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sexta-feira, 1 de março de 2019

GESTÃO PÚBLICA EXIGE MÉTODO

Gestão pública exige método
(Publicado em O DIABO nº 2200 de 01-03-2019, pág 16)

Gerir a coisa pública não é tarefa para amadores impreparados e inexperientes. Embora muitos, sem sequer terem competência para gerir um botequim, acabem por se ver a braços com a gestão de instituições de grande complexidade, sem a consciência de que estão a agir em benefício de um patrão, os contribuintes, que merece ser tido em muita consideração a cada momento.

Por vezes deparamos com altos responsáveis pelos Estados a recomendarem cuidados especiais aos seus colaboradores, demonstrando consciência de que eles nem sempre se colocam ao serviço dos cidadãos, como deviam saber e considerar lógico. Há dias, a Primeira-Ministra do Reino Unido, alertando os deputados para a discussão do caminho a seguir para o acabamento do acordo Brexit, disse-lhes que devem pôr de lado as suas preferências pessoais para analisarem, do ponto de vista do interesse nacional, os compromissos necessários.

Parece estranho, mas é a realidade: os deputados esquecem que representam os cidadãos e ocupam o tempo a defender as suas opiniões pessoais, muitas vezes esboçadas na satisfação de interesses de amigos que são mandatários de interesses inconfessados.

Para representar os cidadãos de forma digna e honesta, é indispensável conhecer as dificuldades que eles enfrentam, as causas que as geraram, os diversos condicionamentos e interferências que as fizeram evoluir, para procurarem as soluções para evitar a continuidade das causas, impedir a permanência das interferências e encontrar boa solução para melhorar a situação. Esse conhecimento da realidade nacional deve também ser objectivo das muitas dezenas de colaboradores existentes no gabinete do PM a fim de o informar, com rigor, para o habilitar a sentir-se responsável pelo País e ser capaz de tomar as decisões adequadas para cada caso existente e, se não conseguir evitar acidentes, como o da estrada de Borba ou de grandes incêndios, que esteja em condições de tomar posição que o dignifique, em vez de procurar fugir às responsabilidades e confessar ignorância do problema.

Há políticos eleitos que querem ser considerados sábios por apresentarem “filosofias” ou “ideologias” de fantasia, negadoras da ciência e que, como diz o Prof. Sampaio da Nóvoa, constituem gravíssimo problema que pode levar a uma espécie de jogo de vale tudo e entrar numa dissolução das sociedades. Discordar não é crime, mas é preciso possuir argumentos convincentes em conversa com parceiros. Sem a base da ciência, quase tudo o resto desaparece e ficamos sem referências credíveis.

Por exemplo na Justiça, parece estar a sentir-se a influência de tal “filosofia” de fantasia e aparecem notícias de que os processos são objecto de atraso, de esquecimento, de dificuldades imprevistas, de investigação alegadamente mal feita, de acusação não fundamentada, de gravações desaparecidas e de escutas mandadas destruir. E surgem indícios de rivalidades entre os seus corpos mais importantes, magistrados, procuradores, oficiais, advogados e polícias. Que se passa?

Outro caso na ordem do dia é na Saúde, não apenas com as greves de enfermeiros, mas mais grave, na ADSE, metida numa guerra entre SNS e entidades privadas, em que fica evidente a falta de diálogo e a má gestão da ADSE. Surge a dúvida da competência de gestão dos dirigentes nomeados pelos governos. Que preparação têm para estes cargos de responsabilidade e sensibilidade? Que critérios foram seguidos para os nomear? Que bases de preparação, competência, experiência, apoiaram as nomeações?

Como pretendia a PM do RU, os assuntos de Estado devem ser tratados sob o prisma dos interesses nacionais, bem conversados a fim de as decisões serem as melhores para o crescimento do País. ■

António João Soares
22-02-2019


segunda-feira, 30 de julho de 2018

SENSATEZ, LÓGICA E MÉTODO

Sensatez, lógica e método
(Publicado no Semanário O DIABO em 24 de Julho de 2018)

A vida real oferece lições que não devemos desperdiçar: casos como o dos rapazes bloqueados em gruta na Tailândia, o da crise do Sporting e a falhada tentativa de eliminar as touradas mostram que, ao decidir uma acção vistosa, é indispensável utilizar os ensinamentos da vida para a preparação da decisão. É conveniente não deixar de usar sensatez, uma finalidade bem ponderada, uma lógica assente na análise das vantagens e inconvenientes e uma estratégia correcta no percurso desde o ponto de partida até ao objectivo.

Ser lunático, utópico ou sonhador, é aceitável quando se é coerente consigo próprio, com a natureza e com um futuro melhor. Foi com base em sonhos lunáticos que se realizaram grandes passos em frente ao longo da história da ciência, da tecnologia, da arte, etc., mas a concretização prática foi obtida por técnicos pragmáticos bons conhecedores das realidades e das ferramentas de trabalho para darem à ideia um plano e um projecto realista.

Infelizmente, o mundo tem sofrido as consequências de aventuras fúteis e precipitadas por entusiasmos de pessoas, com poder, que se consideraram competentes e detentoras de toda a verdade e saber e cometeram erros graves cuja recuperação teve que ser demorada e com muitos danos para a Humanidade. O caso da gruta na Tailândia pode ter resultado de curiosidade, mais ou menos científica, ou colectiva ou apenas do treinador que induziu os seus discípulos a uma situação irreflectida e com riscos incompatíveis com as suas capacidades de solucionar. Felizmente para eles, tudo acabou bem, mas deixaram a lição de que aventuras deste género devem ser tomadas apenas por grupos de dois ou três, tendo atrás um apoio para socorro imediato no caso de dificuldade inesperada.

O caso do Sporting Club de Portugal foi grave e inconveniente, lesando a sua história relevante, não apenas na imagem, mas também nos próximos resultados. Estiveram em foco a falta de sensatez, de ponderação, de lógica, sem método nem finalidade racional e coerente, que alguns jornalistas apelidaram de loucura. Os conflitos geradores de hostilidades entre pessoas que devem usar convergência de esforços, são de evitar a todo o custo, para não estragar o espírito de equipa. O consenso deve ser a ferramenta a usar com lealdade e espírito construtivo para conseguir o maior êxito do trabalho conjunto. O respeito pelos outros e a vontade de obter vitórias devem ser desenvolvidos em permanência no espírito de todos os elementos de um clube.

Quanto à tentativa de acabar com o espectáculo das touradas, foi mais um exemplo da mentalidade de políticos que se consideram donos de todo o bom senso e querem impor ao povo as suas idiotices, custe a quem custar. A vida não pode ser gerida por caprichos. Tive animais domésticos e gosto de todos os animais, como se deduz do texto publicado recentemente, “Os ‘ditos irracionais’ e nós”, mas discordo que se faça a antropomorfização dos animais. Cada macaco em seu galho. Se se pretende chegar ao ponto de proibir as pessoas de se alimentarem de carne para não sacrificar a vida de animais, como se vai condenar o leão que come a zebra, ou outros animais carnívoros que seguem as forças da natureza para se alimentar? E qual é o bom senso de um político que quer proibir a tourada, divertimento do touro que nela mostra a sua valentia e combatividade, mas ignora o sacrifício de muitos desportistas que arriscam a vida para vencer uma prova? E que preocupação sente pelas pessoas que vivem com grandes dificuldades de subsistência? Devem ser escolhidos objectivos de VALOR, com SENSATEZ, e procurar concretizá-los com LÓGICA e MÉTODO. ■


sexta-feira, 23 de março de 2012

Para vencer o «impossível»

Ter sucesso depende muito da sua atitude.
Deixar o sucesso entregue ao acaso não é um erro, é uma grande asneira. Conseguir atingir objetivos requer muito mais do que sorte e, mesmo essa, se constrói. Se nem sempre chega à meta e ainda mais raramente a corta em primeiro, tente mudar de método, é mais fácil do que mudar-se a si próprio.

Por que é que você foi tão bem-sucedido a alcançar alguns dos seus objetivos, mas noutros não? Se não sabe, está longe de estar sozinho na sua confusão. Acontece que até as pessoas brilhantes e altamente realizadas não são nada boas no que diz respeito a compreender como é que tiveram sucesso ou fracassaram. A resposta intuitiva — que se nasce predisposto para determinados talentos e sem jeito nenhum para outros — é realmente apenas uma pequena peça do puzzle. Na realidade, décadas de investigação sobre sucesso sugerem que as pessoas bem-sucedidas alcançam os seus objetivos não só por causa de quem são mas, mais frequentemente, devido ao que fazem.

O artigo 9 coisas que as pessoas de sucesso fazem de maneira diferente, explica as seguintes nove dicas:

1. Seja específico.
2. Aproveite o momento para seguir os seus objetivos.
3. Saiba exactamente quanto lhe falta para conseguir.
4. Seja um optimista realista.
5. Concentre-se em melhorar, em vez de ser bom.
6. Seja perseverante.
7. Desenvolva o seu músculo da força de vontade.
8. Não abuse da sorte.
9. Concentre-se no que vai fazer, e não no que não vai fazer.

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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Requisitos Essenciais a Cumprir

Transcrição de artigo:

O novo ciclo
Correio da Manhã. 06-06-2011. 0h30. Por: Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD

Acabou ontem um ciclo político que não vai deixar saudades a ninguém. A pesada derrota que os eleitores aplicaram ao PS é a prova disso mesmo. Os portugueses, quando conheceram a verdade, não gostaram do que viram.

E disseram-no de modo concludente. Em bom rigor, porém, mais do que a derrota de um partido – o Partido Socialista – esta é sobretudo a punição política de um homem – José Sócrates. É ele o grande derrotado de ontem. Por isso se demitiu. Em boa verdade, os portugueses cansaram-se do estilo, indignaram-se com a atitude e revoltaram-se contra esta forma arrogante, auto-suficiente e mentirosa de fazer política. É bom para a democracia, é bom para o exercício da cidadania.

Abre-se agora um novo ciclo. Um novo ciclo que Passos Coelho vai liderar depois da retumbante vitória de ontem. A vitória que o líder do PSD obteve foi particularmente importante. Não apenas pela dimensão categórica do resultado. Mas também pela forma como foi obtida. Com uma campanha de verdade, com um discurso sem demagogia, com um programa eleitoral a sério, nunca ocultando as dificuldades, resistindo à retórica fácil e ao compromisso de circunstância. Passos Coelho seguiu o caminho mais difícil. Fez bem. Se seguisse outro caminho, podia ter tido ainda mais alguns votos. Mas desta forma conseguiu obter o que doutro modo não lograria alcançar – uma autoridade maior e uma legitimidade acrescida para governar. Ninguém o pode acusar de não ter sido verdadeiro ou de passar ao lado do essencial. É um bom começo e um excelente exemplo. Próprio de quem tem sentido de Estado e noção das responsabilidades.

Olhemos agora o futuro. É agora que ele vai começar. Acabou o tempo da mentira e a atmosfera da ilusão. Nada será fácil mas também nada será impossível. Mas para não dificultar o que já de si é difícil há requisitos essenciais a cumprir. Rapidez na acção, um executivo maioritário, uma coligação formal entre o PSD e o CDS, uma equipa governativa de elite, um governo como deve ser – a pensar nas próximas gerações, não nas próximas eleições. Mas convém ter visão estratégica – são necessários entendimentos políticos com o PS, para fazer reformas essenciais. Nem a maioria de governo deve fugir a este desafio nem o PS deve furtar-se a esta responsabilidade histórica. Fechadas as urnas e contados os votos, é tempo de pensar no País. E já não é sem tempo.

Imagem do Google

sábado, 16 de abril de 2011

Ministros contradizem-se


Transcrição de artigo seguida de NOTA:


Jornal de Notícias. 16-04-2011


O deputado do PSD Miguel Frasquilho e o conselheiro nacional do mesmo partido Nogueira Leite consideraram este sábado que as declarações do ministro da Presidência sobre a execução orçamental desautorizam o ministro das Finanças e baralham os portugueses.

"A situação do país é muito perplexa e as declarações do Governo sobre questões financeiras não são coerentes. Parece que existem dois responsáveis pelas Finanças, o ministro das Finanças e o ministro da Presidência", disse à agência Lusa Miguel Frasquilho.

O economista explicou que, primeiro, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, declarou que, a partir do final de Maio, Portugal não tem recursos para fazer face aos compromissos assumidos em termos de financiamento e para as despesas correntes, mas que, agora, na altura em que revelou dados preliminares sobre a execução orçamental, o ministro da Presidência, Silva Pereira, disse o contrário.

"Estas declarações não são coerentes, são contraditórias, e deixam os portugueses baralhados. Ainda por cima, numa altura em que se exigia grande transparência", realçou Frasquilho, acrescentando que a situação "nada abona para a credibilidade do país".

O deputado pediu para que "o Governo não fale a tantas vozes" e para que "não crie tanto barulho".
Por seu turno, Nogueira Leite afirmou à Lusa que "num momento tão difícil da vida colectiva dos portugueses o Governo deveria mostrar unidade e empenho, não voltando o ministro da Presidência a desmentir o ministro das Finanças em público".

O conselheiro nacional do PSD reforçou que "o ministro das Finanças não pode ser desautorizado por um ministro da Presidência" e pediu para que o Governo "mantenha a compostura".
Segundo Nogueira Leite, que disse não pretender entrar em "guerra partidária", este é "um apelo de cidadania".

Já na sexta-feira, o antigo líder do PSD Marques Mendes considerou que, ao escolher o ministro da Presidência para interlocutor com os partidos da oposição na negociação do pacote de ajuda externa, o primeiro-ministro, José Sócrates, desautorizou o ministro das Finanças.

"O ministro Teixeira dos Santos foi desautorizado de uma forma notória pelo primeiro-ministro. O que era normal é que quem fizesse a mediação entre Governo e oposições na negociação deste pacote de ajuda externa fosse o ministro das Finanças, porque é uma questão financeira", afirmou aos jornalistas em Viseu.

NOTA: Só numa equipa desorganizada um elemento desconhece as suas funções e entra na área do colega ao ponto de o desautorizar e contradizer. Um princípio sagrado é respeitar o outro tal como deseja ser respeitado por ele

Também o BE diz que algo «não bate certo» e confundem superavit com problemas de tesouraria. Bagão Félix diz que não é boa prática apresentar números avulso, quando cá estão especialistas da troica.

Tal amadorismo confrange, pois estão em jogo as nossas gotas de suor extraídas pelos impostos e pelas várias restrições de vencimentos, pensões, e condições sociais e fiscais já tradicionais

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domingo, 27 de dezembro de 2009

Carro a hidrogénio adiado para longo prazo

A notícia «General Motors adia comercialização do carro a hidrogénio» vem dar realce ao que tem sido dito em vários posts, quanto à necessidade de «Pensar antes de decidir». Não basta ter um sonho, um palpite, um capricho, e teimar cegamente num projecto irrealizável dentro dos limites de sensatez, de economia e de rentabilidade.

Para decidir é indispensável, principalmente quando o futuro é instável e difícil de prever, mesmo que apenas aproximadamente, pensar em todos os factores que mostrem haver ou não possibilidade de êxito. A rentabilidade previsivel dum projecto é um factor que não poder ser negligenciado.

Isto não se passa apenas nos carros a hidrogénio, mas em muitos outros casos de menos importância financeira. A General Motors, tem dado provas de usar critérios muito judiciosos nas suas decisões e mesmo assim tem tido dificuldades financeiras. O que seria se não usasse metodologias sensatas e eficientes? O que seria se funcionasse por entusiasmos sem pernas para andar?