Há um ano, em Março, quando o calendário anunciava o início da primavera, realizou-se a operação «Limpar Portugal», por iniciativa de um grupo de jovens que mobilizaram muitas pessoas de boa vontade, para remover toneladas de lixos colocados ao lado de caminhos florestais um pouco por todo o lado.
Escrevi nessa altura que tal iniciativa generosa, de muito mérito, devia ter sido considerada pelos autarcas como uma bofetada de luva branca, pois ia colocar a nu a incompetência das autarquias e das pessoas que as guarnecem que, sendo pagas para evitar e resolver esses ataques ao ambiente, não mostraram a necessária eficácia. Houve poucas excepções em que algumas, poucas, autarquias nos dias anteriores à operação removeram grande parte dos lixos, para ficarem bem na fotografia. Seria de esperar que houvesse muitas a fazer o mesmo.
Mas a realidade geral foi de mau aproveitamento de tal generosidade da população e as autarquias não modificaram com visibilidade o seu desprezo pelo ambiente. E o movimento «Limpar Portugal» não passou, a partir daí, a pressionar os autarcas e a denunciar o mínimo atropelo ao respeito pelo ambiente, a fim de levar as autoridades a assumirem a sua responsabilidade.
A operação devia ter servido para despertar os autarcas para a defesa do ambiente, mas o seu egocentrismo, a sua focagem nos interesses pessoais de arrogante ostentação de poder em coisas secundária, mas mais visíveis, torna-os obtusos para o essencial dos interesses dos portugueses em geral, em que o ambiente é primordial.
E essas omissões deram agora origem à notícia Quercus revela pontos perigosos que refere casos muito graves em cinco conselhos, incluídos numa extensa lista negra. É preciso não esquecer que é vulgar dizer-se que o planeta não é dos actuais habitantes, está-lhes alugado com a condição de o devolverem em bom estado ás gerações vindouras. Infelizmente, em cada dia surgem mais agressões ao equilíbrio ecológico, colocando em risco as condições de vida no futuro..
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