segunda-feira, 30 de junho de 2008

Hank, adorei este bocadinho

Acabou hoje à noite a primeira série do Californication. Vamos ser honestos: adorei cada bocadinho daquela série, não só as quecas que eles mandavam, mas também as situações embaraçosas que os protagonistas passaram. Ver a série só pela queca é apenas raspar a superfície. O que se encontra mais ao fundo é um homem em plena crise existencial, que descobre que tinha a mulher da sua vida, depois desta o deixar, e que se vinga em sexo sem sentido.


Identifico-me um pouco com o Hank Moody. De uma certa forma, ele tinha a combinação certa de felicidade, e a perdeu. E ele sabe que recuperá-la é uma missão quase impossivel. Mas se repararem, quando tinha isso tudo, era um cabrãozinho egoísta, que só se importava com aquilo que escrevia e menosprezava os outros. E claro, precebe pelos piores motivos, que nada está garantido. You can't always get what you want...



Agora, que venha a segunda série!

Esta musica não me sai da cabeça...

Tenho um gosto musical muito variado. Não vou tanto pelo estilo musical, nem pelo grupo A ou B, embora tenha perferências. O que me interessa é a musica se cai bem no meu ouvido ou não. Ou então que traga consigo um excelente videoclip...

Os Justice são um duo electro-pop francês, do estilo Daft Punk (mas muito melhor... e ambos são da mesma editora, a Ed Banger Records), constituido por Gaspard Augé (n.1979) e Xavier de Rosnay (n. 1982). O estilo deles faz-me lembrar muito o electro-pop dos anos 80, e os videoclips deles são, no mínimo, originais. Se vos falar do D.A.N.C.E, então já sabem do que estou a falar...


Mas não é dessa musica que vos vou falar, e de outra. Depois desse video, lançaram outro, o D.V.N.O, que é tão bom ou melhor do que o anterior. E porquê? Nos fazem recordar os anos 80, devido ao uso dos logotipos tão na voga nessa altura. E nesta viagem ao pasado nos faz ver que os criativos nessa altura eram extremamemte imaginativos. E certamente vocês vão se lembrar de alguns...

Abel e Natália - O dia seguinte, parte 1


Abel acordou com a claridade a invadir o seu quarto. Reparou que não tinha o lençol a cobrir-lhe o corpo, algo que tinha quase a certeza de o ter colocado sobre os dois na noite anterior. Virou-se, e notava que estava sozinho na cama. Levantou a cabeça e olhou para os lados e não havia sinal de Natália. Olhou para o relógio e notou que passava das nove e meia da manhã. Esfregou os olhos e preparava-se para se levantar, quando viu-a a assomar à porta do quarto. Viu-a e sorriu, e ela retribuiu o sorriso. Notou que ela só tinha vestida uma t-shirt preta, e ficou espantado, por duas razões: porque a t-shirt era dele, e porque ela estava suja, pois na véspera, tinha-a colocado no chão, para a colocar na máquina de lavar.



Natália tinha colocado o seu braço direito na ombreira da porta, fitando-o. o seu corpo inclinado não deixava de notar, para os mais atentos, a silhueta da sua vagina, e tinha um sorriso de contentamento na cara. A t-shirt preta não era uma qualquer. Era a sua favorita, com um seis negro, em homenagem a sua equipa favorita na Formula 1, a Lotus, e o seis representava o numero de um piloto sueco dos anos 70, de seu nome Ronnie Peterson. Abel franziu as sobrancelhas, saltou da cama, nu, e foi ter com ela, abraçando-a longamente.


- Anda, a comer.
- Pequeno-almoço? Não queres antes tomar banho?
- Não. Perfiro ficar assim, com tu cheiro no corpo.
- Ui, temos porquinha, gracejou Abel.
- Senti falta de teu cheiro.
- Também eu, mas logo vai fazer calor, e um bom banho sabe bem. E depois temos tempo para me cheirares e tudo o mais... afirmou, antes de a abraçar e percorrer o corpo dela com as mãos.


À medida que percorria o corpo dela, as mãos dele paravam na cintura, para depois agarrar a t-shirt preta que vestia. Agarrou essa ponta, e começou lentamente a puxá-la para cima, até ao nível dos seus seios. Baixou-se para os seus cumes gémeos, beijando-os primeiro com os lábios, e depois com a língua. Logo a seguir, segurou as coxas dela, para a colocar ao seu colo, mas Natália, que já começava a gemer de prazer, teve um assomo de lucidez, e colocou a palma da mão na cara dele, para o afastar.


- Para, Abel. Vamos comer.
- Então vamos primeiro tomar banho.
- Eu sei para quê queres tomá-lo. Não é só para tirar o suor...


Ela sabia as manhas de Abel. Sabia que uma das coisas que ele mais gostava era de fazer amor no chuveiro, algo que poderia demorar horas e horas. Contudo, nessa manhã, ele estava disposto a conceder nesse capítulo. Foi para a sala, para ir buscar as calças de ganga que lá estavam, e vestiu-as. Depois foi para a cozinha, onde viu a mesa composta para o pequeno-almoço. Viu que estava bem composta: duas chávenas cheias de café com leite, uma jarra com sumo de laranja e dois copos colocados, um púcaro de açucar, as colheres, os guardanapos, e o pão, que por ser de ontem, estava torrado, e a manteiga tinha-se derretido, ficando um liquido amarelo à vista.


Mal se sentou, Abel ouviu o som de água a correr. Estrenhou, e levantou-se núm ápice, até à casa de banho. Lá viu Natália, nua, a tomar um banho de chuveiro, tirando o suro que tinha no corpo. Espantado, exclamou:


- Mas pensava que tu querias tomar o pequeno-almoço.
- Tinhas razão. Primeiro o banho, o resto está listo, é só comer
- Se é então assim, entro contigo.
- Não, porque quieres comer-me no chuveiro
- Não quero nada. Temos o dia todo para isso. Quero é outra coisa... afirmou, depois de tirar as calças e entrar.
- Prometes que no me follas agora?
- Sim, prometo. É só lavar e tomar banho. anda, ajudo-te a lavar as costas.


Assim foi. Enquanto esfregavam as costas um do outro, trocavam beijos e carinhos amorosos durante algum tempo. Depois, limparam-se e foram para a cozinha, enrolados em toalhas, onde tomaram o pequeno-almoço. Após isso, foram vestir roupas confortáveis para o almoço com os amigos, que iria acontecer, de novo, na casa do Marco. Esse almoço seria nos mesmos moldes que a festa de anos do dia anterior, mas com apenas 12 pessoas: Marco e Luisa, Abel e Natália, Javi e Fernanda, Alvaro e Rita, Rui e Penélope, Gilberto e Olivia, que eram os unicos solteiros da turma.


Quando sairam de casa, aproximava-se o meio-dia, e o dia continuava quente, como ontem. Estavam garantidos 35 graus nesse dia, e Abel sabia que o carro não tinha qualquer protecção contra os inclementes raios solares. Portanto, a esta hora, o carro já deveria estar num forno...


Quando entraram no Mini vermelho, o bafo do calor foi sentido imediatamente. Abel ligou a chave e Natália, institivamente, carregou no botão do vidro eléctrico, mas ele reagiu:

- Não faças isso, vou ligar o ar condicionado
- Ah, OK. Desculpa.
- Não faz mal. Ter os vidros abertos não dá em nada.


Abel ligou o ar condicionado no máximo. Demorou alguns minutos, mas o seu efeito foi sentido, enquanto viajavam. Durante esse tempo, ambos aproveitavam cada paragem no caminho para trocarem beijos, e quando isso não acontecia, punham as mãos nas coxas um do outro. Desta vez, ambos tinham vestido mais desportivamente: Abel tinha um polo preto e calças de ganga, diferente das de ontem, enquanto que ela tinha uma camisa branca, onde se via razoavelmente o soutien, e umas calças de ganga, e as mesmas sandálias de ontem.


À medida que se aproximavam da casa de Marco, Abel pensou na reacção dos amigos à chegada deles. Sabia que se assumisse, fariam a festa, mas se mostrassem o contrário, iriam andar a tarde inteira a zumbir nos ouvidos deles. Portanto, quando entrou na rua onde estava o prédio de Marco, nos metros finais, Abel perguntou:


- Como é Natália? Assumimos?
- Si, porque não?
- Bom... afirmou, hesitando por um momento. Que se lixe, até podemos ter direito a coro e tudo... concluiu, com um sorriso maroto.


Apesar de ambos estarem no pico da paixão, Abel sabia que aquilo era um momento, num fim de semana. Ele já se preocupava com o que vinha a seguir, na Segunda-feira, depois dela ir para o aeroporto, no vôo de regresso para Madrid. Ele ainda não sabia das razões pelos quais ela tinha largado uma pessoa e viesse a correr para os braços do seu ex-namorado, como se nada tivesse acontecido nos mais de quatro anos desde que eles tinham acabado o namoro. E ainda não tinham discutido a razão pelo qual ela tinha decido dar rumo da sua carreira profissional na Sildávia...


Mas agora, queria ver como eles seriam recebidos em casa da Marco. Deram as mãos e entraram no predio. Quando chegaram, estavam Marco e Luisa, Javier, Olivia, Gilberto, Rui, Penélope e Fernanda. Só faltavam Alvaro e Rita, mas estes já estavam a caminho. Quando chegaram ao andar, viram a porta de casa aberta, e resolveram espreitar. Mas mal puseram os pés fora do elevador, levaram um susto:


- SURPRESA!!!!


Ambos deram o seu grito, e institivamente, Natália agarrou-se a Abel. Marco, Javi e Gilberto estavam escondidos, dispostos a pregar um susto ao casal, algo que conseguiram. As gargalhadas vieram a seguir, por parte dos machos da zona.

- Aposto que vocês não estavam à espera disto, pois não? perguntou Marco
- O susto das vossas vidas, não?, ria Gilberto
- Muy bueno, muy bueno, finalizava Javier.
- Vocês não batem muito bem da bola, pois não?
- Nós já tinhamos topado desde lá em baixo, afirmou Marco
- Ah é? E a emboscada planeada. Engraçadinhos... depois mando-te a conta do hospital, tá bom? afirmou Abel, com as mãos nas coxas e a cara em baixo, para se refazer do susto.
- E agora tou a reparar... começou Gilberto
- O quê?
- Vocês voltaram, não?
- Não sei, o que achas? desafiou Abel
- Acho que vocês voltaram, hehe! sorriu Marco
- Opá, não sei, não sei, afirmou Abel, enquanto entravam dentro de casa. Lá dentro, a curiosidade foi cescendo, à medida que ambos cumprimentavam os elementos femininos. Passado menos de um minuto, todos faziam um circulo à volta deles, perguntando insistentmente:


- E então?
- Então o quê?
- Vocês voltaram ou não?
- Conta lá, conta, diziam quase em coro.


Certos que já tinham captado a atenção dos outros, e a expectativa na sala crescia imensuravelmente, Abel olhou para Natália, e ambos tinham um sorriso cúmplice. Imediatamente a seguir, ele pega na cintura dela, encontam-se e soltam um belo beijo cinematográfico, e a sala veio abaixo com os aplausos e os gritos de alegria.


(continua amanhã)

Euro 2008, Viena, Austria

Esta noite aconteceu a final do Euro 2008 em Viena. Os espanhois ganharam, com muita justiça (e o alivio de boa parte da Europa...) por 1-0, golo do atacante do Liverpool, Fernando "El Niño" Torres.




Por uma vez, a velha frase do Gary Lineker não se aplicou. Ufa!


Mas este post está aqui por causa desta bela foto, que encontrei hoje no "El Pais". Resta saber se era espanhol ou alemão, e se o propósito foi bem sucedido...

sábado, 28 de junho de 2008

Musica para o Fim de Semana

Confesso: sou grande fã dos Foo Fighters. Não digo que tenho todos os CD's, mas quase. Por estes dias estou a ouvir de novo é o álbum duplo "In Your Honor", de 2005. O primeiro é mais pesado, mas o segundo é mais leve, agradável até para ouvidos mais sensíveis.




O video que trago aqui é do primeiro disco: "Resolve". É engraçado. Tão a ver vocês a entrarem num restaurante de "sushi" e ver tudo muito parecido convosco? Pronto...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ainda sobre flops e "greves"

Os "flops" e as "greves emocionais" causaram não só uma reacção inusitada por aqui, como também deram resultado em pelo menos mais um post de reflecção, pelo menos nas bandas da Cristina.


Vou tentar apresentar, na melhor medida do possivel, uma "visão masculina" sobre o assunto que ela fala. Primeiro que tudo, ainda bem que não se sente triste com assunto. Segundo, a história de elas serem "incuravelmente românticas", e o facto de ter conversado com homens que a desiludiram no passado, como se nada tivesse acontecido, dá-me a sensação de que não aprendem nada com os erros. Mas não deve ser assim.


Acho que as mulheres crescem mais rapidamente e são mais maduras do que os homens. Só que para elas, aquilo que dizem é quase religião para elas. Eu compreendo, o amor é cego...


Mas muitos dos rapazinhos da nossa praça, infelizmente, são umas "criancinhas", que querem é gozar a vida, e não se importam de o fazer até aos 45 ou 50 anos. A muitos deles, pelo menos os mais urbanos e mais viajados, não lhes interessa viverem uma vida familiar, com casa, carro e ninhada atrás. E se muitos tiverem a lábia de derreter o coração das meninas, ao estilo do Zezé Camarinha... para eles, é como se tivessem atingido o Céu. O que conseguem é arrasar corações femininos, os tais "troféus de caça" (e o Verão é a estação pródiga...), e saem impunes.




Claro, isto varia caso a caso. Há muito homem complexo, que só teve um namoro na vida, e coisas assim... não há um padrão, há muitos padrões. A unica coisa que posso aconselhar a elas é que continuem com as vossas vidas, e tentem pensar o menos possivel no assunto, e Cristina e outras meninas, não há azar que sempre dure!..

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Flops amorosos e greves emocionais

Esta semana ouvi duas expressões engraçadas: "flops amorosos" e "greves emocionais". A primeira é da menina que escreve este blog, e a segunda, veio neste post. Depois de as ler, ocorrem várias ideias:


Primeiro - estou solidário com elas.


Segundo - De uma certa maneira, até tenho inveja, pois nestes seis meses, reacionamentos... nada! Não é que não tenha tentado (pelo menos duas vezes), mas o resultado foi nulo. Porque não queriam, porque me viam como amigo (meninas, não sou gay), porque não se queriam envolver.


Acho todas estas justificações válidas. Mas puxando a brasa à minha sardinha, confesso que já começo a andar farto de ouvir este tipo de lenga-lenga. E acho que como também há vítimas mulheres, também há vítimas homens. E eu como homem, começo já a queixar-me das meninas indecisas e a queixarem-se da vida. E como não quero ser "mais um" a olhar as mulheres como "troféus de caça" (não tenho este espítito), gostaria de conhecer uma mulher que soubesse ouvir o que tenho para dizer, e que no mínimo, me desse uma chance. Mas parece que, por estes dias, é mais fácil acertar na chave do Euromilhões... é verdade meninas, não penso só em carros e mulheres. Tenho coração...

terça-feira, 24 de junho de 2008

The New Grand Prix - Capitulo 1, Julho 1969



A noite já tinha acabado de cair. Na varanda, dois casais estavam ainda a aproveitar o calorzinho do dia, antes que a humidade e o frio os envolvessem inapelavelmente. A mesa estava desarrumada, pois tinham acabado de jantar. Um jantar farto, pelo tamanho da panela e pelo ar de satisfação dos convivas. Um deles, visivelmente satisfeito, puxa da sua cigarrilha e começa a fumar, perante uma atmosfera sem vento. À frente dele, uma janela aberta mostrava a iluminação mais ou menos fraca de duas luzes: a de um “abajour” e a da televisão a cores, que transmitia algo que todos estavam ansiosos por sabê-lo.




- Alex, já sabes se já chegaram?
- Não, ainda não. Acho que falta ainda alguns minutos ou coisa assim.
- Acho que a chegada está prevista para as 9 e meia – disse uma voz feminina na mesa.
- Pete, não achas irónico?
- O quê?
- A maior realização da tecnologia americana e tu estás a vê-lo no estrangeiro?
- Não é assim tão irónico. Não estamos na União Soviética…
- AHAHAH… - riu-se Alex – de facto, tens razão.
- Mas estamos na Suiça – esclareceu uma segunda mulher.
- E o Lago Lemán à nossa frente. Brindo a ele – disse Alex, segurando o copo na mão. Brindo ao lago, a nós e aos senhores Armstrong, Aldrin e Collins. Graças a eles, vou assistir a algo único.






Os presentes acompanham-no no brinde. Tchin tchin! Depois de saborear um trago, Alex vira-se para Pete:



- O Beaufort não era para vir?
- Vêm, mas esse cara está atrasado, como sempre.
- Sim, se ele atrasa no casamento, porque ele se iria atrasar para isto? – respondeu uma das mulheres.
- Mas para as corridas, a coisa pia mais fino – respondeu Alex. Não lhe convêm, pronto, porque senão era despedido da sua equipa e depenado no seu país… - concluía, sorrindo.
- Tu és sacaninha – replicou Pete.
- Eu sei, isto é a brincar, pessoal – respondeu.





Os quatro estão a passar bem o seu serão, com um olho atento para a televisão, para saber do momento em que o homem chega à Lua, naquele distante dia 21 de Julho de 1969. Nesse dia, quem poderia imaginar que menos de cinco anos depois, uma daquelas personagens estaria morta?



Mas não nos adiantemos à história. Apresento-os: o mais velho dos quatro é Pete Aaron, o corredor americano da Yomura, campeão do Mundo de 1966, batendo entre outros, Scott Sttodart, seu ex-companheiro na Jordan e seu agora grande rival. Em Monza, eles tinham ganho ao milímetro, mas viram outro rival, Jean-Pierre Sarti, morrer pendurado nas arvores do Autódromo di Monza. Por causa disso, a Ferrari perdia o seu melhor piloto de então. Mas esse era o primeiro dos golpes que o velho Enzo teve que suportar, nos dois anos seguintes. A sua esperança italiana, Piero Barlini, morreria queimado vivo nos destroços do seu carro menos de seis meses depois, no Mónaco. Foi o único momento em que Ferrari quis abandonar a competição, mas continuou. Aaron, depois daquele título, viu Stoddart melhorar e arrebatar os títulos de 1967 e 1968. Agora, Aaron e Stoddart competiam entre si para ver quem seria o melhor.



Ao seu lado, tinha um prodígio de 24 anos, vindo de um país sem tradição automobilística: a Sildávia. Chamava-se Alexandre Moreira, e cumpria o seu primeiro ano de competição. Não tinha feito ainda grande coisa, mas demonstrava potencial, pois aprendia rápido os truques da pista e dos carros. Conseguia afinar tão bem como Aaron, que tinha quase dez anos de experiência de Formula 1, o que tinha deixado espantado. Quando o viu correr no Mónaco, a bordo do Yomura de Formula 2, sabia que tinha talento em potencial. E uma mulher muito bonita.


Na realidade não eram casados. Mas tinham todo o ar de ser. Catarina Weidlinger era de origem alemã, cujos pais tinham fugido trinta anos antes do regime nazi. Tinha uma paixão: a fotografia. A sua beleza natural, cara angelical, sorriso contagiante e grandes olhos azuis, fazia qualquer um não evitar olhar para ela. Mas isso se não a vissem com uma máquina fotográfica à sua frente. A Yomura adoptou-a logo, como fotógrafa (e também cronometrava os tempos de Alex), pois todos gostavam dela, pois para além de ser bela, era simpática e agradável perante todos.



A última pessoa era Angélique. Depois de Sarti, ela ficou com o velho Pete. Casaram-se e acompanhava-o nas corridas, embora com menos frequência. Já tinha visto muitas mortes no seu currículo, especialmente depois de Nino Barlini. Agora, ficava em casa e rezava para que Pete voltasse a casa com o troféu de vencedor… e vivo.



Entretanto, a campainha toca. Angelique levanta-se e vai correr para a porta. Os outros comentam:

- É o Beaufort. Finalmente! – comentou Alex.
- A equipa está completa – retorquiu Pete.



Pierre Charles de Beaufort entra na sala, acompanhado de uma bonita jovem de cabelo escuro. Era a sua mulher. Alex cumprimentou-o e disparou:



- Mon chér, os senhores Armstrong e Aldrin não esperam por si – exclamou Alex.
- Atão, Pete, o chavalo mal chegou à equipa e é o dono do galinheiro? – retorquiu Beaufort.
- Mas ao menos chega a horas – advertiu Pete.
- OK. Desta vez a culpa não é minha. Tivemos um furo – justificou, mostrando as mãos negras pelo facto de ter trocado o pneu furado. Alex repara nisso e corre à casa de banho para lavar as mãos – e não há telefone por perto… vou lavar as mãos. E já agora, chegaram?
- Não, para isso estás adiantado – respondeu Pete.
- O que é um feito, hehehe… - retorquiu Alex, ecoando a sua voz vinda do banheiro.
Pete Aaron repreende-o:
-Alex! Acalma-te.


Alex, vindo da casa de banho a limpar as mãos à toalha, reagiu de imediato.


- Desculpa, é do vinho… por falar nisso, gostaste?
- Oh sim, nem acredito que a tua quinta faça vinhos destes – respondeu, segurando a garrafa na mão – Isto é excelente. Vocês exportam?
- Claro. França, Espanha, Inglaterra… não sei se exportamos para os Estados Unidos. Isso é mais área do meu pai, o Conde…
- E o teu pai sustentou-te a tua carreira?
- Só quando viu o meu talento. A minha sorte foi a garagem do meu tio. Somos todos entusiastas dos automóveis, mas só o meu avô é que competiu, no inicio do século. Depois de acabar, ele foi (e ainda somos) o importador da Mercedes para o meu país. E ganhamos muito dinheiro com isso – afirmou – Mas tive que comprar um Mini Cooper para competir, e correr sob pseudónimo, que era para ele não descobrir. Mas na minha primeira prova que correi, ganhei, e apareci nos jornais do dia seguinte.
- E quantos anos tu tinhas? – perguntou Pete.
- 17. respondeu Alex.
- Como é que aprendeste a conduzir?
- Graças ao meu avô, hahaha… - respondeu, sorrindo - eu e as minhas irmãs aprendemos cedo a conduzir. Antes dos 14 anos andávamos todos no 300 SL do meu avô, a controlar aquele monstro – concluiu, com um certo orgulho.
- Portanto, quando pegaste no Mini, foi fácil – retorquiu Beaufort, que entretanto tinha sentado à mesa.
- Mais ou menos. Era um nervosinho… quando cheguei a casa, levei um raspanete do meu pai, e proibiu-me de guiar até fazer 18 anos e tirar a carta. Mas isso aconteceu três meses depois. Sabes qual foi a minha prenda dos 18 anos? – afirmou.
- Não – Respondem quase todos.
- A minha licença desportiva, oferta do meu avô – responde, orgulhoso. Não sei como, mas conseguiu arranjar isso antes de ter sequer uma carta de condução! - concluiu com um sorriso.
- E eu, que comecei num MG em Peeble Beach, comprado com o meu suor de mecânico… - suspirou Pete.
- O que é um grande feito – respondeu Alex – Ei, também adoro ir sujar-me à oficina e tirar o melhor do carro. Podemos ter sangue azul, mas adoramos o cheiro a gasolina, óleo e borracha queimada – concluiu.
- O puto tem razão. Temos algo em comum: adoramos o que fazemos – disse Beaufort.


Fez-se um momento de silêncio. Angelique e Catarina já tinham tirado os pratos da mesa, e a garrafa de vinho tinto já estava vazia. Logo a seguir, Pete olha para a televisão e vê a plateia a aplaudir, e vai ver o que se passa. Quase imediatamente, Beaufort e Moreira olham para o televisor e quase ao mesmo tempo, dizem:

- Jà chegaram, já chegaram! – gritaram, exaltados. O Homem chegou à Lua, meus amigos.
- Isto merece um brinde, vou buscar copos e uma garrafa de whisky – respondeu Pete, que se dirigiu para o armário das bebidas.

Logo a seguir, Alex e Pierre entraram dentro de casa, e sentaram-se no sofá, bem à frente da TV a cores que mostrava imagens em directo da Lua(ironicamente, a preto e branco...). Todos esperavam para a escotilha abrisse e um dos astronautas descesse a escada para pisar pela primeira vez o solo lunar. Pete começa a servir o whisky aos outros dois, mas quando chegou a vez de Alex, este meteu a mão em cima do copo e disse:


- Não obrigado. Não gosto muito de whisky. Não tens Martini?
- Acho que sim, vou ver – respondeu Pete.


Pierre olhou para ele com um certo trocista e disse:

- És mesmo esquisito. Martini?
- Acho que o whisky sabe mal, que queres? Ao menos Martini, que é doce – retorquiu – e é a bebida do James Bond - concluiu, trocista.


Pete chega com uma garrafa de Martini na mão e deitou o seu conteúdo no copo, mais ou menos até meio. Depois, foi buscar um balde de gelo, para colocar nos copos. Entretanto, o apresentador narra a descrição da nave “Eagle” e dos pormenores dos astronautas da Apollo 11 que poucos dias antes tinham abandonado a Terra, rumo à conquista do satélite deste magnifico planeta azul. Pete senta-se no sofá, e Pierre reeinicia a conversa:

- E com isto, vocês ganham a corrida ao espaço. Parabéns, bateram os russos. Isso merece ser comemorado. Proponho um brinde, meus amigos – afirmou, levantando o copo.

Os outros dois acederam ao brinde e deram um golo. Logo a seguir, as mulheres sentaram-se num outro sofá, de esquina, e estavam todos fixados na televisão, esperando pelo momento em homens pisarão outro mundo, num acontecimento único do século XX.


- Ainda vão falar disto no ano 2000 – afirmou Catarina.
- É esse o objectivo, minha amiga – respondeu Pete.

Logo a seguir, Pete Aaron levantou-se e colocou-se à frente da televisão. Todos começaram imediatamente a protestar, mas ele pôs a mão à frente para se acalmarem, e fez uma afirmação solene:



- Pessoal, enquanto eles não saem da nave, tenho um anuncio a fazer: recebi hoje uma noticia de Yomura-san, de Tóquio. Ele disse-me que a equipa decidiu retirar-se da competição no final da época. O anuncio oficial será feito em Monza, mas ele já me comunicou a mim, em telegrama. Depois dirá pessoalmente a nós todos em Nurburgring, no próximo Grande Prémio. Assim sendo, decidi tomar duas decisões. A primeira é que na temporada de 1970, vou criar a minha equipa. E a segunda, que já é do conhecimento da minha mulher, é de que esse será o meu último ano em competição. E comuniquei isso a Yomura-san. Por causa disso, ele deu-me a mim, de graça, motores Yomura V8 em exclusivo.
- Parabéns, disse Pierre. Mas precisamos de um chassis. Qual vai ser?
- Vamos criar um nosso, ou vamos comprar à McLaren ou à Brabham? – questionou Alex.
- Isso verei logo. Podemos até comprar o chassis da Yomura.
- Que não é o primor da tecnologia, Pete – retorquiu Pierre
- Pois, o Lotus 49 e o Stoddart são o nosso alvo a abater. Podemos ter o melhor motor, mas temos um mau chassis… - lamentou Alex.
- A diferença não é muita, rapazes – disse Pete, no sentido de animar a malta
- Ó Pete, desculpa ser desmancha-prazeres, mas já viste as geringonças aerodinâmicas que andam a meter? – questionou Alex – é que vão começar a fazer diferença.
- Geringonças que começam a ser perigosas. Viste a cara do Reinhardt, em Barcelona? – afirmou Pierre.
- Pois. Nessa, tive sorte. Não corri… Mas já andei com coisas bem esquisitas na Formula 2.
- Ah pois, aviador… - gozou Pierre.

Logo a seguir, o riso geral pairava na sala. Depois, Pete sentou-se, e admirou, como toda a gente naquela noite, o momento da alunagem: Neil Armstrong a descer pelas escadas da Eagle, devagar, como a apalpar o desconhecido, até chegar ao último degrau. Depois deu um salto, pousou os pés no chão poeirento da Lua, e disse as palavras que ecoariam na História: Um pequeno passo para o Homem, um salto gigantesco para a Humanidade”.



Todos começaram a aplaudir. “Bravo, eu não faria melhor”, disse Pierre de Beaufort. “Daqui a 30 anos, estamos a correr na Lua”, respondeu Alexandre Moreira. “Eu não diria tanto”, arrefeceu Pete Aaron. “Primeiro, estabelecemos a colónia lunar, e depois constrói-se um circuito”, concluiu. "Desde que não seja uma das vossas ovais...", replicou Alexandre, entre risos.



Logo depois, todos se levantaram e foram lá para fora. A lua brilhava no Céu, e o seu reflexo iluminava o Lago Leman. Todos em uníssono levantaram os seus copos, e Pete fez o brinde:



- Ao futuro. E à Lua.
- À Lua! – responderam todos.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Depois do trabalho...

... fica um enorme vazio. Os meus fins de semana, quando estou a fazer matérias para as várias provas automobiliticas, são sempre cheias, tão cheias que tenho pouco tempo até para coçar os tomates. Sâo coisas que não faço só para o blog, mas também para o site. Encontrar fotos, pesquisar, ver aquilo que eles falam, etc...


Quando se faz aquilo que gosta, superota-se bem. Mas depois, quando chega a segunda-feira... é o deserto. aí, o "stress" é outro: encontrar algo de relevante para contar. E se forem ao outro blog, hão de ver daquilo que falo. Ao Sábado e ao Domingo, devo colocar lá prá aí uns 20 posts, e chega segunda-feira, tenho que buscar qualquer coisa na minha mente para não dizer que não fiz nada nesse dia. É lixado! É por estas e outras coisas que a História é a minha grande amiga e minha maior e melhor, muleta. Não só nos enriquece, como nos ajuda.

domingo, 22 de junho de 2008

Abel e Natália - Parte 6

(continuação do episódio anterior)


Abel pensava nos seus botões sobre a maneira como Natália reentrou na sua vida. É um facto que por vezes, as coisas podem ser exasperadamente lentas, outras vezes, as coisas acontecem no momento de relâmpago. Deitado na cama, de mãos atrás na cabeça, os seus pensamentos eram invadidos com ese típo de dúvidas. Mas ele teve que os arredar para um canto quando a viu regressar da casa de banho. Deitou-se ao lado dele, e viu-o a sorrir. Beijaram-se e ela disse:

- Queres mais, cariño?
- Atão não? Vamos gozar a noite enquanto pudermos, disse.


Natália deitouse no seu lado, e Abel pôs-se em cima dela. A sua boca soltava um sorriso, enquanto ele a beijava no pescoço. Depois de se demorar por lá, passando os cantos com a lingua, voltou a beijá-la nos seios, dando ligeiras dentadas nos mamilos, enquanto não as chupava com a boca. Aí demorou por algum tempo, até se delocar para o umbigo, onde o varreu com a lingua durante algum tempo. Depois, foi a vez dos lábios vaginais, onde não fez mais nada senão os lamber e brincar com o clitóris. Ela, como da outra vez, retorcia-se na almofada, quase afundando a cara nela, no seu transe de excitação.


Pouco depois, Abel voltava à cara dela, para a beijar. Abraçaram-se logo a seguir, e ele penetrou-a, de modo gentil, mas de modo a fazer sentir a sua presença dentro dela. Quando isso aconteceu, esboçou um largo sorriso, e disse, quase em sussuro: "Te quiero, te quiero mucho. Perdona-me."


- Porquê? perguntou Abel.
- Por no te ter dito nadie.
- Acerca de quê? Tinhas namorado...
- Si, es verdad. Depois te conto.
- O quê?
- Porque acabei com ele. No es solo por ter otra.
- Tá bem. Mas agora, gozemos o momento, tá bem?
- Si cariño. Folla-me toda
- Como nos velhos tempos?
- Oooohhh siiii...



Abraçaram-se e começaram a manobra de acasalamento. Primeiro lentamente, e depois mais rapidamente, em movimentos repetidos, Abel a penetrava com convicção e prazer. Os seus lábios se colavam primeiro, mas depois começaram a sincronizar a respiração, e a abrir as bocas para fazer brincadeiras com as suas linguas. Com o passar do tempo, e com o ritmo da penetração a aumentar, as respirações tornaram-se mais ofegantes, e o sexo chegava a um topo. Natália estava em excitação, e a cada vez que entrava, os gritos eram cada vez mais altos e mais fortes. O orgasmo era real, e ele também entrava no jogo.

Depois do pico, o ritmo abrandou um pouco, tempo para ambos trocarem de posição. Abel não se tinha vindo, e ela pôs-se de quatro na cama, com Abel por detrás. Pediu ajuda a ela para colocasse o pau duro de novo dentro da buceta, e a penetrou por detrás. Desta vez, neste "doggy style", era ele que gozava o facto de ele a fornicar "à canzana" como dizem os expertos, onde ambos tinham o mesmo grau de excitação, mas sem ser cara a cara. Ao fim de pouco tempo, voltavam ao guião original: a cadência a aumentar, os gritos dela a aumentar, mas havia uma variação no programa. Ele nem se lembrava, mas foi Natália que afirmou:

- Não me bates nel culo?
- Queres?
- Sim, quero.

Logo a seguir, Abel deu uma palmada na nádega esquerda de Natália. Foi fraquinho, mas logo a seguir, fez questão de dar palmadas na mesma cadência que penetrava o seu pénis mais fundo nela. E as palavras surgiam no momento.


- Gostas?
- Si, gosto de ser tu puta.
- E gostas que te coma por trás?
- Oh siiim, respondia, com evidente excitação
- E queres que te enrabe?
- Si, en mi culo.
- Como queiras, garota.

Logo a seguir, quase sem dar tempo para a preparar, tirou o pénis da vagina e a enfiou no outro buraco. Como era uma zona previamente lubrificada, a penetração não foi muito difícil, mas como era mais pequeno, Natália não evitou dar um grito ainda mais forte. E no momento em que se seguiu, apesar do ritmo ser um pouco mais irregular, os gritos foram mais fortes. Foi assim por um tempo que se encarregaram de não o contar, mas foi algum.

Quando Abel sentiu que estava quase a se vir, perguntou:


- Onde queres que eu me venha?
- Não sei.
- Então vira-te, que vai ser nas tuas tetas.


Tirou-o para fora, e esfregou-o na não. Ela se deitou, e disse para se aproximar-se dos seios dela. Agarrou-as, e queria fazer a "espanholada". Mas Abel disse que não, queria-as abençoadas com o seu líquido. Quando quis reagir, ele não a deixou, pois já estava a entrar em transe, e o esperma já jorrava entre os seios dela. Natália sorriu, e quando terminou, ela ainda teve a desfaçatez de o recolher com os dedos e metê-los na boca, qual rapariga a saborear o "chantilly". Logo a seguir, beijaram-se e ela foi mais uma vez, para a casa de banho.

Abel estava desta vez com um sorriso rasgado. Tinha consciência de que agora, vivia uma noite que tanto desejava há muito, pelo menos com ela. Mas cedo assaltaram as dúvidas acerca da curta conversa que tinham tido, entre duas fodas. Olhou para o despertador, e viu que eram três da manhã. Sentia-se cansado e com algum sono, então ajeitou a almofada e começou lentamente a adormecer. Natália, entretanto, voltara da casa de banho, e beijou-o nos lábios. Deitou-se a seu lado, virado para ele, e ambos sorriram. Depois reparou que ela tinha um brilho nos olhos, e não deixava de notar numa lágrima furtiva. Abel ficou intrigado e perguntou:

- Porque choras?
- Porque nunca te devia ter abandonado.
- Então? Tu tinhas os teus compromissos. Seguiste aquilo que querias.
- Pero nunca te olvidei.
- Então garota. Também eu, mas não é motivo para chorar.
- Eu sei. Pero foste o melhor de todos, disse, enquanto se sentava na cama para enxugar as lágrimas.

Logo a seguir entrou em choro compulsivo. Abel sentou-se e abraçou-a, enquanto colocava a cara dela no seu peito. O choro continuou durante algum tempo, até se acalmar. Depois, ela disse o seguinte:


- Quero casar contigo e ter um filho teu. Porque tu nunca me cambiaste por hombres ou me obrigaste a follar con mujeres.


Abel ficou um pouco surpeso. Provavelmente, muitas das dúvidas que tinha na cabeça foram esclarecidas. Mas essa frase, se disse muita coisa, não tinha dito tudo. Tinha que saber mais, mas aquela não era a hora, nem o momento. Agora, era o momento de repouso, depois de uma noite de sexo puro e duro. Olhou para ela e disse:


- Anda, vamos dormir, tá bem?
- Sim, acenou com a cabeça.
- Amo-te muito, tá bem, afirmou, dando-lhe um beijo nos lábios.

Ela sorriu, enxugou as lágrimas, e voltaram a deitar-se, com as faces viradas um para o outro. Ele passou delicadamente a mão pelos cabelos arruivados e pelos lábios dela. Deu-lhe um beijo na testa e ficaram a olhar um para o outro, até adormecerem.


(continua)

sábado, 21 de junho de 2008

Abel e Natália - Parte 5

(continuação do episódio anterior)


Depois da massagem da lingua pelos lábios vaginais, Abel levanta-se para contamplá-la mais uma vez. O contraste não podia ser o mais paradoxal: ele não tinha mais do que a camisa meio aberta, enquanto que ela estava completamente nua, somente com as sandálias de salto alto pretas calçadas, quase deitada no sofá, em êxtase. Ele dá um tempo apra que Natália se recomponha do êxtase que tinha acabado de levar. Compôs-se e levantou-se, para o beijar demoradamente na boca. Ele colocou as mãos na cintura dela, e calmamente, levou-as às suas nádegas nuas, ainda se sentindo do frio do sofá preto de pele. Ela também levou as suas mãos para as nádegas dele, enfiando-as nos bolsos das calças.



Continuaram a beijar-se apaixonadamente na boca. Depois, ela beijou-o no pescoço, primeiro com os lábios, e depois com a lingua. Abel solta um ligeiro gemido, pois tal manobra lhe faz cócegas, e ao saber que ela ainda se lembrava dos seus gostos, esboçou um ligeiro sorriso.



Depois, colocou as mãos no peito, e desabtoou a camisa dele, um por um. Enquanto o fazia, percorrida a lingua pelo peito algo peludo de Abel, algo que ela sempre gostou. Quando a lingua chegou ao mamilo direito dele, a sua mão direita foi ter ao mamilo esquerdo de Abel, e apertou-o com o polegar e o indicador. O gemido que veio a seguir foi mais audível. Disse logo a seguir.


- Sua cabra sem coração... continuas a fazer sofrer.
- Yo se. Vais ter paciência até chegares onde queres.



Abel queria tudo. Natália tirou-lhe a camisa, que caiu sem cerimóna no chão, e viu o seu corpo a juntar-se ao dele, em mais um abraço apaixonado. Desta vez, ambos brincavam com as suas linguas, certamente recordando divertimentos anteriores. Entretanto, Natália, coloca as mãos no cinto de Abel e começa a desapertá-lo. Param de beijar e brincar com a lingua, e olham-se olhos nos olhos por um momento. Abel disse:



- Sabes, nunca pensei que esse momento voltasse a acontecer.
- Yo se. Mas nunca te olvi... esqueci, mesmo que tinha o meu novio.
- Diz-se namorado.
- Yo se, cariño. Desculpa-me se não te te disse nada. Foi todo muy rápido.


Abel nota que ela tinha tirado o cinto e desapertado as calças, mas não tinha feito mais nada. Ele pegou numa das mãos dela, e pô-la dentro das cuecas, para que ela pudesse sentir o seu pénis erecto. Ela sorriu ligeiramente e disse:



- Quieres? Ahora?
- Si, cariño. Mucho, respondeu Abel em espanhol.



Natália completa o trabalho de baixar as calças e as cuecas, e pega no mastro de Abel com a sua mão direita, para puxar a pele que envolvia a sua membrana. Sentou-se no sofá, e logo a seguir, a sua lingua percorria a ponta, devagar, para proporcionar o maior prazer no seu amado recuperado. Durante breves minutos, era a vez dela de fazer exercer a sua lingua no orgão de prazer dele. Em suma, estava a retribuir o cumprimento. Enquanto isso, Abel percorria as mãos, em busca dos seus seios, e assim poder apalpá-los. Algo que estava um pouco fora do alcance, e não podia fazer mais do que afagar o seu cabelo, ou pousar a sua mão no ombro dela.



Logo a seguir, Natália para de lamber, para começar a chupar o membro masculino. Primeiro devagar, depois mais rapidamente, a cadência e o ritmo em que ela deixava entrar e sair aquele pau dentro da sua boca, excitava alegremente Abel. Este colocara as duas mãos na cabeça de Natália, ajudando-a a enfiar na boca dela. Foi asim durante uns minutos, até que ela parou por um bocado. Aproveitando este momento de pausa, Abel sentou-se e tirou os ténis, calças e cuecas, ficando tal qual como ela: nus, parecendo que tinham acabado de chegar ao mundo. Logo a seguir, levantou-se, pegou na mão dela, e levou-a para o quarto. Chegados lá, ele abriu a cama em todo o seu esplendor, e foi buscar uma almofada extra no seu armário. Juntou-as e colocou-as na cama. Ela já estava deitada, de pernas ligeiramente abertas, e a chamá-lo com as mãos, ele que estava de pé.



Nesse instante, Abel contempla a cena: o amor da sua vida, a mulher que tanto amara e tanto tinha feito para a esquecer, depois do final da relação, estava ali, de volta, nua, no seu quarto, na sua casa. Parecia um cenário irreal para ele, se o tivesse pensado nisso umas semanas antes. A persiana ainda estava aberta, e a luz da lua entrava pelo quarto adentro. Hesitou um momento, mas decidiu deixá-la aberta, pois sabia que o vizinho mais próximo estava a pelo menos 50 metros da sua casa. E fazer amor com a luz da Lua a entrar no quarto, naquela noite de calor, seria um programa deveras excitante, e inesquécivel.



- Venga cariño, te quiero!, suplicou Natália estendendo-lhe as mãos, fazendo- o regressar à realidade.
Abel beliscou ligeiramente a sua coxa, e a ligeira dor que sentiu o fez lembrar que aquilo que deveria ser um sonho molhado, era a realidade nua e crua: ela voltara, e queria fazer amor com ele. Ele respondeu, aproximando-se da cama, e ajoelhando-se no colchão, fazendo-a levantar-se e ajoelhar também. Ambos começaram a beijar-se na boca, e depois a brincar com as suas linguas, enquanto percorriam as suas mãos pelos corpos um do outro. Beijavam-se e lambiam-se no pescoço e no peito, à luz da Lua que lhes reflectia, qual holofote, sobre o espectáculo que se assistia.



Para melhorar (ou piorar) as coisas, o calor ali dentro fazia os suar. Suando, os seus corpos escorregavam cada vez mais. As mãos de Natália percorriam as costas suadas de Abel, enquanto que este já estava, primejro nas coxas dela, e depois na zona da sua vagina, preparando para meter de novo os seus dedos dentro dela, e excitá-la de novo. Em vez disso, ela deitou-se e disse:



- Anda, cariño. Quero-te dentro de mi
- E o preservativo?
- Como?
- A borrachinha. Tu tiveste mais homens depois de mim, carinho. E eu também, e nem sempre foram com a borrachina posta.
- Cariño, estou jodendo com esso.



Abel hesitou por um momento. Não sabia como iria responder a tal coisa, pois era sua politica não fazer com ninguém sem preservativo no primeiro encontro, mas num reencontro, como seria? Pensou melhor, e decidiu arriscar: com ela era diferente, sem ela.



- Natália, não estás naqueles dias perigosos, pois não?
- Como assim?
- Sabes o que digo: os dias em que se pode fazer um filho.
- No. Meu periodo terminou Miercoles.
- Mier... ahhh. Quarta-feira.
- Si, esso. Quarta-feira.



Sorriram e beijaram-se. Estiveram assim por uns momentos, até que se voltaram, com ela por cima dele. Levantou-se e Abel contemplou aquela beleza ruiva, de cabelos pelo pescoço, de seios jovens e redondos, beleza tatuada de coração em chamas na zona púbica. Tudo isso estava reflectido pela luz da Lua que entrava naquele quarto, uma Lua Cheia que estava mais forte, mais brilhante do que nunca. Pegou no pénis de Abel, e guiou-o para a sua gruta de prazer, o Santo Graal da excitação, e lentamente, começou a enfiá-lo, fazendo o desaprecer, qual truque mágico da cartola. Pôs-se de cócoras, os pés no colchão, e começou a fazer movimentos ritmicos, primeiro lentamente, e depois mais rapidamente, começando a saborear aquele achado dentro dela.



Começaram a gemer cadenciadamente. Primeiro baixinho, e depois mais alto, ambos experimentavam o prazer daquele momento. Natália já tinha a cabeça para trás, num gemido a roçar o grito, as mãos contraiam-se sobre o peito de Abel, enquanto que ele tinha também as suas mãos nos seios dela, gemendo num misto de dor e prazer. No momento seguinte, as mãos de Abel seguiram para as nádegas dela, acompanhando o movimento ritmado delas a baterem na cintura dele, lubrificando cada vez mais aquela zona. Natália, já alternava os gemidos com palavras:



- Oh si, si, te quiero, cariño. Folla-me toda, toda, aghhh, dizia num transe somente comparada ao dos xamãs quando estão num estado alterado, após comerem o "peyote". De súbito, Abel disse:


- Oh sim, estou quase a vir.
- Que venga, venga dentro de mi
- Não queres que eu me venha na tua boca?
- Oh siiii... respondeu, sem saber que tinha consciência do que tinha acabado de dizer.



Nos momentos a seguir, Abel observou-a para ver se haveria alguma mudança. Ela parou, tirou o pénis de dentro dela, e deitou-se a seu lado. Ele levantou-se, e desta vez estava em cima dela, com o pénis na zona da boca. ela tinha-a primeiro ligeiramente aberta, mas no ultimo momento, decidiu fechá-la, e sentir o esperma dele na sua cara. Assim pensou, assim o fez. O liquido escorreu na cara dela, algum dele foi parar ao cabelo, ouro para os olhos, mas a maioria foi para o nariz e na boca. Depois do jorro acabar, sorriu, e lambeu parte dele. Abel sorriu perante tal cenário, e ela levantou-se para ir à casa de banho.



Ele sentou-se e viu-a a rumar para lá. Agora que tinha gozado a situação, começara a pensar: porque é que tinha acabado? Porque é que voltou sem avisar? E mais ainda: porque é que mal voltou, praticamente a unica coisa que tinha na cabeça era que queria era fazer amor com ele? Voltoua deitar-se, colocou as mãos por detrás da cabeça, e ficou pensativo, olhando para o reflexo da Lua a entrar pela janela adentro.


(continua amanhã)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Abel e Natália - Parte 4

(continuação do capitulo anterior)



Mal sairam do prédio, sentiram ainda o bafo de ar quente que se fazia sentir na rua. Apesar da noite já ter caido há muito, o ar não dava sinais de querer arrefecer, mantendo até as vestimentas coladas ao corpo, apesar de naquele momento nem tivessem a suar. Para melhorar as coisas, era noite de Lua cheia, ou seja, a noite era mais iluminada do que o normal, num céu sem nuvens. Abel até gostava disso, e Natália deu-lhe a mão e encostou-se a ele. No momento a seguir, ele coloca a sua mão direita na cintura, mas ela imeditatamente pegou-a e a colocou em cima da sua nádega direita, a indicar com este gesto aquilo que mais desejava naquele momento. Para realçar isso, ela colocou a sua mão esquerda no bolso de trás das calças, e apalpando a nádega esquerda de Abel. Caminharam uns metros na rua, até que ele chegaram ao seu Mini vermelho. Deslargaram-se por um momento, tirou a chave no bolso e abriu o carro, entrando de seguida. Quando ele liga a ignição do seu carro, nota uma mão por cima das suas calças, abringo a braguilha. Sorriu e disse:


- Eu não moro longe daqui. É só mais cinco minutos.
- Eu não quero cinco minutos. Quiero agora.
- Tá muita luz para fazermos isso. Se estivessemos numa garagem, faziamos.
- Pero te quiero! implorou Natália, desejosa para consumar o acto.
- Tudo a seu tempo. Se esperei quatro anos para isto, acho que cinco minutos mais não fazem mal a ninguém, não achas? perguntou Abel.
- Pienso que si, respondeu uma Natália aparentemente conformada.


Abel ligou o carro e partiram dali. Nos cinco minutos que passaram entre a casa de Marco e a sua casa, a uma velocidade regular, ambos passaram as mãos pelas pernas, mostrando o amor recuperado, e o desejo a subir pelos poros. Eles não repararam que o rádio do carro estava ligado, com um CD de musica que ele tinha metido quando se fartava das rádios "pastilha elástica", que puluavam, exceptuando a Rádio Sildávia 3, a equivalente à BBC 4, ou a Radio Finisterra, a rádio perferida de todos os que escapavam das tais "radios pastilha elástica", como a 100 FM ou Radio Coburgo Mais.


Abel pensava que não haveria obstáculos até a casa. Mas de repente, viu um sinal vermelho a meio de uma das avenidas principais. E teve que parar. No instante em que parou, viu Natália na sua direcção, qual fera ao ataque. Tinha tirado o cinto de segurança, e quase trepava em Abel, num beijo prolongado e louco. Natália disse:


- Eu conheço este som. São quem?
- Foo Fighters.
- Ah, um dos teus favoritos. Pero ellos no cantam assim.
- Pois não. É um álbum acústico ao vivo, chamado "Skin and Bones"
- Muy bueno. Me gusta esta musica, qual é?
- Nâo sei bem.
- Porque?
- Comprei o CD esta semana e é a primeira vez que estou a ouvir.
- Porque solo ahora?
- Não tive tempo, andei a corrigir exames.
- Oh... desculpa, disse com voz caridosa. Te compenso com a melhor folla da vida.
- Acredito, ahah... sorriu Abel.



Logo a seguir, voltaram a beijar-se, indiferente ao sinal que já tinha passado para verde, e iria voltar em breve a vernmelho. No momento que voltaram a beijar intensamente, o CD passava a segunda musica do álbum, "Over and Out". Provavelmente, o contador deveria ter voltado a zero quando ele ligou o carro...



Beijaram-se até a musica acabar. Depois, Abel verificou que o sinal tinha voltado ao vermelho, e iriam ter mais um compasso de espera. A sorte que não se via ninguém na rua a circular a aquela hora, apesar de ser uma da manhã. Mas aquela zona não ficava na direcção dos bares da zona portuária, portanto, o movimento seria menor. Natália colocou o cinto e quando o verde apareceu, arrancou rumo a casa e à concretização das maiores as maiores aspirações daqueles dois seres naquela quente noite de Junho. Curiosamente, "Over and Out", para além de originalmente fazer parte do Disco 2 do álbum "In Your Honor", a sua fala de um amor desejado mas distante...


Pouco tempo depois, o carro parou num prédio relativamente antigo, de azulejos verdes-oliva. Apesar da sua antiguidade, tinha ares de ter sido pintado de fresco há pouco tempo, com azulejos novos e nova pintura, rejuvenescendo a sua idade, que tinha cara de ter sido feito há 40 anos. Abel Abriu a porta, de mão dada com Natália. Quando entraram, ele lembrou-se que a mala estava dentro do carro dela. Caminhou para lá, mas um movimento brusco o impediu:


- Deixa lá. Para aquilo que faremos, não preciso da mala para nada.
- Mas tenho que busca-la na mesma.
- Porquê?
- Já deixei uma mala no carro, não neste, mas no mais antigo, e no dia seguinte acordei com o vidro partido e sem ela. A sorte era que só tinha papéis e o ladrão depois colocou à minha porta no dia seguinte. Parecia que me conhecia onde morava...
- Mas foi há muito tempo?
- Há ano e meio. Desde então não tenho tido nada, mas agora tenho este carro e todo o cuidado é pouco.
- Pues... despacha-te. Fico a segurar o elevador.



Abel saiu e abriu de novo o carro. Retiriu a mala e voltou apressadamente para dentro do prédio, caminhando em direcção da luz emenada pelo elevador. A porta estava aberta, presa no seu lugar pela perna de Natália, que a exibia, qual desafio lúbrico, a Abel. Quando segurou a porta, e virou para dentro, ficou espantado com a visão: Natália segurava com a ponta dos seus dedos o vestido que tinha posto e mostrava-se tal qual se tinha vindo ao mundo, qual tesouro no final do arco-iris. Abel sorriu perante tal visão, pousou a mala no chão do elevador e abraçou-a de encontro à parede, beijoando-a longamente. Depois de a beijar nos lábios, percorreu o pescoço, e as orelhas, brincando com a sua sua lingua os lóbulos das orelhas de Natália. Esta sussurou ao ouvido, em castelhano:


- Te quiero, te quiero, folla-me, folla-me. Quiero tu polla dentro de mi, quero que vengas en mi boca.


Abel estava prestes a tirar o seu membro das calças, mas hesitou por um momento, e antes, decidiu baixar-se, pois tinha reparado ela estava com uma das pernas apoiada na coluna do elevador, deixando-as abertas. Vendo o Santo Graal de coração flamejante tatuado, Abel não hesitou em ir até lá com a sua lingua, provocando os primeiros gemidos da noite em Natália. No mesmo instante que o cunnilingus começou, a luz do elevador apagou-se, e Abel achou que era altura de carregar no botão e rumar para a porta de casa. Elevou-se, beijou-a longamente, agarrando as suas mãos nas nadegas dela, e continuaram assim até o elevador parar. Ele avançou para abrir a porta de casa, enquanto que ela esperava para que abrisse a luz e pousasse a mala. Estranhando o facto dela ter ficado para trás, pensou que ela tivesse colocado o vestido creme estampado a tijolo e vários tons de castanho. Mas afinal, quando ela abriu o elevador, simplesmente começou a andar, lenta e lânguidamente, para dentro de casa, no sentido de despertar ainda mais a líbido do seu companheiro reencontrado, e prestes a retomar algo que tinha deixado muito tempo antes, esperando que fosse tão bom, ou ainda melhor do que nas experiências anteriores.


Abel sorriu abertamente perante tal passagem e paisagem. Natália também sorriu com a figura que tinha feito, um interludio no turbilhão que vinha a seguir. Ele fechou a porta e viu-a sentar-se no sofá de pele preta, fresca com o contacto com a outra pele, desta vez branca. Recostou-se numa das pontas, abriu as pernas e estendeu os braços, chamando-o:


- Venga, cariño. Te esperei mucho para este momento.


Abel nem hesitou, e lentamente se chegou ao pé dela. Beijou-a de novo de cedo começou a percorrer outras partes do corpo: o pescoço, o peito, beijou e chupou longamente os seios, quer com os lábios, quer depois com a lingua, fazendo-a com que soltasse os primeiros gemidos de prazer. Logo a seguir, ele rumou para a vagina tatuada de Natália, começando primeiro por colocar a sua mão direita sobre a zona, afastando os lábios com o seu dedo indicador e médio, deixando exposta o seu seu clitoris. No momento seguinte, colocou a sua lingua no sitio, fazendo cócegas naquela zona. Tais gestos tinham feito Natália entrar em êxtase, arqueando-se com a cabeça fora do sofá, para baixo, fazendo correr o sangue para a sua cabeça, ao mesmo tempo que colocava uma das suas mãos nos seios, apertando-os com força. Agora os gemidos transformaram-se em gritos ofegantes, que entrecortavam com palavras como "oh si, si", "te quiero, no pares". Durante não sei quantos minutos, Abel continuou a lamber e a brincar com o clitoris de Natália, fazendo-a vir-se, até que ele parasse, pois já lhe doia a lingua com tanto movimento que estava a ter naquele momento. Ele estava a fazer o seu trabalho, mas apenas era uma parte de uma grande obra.



(continua amanhã)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Abel e Natalia - Parte 3

(continuação do capitulo anterior)



Abel virou-se, e franziu o sobrolho, e vendo Natália naquela posição e naquele sítio, sabia perfeitamente o que vinha a seguir, pois foram várias vezes que ambos tinha estado naquele cenário, e em todas elas tinham acabado em tórridos minutos de sexo selvagem, mas num casal de apaixonados, isso não tinha muita importância. Afinal, por amor, fazem-se coisas loucas, e desculpa-se por tudo isso.



Ele acaba de urinar, põe a tampa no lugar, puxa o autoclismo, e senta-se lentamente na sanita, abrindo ligeiramente as pernas, numa posição de aparente descontração. Quando se senta, olha para ela e os seus belos olhos azuis, o cabelo pintado de ruivo e coloca o seu melhor sorriso de malandra. Passa a sua lingua pelos lábios, num sinal de que estava ali para atacar, e colocou as suas mãos nas coxas. Juntou o polegar com o indicador no tecido da saia, e lentamente subiu-a, no sentido de aumentar a libido de Abel. À medida que fazia o seu gesto, o sorriso torna-se mais aberto, até que se visse a vagina dela, qual Santo Graal do orgasmo, à vista, com o tatuado coração em chamas, no lugar onde, noutras mulheres, estariam os pêlos púbicos. Pelo menos ali não haveria pelinhos a incomodar, no futuro, quando a lingua dele efectuasse os cunnilingus que faria nela...



Depois de apreciar o espectáculo, ela aproximou-se, pé ante pé, para os braços do seu ex-amado, agora prestes a voltar a sê-lo, pelo menos nessa noite. Sentou-se em cima dele, aproximou-se e beijaram-se, apaixonada e longamente. Depois de a beijar na boca, começou a beijá-la no queixo, e depois no pescoço, fazendo com que ela comecasse a soltar timidamente um gemido de prazer. Logo a seguir, disse, baixinho:



- Quiero que chupes mis tetas, sussurou.



Logo a seguir, puxa a alça do vestido para baixo, até à cintura, para que ele pudesse ver os seios, que estavam ligeiramente acima do nivel dos seus olhos. Os mamilos eram castanhos claros, perfeitamente redondos, grandes, com os bicos ligeiramente saidos. Ele não se fez rogado, e começou a lambê-los lentamente com a lingua, ao mesmo tempo que ela punha as suas mãos na cabeça dele, encostando a cara no seu peito. Mas este primeiro momento de êxtase teria vida curta. No instante a seguir, uma série de batidas repetidas na porta, qual código morse para S.O.S, os fez regressar à realidade. Embaraçada, Natália põe a alça para cima e a saia para baixo, enquanto que Abel gritava:


- Ocupado! Quem é?
- Vai demorar muito? respondeu do outro lado uma voz feminina em portunhol.
- Um pouco. Porquê?
- Tou aflitinha e tengo ai mi bolsa. Puedo entrar, por favor?
- Só um minuto!


Olharam-se e viram que estavam numa situação, no minimo embaraçante. Como sair daquele imbróglio? Olhando para o panorama geral, não tinham muito por onde esconder: sanita, bidé, lavatório, uma pequena cómoda, e uma banheira com um poliban opaco do peito para baixo. Também se podia esconder por detrás da porta, mas não seria muito boa politica...


Não hesitaram um instante: o poliban. Natália foi para lá, abriu a porta, e ficou de cócoras, esperando para que ela fizesse o que tinha de fazer e ir embora. Depois ela sairia dali e voltaria à festa como nada tivesse acontecido. Dito e feito. Tudo demorou menos de um minuto. Ele puxou a água para disfarçar o barulho, abriu a porta e viu-se de caras com a argentina Fernanda. Agradecida, disse:



- Gracias, gracias. Casi fazia por las piernas abajo, afirmou num sotaque espanhol ligeiramente cantado, típico de Buenos Aires.



Ele saiu dali e rumou lentamente em direcção aos convivas. Olhou logo para Marco, que estava momentâneamente sozinho, na cozinha, a tirar mais umas cervejas do frigorífico. Viu-o o e cumprimentou-o:



- Hei! Obrigado por teres vindo à festa. Queres uma jola?
- Sim, obrigado. Mas esta é a última, pois vou a conduzir.
- Ah pois. Não quremos uma multinha vinda da RGE (Regimento Geral das Estradas, a divisão de Trânsito da Real Guarda de Policia), pois não?
- Pois não. E depois cobrava-se os 125 euros da multa...
- Hehe...


Depois de beber um gole de cerveja gelada, Abel diz a Marco:



- Porque é que a convidaste?
- Quem?
- A Natália?
- Não fui eu, foi o Javi.
- O Javi? Mas ele nunca ligaram muito um ao outro...
- A Fernanda, a argentina, é a namorada do Javi.
- Ah é?
- Tirou Psicologia e está em Madrid a exercer, ou a fazer uma coisa qualquer académica.
- Olha que da maneira como veste e pinta, tem tudo para não ser.
- Ah viste? Também eu. Não se atirou a ti?
- Não. E não desvies a conversa. Tu sabias que eu tive dificulades em superar o fim da relação, não sabias?
- Mas ouve, meu... não me culpes por a ter convidado. Tu sabes que eu e a Luisa somos amigos deles, do Javi e da Natália. Sabia das dificuldades dele, e convidei-o. Só no inicio da semana é que ambos soubemos da Natália. Sabias que ela vai voltar para cá?
- Como? perguntou um surpreendido Abel.
- É. O ano passado foi para a TVE, no canal de noticias que eles têm, como repórter, e agora parece que em Setembro vai ser a correspondente deles em Coburgo.
- Neste quadradinho? Mas isto não tem nada a declarar... pelo menos deixei de ver noticias, de tão desinteressantes que eram.
- Não tenho a certeza, mas ela disse isso à Luisa. Fala com ela ou fala com a Natália, que deve saber a razão pelo qual decidiu isso. Eu só sei da missa pela metade.
- Eu falo com ela. Que horas são?
- Quase meia-noite, disse, olhando para o relógio de pulso.
- É hora de continuar a noite noutro lado... afirmou, antes de dar outro gole na cerveja.



Entretanto, na casa de banho, Natália olhava de dentro da banheira, quase de cócoras e praticamente sem respirar, aquilo que Fernanda fazia lá dentro. Pensava que era só para buscar a bolsa e dar uma mijadinha, mas a coisa iria demorar. Especialmente quando a seguir entrou um homem na casa de banho, discretamente, para não atrair atenções. Espreitou e reparou que não era Javier, mas sim um rapaz que não o conhecia de lado nenhum, pois não era nem o Marco, nem os amigos do Marco. Provavelmente, um colega de trabalho. Quando os viu, Fernanda estava à volta da sua carteira, de costas para ele. Ele disse "psiu", e ela virou-se e esboçou um sorriso. Chegou-se ao pé dele, mais alto e mais forte do que ela, e pôs a mão dentro das calças, disposto a tirar o que estava dentro dele e fazer-lhe a "massagem bucal". Quando soube o que iriam fazer, fez um esgar zangado, pois não tinha consigo o telemóvel, para poder fazer uma chamada a alguém na festa, para o poder tirar dali. E mesmo que o tivesse, já não teria o numero de telemóvel do Abel. Mas também estava zangada por eles estarem a gozar aquilo no qual tinha sido impedida de fazer momentos antes.



Quase por milagre, bateram-lhe à porta. Fernanda estava nesse momento a lamber o sexo do seu calmeirão, quando fora interrompida. O toque repetiu-se, desta vez mais insistentemente.



- Quien és?
- Vai demorar? respondeu a voz do outro lado. Natália reconheceu-a logo. Era a de Abel.
- Un poquito.
- Despacha-se que estou aflito para cagar, respondeu. Ao ouvir aquilo, Natália teve que conter o riso.
- Para qué?
- Não interessa, abre-me a porta! ordenou Abel, em tom de ameaça.



Fernanda e o calmeirão ajeitaram-se, ela pegou na carteira e saiu dali. Abriu a porta, e pela segunda vez em pouco tempo, os seus olhares cruzaram-se. Ela esboçou um sorriso e rumou dali, sendo surpreendido pelo calmeirão que vinha atrás. Apesar de ser alto, não tinha cara de ser o Javier...



Entrou e fechou a porta. Encostado a ela, chamou por Natália, para saber se ainda estava lá.



- Psst, ainda estás aí?



O ruido da porta a correr indicava que sim, e a saída um pouco atabalhoada mostrava o ponto em que ela já estava farta de estar ali. Abel deu-lhe a mão e disse:


- Vamonos salir daqui. Esta Fernanda es muy puta.
- Pois... reparei no calmeirão. Conheces-a?
- No. Solo Olivia e o Javi.
- O Marco disse-me que era a namorada do Javi.
- Pois, isso sabia eu. Só no sabia que ella eres infidel.
- Se calhar é só aparência, não?
- Bueno, no sei.
- Anda, vamos sair daqui, disse Abel. Tens sitio para dormir?
- En principio ficava aqui, pero podemos ir para tu casa, afirmou.
- Sabes o que isso quer dizer, não sabes?
- Ora, dices que so somos amigos, respondeu Natália, com um ar um pouco trocista.
- Vamos a ver quem é que engole essa... respondeu com um suspiro.



Sairam da casa de banho para a sala de estar. Alguns dos convidados já tinham ido embora, mas o "núcleo duro" ficava: Marco, Luisa, Gilberto, Alvaro, Rita, Javi, uma divertida Olivia e a misteriosa Fernanda. Natália aproximou-se de Javi e segredou-lhe algo ao ouvido, que o fez sorrir. Depois ela disse:


- O Abel fez-me o favor de convidar a dormir em casa dele, que tem un quarto a más, afirmou, causando sorrisos malandros na assistência. Pero no és nada que piensam! É só em nome da nossa amizade, referiu, não fazendo desaparecer os sorrisos, que agora tinham virado gritinhos da assistência, principalmente dos amigos de Abel:


- Ainda bem que já não vivo ao pé de ti. Já andava farto de meter algodão nos ouvidos! gritou Alvaro.
- Pois é, tenho pena dos vizinhos, afirmou Gilberto.
- Acho que Coburgo inteira vai ouvir os vossos gemidos, disse Marco.
- Amigos da Onça! É tudo amizade, garantiu Abel.
- É... uma amizade dessas com as mãos no lombo, também eu! gozou de novo Gilberto.
- Tens preservativos? Posso-te dar um, queres? continuou Alvaro, com um exemplar na mão. A namorada tirou-o da mão e guardou no seu bolso, garantindo que seria usado mais tarde paras as brincadeiras deles.



Os dois despediram-se de toda a gente, os conhecidos com um aperto de mão, os amigos com um forte abraço e umas palmadas nas costas. Quanto a Marco e Luisa, ambos os abraçaram, mostrando agradecimento por terem estado na festa. Quando Luisa abraçou Natália, esta segredou-lhe no ouvido "Gracias por todo", e sairam ambos pela porta, ele com o saco dela numa das mãos.


Quando a porta do elevador abriu, e eles entraram, ambos se abraçaram fortemente. Quase se podia ver lágrimas nos olhos de ambos, parecendo estarem felizes por reatar algo que tinha sido interrompido anos antes. Tirando arrufos aqui e ali, Abel não tinha tido um relacionamento estável como aquele, enquanto que Natália tinha tido nos últimos dois anos, uma relação com um jovem advogado de uma firma famosa em Madrid. Tudo indicava que as coisas iam dar em casamento, isso sabia ele da última vez que falaram, três semanas antes. Mas porque é que se tinham separado abruptamente?


Ele gostaria que respondesse a essa pergunta, mas por agora, estava feliz por a ver de volta, e a ter nos seus braços. A partir dali, iria aproveitar o momento para o resto da noite, e logo se veria. Ambos mantiveram-se abraçados até que o momento em que elevador tocou o rés-do-chão.


(continua amanhã)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Abel e Natália - Parte 2

(continuação do capitulo anterior)

Abel espreitou a mesa cheia de comida, mas sem sinal de algum "six pack" ou alguma cerveja isolada. De imediato, foi direito ao frigorífico, na esperança de ver algum ou algumas cervejas geladinhas. Debalde. Não havia. Assim, rumou a caminho da dispensa, onde sabia que havia "six packs" para dar e vender. Abriu a porta, e viu-as, mas nem deu tempo para as contemplar, pois sentiu uma mão pelas costas a empurrá-lo para dentro, e logo a seguir, viu Natália a pegar na maçaneta da porta e a fechá-los dentro. Logo a seguir, ela acende a luz e beija-o de forma louca e apaixonada, quase às escondidas. Parecia que a chama nunca se tinha apagado, apenas baixado. E agora, naquela tarde quente de Verão, estava mais acesa do que nunca. Ou seria do calor?

Abel encostou-a à parede e pôs as mãos nas coxas, no sentido de a levantar no sentido da cintura. Notou que ela não tinha nada por debaixo daquele colorido vestido creme, tijolo e castanho, desenhado em padrão. Depois daqueles momentos reveladores, a realidade veio ao de cima, quando ele disse:

-Aqui não. Aqui não.
- Porquê?
- Pensam que nós retomamos. Mas não é bem assim, pois não?
- Bom... acabei com "mi novio"
- Hã?
- Si, es verdad
- Mas não te ias casar em breve?
- Si, pero... ele acabou con mi. Cambiado con otra.
- Hã?
- Quando é que foi isso?
- Dos semanas
- E foi por isso que vieste para cá? Esquecê-lo?
- Como? Mi português ya me escapa.
- Olvidarlo... esquecê-lo. Percebes, Natália?
- Sim. Desculpa, afirmou, num português com sotaque. E desculpa por te ter atirado em ti, Nem sei se tens novia.
- É namorada, Natália. E não, não tenho namorada. Tou muito ocupado para ter namorada.
- Ah pois... o teu trabajo de professor.
- Tou a ver que a Luisa ou o Marco te contam tudo.
- Nunca me olvidei de ti, cariño.
- Acredito. disse, antes de dar um beijo na boca.

Ela já se ia lançar de novo a ele, mas entretanto, com uma das mãos, tinha pegado num "six pack" e metido à frente dela, largando-a no chão. Sorriu e disse:

- Cariño, para todos os efeitos, nesta festa somos bons amigos. Está bem?
- Si, accepto.
- E vê lá se recordas do português, tá bom? Se portarmos bem, recordaremos todos os bons tempos e mais alguns. Agora as tuas amigas..
- Não te preocupes. Elas se divertem solas, sin mi.
- São tuas colegas de TV?
- Só a Olivia. A outra é a amiga dela. É psicóloga, só a conheci hoje.
- Hmmm... Vai dar brado. Não sei porquê, tem cara de caçadora. Toma, fica com este, assim dás uma boa explicação pelo facto de estarmos na dispensa, disse, depois de dar um "six pack" para as mãos dela, enquanto que ele pegava noutro.

Sairam da dispensa e tiraram as cervejas do cartão que as segurava. Meteram-nas no frigorífico, como se nada tivesse passado. Se alguém notou, nada disse, mas ninguém os incomodou sobre isso depois de terem saído da cozinha. Foram para a sala, como dois bons amigos, fizeram as conversas com os vários amigos sobre as suas vidas, as vidas deles, as aventuras e desventuras de uns e outros. Uns contavam os negócios que quase iam abaixo, outros relatavam estórias de casos perdidos e piadas de tribunal, outros falavam das contingências dos directos, com e sem fios, e telepontos que não funcionaram na "hora H", ou as noticias de última hora, ou então, as respostas do outro mundo a perguntas tão simples sobre os factos da história.

Lá fora, apesar da noite ter caído, o calor não dava muitos sinais de abrandar. Abel já tinha bebido algumas cervejas, mas tinha sempre em mente que não podia exagerar, pois ia a conduzir para a sua casa de solteiro, um T2 acolhedor, embora cheio de livros, CD's e DVD's, mas com bom gosto decorativo, graças à namorada do Marco, que tinha mandado há muito Economia às malvas, e aberto um gabinete de design de interiores. Foram lá para fora, pois poucos poderiam aguentar lá fora, e Abel reparou de novo com ela, com olhos de ver. Para além do cabelo arruivado, pintado, dos olhos azuis e do sorriso desarmante, via-se uma pele branca, a contrastar com a pele morena de Abel, os seios redondos, nem grandes nem pequenos, e os bicos que se notavam , apesar do vestido não ser transparente, e o padrão disfarçar um pouco a situação. O rabo não era pequeno, era até redondo, não tão generoso como as "bundas" das africanas, mas não desgostavam ninguém. As sandálias pretas de pele, onde se mostra quase tudo, denunciavam algo que ele desconhecia: uma tatuagem tribal, que se assemelhava a aquela que a Pamela Andersson tinha no braço. Intrigado, perguntou:

- Engraçado. Quando é que a fizeste?
- O quê?
- A tatuagem.
- A... Ah! Quando acabei o curso. Tive um "novio" motoqueiro e fiz essa coisita. No podia ter brincos na lengua, fiz esto. E tenho mas dois, afirmou. Aqui, disse, levantando o cabelo e mostrando uma rosa na nuca, tapada pelo cabelo, e aqui, apontando, com o dedo, na zona abaixo do umbigo. Tem uñ corazon de fuego, disse, segradando ao ouvido de Abel. Te gusta?

Abel sorriu abertamante. Para ele, era como se estivesse a voltar aos bons velhos tempos, os tempos onde na residência onde os amigos estavam, chegava a haver "concursos" para saber qual era o casal que mais gritava no acto. Naquele ano, Marco já conhecia e namorava com Luisa, chegando até a pedir a Abel, que por sorte tinha ficado com o quarto maior, e era a unica com cama de casal (cortesia do pai) para que ele fosse dormir no quarto dele, para que Marco e Natália pudessem "fazer o amor" (Ao menos com outros lencois! Não quero acordar com cheiro a cona e nhanha!). Quando Abel conheceu Javier, através de Marco, estes organizaram uma festa Erasmus na residência, onde Abel conheceu Natália, a madrilenha filha de professora e de jornalista, que tinha feito parte da primeira redacção do "El Pais", e depois deputado municipal no Ayuntamiento de Madrid, pelo PSOE. Tierno Galvan, Felipe Gonzalez, Alfonso Guerra e outros eram visitas frquentes enquanto crescia despreocupada e feliz.

Foi para a Compustelense, e quando viu que podia fazer Erasmus na Universidade Livre de Coburgo, nem hesitou. Para além de conhecder o mar, conheceria outras culturas e outros ambientes. No final, até perdeu a virgindade...

Quando a contou, na noite em que conheceram e se beijaram, que nunca tinha feito amor na vida, Abel ficou petrificado, mas não demonstrou. Estava mas é preocupado com outra coisa: não tinha preservativo! Não que ele fizesse sem protecção, mas ele não tinha tido nenhum caso na Universidade desde que entrara. Só não era virgem porque no Verão entre a Secundária e a Universidade, conheceu umas francesas, graças ao Marco e ao Alvaro, e uma delas, na altura com 21 anos, a Nicole, deu-lhe a experiência necessária para que não ficasse pertubrado numa próxima oportunidade. O velho amigo Marco veio em seu auxílio, dando-lhe não um preservativo, mas uma embalagem completa...

Depois do inicio, era umas vezes. E depois eram todos os dias, quase todas as horas. Certo dia, estando sozinhos em casa, às quatro da tarde, depois das aulas, foram para a cozinha, onde tinham as calças em baixo, e ela estava em cima da mesa, gemendo de prazer. Ora, no momento em que quase se vinha, apareceu Luisa, de surpresa, e soltou um gritinho e fechando os olhos, devido ao espectáculo que tinha acabado de assistir! Os amigos souberam logo, e a partir dali, antes de se sentarem na mesa, Marco punha o nariz na borda da mesa, e declarava solenemente: Já se passaram... dias sobre o acontecimento e ainda cheiro a cona da Natália! A seguir, todos se riam, incluindo um inicialmente envergonhado Abel, que depois aderiu à brincadeira.

Mas um dia, foi a vez de Marco ser apanhado com a Luisa "em flagrante"... por Abel e Natália, no mesmo local do crime. A partir dali, decidiram criar um clube exclusivo, o "Clube da Mesa Branca", onde se declaravam "Confrades da Pranchada" aqueles que tivessem feito a bela da queca na mesa branca da cozinha. Mais tarde, Alvaro, Javier, Rui e Gilberto seguiram o camnho, embora no caso deste último, foi mesmo o último confrade, pois quando cumpria os requisitos, a velha mesa não aguentou e foi-se abaixo das canetas. Felizmente ninguém ficou magoado, mas as inscrições para aquele clube estavam encerradas.

Por volta das 10 e meia, as luzes apagaram-se e começou a ser visto um bolo com as velas acesas e os fogachos a iluminar a sala. Luisa segurava o bolo, começava a cantar: Parabéns a Você, Nesta data Querida...

Todos aplaudiam e cantavam. Quando chegou à parte dos "muitos anos", os homens elevaram a voz e cantaram: "muitos anos sem sida!" Muitos sorrisos e alguns gargalhadas depois, a cantilena continuou até ele apagar as velas. Feito o ritual, todos começaram a cantar: discurso! discurso!

- Antes de fazer o discurso, vamos cantar de novo os anpos em Espanhol, para os nosso amigos que vieram de longe. Embora! Cumpleaños Feliz, Cumpleaños feliz...

E lá foram eles, cantar a versão espanhola do aniversário. Depois disto tudo, Abel foi para a casa de banho, pois estava aflitinho para descarregar a bexiga. Entrou no quarto, acendeu a luz, abriu a tampa e despejou a bexiga pela sanita abaixo. Enquanto despejava, aliviado, com uma mão na parede, não notara que Natalia tinha vindo atrás dele, e fechara a porta da casa de banho. Estava encostada na porta e quando a viu, não deixou de apanhar um pequeno susto. Já vira que estava determinada a tê-lo nas suas mãos, ou noutro local qualquer do corpo dela.