A lei Maria da Penha poderia ser oportuníssima se não houvesse a permanente difusão da violência.
A mídia propaga a violência quando faz, e como faz, propaganda de bebida alcoólica, quando apresenta programas infantis onde as cenas de violência se repetem segundo a segundo, quando mostra filmes, novelas, ...onde a violência é apresentada com fartura.
Ah, esqueci "a mídia só mostra aquilo que acontece no dia a dia".
Que grande balela!
Porque não dizem que empresa alguma gastaria milhões em propaganda se isto não implicasse em vender mais, logo, não subestimem a inteligência do povo, pois sabemos muito bem que tudo que é mostrado à exaustão, mesmo que reflita os acontecimentos rotineiros da sociedade, acaba por estimular outras pessoas a terem atitudes e comportamento semelhantes aos que a mídia veiculou.
Certamente não é mera coincidência que acontecimentos que têm grande cobertura midiática, como aquele que vitimou a menina Eloá de Santo André, acabam se multiplicando nos dias e semanas que sucedem-nos.
Para que a violência contra crianças, negros, homossexuais, idosos e mulheres acabe é preciso acabar com a violência. Pois enquanto existir violência haverá violência contra essas pessoas. E enquanto a mídia, em especial a tevê, continuar a veicular propaganda de bebida alcoólica e cenas de violência, continuaremos a lamentar a violência, a violência cada vez maior.
A lei Maria da Penha é mais um instrumento, apenas mais um, para ajudar a acabar com a violência mas, se o Estado não acabar com a veiculação da violência, a cultura da violência continuará e a sociedade continuará a chorar suas vítimas.
Tudo é valido quando se trata de ajudar, abraço Lisette.
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