O futuro é a soma do agora e do antes
Igual todos, o meu passado não conserto
Dessa maneira, nunca há dias sobrantes
Nem algum futuro absolutamente certo.
Despreocupados, então, nossos semblantes
Só traduzem o visível que está por perto
Contudo, muitas vezes, por poucos instantes
Vislumbramos o futuro longínquo aberto.
Cada novo dia traz refrescante brisa
Então o presente vai passando ligeiro
O futuro está vindo à frente, ele avisa
Mas pra um novo dia, falta o dia inteiro.
E acode-nos uma sensação imprecisa:
É, de que virá por anônimos sendeiros.