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29 julho 2015

Começo do Outono

Estive sem dar notícias praticamente todo o Verão, mas basicamente foi tempo de ir colhendo os frutos do trabalho da Primavera. Não foi um sucesso estrondoso, mas para primeira época, a experiência não foi má. Colhemos mais de 100 kg de vegetais e frutas da horta e pomar. De momento ainda temos tomateiros a dar frutos, porque não tive "coragem" de arrancá-los e vou deixar que eles decidam por si quando querem parar de produzir. Comecei entretanto a germinar as culturas de Inverno no viveiro e já deram um ar de sua graça com as primeiras chuvas. Na terra tenho a crescer ainda couves, alho-francês, alhos e cebolas. Em torre de pneus e sacos, estão as batatas-doce já bastante desenvolvidas (a parte aérea, porque ainda não vi se produziram alguns tubérculos).
Apanhei hoje a penúltima dose de dióspiros (faltam ainda amadurecer alguns) e agora aguardo a vez dos citrinos começarem a frutificar.
Devido à escassez de água, não pudémos expandir os cultivos e focámo-nos em procurar soluções para o futuro. Pedimos orçamentos para furos e pedimos a um especialista que nos fizesse um projecto de aproveitamento de água da chuva. 
Já temos caleiras e depósitos a aproveitar a água das chuvas que cai nos telhados, mas isso apenas permite regar a horta e o pomar nos dias secos entre os dias de chuva no Outono/Inverno. Mas não temos depósitos suficientes para guardar água para todo o Verão e muito menos para irrigar futuras áreas a ser cultivadas. Teríamos de encher metade do terreno com depósitos para regar a outra metade. Uma alternativa seria criar um lago ou represa que armazene água em grande quantidade, mas devido à topografia do terreno, não é fácil encontrar uma solução eficaz a um preço razoável. Existe a possibilidade de criarmos "swales" no terreno, que promovam a infiltração das águas de escorrência, mas isso também não resolve todas as necessidades de irrigação que temos nos nossos planos. É apenas mais uma ferramenta que deveríamos utilizar juntamente com outras, para termos garantidamente água no nosso terreno. Em breve, penso ter tudo isto melhor definido e orçamentado. 
Até lá vão-se fazendo outras obras e arranjos necessários. A quinta ainda parece um estaleiro e não tem um ar bonitinho para impressionar as visitas, mas a transformação não se faz dum dia para o outro, especialmente quando o orçamento é limitado. Há que ter paciência e ir fazendo o que se pode.

17 junho 2015

Os frutos do nosso trabalho

Estive fora durante duas semanas, mas os trabalhos por aqui prosseguiram e as plantas não pararam de crescer.
A horta está verdejante, com acelgas, couves, beterrabas, courgettes e alfaces já prontos a comer e tomates, batatas, cenouras e alho-francês ainda a crescerem, mas também com bom aspecto.
As árvores e arbustos já vão dando frutos, e vamos comendo aquilo que os pássaros não apanham primeiro (são um problema a ser resolvido), como figos, pêssegos, nêsperas, ameixas e framboesas.
Infelizmente o poço está praticamente seco e estamos a racionar as regas, mas temos algumas ideias para criar reservas de água alternativas e iremos debruçar-nos sobre esse assunto nos próximos tempos.
Entretanto, aqui ficam algumas fotos da horta e de alguns produtos colhidos recentemente.










27 maio 2015

Evolução da horta

A horta vai de vento em popa, embora tenha sofrido alguns percalços.
Andavam a desaparecer plantas misteriosamente. Eu transplantava uma fila para a horta e no dia seguinte faltavam dez plantas, transplantava outra fila e mais dez plantas desapareciam. Gastei quase metade das plantas germinadas em tabuleiro, a repôr plantas que desapareceram da horta.
Descobri que as minhas cadelas encontraram formas habilidosas de saltar a cerca e de entrar e sair da horta, pela calada da noite. As alfaces e espinafres foram os alvos preferenciais, mas também desapareceram cenouras e outro tipo de plantas.
Durante este processo de desaparecimentos e averiguações, acabei por não instalar mais filas de plantas e por enquanto vou adiar essa instalação por mais algum tempo. Para já vou observando o que está a crescer.





O que temos mais são courgetes, couves, acelgas, tomates, batatas e rabanetes. Os rabanetes crescem muito bem e já entraram em diversas saladas. As courgetes começam agora a ficar comestíveis. O resto precisa ainda de tempo para se desenvolver. Mais do que encher-nos a barriga, estas plantas pioneiras servem-nos como ferramenta de aprendizagem e para recolha de sementes para futuras plantações e sementeiras, mas o gozo de comer um rabanete e umas folhinhas de couve nascidas na nossa horta, também alimenta a alma.




29 março 2015

Pomar

A quinta já tinha um pomar com 48 macieiras Bravo Esmolfe plantadas, mas devido ao abandono em que se encontrava, muitas das árvores já tinham morrido. Sobravam 28 macieiras ainda vivas, embora sedentas, que pensamos ainda poderem desenvolver-se. Entretanto era preciso preencher os espaços deixados livres pelas árvores mortas e entre trocas e compras, adquiri para o pomar dois pessegueiros, duas laranjeiras, três macieiras, uma clementineira, uma tangerineira e oito pereiras, que já começaram a ser plantadas.


O sistema de rega já estava instalado e só precisámos de limpar um pouco o terreno com a roçadora e verificar os gotejadores em falta.
A bomba de rega funcionou e já começámos a regar o pomar. Algumas árvores já têm botões a despontar.
Entretanto reparou-se que pelo menos uma das árvores mais antigas estava um pouco roída na base do caule, o que trouxe à baila a necessidade de protegê-las dos roedores. Por isso tenho estado a colocar tubos de rede protectores em todas elas.


Noutros locais da quinta também temos nespereiras, figueiras, ameixeiras, kiwizeiros e outras árvores ainda não identificadas. Estou ansiosa por as ver a dar frutos!

11 março 2015

Sementeira de Primavera

A Primavera ainda não chegou oficialmente, mas já começa a dar sinais de vida. Algumas árvores de fruto já estão floridas, as estacas feitas este Inverno, começam a dar folhas, o calorzinho do sol já aquece o coração...


Mas temos a sementeira de Primavera atrasada. Estive em viagem durante duas semanas, o que atrasou a sementeira e plantação para a horta e jardim.
O meu pai semeou algumas coisas enquanto estive fora, mas até ao momento germinaram apenas meia dúzia de plantinhas. Uma das razões poderá ser a idade das sementes que ele usou, outra poderá ser a terra demasiado pesada que ele usou nos tabuleiros de germinação.

Para compensar, dediquei-me nestes últimos dias, a semear dezenas de variedades em quantidade superior ao que necessitamos para a horta e jardim, para prevenir eventuais falhas de germinação. E usei algumas sementes mais antigas e outras deste ano, para evitar o cenário em que nada germine.


Não precisei de comprar vasos e tabuleiros, pois tive a sorte de há 2 anos atrás ir dar uma palestra sobre OGMs num evento nos Olivais e em troca trazer o carro cheio de tabuleiros e vasos que tinham sido adquiridos pela organização para um workshop e foram oferecidos no final do evento a quem os quisesse levar. Não queria parecer açambarcadora, por isso deixei que outras pessoas levassem também o que queriam, no entanto não me fiz rogada a trazer o mais que pude depois de outros se servirem. Na altura não sabia ainda onde e quando lhes iria dar uso, mas sabia que me iriam dar jeito em breve.

Quanto ao substrato, ao longo dos anos fui comprando uns pacotes de fibra de côco comprimida (um bloco tipo tijolo, misturado com água, dá 10 litros de substrato), porque achei barato e fácil de armazenar e sabia que um dia iria ser útil. Fui buscar os ditos blocos que estavam guardados no sotão e comecei por usar este substrato nos primeiros tabuleiros. É muito leve e fácil de trabalhar e bom para germinação, mas tem o inconveniente de não reter bem a humidade e por isso tenho que ter os tabuleiros sempre cobertos ou andar a regá-los constantemente. Nos tabuleiros seguintes optei por fazer uma mistura da fibra de côco com terra local (um pouco argilosa) e algum estrume bem curtido que havia no terreno. A mistura parece-me ter ficado ideal em termos de estrutura e capacidade de retenção de água. Agora veremos se as sementes não me falham.



Nos últimos 5 anos fui amealhando sementes, através das trocas que faço. Também fui recebendo sementes de oferta de amigos com hortas e quintas. Não sabia bem quando lhes iria dar uso, mas sabia que era importante ter o meu próprio mini-banco de sementes para quando fosse necessário.

Apesar dos cuidados de preservação: em pacotes de papel, dentro de latas de alumínio, com dessicante para proteger da humidade, guardadas no sotão em local escuro e seco - é possível que muitas delas tenham perdido capacidade germinativa ao longo dos anos.

Em paralelo, fui também adquirindo pacotes de sementes comerciais (evitando as variedades híbridas e transgénicas, obviamente), para ter uma maior diversidade, mas também como garantia de que em caso de necessidade, algumas sementes estariam em condições de germinar (assumindo que os pacotes comerciais preservam melhor as sementes do que os meus métodos caseiros).

Nesta sementeira procurei criar um equilíbrio entre as sementes trocadas/ofertadas e as sementes compradas, para garantir uma maior taxa de sucesso. Se umas falharem, as outras compensarão.
 

Sem ser a lista exaustiva de tudo o que semeei, ficam aqui algumas das plantas semeadas:

Tomate chucha, refego, riscado, cereja amarelo
Couve galega, negra, romanesco, branca
Espinafre verde e vermelho
Beterraba diversas cores
Cenoura diversas cores
Acelga diversas cores
Cebola vermelha e roxa
Pimentos diversos
Pimentas, piri-piri
Nabo branco e roxo
Alfaces e chicórias
Ruibarbo
Pastinaca
Rabanete
Agrião de terra
Courgette
Rábano
Alho francês
Girassóis diversos
Goji
Stévia
Physalis
Salsa, Coentros, Tomilho, Cebolinho, Manjericão

Em estacas temos, entre outros:

Alecrim
Alfazema
Groselheira vermelha e negra
Goji
Marmeleiro
Romãzeira
Mirtilo e framboesa (poderão estar mortas, pois foram vítimas de interesse canino, mas veremos...)
Hortênsias
Rosas



Resta esperar para ver como vão crescer.

Entretanto ando a preparar o solo da horta (muita cavadela para remover muitos detritos que por lá foram sendo deixados) e o meu pai anda a tentar aproveitar as mangueiras e bomba avariada do sistema de irrigação do dono anterior, para reutilização na nossa horta. Se não funcionar, teremos de investir em material novo.

Pequeno detalhe que falta referir: as plaquinhas de identificação nos vasos e tabuleiros são todas de plástico reutilizado. Cortei embalagens de champô e até colares isabelinos (de uso veterinário) - que as minhas cadelas são especialistas em destruir quando forçadas a usar - e fiz plaquinhas de identificação (basicamente tiras) onde escrevo com marcador de acetato. São bastante resistentes aos elementos naturais. Já tinha experimentado tiras de madeira e escrever a lápis, mas não resultou muito bem (a madeira incha, apodrece, estraga-se e deixa de se conseguir ler o que lá está escrito). No final da época, ou reutilizo as tiras, limpando-as com álcool, ou simplesmente coloco-as na reciclagem e faço mais com outras embalagens de plástico.


03 janeiro 2015

Progressos

Passaram-se 4 meses na quinta. Confesso que não tenho passado muito tempo lá fora e por isso não posso dizer que tenha feito muito trabalho no exterior. Há ainda muito que fazer dentro de casa, além de haverem outros assuntos a manterem-me ocupada. Felizmente conto com a ajuda do meu pai e da minha mãe e por isso houve alguns progressos.

Algumas partes do terreno foram desbravadas. A área é grande e tem mato alto com muitas silvas. Mesmo uma roçadora profissional tem tido dificuldade em cortar certa vegetação. Mas foram abertos alguns caminhos, descobriram-se patamares na encosta, assim como mangueiras e tubos de rega já instalados ainda em boas condições, cercas e vedações, dezenas de pinheiros escondidos debaixo do mato... E também muita tralha e lixo. Paletes e madeiras diversas, tubagens e redes, ainda utilizáveis, mas também plásticos e restos de óleo queimado, infelizmente.

Em frente à casa e num nível abaixo, existe um patamar com algumas árvores de fruto e espaço para criação de uma horta. Controlámos as silvas, é preciso controlar a grama e era preciso também impedir que os cães continuassem a usar o espaço como WC e recreio, por isso fizeram-se cercas, com paletes encontradas na propriedade, para fechar ambas as extremidades. 




O único senão deste espaço é que é muito ensombreado, por estar numa colina virada ligeiramente a noroeste. Nesta altura do ano, o sol só começa a banhar um dos lado a partir das 10h e só pelas 12h é que já ilumina quase todo o patamar. Os dias têm sido muito frios e pela manhã o solo costuma estar coberto de geada, que só derrete quando o sol lhe toca. Poderá ser um problema quando tivermos culturas instaladas. O muro de pedra poderia criar um efeito de estufa, mas como não chega a apanhar sol, o calor armazenado nas pedras é reduzido. Estou a pensar criar uma pilha de composto ao longo do muro, mas ainda não estou certa dessa escolha.

Já tive a má experiência de transplantar aromáticas para um canteiro grande de pedras que existe no lado norte da casa, e os meus cães darem conta delas em pouco tempo. Eles gostam de comer ervas e cavar buracos e fazer cocó nos canteiros e eu não tive isso em conta. Estou agora a usar canas para criar uma bordadura alta em redor do canteiro e terei de plantar novamente algumas das plantas. Só resistiram um Aloé e um bom molho de hortelã. Cerca de meia dúzia de outras espécies foram comidas, arrancadas e espezinhadas...

Já podámos as árvores na zona circudante à casa. Existem oliveiras e figueiras mais abaixo no terreno, mas só agora se está a começar a chegar lá.


Começámos a instalar um sistema de caleiras a toda a volta da casa, com a dupla intenção de reduzir as quedas de água que incomodam e causam certos danos, devido às escorrências e infiltrações daí derivadas e também com a finalidade de direccionar essas águas para depósitos, para serem usados em regas. Depois de vistos muitos tipos de depósito diferentes, estamos a pensar optar por aqueles quadrados de plástico com 1m3, para colocar em diferentes locais e servirem diferentes áreas. Para reduzir o impacto visual, vou tentar escondê-los atrás de plantas trepadoras e até mesmo envolvê-los em tela verde que além de os camuflar, poderá reduzir a formação de limos no seu interior. É outra questão ainda em estudo.




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