21.4.14

Dia da Mãe






© Marta Nunes

O Dia da Mãe está a chegar e aqui ficam algumas sugestões disponíveis. 
Para mais informações martanunesarq@gmail.com.
#diadamãe

17.2.14

+ da memória

© Marta Nunes


A memória é construída com fragmentos e pedaços, o atrito do que somos no passar dos anos. Todos os dias povoamos essa parte do nosso cérebro com cheiros, palavras, imagens, gestos, com aquela música que nos faz dançar em silêncio pela casa. As emoções em fotografias, livros, objectos que não o são apenas porque trazem com eles as pessoas a quem pertenceram, guardando tudo cá dentro, de forma para nós indefinida e misteriosa.

Depois há aquilo de que nos esquecemos - a memória selectiva - coisas que também cá estão, mas que esta massa cinzenta escolhe esconder, colocar debaixo da língua, trocar de ordem e revelar em sonhos. Os medos, as ansiedades, o põem-te em guarda que nos deixam despertos e nos fazem passar os dias a lembrar o que já é parte de nós. A infância torna-se urgente de recordar pelo medo que se torne demasiado longe. A adolescência mais leve, do que aquilo que certamente estávamos a sentir, nos momentos em que se achou que eram decisivos. Todos os dias a visitar pensamentos, a usar referências e a esquecer coisas, desde que se tem memória da nossa própria existência.


+ da criatividade


A criatividade nem sempre está à mão quando nos sentamos na cadeira para começar a trabalhar. Sentas e ela levanta-se saindo da sala. 

Ter um trabalho criativo é uma viagem frenética entre o vislumbre e o branco vazio da página. A cabeça nunca está parada, somos visitados a todo o momento por ideias e imagens, por todas as coisas que nos inspiram, tendo respostas para 300 coisas que não o trabalho que se tem entre mãos. É necessário então um método, um sistema ou forma de não deixar a criatividade bloquear-nos, ou abandonar-nos quando se precisa que ela esteja na ponta da caneta.



6.8.13

+ making of

© Marta Nunes

“Desenhar, é de facto olhar com os seus olhos, observar, descobrir. Desenhar é aprender a ver, a ver nascer, crescer, desenvolver, morrer as coisas e as gentes. É necessário desenhar para levar ao nosso interior aquilo que foi visto e que ficará então inscrito na nossa memória para toda a vida.” 
© Le Corbusier

22.5.13

25.1.13

+



2007 foi o ano que aqui começaram a ser depositadas memórias. Um baú. Uma espécie de catalogação do que "emociona". A base sempre foi a partilha. 
Fotografias, textos, vídeos, músicas, outras pessoas, tudo aquilo que nos inspira. Um blog é aquilo que quisermos, como qualquer que seja a plataforma de rede social. O que nos faz partilhar? 
Será a vontade de mostrar aquilo que nos inspira e ajudar os outros? Ou a construção de uma personagem? 
Ler o que outra pessoa escreve, ver o que alguém fotografa, ouvir o que referem não nos faz conhecer o outro mas a perceber quem somos. Seja qual for o sentimento que nos desperta no que "consumimos" não é porque "ele" me agride, mas porque "eu" me ofendo.
Não é uma observação tácita, mas quando falamos de "nós" ou nos "mostramos" não podemos esperar que as pessoas nos reconheçam. Elas interpretam o que lhes damos, como no oposto também é legítimo. 

6.12.12

+ 104





"A vida é um sopro."
Uma pessoa morre e pronto. Nós não somos imortais, fazemos o nosso dia a dia, o nosso trabalho e um dia chegamos a um ponto que parar não faz sentido. O sentido está no viver constante do que nos apaixona. A ele era a curva sinuosa da natureza, da mulher, da sua forma de pensar o espaço. 
Começou a fazer o que tinha que fazer, da tipografia à arquitectura está quase com trinta anos, e parece-me que isto de se ser aquilo que se é suposto ser, relaciona-se com o que Saramago diz numa entrevista, "não tenhas pressa e não percas tempo". 
A contradição aparente revela que não há urgência no que devemos ser, há esse descobrir que demora em cada um o seu tempo, que não deve ser perdido a especular o que se poderá fazer, mas a fazermos o que tem que ser feito dia após dia. Niemeyer não teve pressa influenciou-se no modernismo e começou a construir a sua obra num amadurecimento sem tempo. "O meu trabalho não tem importância, nem a arquitectura tem importância para mim. Para mim o importante é a vida."


7.11.12

+

© Fotograma "José & Pilar"

Quando não nos limitamos a ser companheiros mas somos a continuação de alguém. A morte apenas nos faz ter que continuar a duas mãos.

+ ser Buendía

© Marta Nunes

"Cem anos de solidão" mostra que a solidão é uma forma de conhecimento. O realismo mágico mostra-nos a natureza cíclica dos acontecimentos, da vida e das personagens. A solidão que nos faz ver mesmo quando estamos cegos e nos faz ser pacientes quando sabemos o infortúnio.

29.10.12

+ sandy

© Lucas Jackson/Reuters

A dimensão da acção da natureza no homem. Mas é esta a dimensão da acção humana sobre a natureza.