quinta-feira, 23 de julho de 2009

Princípio e fim



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O fim do ser humano
Começa no início da Vida
Tudo tem um princípio
Obedece sempre a um plano
Tal como uma avenida comprida
Mesmo que nos conduza ao precipício


Uma Vida que para uns tem sentido
Para outros não passa de tempo perdido
Todos a vivem ou deixam passar
Quantos sem a terem vivido
Choram e renovam o pedido
Para não arcar com o seu pesar


A vida tem princípio e fim
É a única certeza indesmentível
Quando eu era jovem já sonhava ser homem
Mas não passava de um garoto a pensar assim
Quando chegou essa idade temível
Pensei: quero que como tal me tomem


Como nos enganamos sem saber
Tanto no pensar como no viver
Percorri tantos anos de ilusões latentes
Sentia o vigor e a alma do querer
Tantas vezes não me soube conter
E aceitar a luta da vida como os valentes


Agora que me dirijo para o fim do caminho
Relembro o tempo intensamente vivido
Não há travessas, becos ou curvas
Que me impeçam de seguir certinho
Sempre num único sentido
Navegando por águas límpidas e nunca turvas


Este espaço de tempo a que damos Vida
É longo para quem não o sabe viver
E curto para os que o conseguem gozar
Uma coisa é certa e compreendida
Não sabemos como sobreviver
Para além deste terreno lugar

4 comentários:

Andreia Alves disse...

Eduardo querido seu poema é profundo e muito reflexivo.
Saber viver é o que todos queremos, mas sabê-lo realmente é muito difícil. Mas acredito que antes de mais nada temos que saber ser Ser Humano, pois a vida só passa a ter sentido quando somos bons e seguimos pelo caminho certo, precisamos urgentemente de amor, compaixão, solidariedade, estender a mão ao próximo e tentar fazer deste mundo um lugar mais justo, um lugar onde nossos filhos possam brincar sem levar uma bala perdida, precisamos de um mundo onde haja a paz. Vivemos nossa vida sem olhar ao nosso redor e assim acreditando que tudo caminha normalmente. Porém se paramos e olharmos para os lados veremos que estamos naquela avenida caminhando rumo ao precipício!
Beijos querido...

Jacque disse...

Tenho um selinho sem regras para você no Blog ARCO - IRIS ENCANTADO.

Beijo.

Jacque

chica disse...

Lindo,Eduardo! E que todos nós saibamos aproveitar bem esse espaço entre o início e o fim...abraços,chica

Úrsula Avner disse...

Caro Eduardo, seus poemas são sempre reflexivos e envolventes. Um abraço com carinho.