Temos derramado muita tinta, você e eu, na nossa discussão sobre a
relação humana.
E não estamos mais perto de compreender isso do que quando nossa
correspondência começou.
Várias vezes senti como se estivesse em pé, diante de um grande abismo,
gritando.
E me pergunto se a resposta que escuto vem de você ou se é a minha
própria voz, ecoando de volta pra mim.
Parece pra mim, do meu lado do desfiladeiro, que a busca pela unidade com
outra pessoa é a fonte de muitas infelicidades no mundo.
Eu vejo a Watson sempre ansiosa pra extrair algum significado das
convenções sociais dominantes, suportando uma série de rituais de acasalamento.
Parece, pra mim, que ela está gradativamente menos satisfeita cada vez que
retorna de um...
Eu me comporto como se estivesse acima dos assuntos do
coração.
Principalmente porque os vi corroer as pessoas que respeito.
Mas nos
meus momentos mais sinceros, às vezes me pergunto se assumo esse tipo de
postura porque o "amor", na falta de uma palavra melhor, é um jogo
que falhei em entender.
Então optei por não jogar.
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