Porque em alguns dias, mais do que em outros, eu concordo com ele que o que poderia ter sido é muito mais e que a verdadeira beleza é intestemunhável. E que entre idas e vindas do travesseiro, da insônia e das ressacas morais, o impossível inalcançável, de indigesto amargo, vira digerido dormente ... e de onde, por vezes, em viagens curtas de otimismo, germina-me jardins inteiros por dentro.
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"Porque o possível está aqui entre todos e, se uns não podem ver, outros há que vêem mas não podem tornar possível, por causa daquilo, do impossível. Aquilo que é parte da coisa até, mas da consumação, da revelação. Ali violam-se todos os segredos, mas a natureza do segredo é ser segredo, o resto é pura violação. E onde e como diabos vivem aqueles que nunca parecem se importar com o que de vivo já nada mais parece haver? Não lhes afeta nem angustia um eterno cada vez menos? Não lhes dói que algo mostre por vezes poder ser a própria vida em pessoa, se esvaindo e desamparando tudo para sempre?
Aqueles são o impossível."
[...]
O escrito é de: Othon d`Eça, o irmão.
A imagem é do russo: Vladimir Kush.
Aqueles são o impossível."
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O escrito é de: Othon d`Eça, o irmão.
A imagem é do russo: Vladimir Kush.