (Colaboração na tradução: Prof. Azenilto Brito.)
Como já era de se esperar, a Igreja Católica “pegou carona” nessa onda politicamente correta do aquecimento global, e promoveu em Roma, entre os dias 26 e 27 de abril, um seminário sobre “Mudanças climáticas e desenvolvimento”. O papa Bento XVI enviou uma mensagem aos 80 especialistas (cientistas e religiosos) de 20 países dos cinco continentes presentes no seminário, onde defendeu o equilíbrio entre a defesa do meio ambiente e o desenvolvimento das nações recordando a lição “sumamente pertinente e instrutiva dos primeiros capítulos da Bíblia”. (Quando será que a ICAR voltou a acreditar nos primeiros capítulos do Gênesis? Alguém tem essa informação?) Conforme destacou o leitor Marcello Flores: “É nítida a chamada para a criação, inclusive ao citar-se os primeiros capítulos da Bíblia. Quanto demorará para se invocar o memorial da criação? Daí para a imposição do falso sábado é um pulo.”
Certamente, essa “crise” ambiental já se tornou mais um motivo para a “união religiosa” (Ecumenismo + ECOmenismo). E a tentativa de transformar algo que em si mesmo é dissonante em uma perfeita harmonia tende a continuar com o apoio da mídia. (Note que o título da matéria e a primeira linha dela tentam fundir duas idéias na realidade não convergentes: “meio ambiente” e “aquecimento global”.)
Aparentemente, o seminário patrocinado pelo Vaticano contribuiu para diminuir a ênfase “apocalíptica” do aquecimento global que a própria Igreja Católica ameaçava adotar. No entanto, ao fim do seminário, não ficou muito claro se as conclusões divulgadas refletem o pensamento da Santa Sé ou se são apenas conclusões do cardeal Renato Martino. Resta-nos esperar para ver até quando a ICAR vai sustentar sua “visão realista”, opondo-se a “improváveis previsões catastróficas” (o que seria o correto). De um jeito ou de outro, mais cedo ou mais tarde, poderá “surgir” a idéia do descanso dominical como forma de prevenir ou combater o aquecimento global. É só esperar...
“Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará” (Hebreus 10:37).
A dissonância nesse assunto é muito maior do que se imagina, conforme podemos ver por meio do documentário produzido pelo canal de TV britânico “Channel 4” – “The Great Global Warming Swindle” (A Grande Fraude do Aquecimento Global). Nele o professor Tim Ball, do Departamento de Climatologia da Universidade de Winnipeg, afirma: "Quando as pessoas dizem que não creio em aquecimento global eu digo que creio em aquecimento global, mas não que o CO2 de origem humana está causando esse aquecimento global." Já o professor John Christy, principal autor do relatório do IPCC, também afirma: "Muitas vezes ouço dizer que já há um consenso de milhares de cientistas na questão do aquecimento global e que os seres humanos estão causando mudanças catastróficas no sistema climático. Sou um cientista entre muitos que pensa que isso simplesmente não é verdade."
Ainda sobre o IPCC, o professor Philip Stott, do Departamento de Biogeografia da Universidade de Londres, conclui: "O IPCC, como qualquer corporação humana, é político e suas conclusões finais são motivadas politicamente." Compartilhando dessa opinião, Patrick Moore, co-fundador do Greenpeace, sustenta: "Isso não devia se chamar mais movimento ambientalista porque é realmente um movimento de ativismo político e se tornaram enormemente influentes em nível global." Ainda na parte 1 desse documentário, Nigel Calder, ex-redator da New Scientist, faz uma afirmação categórica: "A questão toda tornou-se semelhante a uma religião. E as pessoas que discordam são chamadas de 'heréticas'. Eu sou um 'herético' e os produtores deste programa são todos 'heréticos'." (Colaboração na tradução: Prof. Azenilto Brito.)
Como já era de se esperar, a Igreja Católica “pegou carona” nessa onda politicamente correta do aquecimento global, e promoveu em Roma, entre os dias 26 e 27 de abril, um seminário sobre “Mudanças climáticas e desenvolvimento”. O papa Bento XVI enviou uma mensagem aos 80 especialistas (cientistas e religiosos) de 20 países dos cinco continentes presentes no seminário, onde defendeu o equilíbrio entre a defesa do meio ambiente e o desenvolvimento das nações recordando a lição “sumamente pertinente e instrutiva dos primeiros capítulos da Bíblia”. (Quando será que a ICAR voltou a acreditar nos primeiros capítulos do Gênesis? Alguém tem essa informação?) Conforme destacou o leitor Marcello Flores: “É nítida a chamada para a criação, inclusive ao citar-se os primeiros capítulos da Bíblia. Quanto demorará para se invocar o memorial da criação? Daí para a imposição do falso sábado é um pulo.”
Certamente, essa “crise” ambiental já se tornou mais um motivo para a “união religiosa” (Ecumenismo + ECOmenismo). E a tentativa de transformar algo que em si mesmo é dissonante em uma perfeita harmonia tende a continuar com o apoio da mídia. (Note que o título da matéria e a primeira linha dela tentam fundir duas idéias na realidade não convergentes: “meio ambiente” e “aquecimento global”.)
Aparentemente, o seminário patrocinado pelo Vaticano contribuiu para diminuir a ênfase “apocalíptica” do aquecimento global que a própria Igreja Católica ameaçava adotar. No entanto, ao fim do seminário, não ficou muito claro se as conclusões divulgadas refletem o pensamento da Santa Sé ou se são apenas conclusões do cardeal Renato Martino. Resta-nos esperar para ver até quando a ICAR vai sustentar sua “visão realista”, opondo-se a “improváveis previsões catastróficas” (o que seria o correto). De um jeito ou de outro, mais cedo ou mais tarde, poderá “surgir” a idéia do descanso dominical como forma de prevenir ou combater o aquecimento global. É só esperar...
“Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará” (Hebreus 10:37).
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