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( Postagem comemorativa de 1 ano do blog )
Aniversário
ROGERIO SANTOS
um
sonho
tem
ene
fatias
e
quanto
mais
se
divide
mais
cresce
e
alimenta
A poesia é o sobretudo que me cobre. O lado de dentro e o lado de fora. Folha de cima é o nome das terras que eram cultivadas por antepassados de minha família paterna. Da mesma maneira, escrever, colocar minhas idéias viagens e experiências no papel ou armazená-las num sítio, é voltar ao cultivo de raízes das quais sou fiél depositário.
Torresmo na Madruga
LETRA: ROGERIO SANTOS
MÚSICA: TONY "PITUCO" FREITAS
Andando
Entre
Deu coceira na virilha
Só de lembrar onde estava
O metrô tava fechado
E caminhar até a República
Pra pegar o Morro Grande
Desviando dessa fauna?
Madrugada paulistana
Nevoeiro de outono
A fome que me abraçava
Aumentava o abandono
Lembrei do pernil do Estadão
Perto da Maria Paula
Mas era dura a missão
E meu dinheiro não dava
Lembrei do Café São Paulo
Onde às vezes encho a lata
Discutindo futebol
Com amigos de bravata
Mas essa é uma outra estória
E o Café tava encerrado
Mas por sorte ou por azar
Havia o boteco ao lado
Esse sempre nos salvara
Nas madrugadas perdidas
Quando o Café nos faltava
O velho "pé-sujo" acudia
Ali eu era de casa
Ali eu pagava fiado
Com ágio de trinta por cento
Mas era super bem tratado
Arrisquei um torresminho
Da mesma velha vitrine
Onde passou alguns dias
Aguardando o corajoso
Vem
Vamos dançar
Mais uma valsa
Nossa taça derrubei
Em desespero eu vi
No chão
Que tudo é fim
Cacos de Paixão
Vis
Mas recriei
Nossa canção
Etérea sensação
Dançamos num salão
Chão
Tolo
De girar
Vou cambaleando
Cada passo que vier
É valsa por ti