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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pétalas caídas



De pétalas caídas no caminho
É agora o sentido da minha vida
Quantas rosas deixei envelhecer
Pelo medo que me tolhia cada espinho
Que se atravessa na carne ferida
De cada vez que acordo ao amanhecer

Aquele fogo que outrora me consumia
Não passa agora de uma pequena chama
Prestes a apagar-se pela tua ausência
Está tão fraca e quase não alumia
De nada serve eu ter uma boa cama
Não estando lá aquela que comigo dormia

Quando olvido tua face fria e pálida
Que era sedosa e de cor ruborizada
Sinto um enorme vazio no coração
E recordo aquelas noites até madrugada
Passadas ao teu lado, minha amada
Onde se misturava o amor com a emoção

A vida que antigamente nos uniu
Hoje mantém-nos tão distantes
Foi algo de belo que passou docemente
Um amor sublime que não se sumiu
Mas que já não é como dantes
Por mais que eu me esforce e tente

Choro amargamente a minha desdita
Por não conseguir reaver os teus carinhos
E o toque macio que me percorria
Como o afagar de tua mão bendita
Os ternos e prolongados miminhos
De mulher que sabia o que queria

De raiva e dor são os meus dias
Vivo do murmúrio das tuas juras de amor
Que então me fizeste e não cumpriste
Anseio pela chegada das noites tardias
Pelas manhãs longe de qualquer temor
Para encontrar um amor que me conquiste