Mostrar mensagens com a etiqueta rtp. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta rtp. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O País Pergunta

Este novo programa da RTP, em que o Primeiro-ministro se sujeitou às perguntas de 20 cidadãos, é interessante. Mas precisa de alguns retoques, quanto a mim.

Aspectos positivos:

- o "entrevistado" estar perante as questões dos cidadãos sem qualquer tipo de filtro, sem saber que questões lhe poderão ser colocadas. Para os que acham que os políticos ensaiam tudo...

- a proximidade que se estabelece entre os cidadãos e o "entrevistado". Passos Coelho fez bem em tratar as pessoas pelo nome quando respondia. Isto, num país de doutores e engenheiros, deve ter incomodado outros tantos...

- o à-vontade com que o Primeiro-ministro se apresentou.

- surgirem perguntas com pormenores que nunca são colocadas a quem lidera as nossas instituições.

- numa sociedade como a nossa, que infelizmente está cada vez mais virulenta, intolerante e sem respeito, as perguntas serem feitas com notável bonomia. (Se pensarmos que muita gente acha que o criminoso é este Governo e não o caminho que nos trouxe até aqui, não deixa de ser significativo o ambiente que prevaleceu no estúdio).

- ser um formato televisivo testado e normal noutros países ditos mais avançados e democráticos. E nessa medida o resultado poder ser comparado com o que acontece por lá.

Aspectos negativos:

- o programa, de 90 minutos, ser um bloco único. Deveria ter um ou dois intervalos. Como está é cansativo para o público, para o "entrevistado" e para o jornalista.

- ser exagerada a quantidade de questões colocadas: 20. Poderiam ser apenas 10, com a possibilidade de o jornalista tentar aprofundar aquilo que é respondido.

os cidadãos fazerem perguntas que nunca mais acabam, sem objectividade nem clareza, alargando-se em "enquadramentos". Talvez as perguntas pudessem ser tratadas jornalisticamente antes de o programa ir para o ar. Não se trata de "censura", como alguns estarão a pensar. Trata-se de centrar e resumir a pergunta do cidadão.

- os cidadãos acharem que o político entrevistado tem de saber de tudo. Não, não tem. Se numa empresa um director não sabe de tudo, muito menos um político tem de saber. Por isso achei muito bem quando Passos Coelho respondeu singelamente a uma questão "não sei".

- o político poder "dar a maior tanga" ao cidadão sem qualquer contraditório, ou simplesmente falar sem responder minimamente à questão (por exemplo, como o Primeiro-ministro fez em relação à pergunta do taxista sobre combustíveis). E com isto não estou a defender que haja debate com o cidadão.
Este ponto pode facilmente ser resolvido com a possibilidade de o jornalista insistir em aprofundar determinadas respostas.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Coisas que não entendo

Nos últimos dias tem sido notícia a mudança da empresa que faz as medições das audiências televisivas.
Alegadamente, a escolhida era a pior em termos técnicos, mas a mais baratinha.
Para esta nova medidora a RTP caiu a pique.
A RTP contesta. Que a coisa é mal medida. E mais não-sei-quantos.
O que faz então a RTP?

Se perdeu, a culpa é de quem não vê a RTP - não de quem mede a audiência.
Se a medição não presta, a audiência é igual à anterior, logo não perdeu audiências.
Publicidade? Mas a RTP não é paga pelos impostos dos portugueses (mesmo daqueles que não a vêem ou nem sequer têm TV)?

Estou a dizer alguma barbaridade?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

terça-feira, 30 de agosto de 2011

TV Portugal?

Miguel Relvas, Ministro dos Assuntos Parlamentares, declarou hoje que "não é possível" manter a RTP Madeira e a RTP Açores a funcionar "custando 24,7 milhões de euros por ano".
Os canais regionais vão passar a emitir apenas entre as 19h e as 23h a partir de Setembro.


Por outro lado, revelou que a RTP Internacional deve ser a "grande aposta" da empresa para o futuro mais imediato. "Queremos que a RTP Internacional seja a TV Portugal".

Miguel Relvas é muito voluntarista...
Perante estes anúncios, quando começam a demitir-se os membros da comissão que vai estudar o que é serviço público, hein?
Se o ministro já diz o que vai fazer, não faz sentido uma comissão estudar o que quer que seja para propor eventuais mudanças na televisão pública.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Imparcialidade de serviço público

Consta que António Vitorino vai deixar as suas "Notas Soltas", na RTP, às segundas-feiras.
Consta que devido a isso Marcelo Rebelo de Sousa terá de acabar com as suas "Escolhas de Marcelo", no mesmo canal, aos domingos. (jornal I)

Consta que eu não percebo que raio de liberdade de expressão, direito à igualdade, wathever este canal de serviço público promove.
Se querem assim tanta "imparcialidade", porque não porem o mesmo tempo de antena sobre artes, literatura, cultura indígena ou exótica que põem para cada estopada futebolística?

Vão gozar com outro!

domingo, 1 de março de 2009

Flor-de-Lis

Ontem na RTP foi dia do Festival da Canção, aquele clássico do canal público que já ninguém vê. Apesar da histeria de um co-apresentador que estava junto dos concorrentes...
Fui espreitando. E gostei de ver os Flor-de-Lis vencerem! Com tema "Todas as ruas do amor"...
Já os conhecia desde o ano passado, através de uma amiga comum.
São um grupo novo, lá para os lados de Odivelas.



Gosto!!

My Space do grupo aqui.

É curioso notar que se não fosse a votação por distritos (que não faço ideia em que termos é feita) a vencedora seria Luciana Abreu com um tema chamado "Juntos Vamos Conseguir" (de onde é que isto me é familiar...?) Que cidadãos que nós temos, hein?

A vitória dos Flor-de-Lis foi a vitória da simplicidade. Ver notícia no DN.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O melhor cromo do momento

Quem vê Os Contemporâneos, já deve ter dado umas belas gargalhadas com o melhor cromo criado pela TV portuguesa dos últimos tempos:


Nuno Lopes é o melhor deste programa de humor da RTP. Sarcástico, descomplexado, certeiro. Um achado!

Ontem a vítima foi uma criança de berço. Genial!!

sábado, 26 de janeiro de 2008

Malato - o talk show

Ontem a RTP voltou aos talk shows, com o "Sexta à Noite com José Carlos Malato".

Hummm... gostei!

Os convidados de ontem foram Mariza e Simone de Oliveira. Mais os actores da nova "Vila Faia". E ainda Soraia Chaves.
A conversa com as duas primeiras fluiu bem. Talvez perguntado coisas repetitivas (face a outros programas semelhantes), mas bem enquadradas.
A conversa com a Soraia foi fraca. Ela não fala muito. E evidencia uma timidez que fica oculta nos filmes em que participou.
No geral, o programa é bom... Leve. Diversificado. Com o humor genial do Nuno Markl (quando se notou que o Malato estava mais solto). Com alguns momentos musicais.
Ontem, como estreia, houve muito o incentivo ao programa e ao apresentador.
Vamos seguir nas próximas semanas, e esperar convidados e conversas interessantes e invulgares.
Tem pernas para andar, com alguns ajustes aqui e ali.
Já fazia falta um programa assim na televisão portuguesa.

domingo, 11 de novembro de 2007

Sem gravata

Num destes dias apanhei o José Alberto Carvalho a apresentar o Telejornal sem gravata. Inicialmente pensei: "esqueceu-se, e vai po-la durante uma notícia maior, ou no intervalo. Ou talvez a tenha sujado e não dê para usar". Mas costumo ver as notícias em zapping, pelo que não dei grande importância ao facto, embora tenha reparado no pormenor.

Afinal não foi nenhuma das minhas hipóteses. Trata-se, sim, de uma nova filosofia na RTP. Porque não? Não me parece mal, e até me agrada a ideia.
Como o próprio José Alberto Carvalho refere em entrevista ao DN, informalidade não quer dizer falta de credibilidade. Concordo.
A RTP podia aproveitar para outra mudança no seu principal serviço noticioso: reduzi-lo a 30 ou 45 minutos no máximo. E ter alguns programas de debates e/ou reportagens por semana. É uma lacuna na RTP. Não basta a "Grande Entrevista" e a "Grande Reportagem", ainda mais para um canal que enche a boca com "serviço público".
A nível da programação do canal, podia ter um pouco de bom senso na definição de horários. Por exemplo, no chamado "filme do mês". O de hoje tem início agendado (segundo o Público) para as 23h25!
Alguém que trabalhe no dia seguinte fica a ver um "filme do mês" que começa a essa hora?!

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Choque de valores, na RTP


Esta noite, na RTP1, Prós e Contras, às 22h40. Debate intitulado "Choque de Valores", tentando delimitar as arestas da direita e da esquerda. Tendo em conta os intervenientes, deve valer a pena. Pelo menos, para ouvir Adriano Moreira, "pai espiritual do ISCSP", como gosto de lhe chamar.

"A França decide a presidência!
Os madeirenses escolhem o líder!
Em Lisboa espreita um novo acto eleitoral!
Direita ou esquerda?
O que valem estes conceitos?
Que agendas políticas suportam?
O que significa ser de esquerda ou de direita?
O Choque de Valores com Mário Soares, Adriano Moreira, Miguel Portas e Paulo Rangel no maior debate da televisão portuguesa."

segunda-feira, 26 de março de 2007

Salazar, esse grande português...

Triste país este, que em 10 séculos de história só tem um ditador como figura de referência, e que escolhe como o seu “maior”.
Ainda para mais um país que já foi potência mundial, império, tem grandes feitos na sua história, e que se reduz identificando-se com uma personagem de um século pouco notável na nossa vida colectiva. sim, o séc. XX português é de um constrangimento enorme!

Salazar e Cunhal são duas faces da mesma moeda. E foram escolhidos como a primeira e segunda personalidades de referência. Um ditador, outro que – felizmente! – não teve o poder para o ser.

O resultado deste programa da RTP é a prova de que a revolução de mentalidades está longe. E urge ser feita.

Salazar nunca se submeteu a eleições. Ironicamente, é ele o escolhido na votação de um programa-concurso televisivo.

O resultado oficial, de acordo com a RTP, é o seguinte:

1º António de Oliveira Salazar - 41,0%
2º Álvaro Cunhal - 19,1%
3º Aristides de Sousa Mendes - 13,0%
4º D. Afonso Henriques - 12,4%
5º Luís de Camões - 4,0%
6º D. João II - 3,0%
7º Infante D. Henrique - 2,7%
8º Fernando Pessoa - 2,4%
9º Marquês de Pombal - 1,7%
10º Vasco da Gama - 0,7%

Nº total de votos válidos recebidos: 159.245
Nº total de chamadas recebidas: 214.972

No início, aquando da primeira polémica pela ausência de Salazar na lista de sugestões de grandes portugueses, defendi – e mantenho – que este devia constar. A democracia pressupõe essa liberdade. Tal como não me choca o museu que querem fazer em Santa Comba Dão, terra do senhor. Desde que não seja uma lavagem da memória!

O que me incomoda é que passados 40 anos após a sua morte, e pouco mais de 30 sobre a queda do seu regime – portanto, com cidadãos que viveram sob a sua ditadura! – haja quem vote nele para “grande português”.

Tanto português notável nesta curta lista de 10 finalistas, e os dois primeiros lugares são ocupados pelas piores personagens…. Que comparação fazer com nomes realmente grandes como Churchill, De Gaulle, Reagan…?
Vale a pena pensar nisto!

Notícias deste momento televisivo no Público e no SOL.

quarta-feira, 7 de março de 2007

50 anos de RTP


50 anos de televisão em Portugal. 50 anos de RTP.
Com momentos altos e baixos, é, sem dúvida, um canal de referência.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

D. João II

Esta noite (23h35), no âmbito do programa-concurso Grandes Portugueses, a RTP apresenta o documentário relativo ao rei D. João II.
"O deputado Paulo Portas apresenta o documentário dedicado a D. João II, salientando que o governo do Príncipe Perfeito deixou-nos a mais extraordinária herança da História. Em apenas 14 anos de reinado, D. João II traçou o futuro do país como ninguém o fez até hoje. Colocou-nos ao nível das maiores potências da época. Promoveu o crescimento interno, planeou a expansão ultramarina.
Segundo Paulo Portas, Maquiavel terá pensado em D. João quando escreveu o “Príncipe”. Foi Lope de Veja quem lhe chamou “Príncipe Perfeito”. Isabel a Católica chamava-lhe, com admiração e respeito, “o homem!”. Dom João II mudou o destino de Portugal. Fundou o Estado Moderno e planeou a expansão ultramarina. Institucionalizou Portugal como potência mundial no final do século XV.
Para Paulo Portas, o Tratado de Tordesilhas é o testemunho exemplar da incomparável astúcia política e da visão de futuro do mais importante português de sempre: D. João II."

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Grandes portugueses: D. João II

Como já devem ter reparado, tenho seguido com algum interesse o programa Os Grandes Portugueses, que a RTP tem promovido. (Confesso: também segui com curiosidade o Pior Português... na SIC Notícias em colaboração com O Inimigo Público).

Neste programa já houve vários alegados vencedores: Salazar, Cunhal... e hoje li que D. Afonso Henriques estaria em primeiro lugar. Antes de mais, ter os primeiros dois como vencedores deste programa-concurso é demostrativo da curta memória lusa (sim, os dois viveram no séc. XX!): ambos são as faces de uma mesma moeda. O segundo só é alegado herói porque se opunha ao primeiro. E porque nunca teve o poder de facto. Seria mais uma ditadura, simétrica da de Salazar.

Se por mais não for, este programa da RTP tem o mérito de pôr (alguns) portugueses a interessar-se pela nossa História. No âmbito do programa têm sido apresentados documentários sobre a personalidade, importância histórica, feitos dos 10 finalistas. Para já não vi nenhum, mas admito que terão algum interesse. Cada um dos finalistas tem um advogado, responsável pela sua defesa no documentário e nos vários programas-debate que têm acontecido.
De qualquer forma, a minha escolha - desde o início! - recai em....

No texto alusivo a este finalista, a RTP apresenta-o assim:

"Duas palavras descrevem D. João II: clarividência e determinação. Com apenas 19 anos planeou a expansão marítima portuguesa e pensou grande: assinou o Tratado de Tordesilhas, assegurando para Portugal a posse do Brasil e a manutenção do comércio com a Índia. Foi um monarca implacável, que não hesitou diante de nada para atingir os seus objectivos. Mesmo que isso significasse aniquilar os inimigos. Tinha uma jovem austeridade, mas o seu sentido de justiça tornou-o querido do povo. “Colocou Portugal no centro do mundo”, diz o historiador de arte Anísio Franco."

O advogado de D. João II é Paulo Portas. Num recente artigo no semanário SOL, Portas escreveu o seguinte:

"O que faz de D. João II um português verdadeiramente notável não é ter sido patriota, autocrata, destemido, hábil, piedoso ou sequer visionário. Outros também o seriam. O que faz do Príncipe Perfeito o verdadeiro génio de um Portugal-que-nunca-mais-se-repetiu é ter sido absolutamente moderno na sua época. É ter tido a noção do risco, o prazer da vanguarda e a escala de ambição que deram consequência à sua visão. Com os ‘ídolos’ do século XX, virámos o milénio na honrosa posição de país mais pobre da Europa; com os heróis de Quinhentos, tivemos meio mundo à disposição. Votem Cunhal, votem Salazar e vivam felizes…
Ah! Pequeno detalhe: no tempo de D. João II não havia sondagens. Suspeito que foi a sorte dele. Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Pêro da Covilhã, Afonso de Albuquerque e alguns mais nunca teriam partido se alguém se lembrasse de perguntar à ‘opinião pública’ se concorda, discorda, não sabe ou não responde, com a seguinte política: aceita morrer, naufragar, não voltar, encontrar mostrengos, topar com sobas, passar equadores, desafiar tempestades, cair aos infinitos e confiar nas estrelas – em nome da Coroa?”"

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Os grandes portugueses

Na RTP está a decorrer um debate sobre "Os Grandes Portugueses".
Vários convidados a falar sobretudo - e infelizmente! - do alegado primeiro lugar em que estão Salazar e Cunhal.
Se estas posições são verdadeiras, o debate poderia ser conduzido noutro sentido: chamando a atenção para os outros 8 finalistas: D. João II, Camões, Aristides Sousa Mendes, D. Afonso Henriques, Fernado Pessoa, Infante D. Henrique, Marquês de Pombal, Vasco da Gama.
A partir da próxima terça-feira, a RTP irá exibir documentários alusivos a cada um destes finalistas. A ver, sem dúvida.
O Nuno Artur Silva, das Produções Fictícias, também é convidado esta noite. Ele, no programa Eixo do Mal, da SIC Notícias, está a promover um concurso paralelo chamado "O Pior Português de Sempre". Um gozo! E Mário Soares surge destacado...