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quarta-feira, 24 de junho de 2009

exposição ENTRE O TRAÇO E O ESPAÇO


Abre hoje exposição com ilustradores
na ESPM de Porto Alegre




Uma oportunidade rara de ver os miolos dos trabalhos de quatro ilustradores. São quatro ilustradores que trabalham com os meios mais diversos, da música ao cinema, do fanzine ao quadro, mostrando algo de seu trabalho final mas também parte de seus processos, os racunhos, os desenhos preparativos e trabalhos que não são extamente ilustração mas servem de ponto de partida para idéias e soluções. Os ilustradores são Indio San, Diego Medina, Nik Neves e Fabio Zimbres (os dois últimos daqui dessa Grafar) e a curadoria ficou por conta do multifacético Guilherme Dable. O subtítulo da exposição explica tudo: quatro ilustradores e seus processos. São desenhos, pinturas, ampliações, impressos, videos e animações reunidos no belo espaço de exposições da ESPM.

Serviço
Abertura:
Quarta, 24/6, às 19h30
Onde:
Espaço Cultural ESPM
Endereço:
Rua Guilherme Schell, 268
Visitação:
até 15/8,
de segunda a sexta, das 8 às 22h,
sábados das 9 às 15h

quarta-feira, 6 de maio de 2009

exposição NEM TUDO É CARICA




Aos poucos, a Pizzaria do Babbo, em São Paulo, vai se tornando um ponto de referência em exposições de artistas gráficos. Depois de Orlando Pedroso e Samuel Casal, agora é a vez de Rogério Soud exibir Nem Tudo é Carica, uma coletânea ilustrada sobre cinema nacional e outras histórias.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

exposição ESPÉCIES EM TINTAS




O genial Samuel Casal expõe a série Espécies em Tintas, em São Paulo. São gravuras em linóleoque apresentam a fauna divertida e bizarra no estilo inconfundível do Casal. As gravuras estão a venda pelo preço promocional de R$ 150,00.

Serviço
O que: Espécies em Tintas, de Samuel Casal
Local: Pizzaria do Babbo. Rua Joaquim Antunes, 824. Pinheiros, SP
Informações: 3064-8282 e 3082-9065

sábado, 18 de outubro de 2008

exposição CINZA-CHOQUE


Hoje, Rafael Sica inaugura a primeira
individual, no Museu do Trabalho




Em nossa admirada opinião, Rafael Sica devia se chamar Rafaéis Sicas. Não é possível que um só artista gráfico, tão moço e precocemente experiente, produza tanto a cada dia. Felizmente é. De comum com outros bãos desenhistas, só os instrumentos profissionais – lápis, canetas, pincéis, computer. De incomum com quaisquer outros talentos locais e nacionais, as ferramentas internas – o inquieto olhar perscrutador, a capacidade de abrir cortinas onde nem transparecem véus, a engenhosidade em distorcer o cotidiano, a habilidade em encontrar ângulos inéditos de observação dessa sociedade que faz por merecer a sua visão delicadamente corrosiva. Sica às vezes assombra com desenhos límpidos, síntese de extrema clareza das mixórdias urbanas. Noutras, a surpresa vem pela dissecação dos excessos da simplicidade, a ponto de nos revelar mundos e seres que só não existem por falta de suficiente alucinação da nossa parte. Sem nunca deixar a realidade em paz, Sica traça personagens e cenários de sombria concepção. Uma das marcas registradas são os desfechos inesperados em quatro quadrinhos, ou conter uma galáxia de conteúdos num único enquadramento. Outro diferencial é que o Quadrinho Ordinário, no Diário Gaúcho, prescinde da palavra – tamanha a eloqüência dos roteiros mudos. Por isso a expressiva audiência do seu blog, imã singular na net. Esta exposição, com 13 trabalhos criados para a ocasião (além do acervo de originais, como tiras, ilustrações, esboços, desenhos livres), é a chance de conferir de perto a proeza maior do Sica: nele, humor, lirismo e até terror podem se mesclar em poucas ou infinitas linhas, sempre memoráveis. Enfim, de aplaudir com as pestanas. É o que faz daqui, antecipadamente, o Tinta China: clap, clap, clap!

Serviço
O quê:
Desenhos a lápis e borracha,
e outras peças do acervo do autor

Abertura:
Sábado, 18/10, às 19h
Onde:
Museu do Trabalho
Endereço:
Rua dos Andradas, 230, Centro
Visitação:
até 30 de novembro,
de terça a sábado, das 13:30 às 18:30h,
domingos e feriados das 14:00 às 18:30h

terça-feira, 4 de setembro de 2007

exposição HÉLIO COELHO

Duas visões sobre o
trabalho de Hélio Coelho.




Por Fabio Zimbres

Com os pés descalços ele avança, os cipós ele afasta com as mãos. As boas folhas ele deixa marcadas com nanquim pelo caminho e na trama de sua floresta ele vai descobrindo novos espíritos, já velhos de esperar quem os descobrissem. Hélio Coelho é um novo selvagem. No emaranhado das ruas de suas cidades ele redescobre um mundo que ficou para trás e que ficou irremediavelmente sob sua pele, tatuado.



Ele é o conquistador de um país em brasa, as chamas mais altas que o Monte Pascoal afugentam animais que só para ele existem, como se sua retina projetasse sobre sua mente as formas animais, animadas em amarelo fogo. Cascos e patas marcam o chão a sua volta e o convidam a penetrar cada vez mais nas labaredas.



Todo trabalho não é mais que o registro de um caminhar sobre a terra e o que se vê nas telas, papéis, papelões e notas de dinheiro de Hélio Coelho é um velho Brasil de olhos vermelhos: o que foi sem nunca ter sido e o que não será quando chegar sua vez. Da luta entre as impossibilidades e o sonho, do novo selvagem e do velho conquistador, dos olhos cansados da terra e da selva em brasa surgiu um mundo que o Hélio guarda e redescobre todos os dias em cada desenho que ele deixa marcando sua trilha.



Dia após dia, sob o vôo de helicópteros e a ameaça de cataclismas criados pelo homem ou não, velhos hábitos são reproduzidos até ganharem a leveza de um exercício de respiração, até que os pés fiquem leves, o sujeito se perca e velhas casas simples banhadas de sol e sombras de bananeiras voltem a viver. É assim que todos os dias renasce o mundo que Hélio reinventa e tira da escuridão.



Por Otto Guerra.

Hélio Coelho nasceu no mesmo ano que eu, 1956. Mas quando o conheci, em 2005, vi nele eu, menino, com 13 anos. Naquela época, a vida, fora da folha de papel, era opaca. A luz, o frio, o vento e o que mais valesse a pena estava lá. Ia ficando pelos riscos da ponta do meu lápis ou da caneta bic preta. Eram minhas histórias em quadrinhos.



Ver o Hélio desenhando me dá uma puta saudade de mim mesmo. Perdi a ingenuidade e parei de desenhar as histórias, mas cruzar com o Hélio me trouxe automaticamente a sensação de estar lá de novo. Se eu desenhasse ainda, estaria copiando o Hélio.



Serviço
Exposição: Hélio Coelho
Onde: Museu do Trabalho
Quando: Até dia 28/10
Endereço: Rua dos Andradas, 230

terça-feira, 10 de julho de 2007

exposição JUNIOR LOPES EM POA

Rasgos de genialidade em
retratos com retalhos



Nas artes plásticas cabe tudo, desde o incabível até o descabido. O que cai como luva de mil dedos no Junior Lopes. Para esse inquieto cartunista e caricaturista goiano-paraense-paulistano, não teria cabimento ficar só no risca-rabisca. Caberia tentar técnica inédita para retratar, ousar não ser apenas mais um retratista? Como se vê nos seus retratos com retalhos, coube. E cabe mais: nesses remendos, Junior Lopes avizinha a arte têxtil das artes gráficas. A maior parte do que ele cria começa em tecidos e acaba quase tudo em páginas.



Como ilustrador original, inaugura algo híbrido. Cabem perguntas: ainda é desenho? Ou já será tecitura? Seja o que for, o resultado fascina. Como surpreende o processo. Só vendo, como já vi: em vez de riscos, fiapos; no lugar de traços, trapos; como manchas, estampas. Simples e funcional assim. E embasado, também: por trás das criações, há retinas bêbadas de contracultura, viciadas nos códigos de signos e aliviadas pelo colírio da cultura pop. Coisas mal vislumbradas nas texturas. Mas que deslumbram: você se aproxima, vê só panos; se afasta, aí avultam ícones culturais. Nada mais gestaltiano.



Voraz consumidor visual, no imaginário cult de Junior Lopes há gestações inimagináveis. Enquanto rasga, recorta e retalha, ele se aventura em busca imagística que, por ser feita de pedaços de incertezas, só o prazer aflitivo da fruição lhe é garantido. Até que os restos de rostos se rearranjam numa fisionomia única. Instintiva e intuitivamente – isto é, com um olhar que sabe onde pisa e com outro que nem quer saber onde é o chão – Junior Lopes logra o gozo de configurar outro ídolo genial. Essa é a sua vertigem, diz ele. O nosso assombro, digamos.

Ah, não mencionei nenhuma tesoura? Acessório ordinário em meio ao extraordinário. (Fraga)

Serviço

Exposição: Rasgos de Genialidade
Autor: Junior Lopes
Onde: Centro Cultural CEEE Érico Verissimo
Quando: Até 14/7, de terça a sábado
Endereço: Rua dos Andradas, 1223

sábado, 7 de julho de 2007

exposição ORLANDO PEDROSO EM POA




Há pessoas que desenham como se o nanquim – ou o guache ou a aquarela ou o pastel ou o acrílico – coagulassem em sua veia criativa antes de qualquer inspiração poder fluir sobre o papel. Tipo eu. E há pessoas com um sistema circulatório artístico completamente desobstruído, que favorece o jorro do talento com qualquer material. Tipo o Orlando Pedroso. Você olha um único desenho e não precisa ser especialista em arte pra diagnosticar: esse cara jamais teve ou terá qualquer bloqueio criativo. Pelo contrário: quando admiramos a fluidez do seu bico de pena (por exemplo, ao folhear seu livro Moças Finas) nossas artérias é que se aceleram, com o prazer visual. Esse sensual livrinho, aliás, nasceu dessa agilidade gráfica do Orlando Pedroso, a partir de uma seqüência de postagens no blog do Solda. Como se explica tamanha capacidade e qualidade?



Coisas de DNA. E da experiência e da cultura, acumuladas: sua trajetória de ilustrador já tem 30 anos, mais de 20 na Folha de São Paulo. Por isso se dá ao luxo – ele pode se dar! – de manter na internet duas galerias da sua produção, uma de trabalhos publicados, uma outra de inéditos; imagine, um artista que dá a você a opção de onde babar. O tempo livre (!) Orlando Pedroso ocupa com exposições individuais e coletivas, como os salões de humor. E nesses últimos, o talento dele se vale (ainda!) de outra ferramenta, a câmera, para abastecer seu terceiro espaço eletrônico, o blog só desenhistas, que por si só é uma valiosa contribuição à memória nacional. Para saber mais desse fenômeno do traço e da cor, faça como seus admiradores: prestigie a exposição Uns Desenhos no Museu do Trabalho. Lá, com certeza, haverá um outro tipo de AVC: Admiração Visual Coletiva. (Fraga)

Serviço

Exposição: Uns Desenhos
Autor: Orlando Pedroso
Onde: Museu do Trabalho
Quando: até 19 de agosto de 2007
Endereço: Andradas, 230