O fim de todas as guerras
A Bomba Atômica foi desenvolvida
durante a Segunda Guerra Mundial como sendo a arma que poria fim a todas as
guerras. No dia 6 de agosto de 1945, um Boeing B-29 denominado Enola Gay lançou
sua carga sobre a cidade japonesa de Hiroshima. 80 mil pessoas morreram
imediatamente e outras milhares morreram nos dias seguintes, além de sequelas
em outras tantas.
O argumento para a produção da
Bomba Atômica é que ela seria uma arma de dissuasão, que a simples existência
de tal arma faria com que os países não pensassem mais na possibilidade de um
confronto militar. De fato, nunca mais uma bomba desse tipo, e nem suas
sucedâneas tecnologicamente mais potentes, foi utilizada em um conflito armado.
Mas longe de colocar um fim em todas as guerras, passou a ser um fantasma
pairando sobre a humanidade.
Os anos de Guerra Fria, nas
décadas de 50 e 60, espalharam os conflitos pelo mundo, tornando o mercado de
armas convencionais uma atividade de extremo vigor. Nestas primeiras décadas do
século 21 pouco se pensa sobre a possibilidade de um conflito nuclear. No
entanto, existe cerca de 10 mil ogivas nucleares operacionais no Planeta, o
suficiente para um holocausto total, com a possível extinção não apenas da
humanidade, mas de milhares de outras espécies que compartilham a Terra
conosco.
As imagens de Hiroshima, e de
Nagasaki, cidade bombardeada apenas dois dias depois, serviram para pôr fim à
guerra no Pacífico, e até hoje provocam reações de pavor em todo o mundo. Mas
não foram suficientes para eliminar da Terra os horrores da guerra.
Hoje o mundo vive uma nova crise
militar e política de grandes proporções. Países estão desestabilizados em
diversas partes e hordas de milhões de refugiados transitam pelas fronteiras. A
xenofobia toma conta de países até bem pouco tempo muito liberais com
diferenças e com estrangeiros. Uma onda de conservadorismo ameaça interromper
décadas de cooperação global e de liberdades civis.
O legado de Hiroshima deve ser de
Paz, de cooperação, para que a humanidade não precise mais enfrentar os
horrores das guerras. Vamos, então, fazer um Minuto de Silêncio, não pelas
vítimas da Bomba Atômica lançada em 1945, mas por todas as vítimas de guerras
atuais, em todos os fronts em que elas acontecem.
Fonte: Dal Marcondes – Envolverde
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