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sexta-feira, 8 de julho de 2016

Dilma diz em SP que governo interino só revela parte da verdade do impeachment

A presidenta afastada Dilma Roussef participou hoje (8), em São Paulo do ato Mulheres com Dilma em defesa da democracia, organizado pela Frente Brasil Popular SP. Em discurso, Dilma disse que o governo interino é “fruto de um golpe”, porque só revela parte da verdade.

“Eles dizem que o golpe não existe, porque o impeachment está previsto na Constituição. Como sempre, eles só revelam parte da verdade. Sim, o impeachment está previsto na Constituição, mas eles não falam que, para ter impeachment, precisa ter crime de responsabilidade. E não há crime de responsabilidade”, avaliou.“Por isso, [essa é] a primeira constatação que faço sobre esse governo golpista, usurpador, integrado por pessoas que tem muito pouca credencial para ocupar com idoneidade o Palácio do Planalto. Quero me referir ao fato de que é um governo de homens brancos e ricos. É um governo que não tem mulher nem negros em um país como o nosso.”

O evento Mulheres com Dilma em defesa da democracia ocorreu nas instalações da Casa de Portugal, no centro da capital paulista. Desde as 16h, o público já chegava ao local para participar do ato. Por causa da lotação limitada, um telão foi colocado em frente ao prédio, na Avenida Liberdade, para que mais pessoas pudessem acompanhar. Segundo a organização, cerca de 500 pessoas estavam do lado de fora acompanhando.

A presidenta afastada disse ter certeza de que há um "conteúdo machista nesse golpe". "Temos um estereótipo da mulher que faz com que tenha gente ultraconservadora que defende [por exemplo] o estupro culpando a mulher, como se um ato de violência fosse culpa da vítima”, disse.

“Mulher pode ser presidenta! Não podemos esquecer que mulher pode e deve ser presidenta, mulher pode e deve ser ministra em um país que tem maioria de mulheres. O fato de eu ser a primeira mulher presidenta da República teve um significado no país, que, sabemos, tradicionalmente tem valores paternalistas e conservadores.”

Renúncia
“Vou lutar todos os dias de minha vida. Eu não entrego o jogo. Tenho clareza de quem devo honrar. Quero honrar o povo que me elegeu, homens e mulheres. É minha obrigação por ter tido os votos majoritários: 54 milhões”, acrescentou a presidenta afastada, negando que irá renunciar.

“Quando você está de bem com sua consciência, quando você tem o apoio caloroso do povo, daqueles que você respeita e considera, é uma luta mais fácil. Tenho certeza absoluta de que, como estou sempre com vocês, vocês estarão comigo.”

Educação
A presidenta do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, defendeu Dilma e disse que ela é exemplo de luta e resistência. “Estamos diante da maior ofensiva que esse país já teve em termos de democracia. Veja o que fizeram com o Conselho Nacional de Educação (CNE).”

No fim de junho, o presidente interino Michel Temer revogou a nomeação de 12 conselheiros do CNE. Eles foram nomeados por Dilma em maio, para um mandato de quatro anos. Na época da revogação, o presidente do conselho, Gilberto Garcia, informou que essa é a primeira vez que uma nomeação é revogada no conselho.

“[No estado de] São Paulo, temos know-how com governo golpista. Sabemos o que nós enfrentamos. Por essa razão, esta sexta-feira demarca uma resistência com força e luta para que consigamos a volta da presidenta Dilma, eleita democraticamente. Queremos políticas populares. Queremos que continuem programas sociais”, acrescentou Maria Izabel.

Participaram do ato lideranças e representantes de mulheres, entre elas a deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE), as deputada estaduais Leci Brandão (PCdoB-RJ) e Ana Furtado (PR-PA), Maria Júlia, da Marcha Mundial de Mulheres, Nádia Campeão, vice-prefeita e secretária municipal da Educação, a cineasta Tata Amaral, Maria Aparecida Costa, Amelinha Teles, da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, a vereadora Juliana Cardoso, Luciana Maria, do Movimento dos Atingidos por Barragens, a presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral, e Ana Estella Haddad, do projeto São Paulo Carinhosa.

O evento teve ainda apresentações culturais, com participações das cantoras Luana Hansen, Sharylaine e do bloco Ilú Obá de Min.

Fonte: AB

Quinto deputado registra candidatura para presidência da Câmara

Luciano Nascimento
Mesmo com o impasse em torno da data da eleição, a quinta candidatura à presidência da Câmara dos Deputados foi registrada hoje (8), a do peemedebista Fábio Ramalho (MG), para ocupar o cargo de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) após sua renúncia. Fábio Ramalho está em seu terceiro mandato. Formado em direito, o parlamentar foi prefeito de Malacacheta (MG) entre 1997 e 2004.

Além de Ramalho, registraram candidaturas na Secretaria-Geral da Mesa os deputados Carlos Henrique Gaguim (PTN-TO), Fausto Pinato (PP-SP) – que foi o primeiro relator do processo contra Cunha no Conselho de Ética – e Carlos Manato (SD-ES), que é o atual corregedor da Câmara. O ex-ministro da Saúde do governo Dilma Marcelo Castro (PMDB-PI) também registrou candidatura.

Enquanto a situação do mandato de Cunha não se define, nos corredores da Câmara continuam as negociações em torno de um novo nome que o sucederá no comando da Casa. A expectativa é que o 1º secretário da Mesa Diretora, Beto Mansur (PRB-SP), também registre sua candidatura em breve. Mansur anunciou a intenção de concorrer ao cargo em entrevista coletiva no final da manhã.

Reunião da Mesa e Colégio de Líderes
Na manhã de hoje, o presidente interino Waldir Maranhão disse que manteria a eleição para a próxima quinta-feira (14). Em seguida, Maranhão anunciou a exoneração do secretário-geral da Mesa (SGM) da Câmara, Silvio Avelino, que participou da conversa entre os parlamentares. Funcionário da Casa, Avelino que comandou por 15 anos o Departamento de Comissões da Câmara, chegou à SGM com a eleição de Cunha.

A tarde houve reunião de líderes partidários do chamado “centrão”, que compõe a base aliada do presidente interino, Michel Temer. Defensores de que a eleição seja feita na terça-feira (12), eles marcaram nova reunião para segunda-feira (11), às 17h, para confirmar a convocação do Colégio de Líderes e tentar fazer o pleito na terça.

A data e o horário marcado pelos líderes é o mesmo previsto para a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que pode decidir o futuro político de Cunha. Caso a data se confirme, a CCJ teria que cancelar a reunião, que é questionada por opositores e Cunha.

Reunião remarcada
Marcada inicialmente para segunda-feira (11), a reunião foi remarcada ontem (7) pelo presidente do colegiado, Osmar Serraglio (PMDB-PR), após a renúncia e o anúncio de que Cunha apresentou um aditamento a um recurso em trâmite na comissão pedindo que a tramitação de seu processo de cassação no Conselho de Ética seja revisto.

O líder da Rede, Alessandro Molon (RJ) disse que a mudança faz parte de uma manobra para atrasar o processo e evitar a cassação do deputado. Ele anunciou que está colhendo assinaturas na Casa para manter a reunião na segunda-feira, mas o documento, que precisa de um terço das assinaturas do colegiado, tem efeito mais simbólico do que prático, pois precisaria ser aprovado por maioria simples da CCJ em uma sessão já agendada.

Instabilidade de Maranhão
Os líderes partidários do “centrão” justificaram a urgência alegando a instabilidade das decisões de Waldir Maranhão na presidência. Segundo eles, caso a eleição seja feita na quinta-feira, o presidente interino poderia cancelar de última hora a sessão, jogando a decisão para depois do recesso parlamentar, em agosto. “Nosso receio é que, por algum motivo, a eleição de quinta seja revogada, como já foram outras decisões recentes”, disse o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), após reunião.

Contrário à eleição na terça-feira, o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), defendeu a data de quinta-feira para o processo. Segundo ele, uma convocação pelos líderes só poderia ser feita caso houvesse omissão de Waldir Maranhão. “Um conjunto de partidos está querendo se sobrepor a um presidente em exercício que já tomou providências para fazer a eleição na quinta-feira”, disse.

Fonte: AB

Justiça Eleitoral cassa mandato de Wladimir Costa

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará determinou hoje (8), por decisão unânime, a cassação do mandato do deputado federal Wladimir Costa (SD-PA). O deputado foi condenado por uso de caixa 2 e por ter omitido o gasto de R$ 410 mil na prestação de contas de sua campanha eleitoral em 2014.

Como a decisão é em primeira instância, Costa ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso a sentença se confirme, o deputado ficará inelegível por oito anos. A relatora da representação foi a Juíza Federal Lucyana Daibes Pereira.

Na sessão de aprovação da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, Wladimir Costa chamou a atenção por fazer discurso contra a corrupção e declarar seu voto favorável ao impeachment, Na ocasião, lançou confetes no plenário.

Costa também surpreendeu durante a reunião do Conselho de Ética que aprovou o relatório pela cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Integrantes da tropa de choque de Cunha, ao lado de Tia Eron (PRB-BA), Cunha votou pela cassação do aliado, após haver encaminhado voto contrário e ter feito um discurso a favor do presidente da Câmara.

Em seu seu quarto mandato na Câmara dos Deputados, Costa também é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), desde 2010, por supostamente abrigar funcionários fantasma em seu gabinete.

No ano passado, Costa foi o parlamentar mais faltoso das sessões plenárias em 2015. De um total de 125 sessões, o deputado faltou 105. O deputado justificou a ausência em 93 sessões com atestados médicos por conta de problemas na coluna vertebral. As demais não foram justificadas.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de Costa informou que o deputado está no interior do Pará e que ainda não foi comunicado sobre a decisão. “mas como é uma decisão de primeira instância, ainda cabe recurso”.

Fonte: AB / Foto: Arquivo/Wilson Dias

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Lei do Abuso de Autoridade é tentativa de intimidar juízes, diz Ajufe

André Richter
O presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Roberto Veloso, disse hoje (7) que o projeto da nova Lei de Abuso de Autoridade é uma tentativa de intimidar os juízes. Em nota, Veloso afirmou que o texto da norma afeta a independência do magistrado ao permitir a penalização de juízes simplesmente por interpretarem a lei.

Para a Ajufe, a criação de uma Comissão Especial no Senado para tratar do projeto, em meio às investigações de corrupção que estão em curso atualmente no país, “parece uma tentativa de intimidação de juízes, desembargadores e ministros do Poder Judiciário na aplicação da lei penal em processos envolvendo criminosos poderosos”.

De acordo com o presidente, o texto ainda fere as prerrogativas dos magistrados previstas na Constituição, na Lei da Magistratura (Loman).

“A independência judicial existe para assegurar julgamentos imparciais, imunes a pressões de grupos sociais, econômicos, políticos ou religiosos. Ela garante que o Estado de Direito será respeitado e usado como defesa contra todo tipo de usurpação. Trata-se de uma conquista da cidadania, que é garantia do Estado Democrático de Direito e essencial à proteção dos direitos fundamentais do cidadão”, disse Veloso.

De acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o projeto de lei deve ser votado na semana que vem. Na opinião do senador, a Lei de Abuso de Autoridade é de 1965, está "velha, anacrônica, gagá e precisa ser atualizada".

Projeto de Lei
O PLS 280/2016, que define os crimes de abuso de autoridade, é de autoria de Renan Calheiros. O texto prevê que servidores públicos e membros do Judiciário e do Ministério Público possam ser punidos, por exemplo, caso sejam determinadas prisões “fora das hipóteses legais", como ao submeter presos ao uso de algemas quando não há resistência à prisão e fazer escutas sem autorização judicial, atingindo “terceiros não incluídos no processo judicial ou inquérito”.

Fonte: Ab

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Exposição destaca a Bíblia como o livro da inclusão

Luciana Garbelini
Iniciativa da Sociedade Bíblica do Brasil, em parceria com o Memorial da Inclusão, mostra será inaugurada no dia 6 de julho, em São Paulo

O Memorial da Inclusão inaugura, no dia 6 de julho, a exposição Bíblia: O livro da inclusão, fruto de uma parceria com a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB). A mostra destacará a importância de se disponibilizar a Bíblia para as pessoas com deficiência, em formatos adequados para esse público. Um dos principais clássicos da literatura religiosa, este livro vai muito além desse campo e marcou, de forma decisiva, o desenvolvimento cultural da humanidade. A exposição fica em cartaz até 27 de agosto, no espaço localizado à Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564 – Portão 10, na Barra Funda, em São Paulo.

Com a proposta de retratar ações e programas da SBB pela inclusão de pessoas com deficiência visual ou auditiva, a iniciativa resgata a trajetória de pessoas e da instituição na direção de uma sociedade pautada por valores que contribuem para cidadania do ser humano. “Tendo como ponto de partida o Livro da Inclusão, a Bíblia, a exposição proporcionará aos visitantes uma experiência com o pensamento da igualdade entre as pessoas como base para a convivência enriquecedora entre os diferentes”, afirma Mário Rost, gerente de Desenvolvimento Institucional da SBB.

A exposição apresentará diferentes aspectos da Bíblia, em oito áreas, entre as quais destacam-se: as tecnologias utilizadas para a comunicação do conteúdo bíblico; projetos realizados pela SBB que tratam da relação das pessoas com deficiência e suas famílias; e programas que trabalham com a acessibilidade da Bíblia, que está disponível em Braile e em Libras (Língua Brasileira de Sinais). Além disso, estarão reunidos quadros em alto relevo e esculturas táteis relacionados a temas bíblicos, produzidos pelo artista Renato Amisy, e uma tela em branco que ficará disponível para o visitante registrar e expressar suas percepções e opinião sobre a mostra.

Além de obras táteis, a exposição contará com aparelhos eletrônicos interativos, audiodescrição e impressão dos textos em dupla leitura e com fonte ampliada, em tinta e em braile. Confira as atrações de cada módulo:

A tecnologia a serviço da comunicação
O progresso no domínio da eletricidade e da eletrônica possibilitou a invenção de recursos que facilitam a comunicação entre as pessoas. Com a popularização dessas novas tecnologias, diferentes grupos da sociedade tiveram a oportunidade de serem incluídos e também de interagirem com outros grupos e entre si. Como uma organização que se dedica à difusão da Bíblia, a SBB tem disponibilizado o seu conteúdo nos meios existentes em cada época.  Objetos: LP, Cassete, CD, CD-ROM, Bíblia em Áudio em MP3, Proclaimer: O Aparelho Mensageiro - acessível para manuseio, App Minha Bíblia SBB – acessível para manuseio.

Encontros de Pessoas com Deficiência Visual
O projeto “A Bíblia para pessoas com deficiência visual”, que viabilizou a produção da primeira Bíblia em Braile na Língua Portuguesa, propiciou a realização de Encontros para Pessoas com Deficiência Visual, que também são voltados para profissionais que trabalham no seu atendimento. Hoje, são realizadas edições do evento em diferentes partes do País.

Emancipar: Parceria entre a SBB e a Prefeitura de Barueri (SP)
Voltado para pessoas com deficiência e suas famílias, este é um programa que tem a finalidade de prevenir agravos que possam provocar o rompimento de vínculos familiares e sociais dos beneficiários.

A Bíblia Sagrada em Braile
Composta por 45 volumes, a Bíblia em Braile é produzida pela SBB, na Imprensa Braile, integrada à Gráfica da Bíblia, em Barueri (SP). Com texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje, foi idealizada com o objetivo de ser mais acessível à maioria das pessoas com deficiência visual, alfabetizadas em braile. É distribuída pela SBB a pessoas com deficiência visual cadastradas no programa A Bíblia para Pessoas com Deficiência Visual.

Revista A Bíblia no Brasil (ABNB)
É publicada, sem interrupção, desde 1948, para divulgar a Causa da Bíblia no Brasil e no mundo. Suas edições trimestrais alcançam atualmente a tiragem de 90 mil exemplares. Há uma década, uma coletânea em braile das matérias publicadas na ABNB é enviada também a pessoas com deficiência visual atendidas pela SBB. A distribuição teve início de forma tímida, com uma seleção de poucas matérias. Com a boa repercussão e receptividade do público, o número de notícias foi ampliado.

A Bíblia em Libras
Projeto editorial da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), a coleção Aventuras da Bíblia em Libras (Língua Brasileira de Sinais) já conta com dois volumes que reúnem um livreto e um DVD com uma seleção de histórias bíblicas voltadas para o público infantil e seus familiares. A iniciativa está inserida no programa A Bíblia para Pessoas com Deficiência Auditiva.

Quadros de Renato Amisy
Nascido em Barretos (SP), o artista plástico Renato Amisy é conhecido no Brasil e exterior, especialmente na França, pelo caráter tangível de suas obras: Elas podem e devem ser tocadas. Uma coleção preparada com a técnica de “pintura acrílica em papel Canson”, reportando temas da Bíblia, tem sido promovida pela SBB como iniciativa que proporciona às pessoas com deficiência visual uma possibilidade concreta de apreciação de obras de arte. Na mostra, estarão destacados dois quadros da série Milagres de Jesus.

Tela Inclusiva e Interativa
Os visitantes são convidados a expressar seu sentimento, desenhando, escrevendo, pintando ou deixando a sua marca pessoal.

Serviço
Exposição Biblia: O livro da inclusão
Inauguração: 6 de julho de 2016 (quarta-feira), às 19h
Visitas: De 7 de julho a 27 de agosto de 2016
Segunda à sexta-feira, das 10h às 17h
Sábados, 30 de julho e 27 de agosto, das 13h às 17h
Local: Memorial da Inclusão
Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564 – Portão 10 - Barra Funda - São Paulo (SP).

A SBB e o programa A Bíblia para pessoas com deficiência
Fundada em 1948, no Rio de Janeiro, a Sociedade Bíblica do Brasil tem como missão "promover a difusão da Bíblia e sua mensagem como instrumento de transformação e desenvolvimento integral do ser humano”. É uma entidade sem fins lucrativos, de natureza religiosa, social e cultural. Sua finalidade é traduzir, produzir e distribuir a Bíblia, um bem de valor inestimável, que deve ser disponibilizado a todas as pessoas. Por seu caráter social, desenvolve programas com o objetivo de promover o desenvolvimento espiritual, ético e social da população brasileira, entre eles, A Bíblia para Pessoas com Deficiência.

Ao tornar a Bíblia Sagrada acessível a pessoas com deficiências visual e auditiva, o programa busca promover a inclusão social, facilitar o desenvolvimento cultural, oferecer apoio espiritual e estimular a alfabetização. As ações são extensivas às famílias, gerando impactos como prevenção de ocorrência de situações de risco social e inserção das pessoas em serviços e oportunidades.

A iniciativa engloba três projetos
A Bíblia para Pessoas com Deficiência Visual, Emancipar e A Bíblia para Pessoas com Deficiência Auditiva -, que em 2015 beneficiaram 1.340 pessoas e 73 organizações, em 28 visitas técnicas e 6.950 atendimentos.

A Bíblia para Pessoas com Deficiência Visual
Por meio do acesso facilitado ao Livro Sagrado, esse programa promove a autonomia e a integração social, oferece amparo espiritual e incentiva a pessoa com deficiência visual a desenvolver de forma fluente a leitura e escrita em braile. Além disso, desenvolve ações – também extensivas a seus familiares – de apoio, informação, orientação e encaminhamento, com foco na qualidade de vida, exercício da cidadania e inclusão na vida social. Com alcance nacional, o projeto distribui, gratuitamente, literatura bíblica em áudio e em braile para pessoas com deficiência visual, entidades que se dedicam ao atendimento a esse público, comunidades e bibliotecas cadastradas no projeto. Até 2015, 205 cegos receberam a coleção completa, formada por 38 volumes, e perto de 1 mil continuam a receber o material regularmente.

Além disso, foram entregues 122 exemplares completos da Bíblia em Braile a bibliotecas públicas e organizações de todo o País, garantindo que várias pessoas com deficiência visual tenham acesso à Palavra de Deus, já que um único exemplar pode ser compartilhado por vários leitores. No site www.sbb.org.br, há uma seção para o cadastramento.

Projeto Emancipar
Tem o objetivo de atender pessoas com deficiência e suas famílias,
promovendo inclusão, autonomia e independência desse público. Entre as ações empreendidas pelo projeto, estão: proteção social proativa; acolhida; visita familiar; escuta; encaminhamento para cadastramento socioeconômico; orientação sociofamiliar; desenvolvimento do convívio familiar, em grupo e social; inserção na rede de serviços socioassistenciais; informação, comunicação e defesa de direitos; fortalecimento da função protetora da família; mobilização para a cidadania e documentação pessoal. A iniciativa acontece atualmente nas cidades de Barueri (SP) e Recife (PE), com rodas de conversas, encontro de famílias, atividades externas e atendimentos nas áreas de psicologia e serviço social. Em 2015, foram beneficiadas 269 pessoas, em 611atendimentos.

A Bíblia para Pessoas com Deficiência Auditiva
Tem como público-alvo pessoas com deficiência auditiva e suas famílias, além de instituições que trabalham com esse público e bibliotecas, às quais é oferecida literatura bíblica na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Em 2015, foram realizadas duas edições do Encontro de pessoas com Deficiência Auditiva, nas cidades de Teresópolis(RJ) e Volta Redonda(RJ). No mesmo período, o programa beneficiou 56 pessoas e 12 entidades, promovendo 398 atendimentos.

Fonte: AB

Policiais civis voltam a protestar no Aeroporto do Galeão

Vitor Abdala
Policiais civis e outros servidores da segurança pública voltaram a protestar hoje (4) no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro pedindo a regularização do pagamento de salários e benefícios e melhores condições de trabalho. Eles fizeram uma passeata pela Ilha do Governador, no início da manhã, e um ato dentro do terminal 2 do Aeroporto Galeão-Tom Jobim.

Os manifestantes mostraram faixas com mensagens sobre as mortes de 54 policiais neste ano no estado, sobre os atrasos nos pagamentos de salários e sobre os riscos que a situação atual da segurança pública no estado traz para os visitantes.

A faixa com a frase “Welcome to hell” (bem-vindos ao inferno, em português), que repercutiu em todo o mundo depois de aparecer no protesto dos policiais no Galeão há uma semana, voltou a ser exibida.

Os policiais também exibiram bonecos fardados simulando policiais mortos e fizeram uma encenação em que todos se ajoelharam e colocaram as mãos em suas nucas, como se estivessem sendo rendidos.

Em nota divulgada hoje, o governo do Estado do Rio informou que começa a aplicar hoje a verba de R$ 2,9 bilhões repassada pela União ao stado. Ainda segundo a nota, o dinheiro será destinado à segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Também hoje será depositada a segunda parcela dos vencimentos e benefícios de maio dos servidores da área de segurança, de bombeiros e da administração penitenciária. O pagamento da folha de junho dessas categorias será feita ainda nesta semana, assim como o pagamento das horas extras e das gratificações.

Fonte: AB

PF nega rumores de desmanche de força-tarefa da Lava Jato

Felipe Pontes
O delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula, coordenador da Lava Jato, negou hoje (4) que a força-tarefa da operação esteja passando por um processo de desmonte, rumor que passou a circular após a dispensa, na semana passada, de dois delegados envolvidos com as investigações.

No início de uma coletiva de imprensa sobre a 31ª fase da Lava Jato, em Curitiba, Romário de Paula leu uma nota na qual disse não ser “verídica" a versão de que a força-tarefa "passa por um desmanche". "Em momento algum sofremos qualquer tipo de pressão interna ou externa em função da substituição desse ou dequele delegado”, diz a nota.

O coordenador da Lava Jato afirmou que a substituição dos delegados Eduardo Mauat, feita a pedido, e Duílio Mocelin são “opções estratégicas da coordenação, com apoio irrestrito da equipe de investigação, administração regional e direção-geral da Polícia Federal”.

Também foi confirmada a saída temporária do delegado Luciano Flores, que participará dos trabalhos em torno dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Para preencher as vagas, foram chamados os delegados Rodrigo Sanfurgo, ex-chefe da Delegacia de Crimes Financeiros em São Paulo; Luciano Menin, ex-intregrante da força-tarefa que retorna à equipe, e Roberto Biasoli, egresso do Departamento de Cooperação Internacional do Ministério da Justiça.

“A operação Lava Jato não sofrerá qualquer prejuízo em seus trabalhos investigativos e operacionais”, acrescentou Romário de Paula.

Rede contra corrupção
Destacando a realização de cinco operações ligadas à Lava Jato em sete dias, autorizadas por cinco juízes de cinco diferentes estados, o procurador da República Roberson Pozzobom defendeu a formação de uma rede mais coesa de combate à corrupção, envolvendo diferentes órgãos do Judiciário e do Executivo.

“Não há como confrontar o crime organizado de maneira desorganizada. Precisamos que outros órgãos de execução penal e que toda a sociedade forme uma grande rede de combate à corrupção. Essa rede deve ter uma malha próxima o suficiente para captar mesmo os pequenos casos de corrupção, e forte o bastante para que não se consiga corrompê-la”, disse o procurador durante coletiva sobre a 31ª fase da Lava Jato, em Curitiba.

Fonte:Ab 

domingo, 3 de julho de 2016

Estudantes têm até hoje para fazer simulado do Enem na internet

Yara Aquino
Estudantes que pretendem testar os conhecimentos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm até hoje (3) para fazer o simulado na plataforma Hora do Enem. As provas estarão disponíveis até as 20h. Para acessar gratuitamente o simulado, o estudante precisa se cadastrar na internet.

As provas somam 80 questões elaboradas no mesmo formato do Enem para permitir que o estudante que esteja concluindo o ensino médio, na rede pública ou particular, treine e ganhe ritmo para as provas do Enem 2016, marcadas para os dias 5 e 6 de novembro.

Logo após o término da prova, o estudante pode conferir a nota imediatamente. A plataforma também indica como está o desempenho do aluno em relação ao curso que pretende fazer na universidade.

Este é o segundo simulado online e está disponível na internet desde o dia 25 de junho. Mais de 710 mil estudantes de todo o país fizeram o primeiro simulado nacional Hora do Enem, realizado entre os dias 30 de abril e 1º de maio, e repetido entre os dias 7 e 8 de maio. Pelo menos 85% dos alunos que fizeram a prova estudam na rede pública de ensino. Estão previstos outros dois simulados até a aplicação do Enem.

Plataforma Hora do Enem

Além da possibilidade de testar conhecimentos em simulados, a plataforma Hora do Enem oferece aos estudantes acesso a ferramentas como testes de nivelamento em diferentes matérias, videoaulas e exercícios comentados por professores.

Para concluintes do ensino médio, é oferecido um plano de estudos personalizado, com indicação do conteúdo a ser estudado. Após fazer o login, o estudante pode fazer um teste para nivelar seu conhecimento em cada matéria e selecionar curso e instituição, além de indicar a quantidade de horas diárias que pretende usar na plataforma durante a preparação.

A partir dai, ele tem acesso a um planejamento exclusivo, com videoaulas, resumos e exercícios sobre os assuntos de cada disciplina mais frequentes no exame.

O Hora do Enem é uma parceria entre o Ministério da Educação (MEC), o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Fonte: AB

No Pânico, Feliciano comenta polêmicas com Duvivier e explica a visão do Evangelho sobre homossexualidade

Na última sexta-feira, 01 de julho, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) concedeu uma entrevista ao programa Pânico, na rádio Jovem Pan FM, e falou sobre os assuntos que o cercam na mídia devido às bandeiras que defende em seu mandato como deputado federal e à mensagem que prega em seu ministério.

Após confrontar o comediante Gregório Duvivier ao vivo no dia 28 de junho (terça-feira) por causa de seu hábito de tripudiar sobre a fé cristã e fazer críticas direcionadas à bancada evangélica, Feliciano foi convidado a participar do programa e dar sua versão dos fatos.

O apresentador Emílio Surita pediu que Feliciano retirasse o processo contra o Porta dos Fundos, e o pastor explicou que não existe processo, pontuando que a mídia repercute de maneira errada os fatos. O pastor explicou que fez uma representação contra os humoristas, mas o Ministério Público recusou.

“Manda um recadinho pro Duvivier para não mentir muito. Ele falou que eram três [processos]. Ele repetiu seis vezes. Eu contei”, afirmou o pastor Marco Feliciano. Um dos apresentadores do programa perguntou a ele se político também não mente, e ele respondeu: “Alguns. Eu sou exceção”.

Comissão de Direitos Humanos
O pastor contou bastidores da época de sua eleição para a presidência da comissão, em 2013, que catapultou seu nome para as manchetes dos grandes veículos de imprensa e causou a maior perseguição político-ideológica dos últimos tempos.

“Todo grande movimento precisa de símbolos, não é? O contrário e o a favor. Quando eu assumi a Comissão de Direitos Humanos não foi por vontade própria. É bom que fiquem sabendo disso aqui. Eram 22 comissões permanentes na Casa, e a menor comissão era a de Direitos Humanos, que ninguém queria para nada. Era uma comissão emblemática para o PT, que a presidiu por 20 anos. Naquele momento, como era véspera de eleição – 2014 teria eleições [presidenciais] – o PT precisava de comissões que tivesse força política, como a CCJ, que é a Comissão de Constituição e Justiça, a Seguridade Social… Então, eles barganharam. Eles deixaram a Comissão de Direitos Humanos para ficar com a comissão maior. E como o meu partido era o menor partido que tinha o número suficiente de deputados para assumir uma comissão, calhou para o PSC a Comissão de Direitos Humanos”, explicou.

“Como é que eu fui parar na Comissão de Direitos Humanos?”, perguntou, retoricamente: “Eu devo isso ao deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Porque o Jean, quando ficou sabendo que o PSC – Partido Social Cristão, de direita, conservador – ia ficar com a Comissão de Direitos Humanos, que era o emblema do movimento LGBT e minorias… Como eu já tinha tido muitos embates com ele na Câmara, ele falou assim ‘só faltavam colocar o Feliciano como presidente’. Quando ele disse isso, ele repercutiu na internet. Rui Falcão, [presidente] do PT, foi questionado pelo [jornal] O Estado de S. Paulo, e ele disse assim ‘jamais, nós do PT vamos admitir que o PSC assuma essa comissão, e principalmente o pastor Feliciano’. Então, ele quis mandar no nosso partido”, explicou.

Cura gay
Feliciano afirmou que a pecha de pai do projeto apelidado pejorativamente como “cura gay” pela mídia é um equívoco que nunca foi corrigido, e que é uma desonestidade intelectual da parte dos formadores de opinião, pois o texto da proposta visava garantir amplitude de direitos.

“O presidente tem que fazer a comissão funcionar. E como a imprensa gosta de ver sangue – boa parte dela – ficavam no meu pé. ‘O senhor vai botar esse projeto [cura gay] para votar ou não?’ Eu disse ‘não tem clima para votar esse projeto’. Aí, escreviam ‘Feliciano é covarde e não quer colocar [em votação]’. O dia que eu não tinha mais o que fazer e tinha que colocar o projeto para votar, colocaram [na mídia] que eu era o pai do projeto. O projeto era do PSDB (partido socialista), era de um deputado de Goiás, João Campos. Eu só era o presidente daquela comissão que tinha que botar aquele projeto para votar, só isso”, contextualizou.

Rebatido por um dos apresentadores que mesmo não sendo autor do projeto, ele colocou para votar, o pastor respondeu, didaticamente: “Não tinha outro jeito. A Comissão não poderia ficar parada. A comissão tem que trabalhar. Sentaram em cima de um projeto, e isso é uma vergonha […] Eu tinha que fazer a comissão funcionar. Quem ia debater isso era o colegiado, que decide se o projeto é meritório ou não”.

“A imprensa colocou o nome de ‘cura gay’, e isso foi ruim, porque todo mundo começou a falar de cura, que [considerávamos que] era doença. Eu nunca disse que homoafetividade era doença. Eu sempre disse que é um fenômeno de comportamento. Para mim ainda é um fenômeno de comportamento. Existem livros, centenas… Eu me tornei mestre em ‘gaylologia’. Eu li livros de psicologia em inglês, espanhol. Só no Brasil existe isso [de proibir um psicólogo de atender um homossexual que queira deixar a prática]”.

Após a narrativa sobre os fatos, o pastor aproveitou para expor seu pensamento sobre o cenário de que o projeto tratava: “Só para terminar essa questão do direito, da liberdade. Se uma pessoa vai no psicólogo hoje e diz assim ‘eu estou me descobrindo gay, eu quero que você me ajude’, o psicólogo brasileiro tem toda a liberdade para tratar, para dar a chave para a pessoa sair do armário e fazer ela se sentir feliz. Eu acho lindo, porque isso é direito. Sempre houve isso. O que acontece é quando uma pessoa chega no psicólogo e diz assim ‘olha, eu estou me sentido assim, mas eu não quero me sentir assim, eu quero ser homem porque eu tenho aqui no meio das minhas pernas um órgão genital masculino e não me aceito assim’. A pessoa não se aceita assim. O que o psicólogo faz? Ele tem que atender a pessoa naquilo que ele quer, a demanda da pessoa. Se o psicólogo do Brasil falar assim para ele ‘você quer o quê, não quer ser [gay], não posso te ajudar’. Você não sabe se houve um trauma, se você pegar livros de homoafetividade – que eu já li -… é claro que não é regra, mas 90% dos casos houve abuso infantil, traumas, transtorno bipolar, transtorno de imagem”, ponderou.

Assista na íntegra a entrevista do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) ao programa Pânico no rádio - ATENÇÃO: Os membros do Programa Pânico, usam de palavras de baixo calão

Fonte: GM

PM detém jovens após desocupar unidade cultural na zona norte de São Paulo

Camila Boehm
O grupo de jovens que ocupava, desde a manhã de ontem (1º), a Fábrica de Cultura da Brasilândia, na zona norte da capital paulista, foi retirado do local pela Polícia Militar (PM) na manhã de hoje (2) e levado para a delegacia em um ônibus. Eles protestavam contra a demissão de educadores pela organização social Poliesis, que administra as unidades culturais.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que cerca de 20 ocupantes foram encaminhados ao 72º Distrito Policial após a desocupação e que ainda permaneciam no local, às 16h20, porque a ocorrência ainda estava em andamento.

Integrantes do movimento alegam que a polícia não tinha mandado judicial para reintegração. A SSP-SP não soube informar se havia um mandado ou não. Segundo a nota divulgada, “a PM agiu a pedido da Secretaria de Cultura [do estado], que solicitou apoio para a ação”. Procurada, a assessoria da PM não retornou até a conclusão da reportagem sobre a existência do mandado judicial.

As Fábricas de Cultura são equipamentos culturais da Secretaria de Cultura do estado. Os chamados aprendizes, que frequentam essas fábricas, protestam contra demissões de educadores pela organização social que administra os locais. Desde o fim de maio, outro grupo de jovens ocupa a unidade do Capão Redondo, na zona sul da capital paulista.

De acordo com um aprendiz que preferiu não se identificar, a unidade do Capão Redondo continua sob ocupação. Os educadores, também em protesto, entraram em greve em 23 de junho.

A Fazenda Pública do Estado de São Paulo pediu a reintegração de posse da unidade do Capão Redondo. No último dia 23, a juíza Maricy Maraldi concedeu o pedido.

Fonte: AB