sábado, 29 de maio de 2010

ELEIÇÕES, PASSADO E PODER ECONÔMICO, tudo a ver ! ! !

Sempre é bom olharmos para o passado, aquele passado que vivenciamos, e tentarmos estabelecer comparações.
Igualmente é bom não acreditarmos cegamente nas informações e números divulgados.

Por que e em que circunstâncias foi criado o Plano Cruzado em 1986?

É bom lembrar, antes de mais nada, que foi um plano meramente eleitoreiro.

O que a imprensa divulgou naqueles tempos?

Durante o carnaval daquele ano lideranças proeminentes do PMDB, reunidas com o então Governador carioca no Sambódromo do Rio de Janeiro, teriam negociado a sua entrada no PDT.

O Governo Federal na iminência de perder votos e apoios significativos tratou de agir.

Para os padrões inflacionários da época 12 ou 13% ao mês era algo mais ou menos normal e aceitável. No entanto, segundo as autoridades entendiam, não daria o respaldo popular para o Plano Cruzado.

O que, então, teriam feito?

Manipularam a inflação de fevereiro de 1986 e elevaram-na a 17%. Tal número, acreditavam, daria o necessário apoio popular.

Lançaram o Plano Cruzado com farta publicidade e criaram os “fiscais do Sarney” (uma clara lavagem cerebral), mas, principalmente, conseguiram segurar no PMDB aquelas lideranças – FHC, Covas, Montoro pai e filho, Richa - que estavam com um pé dentro do partido do Senhor Leonel Brizola.

Este teria sido o objetivo!

Tais lideranças depois que se elegeram com expressiva votação com base neste plano, que foi chamado de estelionato eleitoral, criaram o PSDB.

Em 1989, conforme foi dito à época, o Senhor Mário Covas havia feito aliança com o Senhor Leonel Brizola e seria lançado candidato a vice-presidente na chapa do mesmo.

Por que não foi?

Contaram as más línguas que a turma do Planalto lembrou-lhe dos seus inúmeros apadrinhados que ocupavam cargos políticos no governo federal...

Aí o Brasil elegeu o Senhor Collor de Mello.

Antes, contudo, a insistente leitura do editorial do jornal O Globo na tevê, que instigava a direita a apoiar um candidato de direita, fez-se ecoar pelo Brasil.

As pesquisas da época colocavam pela ordem e bem distantes do ungido, Brizola, Lula e Covas...

Direita, num bom português, PODER ECONÔMICO, ou, PODER DE FATO! Aquele que patrocina e elege, mantém e derruba presidentes.

Alguém poderá perguntar, por que, então, derrubaram o Presidente Collor?

Seguramente, pelas mesmas razões que os EEUU se insurgiram contra o Senhor Fidel Castro: a criatura criou ares de autonomia e virou-se contra o criador!

Brizola e Covas talvez, e apenas talvez, teriam tido a envergadura necessária para baterem de frente com o poder econômico. Repito, talvez!
.....

Em 2005 havia propaganda do Governo Federal na televisão que incitava a população a bons modos e boa educação.

Surge o caso Mensalão e seus desdobramentos... Ataques da oposição (outrora situação) e defesas da situação (outrora oposição)... Tudo com a devida aparição midiática...

De súbito aquela peça publicitária saiu do ar... e, misteriosamente, como num passe de mágica, PSBD e aliados e PT e aliados se entenderam e a CPI do Mensalão foi saboreada sob a forma de pizza.

Haviam embretado o Presidente e este havia garantido a sua reeleição!

Acreditem, tudo mera coincidência!

Eu estou esperando o Papai Noel...

terça-feira, 25 de maio de 2010

E OS IMPOSTOS ? ? ?

Existem coisas com as quais é difícil discordar.

A gritaria midiática contra os elevados impostos é uma delas... “a priori”! Apenas “a priori”. Sem uma análise melhor.

Eu não tenho absolutamente nada a favor das taxas de tributação a que qualquer um que não tem a quem repassar os impostos está sujeito. Que não é o caso desses que estão a reclamar. Todavia, não sou artista, não represento. Tenho compromisso, primeiro com a minha consciência e segundo com a verdade. E as duas andam juntas!

A atual legislação tributária é exatamente aquilo que convém aos interesses do Poder Econômico, aquele que dá as cartas na Alta Esfera de Decisão. O que exclui todo e qualquer empreendimento que não tenha tais influências, logo, a crítica que faço não é dirigida aos médios e pequenos empreendedores, via de regra sem influências.

Vou apresentar um cálculo bem simples para mostrar o que, de fato, está por trás deste chororô:

Situação A:
. Custo do Produto:R$ 50,00
. Preço de Venda do Produto:R$ 100,00
(lucro bruto de 100%)
. Menos Impostos totais 40%:R$ 40,00
. Saldo após impostos:R$ 60,00
. Menos Custo do Produto:R$ 50,00
. Lucro Líquido:R$ 10,00

Situação B:
. Custo do Produto:R$ 50,00
. Preço de Venda do Produto:R$ 87,50
(lucro bruto de 75%)
. Menos Impostos totais de 40%:R$ 35,00
. Saldo após impostos:R$ 52,50
. Menos Custo do Produto:R$ 50,00
. Lucro Líquido:R$ 2,50.

Respondam, o que é melhor, lucrar R$ 10,00 ou lucrar R$ 2,50?

Dentro dos princípios da oferta e da procura, duvido muito, caso os impostos fossem reduzidos, realmente, o preço final ao consumidor também fosse reduzido.

O impostômetro que fica, smj, junto à poderosa Federação das Indústrias de São Paulo – Fiesp – que congrega grande parcela do Poder Econômico deste país, apenas poderia ter confiabilidade se a seu lado estivessem, pelo menos, mais dois reloginhos com programação idêntica: um LUCRÔMETRO e um APROPRIÔMETRO, este mostrando o quanto o poder econômico explora a mão de obra assalariada e os pequenos e médios empreendedores, ou seja, o quanto explora os sem influências.

Pagamos muitos impostos? Pagamos, principalmente, se considerarmos quem não tem a quem repassar estes valores, como o consumidor final que vive de salários ou pequenos ganhos. Repito, aqueles sem influências.

Jamais podemos esquecer, quando se trata de impostos, da sonegação que é grande. Como o poder público não cobra dos grandes, acaba aumentando as alíquotas e, novamente, quem paga o pato são os sem influências. Estes deveriam reclamar, mas, além de não terem vez, não têm dinheiro para terem voz na mídia.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O CAOS NA SAÚDE PÚBLICA e n'outros serviços

Você acha que os serviços públicos não funcionam a contento apenas porque alguém resolveu que seria assim?

Ou você acredita que realmente é por falta de dinheiro como, historicamente, as autoridades alardeiam, embora, elas mesmas, disputando o seu voto, garantem que tais serviços serão melhorados, serão ofertados em condições descentes e dignas, uma vez que você os eleja?

Caso você acredita que é porque alguém decidiu dessa forma, como explicaria que a cada novo partido que assume o poder – seja nos municípios, nos estados ou na União – a deficiência dos serviços continua – pouco melhor, pouco pior – e as desculpas, igualmente, são repetidas, idênticas, nada de novo?

Caso você acredita que é porque realmente falta verba, como justificaria as cifras astronômicas que apareceram para socorrer os tubarões, como chamou o Exmo. Sr. Presidente Lula, na última crise financeira?

Bem, vejamos a questão do ponto de vista da oferta e da procura.

Todos sabemos que os preços da comida, por exemplo, estão diretamente vinculados às condições climatológicas.

Frente ao excessivo calor e à seca os preços dos hortigranjeiros recentemente foram à estratosfera.

Por que isso aconteceu?

Com o clima desfavorável a produção ficou extremamente dificultada, por óbvio. Assim, aquele pouco que foi possível colher foi disputado pelo mesmo número de consumidores de antes e, a priori, com a mesma disponibilidade financeira, com o mesmo dinheiro para tal fim. Tal situação fez que o produtor/fornecedor aumentasse o preço. Na prática o produtor/fornecedor vai aumentando o preço até onde não sobrar produto vendável, mesmo na escassez. A partir de então ele baixa um pouco até encontrar o preço de equilíbrio.

E o que os serviços públicos têm a ver com isso?

O que aconteceria com os valores das consultas médicas, dos exames laboratoriais, dos serviços de clínicas e hospitais, por exemplo, caso o Sistema Único de Saúde disponibilizasse os mesmos à população em condições dignas e de acordo com as suas necessidades e a urgência?

Inicialmente, para o SUS funcionar de acordo com as necessidades da população e com aquilo que a legislação estabelece, teriam que ser contratados profissionais em grande quantidade.

A saída destes profissionais da iniciativa privada, possivelmente, num primeiro momento, provocaria um aumento substancial nos valores cobrados por consultas e serviços em geral. Porém, na medida que tais serviços fossem oferecidos em condições satisfatórias no sistema público, a população migraria para lá em peso e os preços desses serviços no setor privado despencariam. Os valores dos planos privados de saúde igualmente diminuiriam.

Com este esclarecimento, você acredita que o Setor Privado da Saúde pode ter interesse que a Saúde Pública funcione a contento?

O mesmo raciocínio podemos aplicar a toda gama de serviços que são de responsabilidade do Poder Público.

Caso a escola pública não tivesse a histórica deficiência estrutural, falta de material e de professores, bem como carência de vagas para alunos, você acredita que a escola particular cobraria as elevadíssimas mensalidades que cobra?

Caso você pudesse deixar a chave na ignição do seu carro, em qualquer lugar onde o estacionasse, com a certeza de encontrá-lo intocado no retorno, você gastaria o seu dinheiro com equipamentos de proteção e seguro?

Caso você pudesse deixar a sua propriedade, urbana ou rural, moradia ou de trabalho, sem preocupar-se com roubos, qual seria a sua necessidade de investir em grades, cães de guarda e outros equipamentos de proteção?

Não estamos a dizer que as pessoas que ganham dinheiro no setor privado estimulam, deliberadamente, a deficiência do setor público, porém, a questão sob a luz das leis econômicas é esta, e caberia às autoridades públicas constituídas equacioná-la a contento para a população, independentemente de quem seria o fornecedor do serviço – setor privado ou público – o que, infelizmente, não tem acontecido ao longo dos tempos.

Mas, quantas vezes assistimos na tevê, lemos em jornais e revistas, denúncias de favorecimentos praticados pelos agentes públicos em benefício de empresas privadas, muitas vezes, das quais são donos, usando terceiros.

As recentes denúncias que acabaram com a queda do então Governador do Distrito Federal, são fatos restritos àquela unidade da federação?

Gostaríamos de chamar a atenção para o seguinte:
- Estivéssemos, de fato, sob um regime democrático teríamos o sagrado direito à oportunidade de trabalho para todos, com o que seria perfeitamente possível todos terem condições para custearem eventuais tratamentos de saúde, não necessitando do Poder Público. O mesmo vale para todos os serviços que os entes públicos "prestam" à população.

Saúde e felicidade.

sábado, 22 de maio de 2010

OS JOVENS E O IDEALISMO

Aproveitando a conversa que tive esta semana com um amigo meu, gostaria de fazer um alerta à juventude.
Este meu amigo foi colega de colégio de um camarada que depois virou político de relevância nacional e por fim foi dar assessoria a grandes corporações privadas.
Contou-me o meu amigo, pobre e honrado, que lá na adolescência, o futuro homem público já dizia que entraria para a política para cuidar dos seus interesses, ou seja, para locupletar-se e não para trabalhar pelo bem comum.
Ouvi certa vez de um consultor de recursos humanos que, quando abre vaga para gerente, por exemplo, quem assume a vaga é quem "já era gerente antes". Ou seja, aquele que, mesmo não sendo, tinha a postura exigida de gerente.
Sabemos que os jovens, em geral e por natureza, são mais idealistas, mais sonhadores, são mais sensíveis às injustiças.
As oportunidades de trabalho são calculadas na devida proporção para que a casta dominante, aqueles que chamo de magnatas e ricos no meu livro, não tenham um centavinho a menos do que desejam ter para manterem as suas vidas de ostentação e luxo.
As oportunidades de trabalho são calculadas para que o desemprego mantenha os salários nos níveis ultrabaixos e os ganhos que fomentam as fortunas dos magnatas nos níveis que conhecemos. Vale dizer que isto se chama de manipulação da lei de oferta e procura.
A despeito disso as vagas são preenchidas com aqueles que expressam, no seu dia a dia, atitudes que agradam e, portanto, interessam ao magnata.
Logo, dói-me muito dizê-lo, como dói ver jovens talentosos serem barrados porque os seus ideais não agradam aos interesses dos magnatas: ou sigam seus ideais e enfrentarão toda espécie de adversidades que o sistema espoliativo impõe àqueles que o contestam, ou fazem como o colega do meu amigo, cuidem dos seus interesses materiais. Pensem, todavia, nas horas de sono mal dormido que isto pode, eventualmente, acarretar, e, mesmo que todos tenham comportamento semelhante, ainda assim, haverá um obstáculo: muitos são os chamados, mas poucos são os escolhidos. Traduzindo, os magnatas e os ricos, condutores e usufrutuários do sistema espoliativo universal, concedem que muitos nasçam, contudo, permitem o sagrado direito à oportunidade de trabalho e vida digna a pouquíssimos. Pois só assim, conseguem manter a sua ostentação e o seu luxo. As suas babilônias econômicas.
Mesmo que você faça o jogo dos donos do poder não terá garantia de vida digna, em termos de satisfação das suas necessidades básicas.
Pense nisto!
Saúde, força e união.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

E A APOSENTADORIA ? ? ?

É totalmente inócuo discutirmos valores das aposentadorias sem entrarmos a fundo na questão da exploração a que todo e qualquer trabalhador, desde o mais mal remunerado até o mais bem remunerado, está exposto.
É fazer o jogo do poder econômico-político não discutirmos a expectativa de vida das pessoas e os salários indignos que são pagos no Brasil e no mundo, porém desejarmos aposentadorias “justas”.
É uma aberração, sob qualquer ótica e pretexto, termos pessoas aposentadas em pleno vigor físico, independentemente de idade e atividade. Como nossos dois últimos presidentes, ambos, aposentados com cerca de 40 anos, em pleno vigor físico e saudáveis. Esses aposentados, fatalmente, exercerão outra atividade remunerada, tirando, assim, a possibilidade de outrem trabalhar. Quantos aposentados, fruto de vantagens em filas de bancos, mercê de sua idade, trabalham como estafetas? Em função disso alguns bancos teriam adotado a prática de o mesmo idoso poder pagar apenas documentos em seu nome.
Uma das premissas do poder é “dividir para imperar”. Dividir, naturalmente, os explorados: ativos e aposentados.
Eu não estou aqui para fazer esse jogo... estou aqui para falar em favor dos explorados, como eu, e todos os aposentados que reclamam de suas baixas pensões e da inadequada atualização delas, muitos, inclusive, com processos judiciais para buscarem melhores proventos. Mas, tudo começa enquanto trabalhadores ativos. Lá é que começa a exploração, todavia, lá há interesse no vigor físico... depois de velho e aposentado... qual interesse que o poder econômico-político vai ter? Alguns já não têm sequer a obrigação de votar!
O trabalhador ganha algo ao redor de 1/100 (1%), como remuneração, do preço final do produto que elabora. Apesar de toda choradeira do empresariado – em especial aqueles com influências - não são os salários e nem as leis sociais (nem os impostos) os responsáveis por qualquer deficiência em qualquer segmento produtivo. Eles sabem disto, melhor do que eu! Entretanto, interessa-lhes, sobremodo, tergiversar e confundir os explorados.
Por princípio natural e humano eu sou contra alguém se aposentar por tempo de serviço. Isto implica, necessária e obrigatoriamente, que será sustentado por outros enquanto estiver usufruindo desse “direito”. Esta é a principal razão de, em todo mundo, inclusive nos países ditos desenvolvidos, haver problemas de caixa nos fundos de pensão.
Quantos aposentados, especialmente em certas categorias, ficam nesta condição por tempo maior do que aquele em que trabalharam e contribuíram para o seu fundo previdenciário?
Sou de opinião que a partir de certa idade, talvez 40 anos fosse um bom indicador, a jornada diária de trabalho fosse gradativamente reduzida e a pessoa colocada em atividades próprias para cada fase, sem prejuízos aos proventos. E assim fosse enquanto o cidadão estivesse física e emocionalmente apto a exercer atividades laborais. Em tais condições, dificilmente, haveria simulações de doenças para afastar-se do serviço. Afinal, se tens tratamento digno, por que razão agir de modo diferente?
Logicamente, todos deveriam ter o sagrado direito à oportunidade de trabalhar, e isto, fatalmente, aniquilaria com a moderna escravidão a que quase 7 bilhões de seres humanos são submetidos, em prol de cerca de 200 mil famílias que dominam a economia mundial.
A questão “aposentados” é muitíssimo parecida com outras, como por exemplo, reforma agrária, reforma tributária, reforma eleitoral, privatizações, reforma da reforma, ... tudo serve para muitos angariarem votos e obterem um bom e generoso salário. No fundo, para a sobrevivência do sistema espoliativo universal, é necessário que todas as “coisas” continuem como vêm sendo ao longo dos tempos, com uma mexidinha aqui e outra acolá, mas nunca tocando na estrutura exploradora. Entretanto, para acalmar a pressão popular, como já ensinou o General Golbery, é preciso, de quando em vez, acionar uma válvula de escape. Esta, em geral, resume-se a um discurso de mudanças, não mais que isto!
Saúde e felicidade.

terça-feira, 18 de maio de 2010

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS PÚBLICAS

Hoje cedo a tevê noticiou mais um ato de violência dentro de uma escola pública.

Nada assisti a respeito da Justiça, em segundo grau, ter condenado pais de um aluno da cidade de Jaguarão/RS, a pagarem indenização à professora que fora agredida pelo seu filho dentro da escola.

Gostaria de comentar duas situações.

Primeira, fala-se muito que os professores deveriam coibir as agressões que ocorrem entre alunos. Concordo! Porém, como eles vão fazer isso? Lembram da Professora Denise de Viamão/RS? Ela fez um aluno pintar as paredes nas quais ele escreveu. Os pais do aluno não gostaram e foram para a mídia... A diretora da escola em entrevista condenou a atitude da Professora... A justiça, igualmente, condenou a Professora... Admitamos que a Professora Denise tenha exagerado. A diretora jamais poderia desautorizá-la publicamente. Quanto à justiça, poderia ter condenado a professora, porém, na mesma medida deveria ter colocado penalidade ao aluno errante e mandado os pais baixarem a bola... para que tal não se repetisse. Como? Na mesma sentença que condenou a Professora poderia ter sido colocado algo como "caso o aluno reincida em atitude errada, os pais serão obrigados a frequentar curso sobre educação dos filhos", tipo motorista quando chega no limite de pontos negativos que é obrigado a fazer curso... Como tal não foi feito, todos os professores ficaram desautorizados frente aos alunos e aos pais destes.

Segunda, por que a mídia repercute tanto as agressões que ocorrem dentro das escolas públicas ou envolvendo seus alunos, repercutiu tanto a condenação da Professora Denise e até este momento está silenciosa sobre a condenação dos pais de aluno de escola de Jaguarão? Quais interesses estão em jogo? Os da civilidade, não!

Pensem nisto!

Saúde e felicidade.

domingo, 16 de maio de 2010

E A PENA DE MORTE ? ? ?

Certos temas ao nos aproximarmos de campanhas eleitorais sempre somem, por quê?

A pena de morte é um deles. Ao longo do tempo sempre se fala na pena capital...

Pessoalmente, sou a favor, contudo, sou contra.

Dá para ser a favor nesta sociedade que produz oportunidades de acordo com o ponto de equilíbrio do lucro máximo a qualquer custo e excluídos conforme o ponto de equilíbrio dos salários mínimos?

Não, eu não posso ser a favor da pena capital num sistema econômico e político que produz e reproduz a insanidade mental e depois quer – e apenas quer – eliminar os incorrigíveis sem influências.

Não, definitivamente, eu não posso ser a favor da pena de morte num sistema econômico e político que não permite que seja dada a todos a oportunidade ao sagrado direito de trabalhar.

Além do mais, é quimera, é sonho, pensar que a pena capital seria aplicada, independentemente, da condição econômica e de influências. É bom lembrar que vivemos, de fato, numa plutocracia, sistema onde vale a influência dos homens que detêm (porque se apropriaram/apropriam) a riqueza.

Nestas circunstâncias, como desejar a existência da pena de morte?

Contudo, como defesa de uma sociedade mais ajuizada, visto que há pessoas, sob o aspecto comportamental, irrecuperáveis, eu sou a favor. Peguemos como exemplo o rapazinho que matou um casal de namorados em SP há não muitos anos... Todavia, antes de pensarmos na pena de morte para tais pessoas, necessário seria que construíssemos uma sociedade que desse a todos, pelo menos, a oportunidade ao sagrado direito de trabalhar. Uma sociedade em que não houvesse ninguém mais igual! Preciso também seria que fosse descontinuado o crescimento das cidades, especialmente, das médias, das grandes e das metrópoles. Pois estas são fábricas de depressivos, de maníacos, de loucos...e de acumulação do suor destes por meia dúzia daqueles. Do contrário, permanecendo o regime da democrática exclusão, não existe argumento que possa convencer-me da validade da pena capital, nem mesmo para os irrecuperáveis, porque estes são, em grande parte, se não no todo, fruto desta sociedade exclusivista, que exclui parcela significativa do mercado de trabalho, para que aqueles pouquíssimos possam ter fortunas...

Saúde e felicidade

sexta-feira, 14 de maio de 2010

CRACK, NEM PENSAR!

Esta campanha levada a cabo por empresa de comunicação aqui do Sul - a RBS - é totalmente meritória e chegou em boa hora.

Mas, como é sabido, ao menos tenho ouvido muitos especialistas dizerem-no e nunca escutei qualquer contestação, o ÁLCOOL é a porta de entrada para as demais drogas.

Aí vem uma pergunta que não quer calar:

POR QUE, INDEPENDENTEMENTE DE LEI, AS EMPRESAS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA NÃO PARAM DE VEICULAR PROPAGANDA DE BEBIDA ALCOÓLICA?

Saúde e felicidade.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

Depois de ouvir tantos falarem tanto em redução da maioridade penal, hoje, ao tomar ciência de um adolescente de 14 anos que matou outro de 15 anos com arma de fogo, ocorreu-me uma dúvida:

POR QUE NÃO IMPUTAR PENA AOS PAIS DE MENORES QUE COMETEM ATOS CRIMINOSOS?

Que seja uma pena alternativa.

Entendo que isso faria com que os pais cuidassem um pouco mais da questão "colocar limites nos filhos". Nem todos, é claro... até porque muitos vivem do crime. Porém, aqueles que apenas pecam por não educarem seus filhos com os devidos limites, seguramente, sabendo que vão pagar alguma penalidade caso seu filho cometa algum crime, tomarão maiores cuidados, por exemplo, com as armas que têm em casa ou no afrontar os professores de seus filhos quando estes querem lhes impor limites.

O que vocês pensam?

Saúde e felicidade.

P.s.: 1) por oportuno, gostaria de lembrar que, conforme estatísticas oficiais, a maioria absoluta das pessoas que está no mundo do crime foi criada sem a presença da figura masculina; 2) por experiência, posso afirmar que um pai e mãe de bons princípios e presentes física e emocionalmente na vida do filho, dificilmente terão que se lamentar com o comportamento do mesmo. João Pedro Metz

FAZE O QUE PREGAS!

É comum ouvirmos alguém dizer "o fulano é do tipo faça o que digo, mas não faça o que faço".

Estamos diante de uma clara demonstração de incoerência.

Eu, enquanto criança, ouvia falar que deveríamos sempre fazer aquilo que pregamos, ou seja, deveríamos ser coerentes.

Com o cair dos cabelos, melhor, com o avançar da idade, eu agreguei um princípio que considero fundamental:

TUDO AQUILO QUE PERTENCE A OUTREM, MAS QUE GOSTARÍAMOS DE TER CONOSCO, LOGO, ENTENDEMOS QUE VALE A PENA TERMOS CONOSCO, TAMBÉM VALE A PENA PEDIRMOS PARA O LEGÍTIMO DONO SE ELE NOS CEDE.

É interessante observar que quando pedimos alguma coisa a alguém dificilmente temos uma negativa. Logo, por que pegar sem pedir?

Pegando sem pedir não conseguiremos plena felicidade com o objeto, pois sempre estaremos com a sensação que o dono poderá nos descobrir e....

Pedindo e ganhando, estaremos duplamente felizes, uma pelo bem alcançado, outra por tê-lo conseguido às claras e podermos dele desfrutar livremente.

Pensem nisto.

Saúde e felicidade.

terça-feira, 11 de maio de 2010

a não coerência pela coerência = INCOERÊNCIA, Sr. Dunga!

Sabemos que o futebol profissional masculino é um grande negócio.
Um baita negocião, não é meu gaúcho?
Sabemos que teu padrinho colocou-te na seleção.
Mas, querer explicar as incoerências de um grande negócio falando que não vais ser coerente só para mostrar coerência...
Meu conterrâneo, eu sei que tu és muito inteligente, senão não terias jogado tanto tempo na seleção e nem serias treinador dela sem nunca teres treinado, sequer, time de botão, porém, não subestima a nossa capacidade de raciocinar.
Quanto ao Ronaldinho Gaúcho, independentemente das tuas razões para não levá-lo, eu sei, tenho visto, ele não está conseguindo fazer as jogadas, por mais que ele tente, logo, sua exclusão não pode ser condenada.
A explicação que deste, ah, essa, sim, é de uma profunda incoerência!
Por isto não podes ser coerente só para mostrar que és coerente?
Não levas o Gaúcho, mas em situação idêntica – ter pedido dispensa da seleção – levas o Kaká!
Disseste na tua coletiva que foste chamado à seleção para um trabalho de renovação.
Eu sei que atleta com 30, 33 anos ou mais, hoje em dia não é mais descartável como antigamente.
Mas que renovação a tua?
Na lista tem vários nascidos antes de 1980.
Vários – 1 em cada 3 - que fracassaram em 2006!
A dupla de zagueiros, p. ex., tem mais de 30 anos, por que não um da nova geração?
No meio, igual, por que não mais dois da nova geração?
Não levas o Vitor (o Kleber e o Sandro do Inter), porém em condições iguais levas o Grafite!
Eu sei quem manda, manda que tu mandes assim...
Ou vais me dizer que tu tens total autonomia para cometeres tamanhas incoerências?
Prova é a tua explicação sobre não seres coerente só para mostrar que és coerente, ou seja, declaraste, como nunca ouvi, que és incoerente!
Excluíste o Adriano de última hora, acho que fizeste bem, contudo, não dava para incluir o Neymar, de última hora?
Ou, então, o Afonso... com quem tanto insististe... para seres menos incoerente!
Sabe, meu bom moço, os grandes vitoriosos acabarão sendo o Neymar e o Ronaldinho Gaúcho.
Com esta tua seleção tu estás pedindo para não ganhar a copa.
O bom disto será que nestas circunstâncias padrinho algum te segurará.
E, aí, a Copa do Brasil de 2014, tem muito mais possibilidades de ficar aqui.
Saúde e felicidade.

domingo, 9 de maio de 2010

PARABÉNS ÀS MÃES

Meus parabéns a todas as mães, neste dia e nos demais dias deste ano e dos anos vindouros.

Saúde e felicidade a todas vocês!

João P Metz

quarta-feira, 5 de maio de 2010

GRÉCIA: O POVO PAGANDO A CRISE FINANCEIR

No meu livro "A Nova Cara da Escravidão, moderna e neoliberal", faço referências à preocupação que autoridades europeias manifestaram no final de 2008 a respeito de conflitos e tumultos ocorridos, já à época, na Grécia.

Na orelha da contracapa deste livro indago, a propósito dos mais de US$ 11 trilhões que já haviam sido destinados pelos governos do mundo, entre eles o do Brasil, aos poderosos arquitetos da última crise financeira mundial:

Será que este dinheiro não retornará através de aumento de impostos e redução de salários?

É demasiado desconfiar que esta crise foi arquitetada e produzida visando aumentar o desemprego e reduzir o bolo salarial global e, consequentemente, deixar os ricos mais ricos e os pobres mais pobres?

US$ 11.000.000.000.000,00 é o montante que seria despendido para pagar o bolsa-família brasileiro a cada um dos cerca de 7 bilhões de seres humanos por, pelo menos, um ano, com direito a décimo-terceiro.

Possivelmente já havia em 2008 alguma situação neste país que, agora em 2010, levou a população a tais manifestações de grandes proporções. O que já deveria existir em 2008, muito provavelmente, tinha muito ou tudo a ver com a famigerada crise.

O que está sendo proposto ao povo grego, em termos de empréstimos do FMI e a sua política de achatamento salarial, lembra em tudo aquilo que, até há pouco tempo, acontecia a nós trabalhadores brasileiros.

Neste livro ainda indago a respeito da dinheirama empregada pelos governos, e questiono se não vai gerar inflação... aqui no Brasil as preocupações inflacionárias, mesmo que diminutas, acenderam a luz vermelha.

Pobre povo grego!

Pobre povo sem influências de todo Planeta!

Saúde e felicidade a todos.

terça-feira, 4 de maio de 2010

ACREDITE, O NOVO É O VERDADEIRO!

Acreditar ou não em algo depende daquilo que, ao longo de nossa vida, ouvimos, assistimos e acreditamos.

Algo ser ou não ser deste ou daquele jeito é bem diferente.

No contexto social em que a classe dominante sempre utilizou e utiliza todos os meios imagináveis para impor aquilo que convém aos seus interesses, é pouco provável alguém renomado obter êxito, a curto prazo, ao apresentar uma visão diferente sobre velhas teorias, por verdadeira que seja sua tese.

Em relação a alguém desconhecido, como é o meu caso, é praticamente impossível, no médio prazo, haver a aceitação de uma tese (o pleno emprego é possível) que contrarie outra existente (o pleno emprego é utópico), mesmo que sua fundamentação não permita destituí-la.

Sempre nos disseram que a falta de qualificação era a maior responsável pelo desemprego e pelos baixos salários. Nos passaram a ideia que o Brasil precisaria investir mais na educação e na qualificação da população para que a miséria acabasse...

Há 7 anos utilizaram o mesmo método para dizer que os produtos transgênicos acabariam com a fome. Depois que foram legalizados, e não mais era necessária a sua clandestinidade, a fome continua igual ou maior mas, ninguém se apresenta para dizer “enganei-me sobre os transgênicos”.

O mesmo aconteceria se, num passe de mágica, todos os brasileiros amanhecessem hiperqualificados.

Os baixos salários continuariam sendo pagos, só que agora a trabalhadores hiperqualificados.

O desemprego igualmente permaneceria, pois é ele quem determina os baixos salários e fomenta o montante das fortunas acumuladas.

O discurso, ah, o discurso, este teria que ser adaptado!

sábado, 1 de maio de 2010

PRIMEIRO DE MAIO

Como nós trabalhadores nada temos a comemorar nem a festejar, quero dizer apenas o seguinte:

Reflitam bem sobre tudo que ouvirão daqui até a eleição.

Prestem bem a atenção no volume de propaganda dos candidatos e, de preferência, votem naqueles que espalharem menos papel e plástico, pois isso pode significar menos comprometimentos não democráticos.

Saúde e felicidade.