O sonho viajante
Quimera escondida para lá do extenso vale
por entre a floresta, vejo o teu manto deslumbrante
és a borboleta rara que quero muito anseio
bate o peito acelerado quando te vejo de rompante
Ao ver-te assim tão bela, a teus pés vejo mil flores
sopé verdejante, cheio de vida, sinto o teu aroma no ar
perfume de rainha, oásis proibido aos caçadores
mel na minha boca, êxtase para o meu olhar
E sinto que é chegado o dia, a montanha será minha
poder realizar finalmente um sonho antigo de menino
avanço carregando os sonhos de quem ficou pelo caminho
Clamo por forças, sigo correndo perigo
a cada passo, renovo a força, capaz de tudo
por ti, para te ver, para te merecer, avanço mudo.
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Antonio Gallobar