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Imediatamente o casal declina da criança (????) dizem que não querem pois estavam à espera de uma criança perfeita e que por isso não ficariam com ela.
A "mãe de aluguer" já tinha sua família e até por uma questão ética não havia desenvolvido nenhum vínculo afetivo com aquela gravidez.
A criança nasce e é examinada (virada do avesso) e nada de anormal nem mesmo uma mínima alteração é encontrada. O médico, perguntando à "Mãe-barriga de aluguer" se queria avisar aos pais que seu filho nascera normal, ela respondeu que não pois se quem quer um filho para amar, quer um filho e ponto. Não interessa se ele é assim ou assado. É seu filho e o amará incondicionalmente. Em outras palavras quando se quer um filho, quer-se um filho e não um filho "perfeito" ou loiro ou inteligente ou isso ou aquilo. O médico achou que ela tomou a decisão acertada e completou: digamos que os pais, sabendo que a criança não apresenta alterações, queiram ficar com ela, e por exemplo aos três anos de idade ( Deus o livre) , a criança sofre um acidente e torna-se especial, o que eles farão ? O amor transcende o quem, ou seja, nós amamos o nosso filho seja ele quem, ou como, ou o que for. É nosso filho...E isso é divino...
Apeteceu-me partilhar esta história que ouvi. Na verdade, eu também não estava preparada para ter um filho que não fosse 100 % perfeito. Mas hoje sei que estava muito errada. A vida é muito mais rica com a diferença. Aprendi, da maneira mais radical...mas aprendi !