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domingo, 29 de novembro de 2009

Pois... é um problema

Downloads não podem ser penalizados, lembra ministra da Cultura. (Público)

"A legislação portuguesa permite a reprodução de uma obra para fins privados (e um download pode caber nesta definição)".
A governante defendeu ainda que o caminho a seguir deverá ser o da penalização de quem fornece os conteúdos. "Penso que devemos penalizar o servidor que permite que os 'downloads' sejam feitos e aí é muito mais fácil actuar e fazer legislação", disse.

Cá está a ministra bonita deste governo, Gabriela Canavilhas, a dar o ar da sua graça.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O fim do anúncio?

O anúncio do Pingo Doce gerou uma fenómeno que não se via em Portugal há muito tempo: uma enorme onda de contestação que já chegou à net.
Há t-shirts contra o anúncio, há grupos no facebook, há abaixo-assinados... e hoje não dei pelo anúncio na rádio ou TV...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Limpeza de Msn.‏

Se receberem um mail com este conteúdo e o assunto acima APAGUEM sem lá entrar.

"Oi, tudo bem?
Estou fazendo uma limpeza na minha lista de contatos, estou conferindo qual dos meus amigos me bloquearam ou deletaram do msn,
se você deseja conferir também acesse: www.apagado.net
Clique aqui para entrar"


Não façam o que eu fiz... :S

domingo, 21 de junho de 2009

Isto já não é abuso?

«(...) o Executivo prepara-se para aprovar, em Conselho de Ministros, um diploma de combate à criminalidade, que prevê buscas a computadores sem que haja necessidade de autorização judicial.
Os investigadores vão poder interceptar e registar dados de tráfego, bem como o conteúdo de informações, segundo a proposta.
O documento prevê ainda que os fornecedores de serviços de comunicações sejam obrigados a colaborar, facilitando o acesso ao sistema informático e aos dados armazenados. Além disso, essas empresas têm de revelar dados sobre o assinante sob suspeita.» (TSF)

Em nome da liberdade, da luta contra a criminalidade, e de mais não sei o quê, o Estado continua a criar uma malha e a entrar-nos pela casa dentro. Com esta, nem sequer é preciso o despacho de um juiz: é à vontade de sei lá quem.

É de mim, ou isto já ultrapassa os limites mínimos da liberdade e do bom senso?
Eu tenho medo deste Estado, muito medo.
Como escrevia há uns tempos Pacheco Pereira, a máquina está montada; só falta alguém que a queira usar...

sábado, 7 de março de 2009

Blogosferando - 18

1 – os que só querem as uniões de facto com os direitos do casamento, mas sem as chatices dos deveres. No Corta-fitas.

2 – a crise tem servido para muita coisa. Sobretudo para lixar os mais desgraçados. Há uns dias foi Silva Lopes a sugerir o congelamento dos salários normais e a redução dos mais elevados. (Público)
Agora foi a vez de Bagão Félix dar a sua receita: “descontar mais, receber menos ou trabalhar mais” são as opções que se colocam aos trabalhadores portugueses. A Marginália fez TODAS as considerações que me passam pela cabeça perante isto.
A estes senhores que dão soluções-maravilha para a crise, gostava de vê-los viver um mês com dois salários mínimos nacionais... pronto… dava-lhes a benesse dos 1000,00€…
Há coisas que me tiram do sério!

3 - N'A Origem das Espécies: "Os noruegueses já responderam a esta proposta da indústria: vigiar a internet de cada um é como os correios começarem a abrir e ler as nossas cartas. Claro que o problema dos ‘downloads’ ilegais é grave – mas querer propor às operadoras que devassem os nossos consumos de internet para bloquear o serviço, é, digamos, mau sinal."

4 - Também n'A Origem das Espécies: a prova de que António Barreto tinha razão quando afirmou que "o Magalhães é o maior assassino da leitura em Portugal". Nem o Ministério da Educação lê o que se põe dentro do sacrossanto computador da propaganda...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sob o domínio dos mares

"A Google está a estudar uma mudança dos seus computadores para um ou mais barcos no alto-mar para poupar nos impostos, mas também na energia. A Microsoft está a ponderar uma mudança para a Sibéria, ao passo que a Sun Microsystems estuda a ida para uma mina de carvão abandonada."

Notícia completa na TSF.

Interessante!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Evoluções tecnológicas

Primeiro OUVIA-SE rádio.
Depois passou-se a VER televisão.
Agora VAI-SE à internet. Ou NAVEGA-SE.

Da completa passividade à pura interactividade.

sábado, 26 de maio de 2007

Internet

A Internet, essa janela cheia de oportunidades e de riscos.
Por um lado, permite ver outros mundos, encontrar novos amigos, encontrar velhos amigos, pessoas fora de série.
Por outro, pode trazer muitos perigos, ser uma porta aberta para o crime, para a mentira, para o sofrimento.

A propóstio desta notícia: Cada vez mais menores fogem na sequência de contactos feitos na Net” (
PÚBLICO)

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Falar de blogues

Ao início da noite fui assistir a um colóquio na Livraria Almedina (no Atrium Saldanha) sobre blogues. Já o ano passado tinham organizado uma série de debates sobre este fenómeno (e este ano este é já o terceiro, mas só ontem descobri o evento…).
Hoje o tema era “Falar de Blogues com Cronistas”. E contou com a participação dos autores do Abrupto (José Pacheco Pereira), do Bicho Carpinteiro (José Medeiros Ferreira), da Bomba Inteligente (Carla Quevedo) e do Glória Fácil (Fernanda Câncio). E as questões sobre a mesa eram apresentadas assim: “Há cronistas que têm blogues. Porquê? O que acrescenta o blogue à crónica na imprensa e ao comentário na televisão?”

Se calhar, haverá quem ache estas coisas uma baboseira. Mas, para quem tem um bloguito, ajuda a ver as coisas com outros olhos, a ter alguns conceitos e a perceber o que é este mundo da blogosfera. É um pouco como respirar: todos o fazemos desde sempre, mas só passados muitos anos é que aprendemos os conceitos e os mecanismos que nos permitem respirar.

Não tendo chegado a tempo de ouvir a Carla Quevedo e parte da intervenção de Medeiros Ferreira, deu para seguir os restantes intervenientes. O grosso da questão estava na caixa de ressonância que os blogues são dos restantes media e vice-versa.
Interessantes os depoimentos de Medeiros Ferreira e de Pacheco Pereira, que têm a experiência da censura. Portanto, a vivência de um mundo de limitação da liberdade de expressão – antes – e da blogosfera – agora. Medeiros Ferreira diz que a blogosfera é a esfera da liberdade de expressão por excelência.

Alguns apontamentos do colóquio:

- Fernanda Câncio defende que os jornalistas têm opinião. E têm direito à opinião. Afinal um jornalista é um ser humano, e como tal tem perspectiva sobre os acontecimentos.


- Carla Quevedo, a finalizar, diz que a blogosfera é um espaço de generosidade, na medida em que ninguém é pago para lá escrever (embora já haja publicidade paga nos blogues), e em que cada um se expõe, expõe o seu pensamento, a sua visão do mundo. (Curiosidade: o blogue chama-se Bomba Inteligente porque é assim que Carlos Quevedo trata a autora. Digamos que sim).

- Medeiros Ferreira afirma que “o blogue é um instrumento de sedução, enquanto no jornal é mais namoro”. Isto a propósito das linguagens.

- Pacheco Pereira refere que “tenho este vício de ter opiniões e gosto de as divulgar”. Isto a propósito dos episódios por que passou devido a escrever em jornais desde os seus 14 anos.

Na hora das perguntas e respostas, uma questão que me surgiu a propósito: blogues e restantes media acabam por ser uma caixa de ressonância uns dos outros (sobretudo nos blogues políticos, que são a maioria). E quem escreve nos jornais normalmente tem de cingir-se a essa actualidade. Por outro lado, num blogue é possível diversificar, abrir novas janelas, através de fotografias, poesia, escrever de outros temas que não a actualidade (pelo menos não se sente essa obrigação). E a experiência do GONIO, que era muito comentário da actualidade, mas ao qual estou a tentar imprimir um outro cunho mais variado e humano (até porque não sou o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa para comentar tudo e arredores), e menos caixa de ressonância da actualidade.
Lá não fui assim tão claro, talvez por isso os comentários passaram ao lado. E também já era hora de acabar o colóquio.

É sempre interessante assistir a estas palestras. Aprende-se sempre qualquer coisa.

A próxima será a 22 de Junho, com José Luís Orihuela. Trata-se de um “professor na Universidade de Pamplona, que tem corrido o mundo a falar de blogues e a formar especialistas e não especialistas na Web 2.”
Para finalizar, um pequeno apontamento: hoje é o Dia da Internet (Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação).

terça-feira, 13 de março de 2007

Hi5

José Alberto Carvalho, há algumas semanas na revista ÚNICA, do Expresso:

“O Hi5 é, de certa forma, um espelho das novas formas de aproximação entre as pessoas e de como adolescentes, jovens adultos e adultos se vêem a si próprios. O fenómeno destes “sites” comunitários (Hi5, Frienstar, MySpace e com características ainda mais especiais o YouTube) leva-me, de vez em quando, a percorrer aquelas páginas. Sugiro, aliás, que este gesto seja obrigatório para quem tem filhos prestas a entrar (ou em plena) adolescência. Percebendo a lógica comunicacional que ali se instala e que os seus utilizadores procuram, há porém uma característica que vinca.
Nos breves parágrafos em que fazem a sua apresentação, os utilizadores destes “sites” descrevem-se com frases do género “Sou boa pessoa, tolerante, não suporto que me pisem os calos. Adoro os meus amigos e faço tudo por eles. Sou simpático/a, perfeccionista e bom ouvinte. Amo a Vida!” Ninguém descreve os seus defeitos; se o faz é apenas porque pretende marcar um “estilo”. As fotos que acompanham estas breves descrições são escolhidas a dedo e pretendem reforçar o que foi escrito no perfil ao mesmo tempo que procuram aguçar a curiosidade de quem – quem? – percorrerá aquelas páginas. Insinua-se o mistério; cada um apresenta-se como único. Nestas páginas não há espaço para a imperfeição, para o erro. E é assim que estas pessoas, cada vez mais, em breve todas, se aproximam umas das outras. Só aí, no contacto real verificarão se o “perfil” era honesto. Entrámos assim numa fase de afirmação da humanidade vertiginosamente narcísica e hedonista. Quais 15 minutos de fama! Nem essa, a fama, é o que já foi.”
Estes sites são tudo isto e muito mais.
Graças ao Hi5, já encontrei amigos de que não sabia há anos! Que estão até no estrangeiro!
Afinal, com as novas tecnologias, o mundo é mesmo uma aldeia global.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Mensagens instantâneas

Há uma semana, Ana Sá Lopes escreveu no DN sobre a vida antes do Google. Esta semana escreve sobre as maravilhas das mensagens instantâneas. Ou melhor, do messenger, ou msn.
Cá fica o texto:
"No último fim-de-semana o meu filho instalou-me o messenger. Uma revelação. Andei anos a fugir do bicho - como de quase tudo o que possa causar dependências variadas. Alguns dos meus amigos fazem parte do clube dos "agarradinhos do messenger" e eu não queria. Durante muito tempo, expliquei-lhes que tinha mais que fazer. O que era razoavelmente mentiroso: perdi tempo noutros lugares e coisas.
Julgava que o evidente gozo da mensagem instantânea e fragmentada se resolvia bem com as sms. Mas também isso era falso: comparada com o messenger, a sms é uma operação da Idade da Pedra. É instantânea quando é: nem sempre a mensagem é entregue a horas, nem sempre o interlocutor está disponível. Perde-se o prazer do sms quando a resposta não é imediata - horas depois já estou "noutra", o instante passou, o fragmento de desejo de comunicação dissolveu-se, a minha disposição, o meu interesse e o meu chip mudaram irreversivelmente.
O encanto do messenger é que reproduz o instante e o desejo de falar é instantâneo e depois passa (muitas vezes passa).
O messenger imita o diálogo verbal fragmentário: a conversa como ela é, a conversa na esquina, as duas tretas que se dizem à beira da máquina do café (às vezes as melhores das tretas), aquilo que neste segundo eu desejo dizer a alguém, neste segundo apenas e que vai morrer no segundo seguinte se não for dito. Vai morrer porque não será mais dito e porque o desejo passa.
Ainda estou a dar os primeiros passos nisto. Já tenho o endereço do meu filho, do meu pai e dos amigos próximos que têm messenger. Comecei a convencer outros a registarem-se no coiso: tive um desejo súbito de lhes falar e, por serem excluídos da comunidade, não consegui.
Mas a experiência radicalmente nova foi ralhar no messenger. Mandei em mensagem instantânea o meu filho estudar.
- Vai estudar.
- Deixa-me ficar mais um bocado no msn.
- Não pode ser. Tens que ir já estudar.
- Mãe, não me obrigues a bloquear-te!!!!!
Bloqueei. Mas são doces ou mais doces as discussões online."

sábado, 3 de março de 2007

A vida antes do Google

A Ana Sá Lopes escreveu no DN um texto delicioso sobre "a vida antes do Google". E antes dos telemóveis. E da internet...
Já ninguém se lembra, não é?
"Quando o meu filho nasceu não havia telemóveis. Quer dizer, haver havia, mas quase ninguém tinha. Como ele nasceu durante uma "ponte", com metade da família em lugares incertos ou sem telefone fixo, quase ninguém soube no dia. [E isso foi importante? Nada. Hoje, para qualquer um de nós, o apagamento dos telemóveis durante um acontecimento destes tornar-se-ia uma catástrofe e alguém ficaria infeliz.].
A verdade é que vivíamos bem. Conseguíamos estar incontactáveis e bem. Hoje isso parece-me um absurdo. Como é que estávamos bem sem ninguém saber de nós? Como é que passávamos horas longe dos nossos filhos, às vezes sem telefones fixos à mão? E, pior, sem medos? E sem estar a presumir infidelidades? Acreditando piamente no livre arbítrio da vida, nas pessoas que se atrasam, no nada que é o que mais das vezes acontece? Como é que dávamos aos outros um agora facilmente alienável direito à autonomia (poder estar sozinho)?
Que coisa esquisita - agora ao escrever isto sinto-me uma espécie de neandertal do passado recente, como se tivesse havido uma linha contínua dos meus avós até mim, abruptamente quebrada pelo telemóvel, pelo google e pela Internet. Como se o mundo estivesse dividido entre o depois da electricidade e o antes da Internet. E como se, e isto é a pior das loucuras, houvesse nisso um qualquer rasto de virgindade. (No primeiro capítulo de A Morgadinha dos Canaviais, Henrique, o herói urbano-depressivo da época de Júlio Dinis, aloja-se na casa sem luz das tias minhotas, onde começa a redescobrir a felicidade. Estas conversas tecnonostálgicas aproximam-se um bocado desse moralismo reconfortante, eu sei.)
Por exemplo, durante algum tempo, alguns de nós resistimos ao telemóvel (António Barreto escreveu deliciosos manifestos furiosos). Eu também resisti e essa resistência, ainda hoje cultivada esporadicamente, parece hoje um arcaísmo irresponsável. E antes do google, como vivíamos antes do google? Telefonávamos mais (dos fixos) para "saber coisas" ou íamos aos centros de documentação? E antes do mail? Nos anos 60, um famoso jornalista de Lisboa já enviava, de casa, as suas peças para o Diário Popular - mas de pombo-correio. Havia vida antes do google. Uma vida remota, misteriosa."