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Foto by Psicólogo, maroto e centrado
Esse blog era para ser só sobre Angola, mas aqui as vezes eu me sinto tão sozinha quanto esse tanque esquecido em um canto da estrada, marcas de uma guerra que acabou, mas ainda não foi esquecida.
Hoje vai ser o dia do colo. Tem horas que a saudade bate de verdade, essa madrugada eu acordei com um torpedinho da minha sobrinha (linda!).
Por mais que o pessoal do trabalho esteja sempre junto e invente e reinvente formas de passar o tempo e espantar o tédio, ele não passa.
Por mais que o pessoal esteja disposto a ser seu amigo, eles não são os meus verdadeiros amigos.
Muitas vezes me sinto como uma peça de quebra-cabeça que foi misturada as peças de um outro quebra-cabeça e nesse eu não me encaixo.
Ontem eu li um blog (http://www.cronicasdeguardanapo.blogspot.com), que refleti exatamente como me sinto hoje, segue um trecho do blog:
Outro dia
Tem dias que, sem motivo ou explicação, uma tristeza gigantesca invade minha alma. Aí fica reverberando nos ossos aquela saudade imensa de não sei bem o quê, que tira o brilho dos meus olhos e deixa meu sorriso opaco. Uma quase dor latente que dá um sono e uma preguiça danada, às vezes até de falar, acreditem. E me faltam respostas ou justificativas. E reviro os bolsos da minha existência, vasculho os cantinhos pouco varridos da vida, e nada. Nada explica essa minha tristeza. Nem a programação pobre da tv, nem avenida engarrafada. É meu dia de reticências. Sem alegrias nem tragédias, sem sorrisos verdadeiros nem elogios falsos. Tem dias que uma tristeza gigantesca invade minha alma, uma tristeza que não é minha. Espero que amanhã não seja um destes dias. Porque hoje já não tem como não ser.
por André Debevc
Eu só espero que realmente amanhã não seja um destes dias...