Ela bela na
janela
Não é Joana
nem Maria
Não é sicrana nem diria
Eu sei lá
do nome dela
Não é
Carolina nem Gabriela
Apenas sei
que é mui bela
Nem a rosa
nem o sol
Nem o
girassol e o arrebol
Tem mais
formosuras que ela
Lábios
rubros de groselhas
Um velho a
olha de esguelhas
O
espantalho no campo
Rouxinol
canta no galho
Encantados
ao seu encanto
Soneto-acróstico
ResponderExcluirNa janela
Espantando no campo o espantalho
Rosa ao sol, girassol, bela na janela
Afinal naquela vida não existe atalho
E ela, bela, a espera naquela vil cela.
Lábios rubicundos, como de groselha
Apenas ali, sem desdenhar o encanto
Naquele panorama visto de esguelha
Assim, substituto dum amargo pranto.
Já que nem é Gabriela nem Carolina
Amanhece como o sol, em formosura
Não que seja somente essa sua sina.
E o rouxinol cantando a guisa de jura
Louva seus olhos claros e a bela crina
Apenas era naquela janela, na lonjura.