Luan Marçal

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domingo, 16 de maio de 2010

A Tristeza II

De ontem para hoje, me sinto profundamente triste e sem vontade para nada, não sei de onde vem esta tristeza profunda mas sei que não me sinto capaz de fazer nada e nem sei o porque desta tristeza. Ou se calhar sei o motivo dessa tristeza, a causa dessa tristeza pode ser o desejo de ter uma determinada pessoa, e não a tê-la, se calhar nunca vou tê-la. Isso deixa-me triste, e deixa-me com insónia, sem ver um sentido para vida. Eu não sou sentimental, mas ultimamente em determinados dias, tal triste tem me abatido. Será que é pelo facto de desejar profundamente uma pessoa e não tê-la? Pode até ser! Sinto-me perdida neste mundo, sinto-me sem eira nem beira como se costuma dizer. Sei que pode ser uma má fase que dias melhores viram mas como nunca fui feliz na vida amorosa, acho que deixei de acreditar na felicidade, não sei porque mas deixei as pessoas tenta dar-me ânimo, o meu pai, amigos e colegas. Mas eu sinto-me desanimado com tudo sinto-me uma incapaz. Com 19 anos sinto-me completamente perdido, tenho um projecto na minha cabeça, com uma determinada pessoa, e vários outros projectos, mas será que concretizarão? Duvido! Eu sempre fui uma pessoa que tive a auto-estima acima do normal, inclusive meu “apelido” perante os amigos e professores era “narciso”. Mas agora eu descobri que a coisa que eu mais desejo nesse mundo, eu não tenho. Sinto-me um incapaz em tudo estou desiludido com tudo, se calhar eu nunca vou conseguir nada do que eu quero e nunca vou até ao fim com algo que eu goste, aos 19 anos sou um falhado! Será que as minhas fantasias não se cumprirão? As partículas da tristeza entranham-se no meu corpo como se de uma doença se tratasse. Doença esta, que é o AMOR, que nunca terá uma cura definitiva. Junta-se a isto o estado alucinativo de uma solidão premeditada ao longo desses dias. As lágrimas começam a cair em direcção a um chão inanimado conduzidas pela voz de um triste fado. Os olhos vermelhos pesam com vontade de fechar para sempre... Tenho dias em que me perco e não consigo encontrar-me. É nestes dias que admito que o amor-próprio que tenho por mim não chega para cobrir a lacuna de uma relação em falta.

Enfim, não costumo escrever artigos deste género no meu blog, mas como disse nos últimos artigos, o meu blog mudou de tema, agora ele será sobre assuntos sobre mim, e não apenas de determinados assuntos político, filosóficos e teológicos. Escrevi este artigo, pois acho através da escrita, desabafar e descarregar o meu fardo. Eu sempre estou sorrindo, mas nem sempre estou bem, como se diz o poema:

Um dia a lágrima disse ao sorriso: invejo-te porque vives sempre feliz. O sorriso respondeu: engana-te, pois muitas vezes sou apenas o disfarce da tua dor.


A Tristeza I

Tem hora que bate uma tristeza tão grande que eu não sei o que fazer e nem pra onde ir e tanta coisa que eu queria dizer mas não tem ninguém pra ouvir tal coisa, a qual só digo a quem amo verdadeiramente.

Então choro
Sem ninguém ver
Eu choro, choro…

Faço o possível pra segurar a cabeça mas a emoção não quer que eu me desfaça ou então que eu esqueça aquela rapariga. Mas eu não consigo!

Eu choro
Sem ela saber
Eu choro, choro…

Choro por tudo que a gente não teve, por tudo que a gente não realizou, choro por que sei que ainda te amo, mas você não me ama!

Choro por tudo se assim for preciso
choro por que sei que ainda te quero

Porque quem eu amo não me ama? Porque quem me ama eu não amo? Não entendo essa vida!

Choro por tudo e por tudo lhe digo te quero, te espero… eternamente!

Choro por tudo se assim for preciso,
Choro por que sei que ainda te amo e sempre amarei,


Te quero, te espero…

Te amo de paixão, e por ti, esperarei eternamente… e amarei eternamente… poderão passar, anos, décadas, mas se eu ainda existir, te amarei!


~

Vácuo no meu espaço


Eu sem você
Eu sem você nem penso, porque minha alma se esvairia,
meus desejos se evaporam e meu espírito chora sozinho.
Eu sem você sou um vácuo no meu espaço,
passos curtos e cansados, sou olhos tristes a vagar.
Eu sem você sou rima sem poesia,
chegada sem partida, sou apenas inércia
sem vontade de chegar.
Eu sem você sou um oceano árido,
sol frio em luas quentes, sou estrela querendo brilhar.
Eu sem você sou tempo sem espaço, um total descompasso,
sou uma metade vagando querendo te encontrar.
Eu sem você, sou tristeza sem fim.


Autor: Isolda Nunes

terça-feira, 27 de abril de 2010

Nova Fase

Ultimamente estou a passar por uma fase complicada, creio que todos já passaram pelo mesmo. Às vezes as dúvidas, as incertezas me aborda, me abraça de tal forma, que toma conta de mim. Porém, é preciso entender que nem sempre a vida será como eu quero. E é assim que está acontecendo comigo de uma certa forma. Por estas estradas sem fim, cruzei com muitas pessoas, algumas delas farão toda a diferença na minha vida. Fogo, essa vida é tão complicado, eu queria que as pessoas entrassem na minha vida, ficassem, mas não, elas desaparecem, e entram outras. Nessa minha vida levantei de muitos tropeços, chutei muitas pedras, e pulei por cima de muitos obstáculos. Tentei de todas as formas viver a vida de maneira consciente e alegre. Nem sempre consegui fazer aquilo que o Pai nos ordena. Eu fico a pensar, bem-aventurado é aquele capaz de entender os desígnios da vida. Por várias vezes tentei compreender, mas sou incapaz perante Aquele que nos deu tudo, a vida… Escrevo sem saber ao certo o que estou a escrever, e nem o que a minha vida vai enfrentar.

A partir de agora vou usar o meu blog mais para escrever pensamentos pessoais, relacionado a minha vida. Vou escrever menos sobre teologia e entre outros assuntos profundos e científicos. Aproveito para dizer, que muitas das coisas aqui escritas, já não é exactamente o que eu defendo. Dez enquanto, vou continuar a defender minhas ideologias através desse blog, e denunciar heresias no meio cristão e político. A partir de agora, o meu blog mudará o seu “esquema. Começa uma nova fase em minha vida. Uma carreira em um novo horizonte! Vejo a vida de outra maneira do que antes, mudei muita coisa na minha ideologia pessoal. Toda essa mudança na minha vida foi depois que comecei a trabalhar, será que essa mudança fez-me bem? Não sei! Há coisas que eu não posso escrever claramente sobre as mudanças da minha vida, pois esse blog é vigiado por algumas pessoas, as quais eu não quero que fiquem sabendo destas mudanças. Espero que tudo dê certo nessa nova fase da minha vida... Estou ansiosa para as novidades e as descobertas! Um mundo novo! Sorte para mim. Deus esteja comigo!


sábado, 5 de setembro de 2009

A Ira de Deus

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ACERCA DO MOVIMENTO CARISMÁTICO

Já agora, envio um texto do estimadíssimo Rev. Celestino Torres da 1ª Igreja Baptista de Lisboa, amado irmão e ministro do evangelho de Cristo (ao que parece nestes tempos já está a ficar fora de moda... se é que alguma vez foi algo mais que não uma raridade!?!?!?!). Link abaixo.

ÀCERCA DO MOVIMENTO CARISMÁTICO

O fenómeno chamado carismático coloca-nos na sua versão moderna, algumas interrogações que nos devem levar a reflectir sobre as suas causas.

Sempre houve grupos que no seio da Cristandade se caracterizaram por um certo desequilibrio espiritual, o qual se reflectia na forma como adoravam a Deus nos cultos públicos. Esses grupos foram, porém, ao longo dos séculos constituídos por um número reduzido de pessoas mais ou menos marginalizadas em relação às Igrejas oficiais. O que há de novo nos nossos dias é a grande proliferação desse desequilíbrio espiritual no meio de toda a cristandade. Começou no meio Evangélico e agora penetrou já na própria Igreja Católica. Assim, quando falamos do movimento carismático, não podemos referir-nos hoje a um reduzido número de pessoas desequilibradas que louvam a Deus à sua maneira.

É esta a realidade que nos preocupa e nos coloca algumas interrogações: como foi possível chegarmos a esta situação? Em Portugal, por exemplo, há já mais igrejas e grupos carismáticos do que genuinas igrejas Evangélicas. Pensamos em 5 causas que podem eventualmente explicar esta dramática situação:

  1. A influência cada vez maior no meio Evangélico de correntes de pensamento, de filosofia e de cultura pagãs. O grande afluxo de africanos e brasileiros ao nosso país, trazendo consigo os seus usos e costumes, uma maneira de estar na vida por vezes grandemente influenciada por religiões animistas e pelo espiritismo. Para já não falarmos da acção mais ou menos subtil dos apóstolos da Nova Era, os quais, infiltrados nos lugares chave da nossa sociedade, têm daí influenciado alguns crentes mais inadvertidos ou ingénuos. Pensamos até ser possível detectar infiltrações mais profundas da Nova Era em muitos meios chamados carismáticos cujas atitudes e afirmações de coincidem com certos postulados seus.

  2. Outra causa é o espírito vincadamente profano e irreverente da nossa época que faz com que muitas atitudes e afirmações não só não sejam repudiadas pela maioria das pessoas, mas pelo contrário sejam vistas até com simpatia e apoio.

  3. Depois há o primado da imagem e do espectáculo. Com o advento das novas tecnologias a nossa cultura deixou de firmar-se na palavra, escrita ou oral, para ser uma cultura do écrã, da imagem. Uma cultura que privilegia o espectáculo. Assim, para muitos, os cultos tradicionais tornaram-se obsoletos e sem qualquer atractivo em comparação com os verdadeiros espectáculos que podem ser desfrutados nas sessões carismáticas.

  4. Obviamente que todas estas razões ou causas que temos enunciado até aqui fazem com que o Deus da Bíblia, ou seja, a Revelação que Deus faz de Si mesmo nas páginas da Escritura seja rejeitada em favor duma outra imagem, criada e moldada na mente dos líderes que estão em voga. Uma imagem muito mais apropriada para responder aos anseios do espectáculo e que satisfaça as necessidades carnais dos homens, atraindo assim e galvanizando as multidões. Deste modo, a reverência e o temor devidos ao Deus da Bíblia são substituídos pela irreverência de formas profanas, superficiais e frenéticas de adoração.

  5. Mas se nos interrogarmos como é que um tal desequilíbrio pôde penetrar e influenciar tão facilmente o meio Evangélico, a única resposta que nos ocorre após prolongada reflexão, é a falta de convicções na maior parte dos crentes, mesmo naqueles que já têm anos de vivência evangélica. É curioso e frustrante vermos o entusiasmo com que acolhem qualquer novidade. Parece que não estão satisfeitos com a Verdade ou então ainda não A encontraram. Por isso deixam-se arrastar e influenciar facilmente por qualquer nova ideia ou doutrina. E depois é muito mais fácil seguir no sentido da corrente do que remar contra ela.

Tudo isto nos leva a uma conclusão: se quisermos conservar o que ainda pode, no meio Evangélico, ser salvo desta grande vaga de decadência e corrupção da espiritualidade genuina temos de fomentar em cada crente convicções pessoais, as quais só podem ser fruto duma leitura contínua e sistemática da Escritura Sagrada, em espírito de oração e de submissão ao Espírito do Senhor, pois só Ele nos pode dar a luz necessária para vermos a verdadeira Luz que é Cristo, o Cristo da Bíblia.

Fonte: http://iibaptistalisboa.no.sapo.pt/reflexoes.htm#carismatico

Soli Deo Gloria

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Apenas as Escrituras

"Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para a que há de vir." "Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias" Martinho Lutero

PEDOBATISMO REFORMADO

“Alguns espíritos mal-intencionados se levantam contra o nosso hábito de batizar crianças, como se essa prática não tivesse sido instituída por Deus, mas se tratasse de algo inventado pelos homens recentemente, ou ao menos pouco tempo depois dos apóstolos. Em face disso, achamos que, por dever de ofício, é preciso confirmar e fortalecer, nesse ponto, as consciências fracas e refutar as falsas objeções dos enganosos oponentes, com as quais eles poderiam perverter a verdade de Deus no coração das pessoas simples, não suficientemente preparadas para contestar suas astúcias sutis e hipócritas.João Calvino.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Quem sou eu?

Luan Marçal é o meu nome, moro em Lisboa-Portugal. Nasci no Brasil, fui criado no Brasil, vim para Portugal para dar procedimento aos meus estudos, actualmente estudo Teologia no IBP - Instituto Bíblico Português, espero iniciar o curso de direito na UAL – Universidade Autónoma de Lisboa. Sou uma pessoa muito comunicativa e que acima de qualquer coisa acha que o conhecimento é a chave para libertar os homens das garras da ignorância. Eu utilizo msn, orkut, youtube, skype, facebook, entre outros. Se queres se comunicar comigo através desses sítios ou programas é só me falar que eu passo meu contacto, acho mais prudente assim, visto que muitos se utilizam desses dados que deixamos aqui para poder nos ofender, atacar entre outras coisas, ou por até mesmo irmos contra alguma opinião. Eu particularmente estou sendo ameaçado, difamado e perseguido por um velho que se diz “cristão” da Igreja Assembleia de Deus do Porto, por isso, é bom ocultar os dados. Mais se você quer apenas conversar comigo é só me pedir que eu passo, sem problemas.

Eu sou um pessoa que não sou nada, mas, conheço o EU SOU, o Deus que sirvo e Nele posso toda as coisas, sou uma pessoa que tenho muita vontade de ajudar as pessoas... ao longo da minha vida, eu já tive muita coisa... Hoje vivo para servir a Deus, Ele é minha prioridade.

O Luan Marçal é a soma de tudo isso, mas eu definiria que realmente sou somente uma coisa... a minha palavra e nada mais. A palavra que falo, é o que declaro como uma decisão ou afirmativa que eu faço... eu digo que poderei construir muitas coisas, mas somente uma coisa que poderá sobreviver o tempo... a minha honra e junto com elas, minhas palavras também poderão ser perpetuadas pelos tempos... Minhas palavras são a soma de minhas experiências... cada declaração ou texto são escritos com o que sinto... e cada vez mais isso tem se tornado verdade e quero que sempre serei lembrado como uma pessoa honrada e palavra.

Adoro conversar e discutir - construtivamente - assuntos relacionados a Teologia. Sou bastante polémico LOL. Eu sou calvinista! Entendo que a síntese calvinista é a melhor expressão da teologia bíblica. Geralmente quando digo isto suscito duas atitudes entre as pessoas que me ouvem: indiferença que conduz a intolerância e alegre alívio que conduz a convivência. Quando me converti em uma Igreja chamada "Igreja de Cristo" no Brasil cujo pastor tinha uma posição mais arminiana - não tinham nenhuma ideia do que vinha a ser calvinismo. O meu contacto com o calvinismo se deu a pouco tempo, e em particular após ter contacto com pregações de cunho reformado através do site da editora fiel, onde os fundamentos reformados foram ganhando sentido em minha vida… Através de um amigo no seminário onde estudo, foi onde conheci o Calvinismo e percebi que é um sistema bíblica. Sou calvinista porque creio plenamente na soberania de Deus. Eu sou calvinista não só pelo T mas pelo U, L, I e P. Em suma, sou calvinista porque a Bíblia ensina assim e um dia eu decidi deixar de lado o que "eu achava" para crer no que Deus ensina.

Eu baseio em 1 frase o porque sou Calvinista: Sou calvinista porque, este sistema doutrinário é fiel às Escrituras Sagradas, exaltando o Criador acima de tudo e de todos!

Sola Escriptra, Sola Fide, Sola Gracia, Solus Cristus, Sole Deo Gloria

Ps: Esse meu desenho foi feito pela Miriam Almeida. Houve uma certa ironia no desenho, vocês devem perceber LOL, mas está fixe.

Palavras de Calvino

Em 28 de Abril de 1564, um mês antes de morrer, tendo os ministros de Genebra à sua volta, Calvino despede-se; a certa altura ele afirma:

"A respeito de minha doutrina, ensinei fielmente e Deus me deu a graça de escrever. Fiz isso do modo mais fiel possível e nunca corrompi uma só passagem das Escrituras, nem conscientemente as distorci. Quando fui tentado a requintes, resisti à tentação e sempre estudei a simplicidade. Nunca escrevi nada com ódio de alguém, mas sempre coloquei fielmente diante de mim o que julguei ser a glória de Deus. [...] Esquecia-me de um ponto: peço-lhes que não façam mudanças, nem inovem. As pessoas muitas vezes pedem novidade. Não que eu queira por minha própria causa, por ambição, a permanência do que estabeleci, e que o povo o conserve sem desejar algo melhor; mas porque as mundanas são perigosas, e às vezes nocivas..."
João Calvino, Calvin: Textes Choisis par Charles Gagnebin, p. 42-43.

Solus Cristus

sábado, 15 de agosto de 2009

Cervejas Reformadas



E enquanto eu dormia ou bebia a cerveja de Wittenberg junto de meus amigos Philipe e Amsdorf, a Palavra enfraquecia o papado de forma tão grandiosa que nenhum príncipe ou imperador conseguiu infligir-lhes tantas derrotas. Eu nada fiz: a Palavra fez tudo.” (Martinho Lutero, LW 51.77)
"Fazes crescer capim para o gado e verduras e cereais para as pessoas, que assim tiram da terra o seu alimento, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. [...]Que variedade, SENHOR, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheia está a terra das tuas riquezas." (João Calvino. Salmos 104.14,15,24)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pai Nosso dos Martires

domingo, 19 de julho de 2009

Deus é desejável?

Vivemos num mundo hostil. Selvagem. Capitalismo selvagem. Homem sendo o lobo do homem, egocentrismo, morte, doenças. Sofrimentos nos marcam desde o início da vida. A crença em Deus seria um óbvio conforto para tudo isso, e, para alguém cuja vida já não apresenta boas perspectivas, a crença em Deus muitas vezes é o último ponto de apoio, de esperança e de alegria.

Muitas das pessoas que estão muito doentes desenvolvem o seu lado espiritual. Inclusive, um grande pregador (A. W. Tozer) disse:

“É duvidoso que Deus possa abençoar um homem grandemente até que Ele o tenha afligido grandemente”.


Ou, como disse C. S. Lewis

“Deus sussurra a nós em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas grita em nossas dores: elas são o seu megafone para acordar um mundo surdo”.


Diante dessas palavras, das nossas observações, e da nossa experiência, nos encontramos no grande perigo de concluir (ah, sempre as precipitações!) que a crença em Deus é oriunda do nosso desejo por alívio, em momentos de dor. Um leitor atento poderia até mesmo dizer: “Só pode ser isso! Como imaginar um Deus que clama quando temos dor, mas quando estamos no nosso normal, e nas nossas alegrias, aparece no máximo como um sussurro? Não pode ser!”

Engano duplamente lamentável, porque, além de negar a Deus, ainda comete o erro que tanto teima em atribuir aos religiosos: não age racionalmente. Desrespeita a razão. Comete falácia. A famosa e mui antiga falácia do cum hoc et prompter hoc, ou, em português claro e simples, “correlação não implica causação”.

Não é porque dois elementos ocorrem conjuntamente que possamos inferir que eles estejam conectados causalmente! Um exemplo torna a falácia mais óbvia:

1: “Quanto mais bombeiros combatem um incêndio...”
2: “... maior dano se observa.”

Conclusão: “Os bombeiros causam o dano".

Agora, basta substituir os elementos e teremos a falácia de que falávamos. “Quanto mais sofrimento se vê numa vida... mais a concepção de Deus se observa. Conclusão: O sofrimento causa o desejo por Deus”.

Ora, já vimos, portanto, que é falácia completa e das mais grosseiras. Mas há mais que se falar contra essa visão. Porque, embora isto que disse prove que não dá para provar que Deus é o resultado do sofrimento, muitos acreditarão ainda, afinal de contas, nem tudo se prova debaixo do sol. E, portanto, o texto continua. Mas eu creio que Deus predestinada o sofrimento, mas Ele não é a causa do sofrimento. Isso é difícil entender pela razão, mas eu entendo pela fé.

Será que faz sentido que o conceito de Deus resulte de um desejo por alívio? Será que faz sentido pensar que crer em Deus advém da necessidade de conforto, de vida eterna, e de aceitação?

Veja as palavras do apologista cristão Alvin Plantinga:

“Muitas pessoas não gostam em absoluto da ideia de um ser ONIPOTENTE, ONISCIENTE, MONITORANDO todas as suas actividades, que conhece cada um de seus pensamentos e JULGA tudo o que elas pensam ou fazem. Outras desgostam da FALTA DE AUTONOMIA consequente da existência de alguém perto de quem nós somos como POEIRA e CINZA, e a que devemos VENERAÇÃO e OBEDIÊNCIA.”


O conceito de Deus é um conceito muito complexo. Omnisciência, omnipresença, omnipotência, soberania, controle absoluto de todas as coisas, justiça (incluindo justa ira contra o mal), santidade e infinitude são elementos de que nem sempre as pessoas se lembram quando dizem “Deus”. Mas o Deus em que cremos é um Deus que necessariamente deve ter estes atributos. Eles são consequências directas da concepção de um Ser supremo.

O Deus em que cremos é aquele que pede que neguemos não só nossas riquezas, mas também nossos familiares e amigos mais íntimos, a favor dele (Lucas 14). Que estou dizendo, que neguemos a nossa própria vida. O Deus em que cremos é aquele que nos leva a dizer: “já não sou em quem vive, mas Cristo vive em mim”. O longo processo de mortificação do ego é doloroso, um tipo de sofrimento que todo o que recebe a Cristo é alertado de modo directo por suas próprias palavras. O Deus em que cremos é aquele que nos leva a dizer: “não tenho mais vontade, seja feita a Tua”.

O conceito de Deus é o conceito de aniquilação do ego, algo que ninguém neste mundo deseja por conta própria. Não só não é desejável, mas também é algo que naturalmente detestamos. Não somente porque ele ordena essa aniquilação, mas porque a própria contemplação Dele é a nossa aniquilação. Quando os textos da Escritura apresentam pessoas que tiveram uma experiência intensa em que viam a Deus, ela sempre usa palavras de aniquilação e terror: “Haveremos de morrer, porque vimos o Senhor”. Em coerência com isso, não devemos desprezar o testemunho geral dos que crêem, os quais dizem que fugiam de Deus, a ponto de não afirmarem que vieram a aceitar a palavra pelas próprias forças.

Nas palavras de João Calvino:

“Na medida em que não olhemos para além da terra, nós ficamos muito satisfeitos com nossa própria justiça, sabedoria, e virtude; nós interpelamos uns aos outros nos termos mais soberbos, e parecemos menores apenas que semideuses. Mas assim que começamos a elevar nossos pensamentos para Deus, e reflectir em que espécie de Ser ele é, e quão absoluta a perfeição da sua justiça, e sabedoria, e virtude, para as quais, como um padrão, nós somos obrigados a nos conformar, o que anteriormente nos deliciava por sua falsa aparência de justiça se tornará contaminada com a maior iniquidade; o que se nos impôs estranhamente sob o nome de sabedoria nos desgostará por sua tolice extrema; e o que se apresentou na aparência de energia virtuosa será condenada como a mais miserável impotência. Assim estão distantes essas qualidades encontradas em nós, as quais parecem mui perfeitas, em relação à pureza divina. Daí aquele terror e assombro com os quais, de acordo com o que a Escritura nos relata uniformemente, os santos foram atingidos e esmagados quando quer que contemplassem a presença de Deus (...) Eles são, de certa maneira, tragados e aniquilados.”


Sem dúvida, Deus é um Deus de amor, de amor supremo e infinito para com os eleitos. Como disse C. S. Lewis, “Deus é tanto o único conforto, como também o supremo terror: a coisa de que mais precisamos e a coisa de que mais queremos nos esconder”.

Quero propor uma nova visão do sofrimento. Deus está bastante presente no sofrimento porque é nele que nosso ego baixa a guarda, é nele que nosso ego se parte, se enfraquece, é nele em que realmente nos tornamos vulneráveis a Deus. Não é que Deus só grita no sofrimento: é nós que só abrimos o ouvido quando sofremos.

Para fazer um último ataque à visão de um conceito de Deus resultante do sofrimento, vou deixar uma pergunta: se o que queremos é conforto e paz, por que não surgiu, ao longo desta História de sofrimento, apenas o conceito de uma futura vida em paz, tranquilidade, e vida eterna? Porque apenas não nos projectamos mentalmente para um novo mundo, onde haverá delícias e contentamento? Isso não apenas seria mais simples do que conceber um Ser pessoal, supremo, com todos os atributos de perfeição máxima, e com todas as implicações destes para a vida humana? A não ser que haja em nosso coração um desejo puro e independente pelo Ser, de modo dissociado de um desejo por alívio, não vejo por que o conceito de Deus surgiria do sofrimento.


Soli Deo gloria

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Padre é preso nos EUA ao Protestar contra o Aborto



Sem comentários!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O dever do cidadão

Infelizmente o individualismo tomou conta da sociedade. As vaidades, assim como o egoísmo filtram todo o interesse colectivo do indivíduo. O acto de cidadania foi abandonado. O afecto ao próximo, o amor à Pátria, o respeito à família, o culto a Deus. Os prazeres mundanos destroem a mente da juventude, a tirando do caminho da virtude, e do bem Nacional. A mídia cosmopolita é a grande responsável por distribuir e lançar imoralidades que propagam o individualismo egoísta, fazendo com que o homem orgulhe-se ao rir da virtude.

A Nação Portuguesa deve ser unida, união entre classes e entre raças com nacionalidade portuguesa. Unidas para Deus e para os bens colectivos da Pátria, e isso é praticar cidadania. Prosperar o amor entre os semelhantes, os filhos de Deus, actuar como soldado da Pátria, lutando pela união e pelos interesses nacionais. Cidadania não implica apenas em ter uma participação social, mas acima disso ter uma participação nacional. Ter consciência do nosso povo, de nossas raízes, dos nossos Heróis, e da trama da história Portuguesa.

Jesus Cristo nos ensinou que, no caminho da vida, devemos ter um objectivo grande e central: Seguir o caminho da virtude. Isso implica em eliminar vícios, praticar na terra os actos que enaltecem a grandiosidade da alma humana, isso é ser livre. O homem por si, por natureza e instinto é um ser pecador, e é por isso que nosso objectivo é aperfeiçoar as virtudes e lutar pelo certo.

O jovem Portugueses, não deve se deixar enganar pela magia da falácia esquerdista, que prega um mundo e uma sociedade utópica, e que acima de tudo cria o ódio entre irmãos de mesmo sangue e da mesma terra. Não deve também se deixar iludir pela barbárie egoísta do liberalismo, que só tende a sugar nosso povo, nosso dinheiro, a nossa tradição. Nosso objectivo é, quando se fala em Pátria, não pensarmos como um indivíduo e passar a pensar como um todo, um colectivo integral, cidadãos unidos pelo mesmo ideal. Deixando muitas vezes os prazeres de lado, para garantir a soberania de nossa terra, Portugal acima de tudo.

Quero que, ao decorrer de nossa luta, nunca deixemos de focalizar qual o nosso verdadeiro objectivo, e pelo que estamos lutando, que a nossa honra e a nossa dignidade esteja acima de tudo, e que a soberania portuguesa seja eternamente a razão de nossa luta. Deixo aqui, um pequeno pensamento, de um humilde irmão defensor da pátria portuguesa.

Viva o Nacionalismo
Viva o Integralismo
Viva Portugal!

Soli Deo gloria

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Legalismo x Obediência

"O legalismo é uma tentativa frustrada de impor limites em nome de Deus, porém dentro dos conceitos humanos. Um problema que afectou e ainda afecta a Igreja de maneira grave. Até mesmo nos tempos dos apóstolos, esse mal teve que ser administrado pelos santos daquela época. A diferença entre o legalismo daquela época e o legalismo de hoje é o que se quer ou não obedecer. O legalismo é comprometido não com o reino de Deus, e muito menos com o desenvolvimento espiritual da Igreja, mas com as ideologias e padrões de homens que não querem se comprometer em amar ao próximo que tem a liberdade de ser diferente e gozar dessa diferença." Pr. Antônio Cirilo

Abomino extremismo “fundamentalista” que é representado na maioria das vezes por pessoas que não tem verdadeira comunhão com Cristo e só sabem procurar defeitos nos mais fracos e apontar o erro dos novos na fé sem nenhum amor pelos que perecem, fracos na fé esses que querem mudar mas ainda não tem forças, que até lutariam contra o pecado, se tivesse o apoio de mãos amigas em vez do brado que condena e do dedo que julga, as vezes as suas mesmas fraquezas, sem pena nem piedade! Sou contra uma pessoa ser legalista sem conhecer a sã doutrina, sem defender a sã doutrina. Estou falando dos falsos legalismo, o legalismo dentro do conceito dos homens. Sou a favor do “legalismo” bíblico.

Toda doutrina que vai de encontro a palavra de Deus é legalismo. Eu busco o "legalismo" que vai de encontro com a Palavra de Deus, creio que todos nós devemos ser legalista nesse ponto. Tudo aquilo que é usado como doutrina e que não é de acordo a sã doutrina é falso legalismo. Eu odeio esse legalismo que não é de acordo com a sã doutrina. É verdade que esse falso legalismo é errado e enviará uma pessoa ao inferno por crer nele. Gálatas 1:8 afirma: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema”. Legalismo, na história da teologia, é a teoria de que um homem obtém e merece a sua salvação fazendo boas obras ou obedecendo a lei.

Temos que viver a Palavra de Deus no seu todo, temos que seguir os mandamentos do Senhor, isso não é legalismo! Mas desconsiderar a Lei lançará você no inferno também. “Bem-aventurados aqueles que praticam seus mandamentos, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas” Apocalipse 22:14. O livro de Apocalipse deixa claro que aqueles que devem entrar na Nova Jerusalém e passar a eternidade com Deus são aqueles que “praticam seus mandamentos”.

Nós não somos legalistas quando guardamos a Lei, porque não buscamos a Lei para encontrar a vida. Pelo contrário, a Lei nos apresenta que temos verdadeira vida em nossos corações. Guardamos a Lei para sermos obedientes a Cristo e apresentar-lhe o quanto nós o amamos por ter nos resgatado das influências condenáveis de tentar guardar a Lei para ganhar a vida eterna. Obediência está muito longe desse falso legalismo.

“O que é obediência?” deveria ser a próxima questão a ser respondida. Obediência é expressar o amor de Cristo a Cristo ao guardar a Lei. Cristo produz em nós o fruto do Espírito (Gl 5:22-25). O Espírito produz em nós o amor de Cristo por boas obras; pois é para isto que fomos criados. Deus nos criou para as boas obras (Ef 2:10). O amor de Cristo em nós nos leva a boas obras quando estudamos e observamos a Lei. Em nosso prazer neste trabalho diante de Deus, Deus se compraz, e ele é glorificado. Quando nós nos agradamos em seguir todos os mandamentos de Deus, ele se agrada. Não deveríamos ser obedientes a Deus quando Deus, em numerosas passagens, ordena obediência de nossa parte como representantes de sua Palavra? Deus requer de nós que sejamos obedientes em toda circunstância, e aqueles que ensinam diferente são lobos malignos disfarçados em pele de cordeiro para enganar o povo de Deus. E é interessante ver que em Mateus 7:15 Jesus chama aqueles que maltratam o rebanho de “loubos roubadores”. Ele diz isto no final do Sermão do Monte, que é uma exposição dos Dez Mandamentos e da vida no Reino. Isto não é coincidência. Deus não quer falsos profetas vindo à igreja contando a ela que não é necessário guardar a Lei. Isto não é nada, senão blasfêmia e heresia contra a Palavra de Deus. Nós devemos nos esforçar para guardar a Lei de uma maneira santa por meio de Cristo.

Assim, nós vemos o grande abismo entre o que significa ser legalista (guardar a Lei para a salvação) e obediente (guardar a Lei porque fomos salvos). Nós precisamos da Lei para mostrar o nosso pecado. Nós precisamos da Lei para nos dirigir à justiça. Nós precisamos dos mandamentos de Cristo que estão distribuídos por toda a Escritura para alcançar nossa santificação e santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12:14). Salvação não depende de guardar a Lei, pelo contrário, nossa salvação é vista em nós quando guardamos a Lei.

O jovem perguntou a Jesus como poderia herdar a vida eterna. Jesus lhe disse "guardar os mandamentos".

Soli Deo Gloria

Fontes pesquisadas:
  1. 3º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – R.C.Sproul. Editora Cultura Cristã.
  2. http://www.monergismo.com/textos/legalismo/legalismo_obediencia_McMahon.ht