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segunda-feira, 21 de março de 2011

NÃO ESQUECER LXXVI

(Sete Cidades, S. Miguel - 6 de Março 2011)


E o quanto isso é difícil em poesia... A poesia, nomeadamente a de pendor interventivo, é uma forma de contestação?
Também é, sim. Não nos esqueçamos de que nunca os poetas tiveram tanta importância, tanto poder, como no meio do horror que foi o estalinismo. Estaline temia Akhmatóva, tinha-lhe muito medo- não se atreveu a tocar em Pasternák. O estatuto do poeta, o estatuto do grande escritor era sagrado; o grande poeta, o grande escritor, intocáveis. A poesia é o luxo necessário. Acabo de definir a poesia, reparem: o luxo absolutamente necessário. É uma contradição, mas é justamente assim que quero definir a poesia.

entrevista de George Steiner à LER (nº 100)

porque hoje é dia da poesia, dia da floresta, dia do sono, dia da Primavera...dia de Mim!!!! :-))))

sexta-feira, 23 de abril de 2010

NÃO ESQUECER LVII

DIA MUNDIAL DO LIVRO...

Os meus livros

Não há um livro da minha vida. Existem os meus livros. Para poder escolher apenas um, teria de escolher apenas uma parte de mim. Parte que pode ser uma fase etária, uma obrigação escolar, um contexto de formação, um dever profissional, um momento de lazer ou um estado de alma.
Podia, assim, elencar um livro ou vários para cada uma dessas múltiplas partes de mim.
Enquanto fui criança tive a infância polvilhada com os livros maravilhosos que me mandavam os irmãos crescidos que estudavam lá longe na mágica e distante Lisboa de então;
Os livros que, na Escola, sendo de leitura obrigatória, abriram portas a estilos literários essenciais para a minha sobrevivência actual, como a poesia;
Os livros que, na Faculdade, me acompanharam em várias cadeiras ou na mesma, no caso das que repeti, e que foram marcantes e, como tal, continuam com honras de destaque nas estantes cá de casa e continuo a designá-los pelos epítetos que ganharam na época;
Os livros que, por dever profissional, me conferiram formação para tornar as minhas aulas em espaços de tempo de ensino-aprendizagem agradáveis e de respeito e me habilitaram para lidar melhor com os meus alunos;
Os livros do lazer… das férias, estes que se encheram de areia vezes sem conta que empenaram as capas e algumas folhas salpicadas de sal, esses que têm pelo meio folhas secas, flores silvestres, que dizem mais do que muitas das páginas escritas que as acomodam, esses que ora foram de aventuras, romances, humor, poesia, contos;
Todos os que li enquanto fiz teatro por puro prazer e se mostraram os textos certos ou os poemas ideais para encenar ou apenas para partilhar, mas também aqueles de que fiz cópias para marcar as minhas deixas e as entradas em cena, realçar as palavras mais intensas, os intervalos de dicção e as notações dadas pelo encenador;
Os de banda desenhada, cujas tiras foram tão repetidamente lidas sempre à espera que o riso, provocado por elas fosse maior do que da vez anterior e assim ficaria restaurada a boa disposição ou atingido o relaxamento;
E os que me acompanham nos dias de alma sombria ou de alegria imensa, os poemas, sobretudo poemas curtos e intensos, cheios de força, cujos autores nos consolam apenas por podermos lê-los;
Os livros infantis que, noite após noite, li em voz alta e fizeram com que os meus filhos adormecessem embalados pela voz que conhecem desde sempre, mesmo quando o líquido amniótico os acomodava cá dentro;
Os livros que ainda não li e que fazem monte no chão do meu quarto ou nas estantes, mas sei que, um dia, entrarão neste rol que integra os meus livros…

leiam!!!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

NÃO ESQUECER LVI

Bob Sinclar "Love Generation"


...porque há 4 anos em S. Francisco esta música, (n)a blogosfera e o fuso horário marcaram...

domingo, 21 de março de 2010

NÃO ESQUECER LV


LIBERDADE

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

consolos XLIV


BOAS FESTAS!!!

(Lisboa, 25 Dez 2009)

domingo, 11 de janeiro de 2009

NÃO ESQUECER XLVI

Há 9 anos, a minha mãe...
O tempo! O Passado! Aí algo, uma voz, um canto, um perfume ocasional levanta em minha alma o pano de boca das minhas recordações...
Aquilo que tive e não tornarei a ter! Os mortos! Os mortos que me amaram na infância. Quando os evoco, toda a alma me esfria e eu sinto-me desterrado de corações, sozinho na noite de mim próprio, chorando como um mendigo o silêncio fechado de todas as portas.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

...

Entrada Azul, 1980 - Helena Almeida


... entrar...sem "r's"...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

NÃO ESQUECER XXXIX

Há 9 anos, o meu Pai...


Chovem pais e filhos sobre os campos,
terrenos de árvores húmidas, outono.
Os pais tentam sempre proteger os filhos,
essa é a natureza que corre nas árvores,
essa é a lei e esse é o sentido. É outono
e não poderia ser outra estação, começou
o frio e a fome, olho a força dos campos
pela janela submersa deste último outono
e compreendo por fim a minha idade:
chovem pais e filhos de mãos dadas.
Lá longe, sou pai. Lá longe, sou filho.

Gaveta de Papéis, José Luís Peixoto

domingo, 20 de julho de 2008

NÃO ESQUECER XXXVII


Silêncio aninhado entre as pálpebras

no instante em que os olhos se fecham

para, na escuridão,

o pensamento ver por si só o que resta

do espectáculo da luz

Amparar

sossegar o que te asssusta.

Num campo de nada, Marta Furtado

sábado, 17 de maio de 2008

sexta-feira, 21 de março de 2008

NÃO ESQUECER XXVIII



[Ribeira Grande (Matriz-Ribeirinha pela costa), 21 março 2008]

(Sem qualquer tipo de identificação)




Hoje é... Dia de muita coisa mas... é também:





quinta-feira, 18 de outubro de 2007

NÃO ESQUECER XVI


Hoje:

"vivo num dia digno de ser vivido. Porém, sabido é que o animal mais veloz não alcança descansar por baixo da sua sombra."

(Descrição da Mentira de António Gamoneda)