Você sabe quantos brasileiros
nós somos? Na década de 1970, todos sabíamos na ponta da língua que éramos 90
milhões em ação, pra frente Brasil, porque esse era um verso do hino da Copa do
Mundo que nos levou ao tricampeonato mundial de futebol na Copa do México, um
dos eventos históricos mais significativos e importantes de nosso país, como
bem se sabe. De lá para cá, ganhamos outras Copas, perdemos outras, o país
cresceu e a população não parou mais de crescer junto, até chegar aos atuais
204 milhões, conforme dados atualizados do site do IBGE, o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, que tem entre suas principais funções ficar
contando quantos brasileiros nós somos.
Eu, que gosto dessa coisa de
estatísticas e rankings e listas e quetais, fico hipnotizado pelo placarzinho
eletrônico que figura ali na abertura do site oficial do IBGE (http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/),
mostrando a evolução em tempo real da população brasileira. Conforme as
projeções do Instituto, nasce um novo brasileirinho em algum lugar do país,
entre o Oiapoque e o Chuí, a cada 19 segundos. E é batata: você crava o olho no
placar e a cada 19 segundos o último número atualiza. Ontem pela manhã, quando
de minha última olhadela para escrever esta que os amigos agora leem, éramos
204.333.851 brasileiros. Mas crescendo, crescendo, crescendo sem parar...
O legal é que agora o IBGE, que
há décadas já é craque em contar as gentes em nosso país, resolveu ampliar o
espectro de suas pesquisas e já tem até condições de revelar quantos cachorros
e gatos brasileiros existem nesse nosso continental país. Sim, é verdade, a
notícia veio a público ontem: somos 204 milhões de pessoas no Brasil,
acompanhados por uma população de 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos.
Dados oficiais do IBGE! E tem mais: 44,3% dos lares brasileiros possuem pelo
menos um cãozinho de estimação e os gatos são os bichinhos existentes em 17,7%
dos lares. Ah, o Paraná é o estado com o maior percentual de residências com
cães.
Muito interessante. Fico agora
na expectativa das novas ampliações do leque de pesquisas do IBGE, ajudando a
entendermos melhor a formação das populações brasileiras. Depois das gentes,
dos cães e dos gatos, será que saberemos quantos gatunos existem do Oiapoque ao
Chuí? Mãos à obra, IBGE!
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 3 de junho de 2015)