" A mi no me ofende que por hablar mucho me llamen loco, Tú dices poco porque sabes poco!"
Calle 13
Mostrando postagens com marcador IMPRENSA MARRON. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador IMPRENSA MARRON. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 12 de março de 2015

Pois é, dizem por aí que o Brasil piorou... Será mesmo?

Com este quadro você vai ter argumentos baseados em dados, com fontes seguras e oficiais (especificadas ao final), para conversar com amigos e familiares e assim conseguir fazer uma comparação entre os governos Lula e Dilma e os anteriores. Compare. O BRASIL REAL - DE 2002 A 2013 Por Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira. Fonte: Pátria Latina e Bruno Barbosa 1. Produto Interno Bruto: 2002 – R$ 1,48 trilhões 2013 – R$ 4,84 trilhões 2. PIB per capita: 2002 – R$ 7,6 mil 2013 – R$ 24,1 mil 3. Dívida líquida do setor público: 2002 – 60% do PIB 2013 – 34% do PIB 4. Lucro do BNDES: 2002 – R$ 550 milhões 2013 – R$ 8,15 bilhões 5. Lucro do Banco do Brasil: 2002 – R$ 2 bilhões 2013 – R$ 15,8 bilhões 6. Lucro da Caixa Econômica Federal: 2002 – R$ 1,1 bilhões 2013 – R$ 6,7 bilhões 7. Produção de veículos: 2002 – 1,8 milhões 2013 – 3,7 milhões 8. Safra Agrícola: 2002 – 97 milhões de toneladas 2013 – 188 milhões de toneladas 9. Investimento Estrangeiro Direto: 2002 – 16,6 bilhões de dólares 2013 – 64 bilhões de dólares 10. Reservas Internacionais: 2002 – 37 bilhões de dólares 2013 – 375,8 bilhões de dólares 11. Índice Bovespa: 2002 – 11.268 pontos 2013 – 51.507 pontos 12. Empregos Gerados: Governo FHC – 627 mil/ano Governos Lula e Dilma – 1,79 milhões/ano 13. Taxa de Desemprego: 2002 – 12,2% 2013 – 5,4% 14. Valor de Mercado da Petrobras: 2002 – R$ 15,5 bilhões 2014 – R$ 104,9 bilhões 15. Lucro médio da Petrobras: Governo FHC – R$ 4,2 bilhões/ano Governos Lula e Dilma – R$ 25,6 bilhões/ano 16. Falências Requeridas em Média/ano: Governo FHC – 25.587 Governos Lula e Dilma – 5.795 17. Salário Mínimo: 2002 – R$ 200 (1,42 cestas básicas) 2014 – R$ 724 (2,24 cestas básicas) 18. Dívida Externa em Relação às Reservas: 2002 – 557% 2014 – 81% 19. Posição entre as Economias do Mundo: 2002 - 13ª 2014 - 7ª 20. PROUNI – 1,2 milhões de bolsas 21. Salário Mínimo Convertido em Dólares: 2002 – 86,21 2014 – 305,00 22. Passagens Aéreas Vendidas: 2002 – 33 milhões 2013 – 100 milhões 23. Exportações: 2002 – 60,3 bilhões de dólares 2013 – 242 bilhões de dólares 24. Inflação Anual Média: Governo FHC – 9,1% Governos Lula e Dilma – 5,8% 25. PRONATEC – 6 Milhões de pessoas 26. Taxa Selic: 2002 – 18,9% 2012 – 8,5% 27. FIES – 1,3 milhões de pessoas com financiamento universitário 28. Minha Casa Minha Vida – 1,5 milhões de famílias beneficiadas 29. Luz Para Todos – 9,5 milhões de pessoas beneficiadas 30. Capacidade Energética: 2001 - 74.800 MW 2013 - 122.900 MW 31. Criação de 6.427 creches 32. Ciência Sem Fronteiras – 100 mil beneficiados 33. Mais Médicos (Aproximadamente 14 mil novos profissionais): 50 milhões de beneficiados 34. Brasil Sem Miséria – Retirou 22 milhões da extrema pobreza 35. Criação de Universidades Federais: Governos Lula e Dilma - 18 Governo FHC - zero 36. Criação de Escolas Técnicas: Governos Lula e Dilma - 214 Governo FHC - 11 De 1500 até 1994 - 140 37. Desigualdade Social: Governo FHC - Queda de 2,2% Governo PT - Queda de 11,4% 38. Produtividade: Governo FHC - Aumento de 0,3% Governos Lula e Dilma - Aumento de 13,2% 39. Taxa de Pobreza: 2002 - 34% 2012 - 15% 40. Taxa de Extrema Pobreza: 2003 - 15% 2012 - 5,2% 41. Índice de Desenvolvimento Humano: 2000 - 0,669 2005 - 0,699 2012 - 0,730 42. Mortalidade Infantil: 2002 - 25,3 em 1000 nascidos vivos 2012 - 12,9 em 1000 nascidos vivos 43. Gastos Públicos em Saúde: 2002 - R$ 28 bilhões 2013 - R$ 106 bilhões 44. Gastos Públicos em Educação: 2002 - R$ 17 bilhões 2013 - R$ 94 bilhões 45. Estudantes no Ensino Superior: 2003 - 583.800 2012 - 1.087.400 46. Risco Brasil (IPEA): 2002 - 1.446 2013 - 224 47. Operações da Polícia Federal: Governo FHC - 48 Governo PT - 1.273 (15 mil presos) 48. Varas da Justiça Federal: 2003 - 100 2010 - 513 49. 38 milhões de pessoas ascenderam à Nova Classe Média (Classe C) 50. 42 milhões de pessoas saíram da miséria Fontes:47/48 - http://www.dpf.gov.br/agencia/estatisticas 39/40 - http://www.washingtonpost.com 42 - OMS, Unicef, Banco Mundial e ONU 37 - índice de GINI: www.ipeadata.gov.br 45 - Ministério da Educação 13 - IBGE 26 - Banco Mundial

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Saiba o que acontece na Venezuela.

Fazem dias que estou pra escrever sobre o que está acontecendo na Venezuela, pois tenho visto muita gente falando o que não sabe e se  baseando em informações falsas que são divulgadas pela grande mídia e redes sociais.
Pois bem, encontrei este excelente artigo escrito pelo jornalista e professor Igor Fuser relatando algumas coisas que acontecem por lá...
Eu considero muito importante que as pessoas leiam para saberem realmente o que de fato ocorre na Venezuela e não se deixar levar pelas opiniões da imprensa direitista, que apoia a queda do governo Bolivariano da Venezuela, por interesses em comum com a oposição de lá...




"IGOR FUSER : MENTIRAS E VERDADES SOBRE A SITUAÇÃO NA VENEZUELA

Nos últimos dias a Venezuela voltou às manchetes dos jornais do mundo devido a uma série de manifestações de rua. Abaixo, apresento uma série de mentiras alardeadas pela chamada “grande mídia” e as suas respectivas verdades.

Por Igor Fuser*, no Brasil de Fato




Mentira: Os opositores saíram às ruas porque estão descontentes com os rumos do país e querem melhorar a situação.

Verdade: O que está em curso na Venezuela é o chamado “golpe em câmera lenta”, que consiste em debilitar gradualmente o governo até gerar as condições para o assalto direto ao poder. O atual líder oposicionista, Leopoldo López, não esconde esse objetivo, ao pregar aos seus partidários que permaneçam nas ruas até o que ele chama de “A Saída”, ou seja, a derrubada do governo. O roteiro golpista, elaborado com a participação de agentes dos Estados Unidos, combina as manifestações pacíficas com atos violentos, como a destruição de patrimônio público, bloqueio de ruas e atentados à vida de militantes chavistas. A mídia venezuelana e internacional tem um papel de destaque nesse plano, ao difundir uma versão distorcida dos fatos. A aposta da direita é tornar o país ingovernável. Trata-se de criar uma situação de caos até o ponto em que se possa dizer que o país está “à beira da guerra civil” e pedir uma intervenção militar de estrangeiros. Outro tópico desse plano é a tentativa de atrair uma parcela das Forças Armadas para a via golpista. Mas isso, até agora, tem se mostrado difícil.




Mentira: A Venezuela é um regime autoritário, que impõe sua vontade sobre os cidadãos e reprime as manifestações opositoras.

Verdade: Existe ampla liberdade política no país, que é regido por uma Constituição democrática, elaborada por uma assembleia livremente eleita e aprovada em plebiscito. Nos 15 anos desde a chegada de Hugo Chávez à presidência, já se realizaram 19 consultas à população – entre eleições, referendos e plebiscitos – e o chavismo saiu vitorioso em 18 delas. Foram eleições limpas e transparentes, aprovadas por observadores estrangeiros das mais diferentes tendências políticas, inclusive de direita. O ex-presidente estadunidense Jimmy Carter, que monitorou uma dessas eleições, declarou que o sistema de votação venezuelano é “o melhor do mundo”. Esse mesmo sistema eleitoral viabilizou a conquista de inúmeros governos estaduais e prefeituras pela oposição. Há no país plena liberdade de expressão, sem qualquer tipo de censura.



Mentira: Quem está protestando contra o governo é porque “não aguenta mais” os problemas do país.

Verdade: A tentativa golpista, na qual se inserem as manifestações da direita, reflete o desespero da parcela mais extremista da oposição, que não se conforma com o resultado das eleições de 2013. Esse setor desistiu de esperar pelas próximas eleições presidenciais, em 2019, ou mesmo pelas próximas eleições legislativas, em 2016, ou ainda pela chance de convocar um referendo sobre o mandato do presidente Nicolás Maduro, no mesmo ano. Essas são as regras estabelecidas pela Constituição – qualquer coisa diferente disso é golpe de Estado. A direita esperava que, com a morte de Chávez, o processo de transformações sociais conhecido como Revolução Bolivariana, impulsionado pela sua liderança, entrasse em declínio. Apostava também na divisão das fileiras chavistas, abrindo caminho para seus inimigos. A vitória de Maduro – o candidato indicado por Chávez – nas eleições de abril de 2013, ainda que por margem pequena (1,7% de diferença), frustrou essa expectativa. Uma última cartada da oposição foi lançada nas eleições municipais de dezembro do ano passado. Seu líder, Henrique Capriles (duas vezes derrotado em eleições presidenciais), disse que elas significariam um “plebiscito” sobre a aprovação popular do governo federal. Mas os votos nos candidatos chavistas superaram os dos opositores em mais de 10%, e o governo ganhou em quase 75% dos municípios. Na época, a economia do país já apresentava os problemas que agora servem de pretexto para os protestos, e ainda assim a maioria dos venezuelanos manifestou sua confiança no governo de Maduro. Diante disso, um setor expressivo da oposição resolveu apelar para o caminho golpista.



Mentira: O governo está usando violência para reprimir os protestos.

Verdade: Nenhuma manifestação foi reprimida. O único confronto entre policiais e opositores ocorreu no dia 17 de fevereiro, quando, ao final de um protesto, grupos de choque da direita atacaram edifícios públicos no centro de Caracas, incendiando a sede da Procuradoria- Geral da República e ferindo dezenas de pessoas. Nestas últimas semanas, as ações violentas da oposição têm se multiplicado pelo país. A casa do governador (chavista) do Estado de Táchira foi invadida e depredada. Caminhões oficiais e postos de abastecimento têm sido destruídos. Recentemente, duas pessoas, que transitavam de motocicleta, morreram devido aos fios de arame farpado que opositores estendem a fim de bloquear as ruas.



Mentira: O governo controla a mídia.

Verdade: Cerca de 80% dos meios de comunicação pertencem a empresas privadas, quase todas de orientação opositora. Mas o governo recebe o apoio das emissoras estatais e também de centenas de rádios e TVs comunitárias, ligadas aos movimentos sociais e às organizações de esquerda. Isso garante a pluralidade política e ideológica na mídia venezuelana – algo que, infelizmente, não existe no Brasil, onde a direita controla quase totalmente os meios de comunicação.



Mentira: Os Estados Unidos acompanham a situação à distância, preocupados com os direitos humanos e os valores democráticos, para que não sejam violados.

Verdade: Desde a primeira posse de Chávez, em 1999, o governo estadunidense tem se esforçado para derrubar o governo venezuelano e devolver o poder aos políticos de direita. Está amplamente comprovado o envolvimento dos Estados Unidos no golpe de 2002, quando Chávez foi deposto por uma aliança entre empresários, setores militares e emissoras de televisão. Desde então, a oposição tem recebido dinheiro e orientação de Washington.




Mentira: Os problemas no abastecimento transformaram a vida cotidiana num inferno.

Verdade: Existe, de fato, a falta constante de certos bens de consumo, como roupas, produtos de higiene e limpeza e peças para automóveis, mas o acesso aos produtos essenciais (principalmente alimentos e medicamentos) está garantido para o conjunto da população. Isso ocorre graças à existência de uma rede de 23 mil pontos de venda estatais, espalhados por todo o país, sobretudo nos bairros pobres. Lá, os preços são pelo menos 50% menores do que os valores de mercado, devido aos subsídios oficiais. É importante ressaltar que o principal motivo da escassez não é nem a inexistência de dinheiro para realizar importações nem a incapacidade do governo na distribuição dos produtos. Grande parte das mercadorias em falta são contrabandeadas para a Colômbia por meio de uma rede clandestina à qual estão ligados empresários de oposição.




Mentira: A atual onda de protestos é protagonizada pela juventude, que está em rebelião contra o governo.

Verdade: Os jovens que participam dos protestos pertencem, na sua quase totalidade, a famílias das classes alta e média-alta, que constituem a quarta parte da população. Isso pode facilmente ser constatado pela imagem dos estudantes que aparecem na mídia. São, quase todos, brancos – grupo étnico que não ultrapassa 20% da população venezuelana, cuja marca é a mistura racial. E não é por acaso que os redutos dos jovens oposicionistas sejam as faculdades particulares e as universidades públicas de elite. Os jovens opositores são minoria. Do contrário, como se explica que o chavismo ganhe as eleições em um país onde 60% da população têm menos de 30 anos? Uma pesquisa recente, com base em 10 mil entrevistas com jovens entre 14 e 29 anos, revelou que 61% deles consideram o socialismo como a melhor forma de organização da sociedade, contra 13% que preferem o capitalismo.




Mentira: A economia venezuelana está em colapso.

Verdade: O país enfrenta problemas econômicos, alguns deles graves, como a inflação de mais de 56% nos últimos 12 meses. Mas não se trata de uma situação de falência, como ocorre na Europa. A Venezuela tem superávit comercial, ou seja, exporta mais do que importa, e possui reservas monetárias para bancar ao menos sete meses de compras no exterior. É um país sem dívidas. A principal dificuldade econômica é a falta de crédito, causada pelo boicote dos bancos internacionais.



Mentira: A insegurança pública está cada vez pior.

Verdade: A Venezuela enfrenta altos níveis de criminalidade, assim como outros países latino-americanos, inclusive o Brasil. Esse tema é uma das prioridades do governo Maduro, que chegou a mobilizar tropas do Exército no policiamento de certas áreas urbanas, com bons resultados. A melhoria da segurança pública foi justamente o tema do diálogo entre o governo e a oposição, iniciado no final do ano passado, por iniciativa do presidente. O próprio Chávez, em seu último mandato, criou a Polícia Nacional Bolivariana, a fim de compensar as deficiências do aparato de segurança tradicional, famoso pela corrupção. Outra estratégia é o diálogo com as “gangues” juvenis a fim de afastá-las do narcotráfico e atraí-las para atividades úteis, como o trabalho na comunidade e a produção cultural. A grande diferença entre a Venezuela e o Brasil, nesse ponto, é que lá o combate à criminalidade ocorre num marco de respeito aos direitos humanos. A política de segurança pública venezuelana descarta o extermínio de jovens nas regiões pobres, como ocorre no Brasil.

*Igor Fuser é jornalista e professor de jornalismo na Faculdade Cásper Líbero "

Fonte : http://www.brasildefato.com.br/node/27564

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Síria: Mais uma armação do Império.

Estamos acompanhando, mais uma vez, uma guerra sangrenta que mata milhares de pessoas em mais um país soberano. Como em outras ocasiões (Iraque e  Líbia, por exemplo) os países imperialistas, encabeçados pelos EUA e Israel, tem ao seu lado um fator fundamental, os meios de comunicação.
Há meses estamos sendo bombardeados com informações e imagens sobre o "terrível" exercito Sírio, que mata inocentes, etc... Nada falam das atrocidades dos rebeldes que barbarizam a população daquele país.  Isso nada mais é que uma lavagem cerebral e conforme o famoso ditado, "Uma mentira contada mil vezes se torna verdade". E é exatamente isso que está acontecendo, os meios de comunicação "esquecem" de contar, que o exercito Sírio esta defendendo seu país de TERRORISTAS vindos de diversos países, "esquecem" de contar que países como EUA, Israel, Turquia, etc. que pregam a paz e fim das ofensivas do exercito, abastecem aos "rebeldes" com armas, dinheiro e MERCENÁRIOS.

Mas porque a mídia se manifesta sempre contra os "sanguinários ditadores" ???
Bom, pra começar a maior parte da imprensa mundial é de propriedade de Judeus Sionistas (que coincidentemente são os mesmos que se opõe aos governos como de de Al Assad) da mesma forma os patrocinadores e investidores da imprensa. Ou seja, qual o interesse em falar bem do "inimigo"?  A mídia é responsável por demonizar  aqueles que são contra seus interesses, e isso funciona muito bem. Pergunta pra uma pessoa leiga quem é mais "perigoso", Hugo Chávez (eterno) ou Obama??? É um exemplo clássico, Chávez foi demonizado, e todo mundo o considera um terrível ditador, mas quantas pessoas seu governo matou? Já Obama, é até, vejam só, Nobel da Paz, que hipocrisia!!!

Um detalhe importante, nesse caso, é que a Síria é aliada da Russia, ("inimiga" dos EUA), e do Irã, Inimigo declarado de Israel, não preciso falar mais nada né...

Mas vamos voltar a Síria, onde neste momento toda mídia mundial difunde a informação do suposto ataque do governo que matou diversos inocentes com armas químicas. Não precisa ser muito inteligente para perceber que é mais uma armação do Império.
Alguém acha que o governo de Al Assad, que está sendo observado por todo mundo, seria tão idiota de fazer um ataque com armas químicas justamente no momento que inspetores da ONU estão chegando a Síria?? Francamente né!

Me impressiona a que ponto chegam os meios de comunicação, por exemplo jornais dos EUA utilizam fotos de pessoas mortas na guerra do Iraque, e também fotos de mortos no egito, como se fossem na Síria, infelizmente as pessoas acreditam em tudo que eles dizem...  aqui é possível entender sobre isso


Pois bem, talvez ninguém saiba mas desde que começaram os confrontos na Siria, o país vem sofrendo diversas interferências estrangeiras, uma delas é a fabricação de vídeos em outros países como se fossem na Síria...
Estes vídeos são difundidos em redes locais da Siria, via satelite e também são utilizados como propaganda anti Al Assad no mundo.

Como podemos ver neste vídeo, abaixo, tudo não passa de mais uma armação:




Já este outro vídeo mostra a apreensão de produtos químicos em poder dos terroristas financiados pelo Império, e os efeitos provocados:





O que quero dizer com isso, essa armação toda nada mais é do que um plano para a invasão  de mais uma país que se opõe as forças do Império, além de posições geográficas e das riquezas como petróleo. Fica claro que o ataque foi feito pelas tropas mercenárias que estão na Siria e não passam de mais uma mentira (veja aqui mais provas da armação) como as famosas armas químicas de Sadam Hussein! Alias onde estão as armas químicas?? isso não se sabe, mas os milhares de Iraquianos mortos em troca do petróleo roubado, isso todo mundo sabe!!!

Neste grupo do facebook é possível encontrar boas informações sobre o que acontece em realidade na Siria, também é possível encontrar muita informação no Periodico WEBGUERRILERO, alias neste periódico é possível encontrar informações não só da Síria mas de muitas outras coisas.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O país mais “perigoso” do mundo

Queridos amigos, li a pouco um artigo que não posso deixar de compartilhar com vocês de maneira alguma. Eu já tinha ouvido de alguns amigos viajantes exatamente essa mesma informação, mas ainda assim, fiquei um pouco cético, pois para um BOM viajante não existem lugares ruins... Em um outro dia ouvi uma reportagem na radio CBN e uma reporter que também tinha viajado para este país, tinha afirmado exatamente o mesmo...
Mas de que estou falando, ora, é de um dos países que atualmente é considerado como um dos encabeçadores do famosos "eixo do mal"... o terrível IRÃ...
Pois bem, transcrevo aqui o excelente texto de Filipe Morato Gomes publicado no blog FMGomes.com

"Fui convidado para escrever 7 crónicas de viagem para as edições de verão do jornal Diário de Notícias. Para quem não teve oportunidade de ler a versão em papel, hoje republico o primeiro desses textos, que foi para as bancas no passado dia 15 de julho. As crónicas são publicadas até ao final de agosto, sempre às segundas-feiras, na secção DN – Verão do jornal (e aqui com duas semanas de atraso).



1. O país mais “perigoso” do mundo, in Diário de Notícias

Há países muito perigosos. E o Irão é seguramente um deles. Pelo menos é o que me dizem amigos e conhecidos que nunca lá foram. Pelo que me afiançam, deverá ser um país incrivelmente inseguro e cruel, viveiro de terroristas e malfeitores – esses “muçulmanos”! – amantes das armas nucleares onde, seguramente, alguém me irá assaltar, quem sabe colocar-me atrás das grades pelo facto de ser ocidental ou, até, apontar uma Kalashnikov e deixar-me estendido num beco escuro onde ninguém dará por mim durante muitos dias.


Não fazem por menos, os meus amigos. Com tais relatos, pânico era o mínimo que deveria sentir ao aterrar em Teerão pela primeira vez. Seis viagens depois à antiga Pérsia, a julgar pelas experiências que já lá vivi, posso garantir que eles têm toda a razão: o Irão é um país muito “perigoso”.


Na primeira vez que fui ao Irão, fui “sequestrado” por uma equipa de filmagens numa pequena aldeia montanhosa do norte do país, que me adotou por uns dias no seio do grupo enquanto filmavam um road movie independente, tempo durante o qual não consegui pagar fosse o que fosse porque ouvia sempre o mesmo argumento: “you’re my guest“.


Na cidade de Kashan, um taxista malandro “obrigou-me” a aceitar o convite para visitar a sua casa, conhecer a família – mulher e filho de 4 anos notoriamente terrorista – e jantar com eles. Ainda hoje somos amigos.


Na segunda vez que fui ao Irão, fui “atacado” por jovens adolescentes que queriam tirar fotografias encostadas a mim na aldeia de Abyaneh, sorrindo com excitação e despedindo-se com acenos, endereços de Facebook e inocentes “i love you“.


Na terceira viagem, perdido à noite no bazar de Esfahan, pedi ajuda a um velho iraniano que passava de bicicleta (que mais poderia ser aquele velho simpático senão um terrorista disfarçado?), o homem teve o “desplante” de desmontar da sua bicicleta, mudar o seu rumo e caminhar uns bons 15 minutos até ao local que eu procurava, desaparecendo de seguida sem sequer esperar por um sentido obrigado.


E quando me impelem a deixar os hotéis onde estou alojado e insistentemente me convidam para dormir nas suas casas, onde, resguardados por quatro paredes, me podem “torturar” com perguntas sobre o meu país e a opinião que tenho sobre o Irão, antes de me alimentarem à força com comida deliciosa e me mostrarem um pouco da música persa acompanhando um chá e qalyan? Só pode ser “maldade”, certo?

Mas não é tudo.


Na última viagem que fiz ao Irão, no passado mês de abril, vi alguém pagar por engano 10 vezes mais que o devido a um taxista (é comum esta confusão com a moeda iraniana). De pronto, o bom homem desatou à gargalhada e devolveu o excedente. E vi outro estrangeiro deixar um smart phone top de gama no banco traseiro de outro taxista. Minutos depois, o taxista atendeu a chamada no telefone perdido e veio devolvê-lo imediatamente.


E na rua? Elas e eles, cultos e bem formados, abordam-me na rua, nos cafés, nos bazares, nos parques verdes, nas galerias de arte. Querem conversar, conhecer, perguntar, sorrir em conjunto – só podem ser “espiões”.


Sim, o Irão é um país perigoso. Muito perigoso. Mas isso é só na televisão. Fora da “caixa que mudou o mundo” – e continua a moldar a opinião que dele temos –, o Irão é “só” o país com o povo mais hospitaleiro que conheço.


Nota: a versão em papel pode ser consultada em PDF, com muitas fotos e um design agradável."

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Globo é expulsa, aos gritos de "o povo não é bobo, abaixo a rede globo"..

Este vídeo não é das manifestações que estão acontecendo, mais serve de parâmetro..
Uma equipe da rede globo é expulsa de uma manifestação de greve dos professores estaduais do estado de São Paulo...


sábado, 13 de abril de 2013

"Dim Dom, a Bruxa Morreu"... E a BBC não sabe o que fazer com a música mais vendida na Inglaterra.

Ativistas anti-Thatcher levaram ‘A Bruxa Morreu’ ao número 1, e a BBC sofre pressão para não tocá-la na tradicional parada de domingo.




Liberdade de expressão é uma coisa realmente complicada: é mais fácil falar dela do que praticá-la.

Um episódio mostra isso exatamente neste momento, no país que supostamente é o berço da liberdade de expressão.

No meio de uma controvérsia que se espalhou toda a mídia britânica, está a venerada BBC.

O que aconteceu: ativistas deflagraram uma campanha para comprar uma música anti-Thatcher para levá-la ao topo das paradas.

A música é do Mágico de Oz, e se chama “Ding Dong The Witch is Dead!”. (Dim Dom A Bruxa Morreu!”

Objetivo alcançado.

Neste momento em que escrevo, é a número 1 na Inglaterra.  E é aí que entra a BBC com seu excruciante dilema.

Tradicionalmente, aos domingos, a principal rádio da BBC, a 1, toca as músicas mais vendidas, a conhecida parada de sucessos.

A questão que se ergueu barulhentamente: a BBC deveria tocar o hino anti-Thatcher, a três dias de seu funeral?

Os comentaristas conservadores da mídia saíram gritando que não. Que isso seria desrespeito com uma pessoa que sequer foi enterrada.

Mas um momento: isso é censura, ou não?

É o entendimento da chamada voz rouca das ruas. Numa enquete no Guardian, quase 90% das pessoas disseram que sim, a rádio tinha que tocar a canção.

E a BBC, que fez?

Encontrou uma solução que foi a seguinte: subiu no muro. Não vai censurar a música, ao contrário do clamor conservador.

Mas tampouco vai tocá-la inteira: decidiu dar, na parada de domingo,  um fragmento de 4 ou 5 segundos.

O que parece claro, passados alguns dias da morte de Thatcher, é que a elite política e jornalística inglesa não tinha a menor ideia de quanto a Dama de Ferro era detestada.

É uma demonstração espetacular de miopia e de desconexão com as pessoas.

A Inglaterra vive hoje não apenas uma crise econômica que não cede há anos, mas uma situação dramática de desigualdade que levou aos célebres riots – quebra-quebras — de Londres há pouco mais de um ano.

Qual a origem da crise e da desigualdade?

Thatcher, é claro.

O real legado de um governante se vê depois que ele se foi. As desregulamentações, as privatizações e os cortes em gastos sociais de Thatcher, passados 30 anos, resultaram num país em que as pessoas têm um padrão de vida inferior ao que tiveram.

Como imaginar que as pessoas ficariam tristes com sua morte?

Fonte: Diário do centro do mundo.


Obs: Enquanto isso na Venezuela as pessoas choram até hoje (mais de 1 mês)  a morte de Chávez.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Mídia ocidental ‘prepara’ guerra contra a Coreia do Norte




As agências de notícia e os grandes jornais da Europa e dos EUA já fizeram isso quando inventaram fatos sobre Saddam Hussein antes de os norte-americanos invadirem o Iraque. A estratégia é difamar o adversário para ‘ganhar’ a opinião pública internacional. Na mídia, Kim Jong-um é retratado como um insano ‘Doctor Evil’ e o povo norte-coreano, como loucos que matam crianças para saciar a fome.





A cobertura da mídia ocidental das crescentes tensões na Península Coreana é como uma mistura entre um filme ruim de James Bond com um filme de terror barato sobre zumbis comedores de carne humana.

Seria engraçado se o perigo de guerra não fosse tão sério e iminente. A direção perturbadora que a cobertura da mídia ocidental segue é a de expor a Coréia do Norte - um país pobre e estéril - para um ataque militar total pela maior superpotência nuclear psicopata do mundo - os Estados Unidos.

Paradoxalmente, este perigo tem sido incitado por corporações de “notícias” que, pomposamente, clamam ser os bastiões do jornalismo independente, quando na realidade não são nada mais do que os progenitores do pior tipo de ficção barata.

Kim Jong-un, o jovem líder da Coréia do Norte que tomou o poder depois de seu pai, em 2011, vem sendo transmitido como um vilão insano, o qual a mídia ocidental assemelha a um ‘Doctor Evil’.

Dias atrás, relataram que Kim estava ameaçando uma “guerra nuclear” contra a Coréia do Sul e seu patrono, os Estados Unidos. Que demoníacos!

É pouco mencionado o fato de que Kim foi forçado a tomar esta posição de estabelecer uma defesa convicta de seu país, sob uma imensa pressão de uma possível agressão imperialista implacável. A República Popular Democrática da Coreia foi agredida com mais sanções conduzidas pelos EUA que visam ostracizar o país de qualquer contato internacional.

Isso é o equivalente ao confinamento de um prisioneiro numa solitária, sujeito a privações sensoriais. Mas isto é tortura de uma nação inteira deixando-a sem garantia de sobrevivência.

Sim, a Coreia do Norte conduziu um teste nuclear subterrâneo na metade de fevereiro.

Isso aconteceu depois que os EUA fecharam o cerco com ainda mais sanções; mas não só isso: depois de anos em que Washington se recusou a negociar uma solução para acabar com mais de seis décadas de embargos comerciais alijantes junto da sempre presente ameaça de aniquilação nuclear, depois da guerra de 1950-53 com seu vizinho do sul, apoiado pelos EUA.

Nenhum outro país foi ameaçado com um Armageddon nuclear tão frequentemente quanto a Coréia do Norte - e sempre pelos EUA - por mais de 60 anos.

A mídia ocidental colocou seus holofotes sobre o líder norte-coreano ordenando suas tropas se preparando para “varrer do mapa” uma ilha sul-coreana, transformando um posto avançado marítimo em um “mar de chamas.”

Vocês veem a insinuação aqui? Varrer do mapa uma ilha? Bem, Kim deve ser um insano megalomaníaco, certo?

A ilha em questão é o disputadíssimo território de Baengnyeong, que está de fato localizada fora do território norte-coreano, mas que os EUA forçaram a possessão pela Coreia do Sul depois da guerra de 1950-53. Desde então ela tem sido usada, provocativamente, como um posto de vigilância norte-americano e planejamento de ataques futuros contra a Coreia do Norte.

Sem dúvida que a ilha será usada durante as manobras de planejamento que simulam a invasão da Coreia do Norte, mas que o Washington eufemisticamente chama de “medidas defensivas.”

Condizente com a caricatura de arquivilão, fotógrafos e equipes de filmagem abundaram na mídia ocidental mostrando Kim Jong-un vestindo em um longo sobretudo preto e luvas pretas, olhando através de binóculos aparentemente em direção à Coreia do Sul e às forças norte-americanas, do outro lado da zona desmilitarizada do paralelo 38.

Caso o público ocidental não compre essa caricatura demoníaca de Dr. Evil, ainda há outro papel a ser incutido - o zumbi comedor de carne humana norte-coreano.

Nas últimas semanas, houve diversas histórias regurgitadas pela mesma mídia ocidental que noticiou os surtos de canibalismo entre as pessoas supostamente famintas da Coreia do Norte. Estas histórias de terror canibalesco e niilismo não foram impressas apenas nos tabloides sensacionalistas. Elas também foram destacadas em jornais de suposta qualidade, como o britânico ‘Sunday Times’ e o ‘Independent’, assim como em um dos americanos mais vendidos, o ‘The Washington Post’.

Essas histórias macabras começaram a circular na mídia ocidental no fim de janeiro - aproximadamente duas semanas antes dos testes nucleares subterrâneos conduzidos pela Coreia do Norte. Isso sugere que as alegações de comilança de carne humana são o trabalho de uma campanha de informações psicológicas ocidental com o objeto de dar tons pejorativos à crise atual.

Tudo isso dificulta nossa leitura. Não por causa dos detalhes macabros, mas porque estas histórias são tão obviamente tramadas e regurgitadas de maneira repetitiva por supostas agências de notícias. Os testemunhos do horror provêm todos de uma única fonte: um time de jornalistas de uma agência chamada ‘Asia Press’, com sede no Japão, que secreta e corajosamente entrou na Coreia do Norte e supostamente entrevistou vários fazendeiros anônimos e oficiais do Partido Comunista.

A mídia ocidental passou dos limites ao divulgar esses relatos horripilantes de canibalismo sem confirmação ou verificação.

Em uma versão publicada pelo ‘Britain’s Daily Mail’, a manchete diz: “Pais norte-coreanos comem seus filhos depois de ficarem loucos por causa da fome”.

É noticiado aos leitores do ‘Daily Mail’ como adultos famintos estão sequestrando e assassinando crianças. Um homem foi supostamente executado depois que sua esposa descobriu que ele havia matado sua filha e seu filho mais novos “enquanto ela estava fora tratando de negócios”; quando ela retornou à propriedade de sua família faminta, seu marido a cumprimentou com a notícia de boas vindas que “temos carne” para comer.

Em outro conto macabro, impresso como notícia séria, é dito que um homem idoso escavou as sepulturas de seus netos e comeu seus restos podres.

O que é verdadeiramente perturbador sobre estas reportagens é o fato de que não são somente sensacionalismo sórdido passado como reportagens merecedoras de crédito, transmitidas por agências de notícia supostamente sérias. Pior do que isso é o fato de que, aparentemente, muitas pessoas que leem ou assistem essas mídias no ocidente creem nesta propaganda. Confira alguns dos comentários dos leitores abaixo das histórias mencionadas nas mídias acima e você encontrará todo tipo de condenações à Coreia do Norte e sua “gente doente”.

Mas não é o povo da Coreia do Norte que é depravado: é a mídia ocidental e seus crédulos assinantes que favorecem este ódio de caráter assassino contra uma nação inteira.

A cobertura da mídia ocidental da Coreia do Norte relembra as histórias de bebês sendo roubados das incubadoras dos hospitais por soldados iraquianos no Kuwait, o que foi crucial para que a opinião pública apoiasse a guerra liderada pelos EUA no Iraque, em 1991. Mais de uma década depois, a mesma mídia divulgou histórias assombrosas de armas de destruição em massa, histórias estas que pavimentaram o caminho para o genocídio americano no Iraque de 2003 a 2012.

Essa mesma imprensa ocidental propagandista repete incessantemente relatos sobre “ambições nucleares sinistras dos iranianos” que servem para justificar o embargo comercial criminoso liderado pelos norte-americanos contra o Irã, o que pode resultar num ataque militar executado por forças norte-americanas e israelenses contra a República Islâmica.

Essa mesma mídia está agora fazendo o mesmo trabalho de choque contra a Coreia do Norte. Uma nação de zumbis comedores de carne humana liderada por uma personalidade cultuada pelo mal que quer explodir ilhas?

“Sim, vá em frente Chuck, exploda estes filhos da ****!”

O público ocidental está sendo levado como um rebanho a concordar com o comportamento depravado de um barbarismo militar - uma superpotência militar com uma tremenda vontade de destruir uma nação empobrecida que não ameaça ninguém.

Na verdade, a realidade do imperialismo ocidental é mais perversa e doente do que a ficção ocidental.


Tradução: Roberto Brilhante

Fonte: Carta Maior

sexta-feira, 22 de março de 2013

Documentário: A guerra que não se vê - (The War you don't see)

A guerra que não se vê  (The War you don't see)  é um documentário produzido por John Pilger e , um experiente repórter de guerra, que possui muito conhecimento para, com personalidade, expor os acontecimentos do que acontece no mundo, nos bastidores das guerras e o que normalmente não vemos.
Pilger trabalhou como correspondente de guerra em vários conflitos, como na Guerra do Vietnam, no Camboja, no Egito, na Índia, no Bangladesh e em Biafra. Possui dezenas de documentários e diversos livros. Uma de suas citações mais famosas é "Sei quando Bush mente, seus lábios se mechem"...

O documentário mostra como funciona a manipulação televisiva nos grandes países imperialistas, assim como na mídia no mundo em geral, já que seguem os mesmos padrões. Mostra como a imprensa trabalha vinculada a interesses militares e políticos desde a época da primeira guerra mundial, até os dias de hoje.
O documentário destaca a invasão dos Estados Unidos ao Iraque, a grande farsa que foi tudo aquilo, e como a mídia teve papel fundamental para o apoio popular à invasão. Com entrevistas de diversas pessoas que fizeram parte da armação, Pilger demostra como os meios de comunicação fazem de palhaço aos telespectadores.

O documentário mostra cenas fortes das guerras, revelando muitas coisas que jamais foram vistas na  televisão, ao mesmo tempo, demostra como a mídia mascara aos fatos reais e manipula a população para que as guerras sejam tratadas como normais. Com destaque para as atrocidades cometidas no Iraque, o documentário apresenta cenas chocantes e revoltantes da guerra que matou mais de 1 milhão de civis.  Além de lembrar a grande farsa que foi a Invasão e a grande mentira contada para o mundo sobre as armas químicas e biológicas do Iraque. O que é mais intrigante, que esta invasão já estava planejada a muito tempo, primeiro desarmaram o Iraque, depois venho a farsa e a invasão.

Dentre as coisas que chamam atenção no documentário, podemos observar a comparação da invasão a Guerra do Iraque, motivada por mentiras e apoio da mídia na ocasião, com a invasão a Líbia (efetuada) Siria (em andamento) e Irã (conspirando), em ambas as situações podemos observar a mídia demonizando aos governos destes países, e o pior é que o povão engole isso com a maior normalidade (sobre a invasão destes países sugiro a leitura do livro "O novo imperialismo" escrito em 2004 e que conta que todas estas invasões já estavam planejadas desde aquela época).

O documentário traz uma entrevista com Jullian Assange, fundador da Wikileaks refugiado na embaixada do Equador e caçado por dizer a verdade. Um dado curioso apresentado no documentário é que os jornalistas independentes que ousam dizer a verdade são punidos, um outro dado é que mais de 300 jornalistas foram mortos desde o início da guerra no Iraque, ou seja...

Finalizando minha analise, este documentário mostra que a vida humana não vale nada, para aqueles que dominam o mundo, a ganância de dinheiro e poder simplesmente transforma a vida humana em algo absolutamente irrelevante, milhões de pessoas são assassinadas e os grupos que mandam no mundo manipulam a todos os demais através de mentiras contadas diariamente na televisão, para que todo mundo fique acomodado. Acomodado, pelo menos até que uma bomba caia em sua casa, ou soldados invadam sua casa, matem seus filhos, violem suas filhas, esposa, mãe, e depois te coloquem com um saco na cabeça e te torturem, mas em algum outro país eles vão dizer que você é um terrorista que quer explodir soldados inocentes que lutavam pela liberdade.








Ficha Técnica:
Estado: Em DVD
Título Original: The War you don't see
Gênero: Documentário 
Direção: Alan Lowery, John Pilger
Elenco: Julian Assange, Tony Blair, Wilfred Burchett
Estreia Mundial: 2010
Duração: 97 minutos

domingo, 17 de março de 2013

Documentários: Muito Além do cidadão Kane - (Beyond Citizen Kane)

Muito além do cidadão Kane, originalmente intitulado "Beyond Citizen Kane" é um documentário televisivo produzido por Simon Hartog, exibido em 1993 pelo "Channel 4" (canal de tv pública do Reino Unido) e PROIBIDO/CENSURADO no Brasil por ordem judicial.

O documentário faz referência ao personagem Charles Foster Kane, criado por Orson Welles na obra conhecida como Cidadão Kane de 1941. Cidadão Kane é baseado na trajetória do magnata da comunicação nos EUA, William Randolph Hearst. O filme se baseia em manipulação de informação. O paralelo entre o filme e o documentário é a forma como seria controlado e exibido o conteúdo a ser informado, ou seja, Kane e Marinho empregariam a mesma manipulação com o objetivo de influenciar.

O documentário detalha fatos de como a Rede Globo de televisão, vai muito além de manipulação de informações, detalha o passado obscuro da emissora e de como ela se tornou poderosa ao ponto de estar entre as 5 maiores redes de TV do mundo.
Dentre as muitas falcatruas da emissora, o documentário mostra a forte ligação e apoio da emissora à ditadura militar, sua parceria ilegal com grupos estadunidenses, algumas práticas de manipulação (nas quais podemos destacar exibição de imagens da multidão do movimento Diretas-Já, como sendo pessoas comemorando o aniversário de São Paulo), a emissora também interfere diretamente na politica, como ocorreu em 1989, quando a emissora apresentou no Jornal Nacional, uma edição feita de maneira a favorecer o candidato Collor de Mello ( a globo o colocou na presidência e também o tirou de lá) frente a Luiz Inácio Lula da Silva.  Também apoiou a tentativa de fraude das eleições fluminenses em 1982 para tentar impedir a vitória de Leonel Brizola.

A globo tentou comprar os direitos sobre o filme, para tirar de circulação, mas antes de morrer Hartog, fez um acordo com organizações brasileiras para que o documentário não pudesse ser comprado pela Globo, a Record tentou comprar seus direitos em 1990, porém desistiu pela disputa judicial que teria que enfrentar, no entanto em 2009, quando começaram os atritos com a Globo, a Record comprou os direitos sobre o filme pela quantia de 20 mil dólares e espera autorização da justiça para poder transmiti-lo.

O filme, sendo proibido, era pirateado em fitas VHS, sendo passado de mão em mão e exibido em universidades e partidos politicos, a Globo entrou com pedido judicial para tentar aprender as cópias, mas não conseguiu tal ação. O documentário começou a ser visto em massa a partir dos anos 2000 com a popularização da internet, mas mesmo assim, ainda hoje muitas pessoas não tem nem conhecimento da existência deste documentário.

Muitas pessoas me perguntam, porque não gosto da rede Globo, pois bem, espero que depois de ver este documentário você possa entender.






Ficha Técnica:
Estado: Em DVD
Título Original: Beyond Citizen Kane
Gênero: Documentário
Direção: Simon Hartog
Roteiro: Simon Hartog
Elenco:
Chico Buarque de Hollanda, Luís Inácio Lula da Silva, Walter Clark, Armando Nogueira, Gabriel Priolli, Dias Gomes, Washington Olivetto, Armando Falcão, Antônio Carlos Magalhães e Leonel Brizola
País de Origem: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
Estreia Mundial: 1993
Duração: 105 minutos




sábado, 16 de março de 2013

Documentários: Fahrenheit 9/11





Fahrenheit 9/11 é um clássico documentário escrito, dirigido e estrelado pelo famoso e polêmico cineasta Michael Moore, o nome do filme, para os que não sabem,  remete ao filme dos anos 70, Fahrenheit 451, que vem do livro de mesmo nome escrito por Ray Bradbury. Em Fahrenheit 451, as pessoas vivem num tempo em que as casas são todas iguais, todas ligadas através de um sistema de televisão, e os cidadãos não têm o direito de ler e todos os livros estão sendo queimados.
O interessante é que o documentário foge da maneira tradicional da apresentação de documentários ao estilo National Geografic, Michael Moore acrescenta boas pitadas de humor, além de fatos convincentes, o que torna o filme bem agradável de ser visto.

Neste documentário é possível logo de cara ver que a tal democracia que tanto falam os Estadunidenses em realidade é uma farsa, Michal Moore mostra a fraude na eleição de George W. Busch, onde milhares de afro descentes foram impedidos de votar, fato que acabou sendo decisivo para eleição de Bush. Também mostra um fator inédito (estou sendo irônico),  como a mídia tem poder decisivo na eleição e através daquele jogo sujo que todo mundo sabe, consegue influenciar as eleições conforme seus interesses.

É possível ver neste documentário cenas que a TV não mostrou, como a reação do povo dos EUA, na posse do presidente eleito "democraticamente" George W. Bush, ovos, protestos, cartazes, repressão, etc... bem diferente da posse do "ditador" Hugo Chávez, por exemplo.

Michael Moore expõe a ligação da família Bush com a família Bin Laden, além da forte ligação com o famoso grupo Carlyle, um fundo de investimentos que tem contratos milionários para vender armas nas guerras, principalmente para o exercito dos EUA, (esse mesmo grupo é dono das famosas cvc, top stock,  Ri Happy, Tri-Fil, entre outros),

Apesar de eu pessoalmente, não acreditar nessa teoria que foi o "Bin Laden" que derrubou as torres etc, (para mim está claro que o próprio governo dos EUA, foi o "terrorista" em questão, inclusive, recentemente foi encontrado morto o escritor do livro The Big Bamboozle: 9/11, junto de toda sua família ),  o documentário mostra que este fato, foi decisivo para invasão covarde ao país soberano do Iraque e também ao Afeganistão. É possível identificar com fatos concretos a "industria do medo" que o governo utiliza, para conseguir apoio da população em suas invasões a outros países. Pode-se dizer que o 11 de setembro, foi uma verdadeira desculpa para as invasões. O filme mostra algumas cenas bem fortes e revoltantes dos acontecimentos destas guerras. Só pra lembrar, onde estão as armas químicas mesmo?

Interessante é a maneira com que os EUA recrutam seus soldados de linha de frente, buscando os mais pobres e humildes, ainda é possível ver alguns detalhes sobre estes mesmos jovens depois que estão participando da guerra, ou quando voltam, mortos, ou inválidos.

Dentre muitas outras informações chocantes e interessantíssimas,  uma que me chama muito atenção é uma reunião feita pelo governo dos EUA com algumas grandes empresas mundias, com o intuito de arrecadar dinheiro para financiar a guerra, frases do tipo "depois que o ouro negro/petróleo jorrar vai sobrar dinheiro, e quem investir vai ganhar muito dinheiro", enfim, são muitas coisas neste documentário, prefiro que tirem suas próprias conclusões.





Ficha Técnica:


Diretor: Michael Moore
Elenco: Michael Moore, George W. Bush
Produção: Michael Moore
Roteiro: Michael Moore
Duração: 110 min.
Ano: 2004
País: EUA
Gênero: Documentário
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Miramax Films

sábado, 2 de março de 2013

Documentários: Puente Llaguno, Claves de una Massacre.

Se você já assistiu o documentário "A revolução não será televisionada", então tenho certeza que você ficou revoltado, com a manipulação e o jogo sujo feito pela oposição venezuelana, (apoiada e coordenada pela embaixada dos EUA), suportados amplamente pelas grandes redes de TV.  Implementaram um plano macabro e inescrupuloso para tirar o presidente democraticamente eleito, Hugo Chávez, tal atitude causou quase um caos na Venezuela e incluiu a matança de diversos civis na cidade de Caracas, no dia 11 de abril de 2002.
Este documentário (Puente llaguno) que eu não tinha assistido ainda, é um fantástico documentário investigativo que serve para que as pessoas se atentem para os fatos, não só para o fato ocorrido na Venezuela (que ocorrem ainda), mas que se atentem para todas as informações divulgadas nas TVs em qualquer parte do mundo. Este documentário me impressionou e me deixou muito chocado, mesmo tendo eu bastante conhecimento sobre as características da imprensa golpista, fiquei muito espantado com a voracidade por parte da imprensa para derrubar Chávez, é realmente impressionante.
O documentário produzido por Ángel Palacios, é similar ao ótimo "A Revolução não será televisionada", mas é muito mais detalhado, apresenta muitos outros ângulos, para explicar os fatos, diversas filmagens de variadas fontes, fotos e entrevistas com diversas pessoas que estiveram diretamente envolvidos nos acontecimentos como, repórteres (inclusive os que se demitiram das tvs privadas), manifestantes, fotógrafos, personalidades e até mesmo os homens que foram acusados de atirarem na multidão, os que foram presos injustamente.
 O documentário comprova indiscutivelmente de uma vez por todas, a mentira e armação feita pelos poderosos na ocasião do golpe, é chocante e revoltante ao mesmo tempo.
Eu desafio e gostaria muito de que uma pessoa que critique a Hugo Chávez após assistir este documentário, tenha a mesma opinião.



*Recomendo que vejam primeiro, (pra quem não viu ainda) o documentário "A revolução não será televisionada"

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Blogueira mercenária chega ao Brasil dia 18


REPASSANDO, para livre circulação. DIVULGUEM !



CONCLAMAÇÃO (*)
Ao Movimento de Solidariedade a Cuba em todo o Brasil
Aos Movimentos Sociais do campo e da cidade,
Aos Movimentos Populares e ao Movimento Sindical, e
Aos Partidos Políticos do campo socialista e democrático-popular

Está prevista a chegada ao Brasil, da blogueira nascida em Cuba, Yoani Sánchez. Ela chegará a Recife na madrugada do próximo dia 18 de fevereiro (2.ª feira).
Há uma década, essa sinistra personagem vem sendo anabolizada pelo imperialismo com o objetivo de lhe conceder status de “importante personalidade pública mundial”.

Trata-se, na verdade, de uma contrarrevolucionária que já amealhou 300.000 euros, nos últimos anos, a título de prêmios pagos pelas agências do imperialismo, por atacar a imagem de Cuba e da Revolução Cubana. É uma aliada do criminoso bloqueio econômico a Cuba, promovido pelos EUA e que já completa mais de cinquenta anos.

Recentemente, foi nomeada vice-presidente da SIP “seção cubana”, com direito a uma remuneração mensal de 6 mil dólares. A SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) é uma entidade formada pela grande mídia do continente (Estadão, Folha, Globo, Clarin etc.) para defender os interesses imperialistas e os veículos de comunicação que lhes servem.

O roteiro de Yoani Sánchez no Brasil não é conhecido em sua totalidade. Ela programou uma aparição em Vitória da Conquista (BA), depois de desembarcar em Recife, mas uma grande articulação de forças politicas e sociais conseguiu dissuadir a Prefeitura de Vitória da Conquista de lhe dar abrigo. O evento foi então transferido para Feira de Santana, também na Bahia. Até agora, sabe-se apenas que passará por São Paulo.

O promoter oficial da “gira”, pelo Brasil, da blogueira anticubana é um cidadão, chamado Dado Galvão. Informações atualizadas sobre a programação de Yoani Sánchez em nosso país podem ser acessadas no site www.dadogalvão.org.

É preciso que todos e todas estejam atentos em relação às aparições públicas de Yoani Sánchez no território nacional sob a proteção dos grandes veículos de comunicação. Não se trata de uma intelectual que possa aportar alguma ideia importante sobre qualquer tema da conjuntura. E, muito menos, se trata de uma figura ingênua que “só quer liberdade de expressão em Cuba”: É UMA AGENTE DO IMPERIALISMO, UMA APÁTRIDA MERCENÁRIA!

Frente à ação da grande mídia que, certamente, cuidará de dar destaque para a blogueira anticubana, concla mamos os movimentos e partidos políticos a organizarem atos e manifestações públicas em defesa de Cuba, contra o bloqueio econômico e pela libertação dos cinco heróis cubanos presos nos EUA! Importante também, organizar escraches, apitaços, twitaços etc. enquanto ela estiver circulando no Brasil, espalhando suas calúnias e mentiras contra Cuba.

(*) Chamamento aprovado em reunião realizada em Brasília, dia 08.02.2013, pelas seguintes organizações:  Comitê pela Libertação dos 5 ;

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Por Que Chavez é tão odiado???


Não posso deixar de compartilhar mais uma vez, uma interessante matéria sobre Hugo Chavez, alguns fatos que são ignorados por muita gente, principalmente para aqueles que por algum motivo $$ não tem interesse em um fortalecimento politico de quem realmente se preocupa com as camadas mais baixas da população.


Talvez por ele ter mostrado que pode dar certo um modelo voltado para os pobres.


O artigo abaixo foi publicado no jornal inglês Independent, e é republicado com autorização pelo Diário. O autor, Owen Jones,  28 anos, é um dos talentos emergentes do jornalismo político inglês. O texto foi escrito na época da campanha presidencial, e Owen estava em Caracas para cobrir as eleições.

Se tudo o que a mídia ocidental disser for verdade, eu escrevo essa coluna de um país brutalizado por um líder terrível e indigno, Hugo Chavez, que prende rotineiramente qualquer jornalista ou político que se pronuncie contra sua tirania.

De acordo com  o colunista Toby Young, a Venezuela é liderada por um “tirano marxista” e um “ditador comunista”. O oponente nas eleições presidenciais de Chavez, Henrique Capriles, foi retratado, em contraste, como um democrata dinâmico e inspirador, determinado a acabar com o fracassado experimento socialista na Venezuela e abrir o país para o extremamente necessário capital estrangeiro.

A realidade da Venezuela não poderia ser mais distante do que o alegado, mas o dano já foi feito: até mesmo vários esquerdistas consideram Chavez um tirano. E aqueles que desafiam a narrativa são repudiados como idiotas, seguindo os passos daqueles que,  como o conhecido casal socialista Beatrice e Sidney Webb, nos anos 30, louvaram a Rússia de Stálin, esquecendo-se de seus horrores.

A Venezuela é uma espécie engraçada de “ditadura”. A mídia privada tem 90% de audiência e, rotineiramente, lança propagandas vitriólicas contra Chavez. Na época das eleições, as áreas pró-oposição estiveram embriagadas de letreiros com a face sorridente de Capriles, e comícios jubilantes contra Chavez foram um evento regular ao redor do país.

Os venezuelanos votaram então pela décima quinta vez desde que Hugo Chavez foi eleito pela primeira vez, em 1999: todas essas eleições foram julgadas como livres pelos observadores internacionais, incluído o ex presidente americano Jimmy Carter, que descreveu o processo eleitoral do país como “o melhor do mundo”. Quando Chavez perdeu um referendo constitucional em 2007, ele aceitou o resultado. Antes de seu incentivo a que todos tirassem título de eleitor, muitas pessoas pobres não podiam votar. Contrastando fortemente com a maior parte das democracias ocidentais, mais de 80 por cento dos venezuelanos votaram nas eleições presidenciais.

Até mesmo oponentes de Chavez me disseram que ele foi o primeiro presidente venezuelano que se importou com os pobres. Desde sua vitória em 1998, a pobreza extrema caiu de quase um quarto para 8,6% no ano passado; o desemprego reduziu-se pela metade; e o PIB per capita dobrou. Em vez de ter arruinado a economia – o que todos seus críticos alegam – a exportação de petróleo subiu de $14,4 bilhões para $60 bilhões em 2011, provendo fundos para ser gastos nos ambiciosos programas sociais de Chavez, as chamadas “missiones”.

Seus críticos o atacam por sua associação com autocratas e tiranos como Gaddafi, Ahmadinejad e Assad. Eles podem ter um ponto, mas levando-se em conta o suporte ocidental às ditaduras como as da Arábia Saudita, Bahrain e Cazaquistão – cujo regime paga, atualmente, $13 milhões por ano a Tony Blair por serviços de relações públicas – uma enorme casa de vidro se ergue atrás deles. Os principais aliados da Venezuela são as democracias latino americanas, todas governadas por presidentes progressistas que Chavez ajudou a inspirar, tais como Brasil, o Equador e a Bolívia.

Isso não quer dizer que a Venezuela está livre de problemas, nada disso. Segurança é a principal preocupação dos venezuelanos com quem conversei, e não é de se espantar: crimes vilentos surgiram, com mais de 20.000 pessoas assassinadas em 2011. A polícia local e o sistema judiciário são ineficazes e, muitas vezes, corruptos, e é claro que uma sociedade com mais armas do que pessoas não é a sociedade ideal. O governo está iniciando uma força policial nacional, mas uma ação urgente é necessária.

Mas, quando vemos seu relacionamento com a oposição, Chavez tem sido muito clemente. Muitos dos opositores – incluindo Capriles – envolveram-se, em 2002, em um golpe militar no estilo Pinochet, bancado pelos Estados Unidos, e que falhou apenas no momento em que os adeptos de Chavez tomaram as ruas. O golpe foi incitado e apoiado em grande parte pela mídia privada: e eu imagino o que aconteceria  para a Sky News e ITN se provocassem um coup d’état contra um governo democraticamente eleito na Grã-Bretanha.

Cinco anos depois, o governo se recusou a renovar a licença de uma emissora televisiva, RCTV, por sua participação no golpe. Até Chavistas reconheceram que foi um erro tático, mas eu me pergunto quantos governos iriam tolerar emissoras que defendem sua derrota armada.

A escuma oligarca da Venezuela odeia Chavez, mas a verdade é que seu governo mal os tocou. O máximo de imposto é apenas 34%, e há uma violenta sonegação de impostos. Por que o desprezam? Como o líder chavista Temir Porras me disse, é porque “as pessoas que limpam suas casas, agora, são mais importantes politicamente do que eles”. Durante o governo de Chavez, os pobres receberam um poder político que não deve ser ignorado: não é de espantar que Capriles pelo menos declarou que deixaria os programas sociais devidamente intactos.

Os críticos ocidentais de Chavez têm o direito de discordar dele. Mas é hora de pararem de fingir que ele é um ditador. Chavez venceu as eleições com justiça. E, apesar de seus obstáculos formidáveis, provou que é possível liderar um governo popular e progressista que rompe com o dogma neoliberal. Talvez seja por isso, afinal das contas, que é tão odiado.


Fonte: Diário do Centro do Mundo

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A Bolívia que a mídia oculta



Por Altamiro Borges

Na semana passada, o presidente Evo Morales fez um balanço sobre os avanços do seu governo. A mídia colonizada – que “fala fino com Washington e fala grosso com a Bolívia”, como já ironizou Chico Buarque – preferiu ocultar as boas notícias do país vizinho, como se ele não existisse. No seu velho padrão de manipulação da informação, como ensina o mestre Perseu Abramo, a mídia realça o que lhe interessa e omite o que não lhe interessa. No caso da Bolívia, ela só é notícia quando ocorrem fatos negativos.

Segundo o balanço, que faz parte do novo censo nacional, a economia boliviana vive um período de expansão, impulsionada pela força do mercado interno e pelo aumento dos investimentos públicos. O país está nos primeiros lugares do ranking de crescimento na região. Enquanto a média de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) entre os anos de 1999 a 2005 foi de 2,6%, nos últimos seis anos ele atingiu os 4,8%. No mesmo período, a média da renda per capita da população subiu de US$ 956 para US$ 1.775.

O governo teve papel decisivo como indutor do desenvolvimento. O Estado elevou sua participação na economia de 18,5% para 30,6% em 2012, com o aumento de investimentos e a estatização de empresas. Isso rendeu ao setor público um crescimento na receita de exportação: no caso dos minerais, o governo passou a arrecadar cerca de US$ 11,3 bilhões no período de 2006 a 2012 - quase 10 vezes mais que os US$ 1,75 bilhão entre 1999 e 2005. “Agora dependemos menos do mercado externo”, festejou Morales.

Os avanços na economia tiveram reflexos diretos na melhoria do bem-estar dos bolivianos. Entre 2006 e 2012, mais de 1,6 milhão de pessoas se beneficiaram com projetos de água potável e saneamento básico da campanha Minha Água, que tem como objetivo atingir até 2015 os “objetivos do milênio” traçados pela ONU. Com a introdução de bolsas escolares de US$ 29 para jovens da escola primária e secundária, o governo reduziu o número de deserção escolar e aumentou o número de alfabetizados.

Nos sete anos de mandato de Evo Morales, o governo também investiu pesado na saúde pública em todas as regiões do país. Mais de 10 mil postos de saúde foram criados. Com estas e outras medidas, a diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade diminuiu de 2,74% para 2,03%. A população boliviana teve um crescimento de 25,5% nos últimos dez anos, chegando à marca dos 10,3 milhões de habitantes em 2012. Infelizmente, estas boas notícias não mereceram o devido destaque da mídia colonizada do Brasil.

Ao festejar o balanço altamente positivo, o presidente Evo Morales se comprometeu em manter o ritmo das mudanças para atingir os “13 pilares do programa de governo para uma Bolívia digna e soberana”:

1- Erradicação da pobreza extrema;

2- Universalização de serviços básicos para “viver bem”;

3- Saúde, educação e esportes para “formação de um ser humano integral”;

4- Soberania científica e tecnológica;

5- Desenvolvimento integral “sem a ditadura do mercado capitalista”;

6- Soberania financeira;

7- Nacionalização e industrialização dos recursos naturais;

8- Soberania alimentar;

9- Defesa do meio ambiente, “respeitando os direitos da Mãe Terra”;

10- Integração soberana da América Latina;

11- Transparência na gestão pública com base nos princípios de “não roubar, não mentir e não ser frouxo”;

12- Desenvolvimento e desfrute da cultura boliviana;

13- Reencontro com “a nossa alegria, felicidade, prosperidade e nosso mar”.



Fonte: Blog do Miro

Não deixe de ver também:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...