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sábado, 25 de abril de 2015

Como era o nome dela



Ela bela na janela
Não é Joana nem Maria
Não é sicrana nem diria
Eu sei lá do nome dela

Não é Carolina nem Gabriela
Apenas sei que é mui bela
Nem a rosa nem o sol
Nem o girassol e o arrebol

Tem mais formosuras que ela
Lábios rubros de groselhas
Um velho a olha de esguelhas

O espantalho no campo
Rouxinol canta no galho
Encantados ao seu encanto

Um comentário:

  1. Soneto-acróstico
    Na janela

    Espantando no campo o espantalho
    Rosa ao sol, girassol, bela na janela
    Afinal naquela vida não existe atalho
    E ela, bela, a espera naquela vil cela.

    Lábios rubicundos, como de groselha
    Apenas ali, sem desdenhar o encanto
    Naquele panorama visto de esguelha
    Assim, substituto dum amargo pranto.

    Já que nem é Gabriela nem Carolina
    Amanhece como o sol, em formosura
    Não que seja somente essa sua sina.

    E o rouxinol cantando a guisa de jura
    Louva seus olhos claros e a bela crina
    Apenas era naquela janela, na lonjura.

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