A licença de maternidade acaba dia 23 de março. O meu contrato renovava ou caducava a 1 de abril. E eu fiquei desempregada. A empresa decidiu que não me ia renovar o contrato. A mim e a mais meia dúzia de mulheres que estão grávidas ou foram mães. Nada que não estivesse à espera, na verdade, porque é mesmo assim que funciona em Portugal. Já me tinha mentalizado desta ideia há algum tempo, pelo que não foi nenhum choque. O curso de unhas de gel que a minha tia me ofereceu no Natal vai servir para tentar investir nessa área. Já fiz a formação e comprei material. Já comecei a fazer em mim e familiares para treinar. E comecei agora a tomar conta de um menino de 3 anos. Reviver a experiência de ser ama. Fazer pela vida. E é neste ponto que estamos!
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domingo, 3 de março de 2019
sexta-feira, 24 de abril de 2015
De volta ao desemprego...
Hoje foi o último dia de trabalho na fábrica. Já estou nostálgica e deprimida. Foi um ano inteiro, estava habituada àquilo, às pessoas, à rotina. E custa-me saber que, pelo menos, 4 meses vou ter que ficar fora dali. É injusto sabermos que trabalhamos bem e, ainda assim, não nos darem oportunidades. É injusto haver apenas uma vaga para contrato pela casa e escolherem uma pessoa que estava lá há menos tempo porque tem uma cunha melhor. É injusto estar desempregada porque, pela política da empresa (sabe-se lá que critérios terão), somos obrigados a ficar 4 meses fora, até podermos voltar. É injusto não sabermos se, ao fim desses 4 meses, ainda terão lugar para nós.
Não é apenas o estar desempregada, saber que as contas não vão parar de chegar à caixa do correio e que vou ter dificuldade em sustentar-me, saber que posso ser chamada para um curso do centro de emprego que não me interessa minimamente, sobreviver com o fundo de desemprego, fazer as apresentações quinzenais, pedir carimbos às empresas para provar que ando à procura de trabalho. É tudo isso e ainda mais. É a saudade que vou ter das pessoas. Pessoas que hoje se vieram despedir de mim, uma por uma, carinhosamente, com abraços e beijinhos. Pessoas que me deixaram de lágrimas nos olhos, me disseram que gostaram muito de trabalhar comigo, que ficam tristes por me ver ir embora, que dizem que faço lá muita falta. Pessoas que estão sempre bem-dispostas e me fazem rir no dia-a-dia, que facilitam o dia de trabalho e o ajudam a passar mais rápido. Saudades...
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Do trabalho temporário
O trabalho temporário foi das piores coisas que resolveram instituir neste país. Se são as empresas de trabalho temporário quem mais contrata? São sim senhora. Mas isto não significa que seja benéfico para quem trabalha. Se o trabalho temporário não existisse, as empresas, quando precisassem de pessoal, eram obrigadas a contratar as pessoas na mesma, sendo que teriam que existir contratos com condições que são sempre diferentes. É certo que a vida profissional não está fácil para muita gente, mesmo sendo contratados ou efectivos. Tudo bem. Mas os trabalhadores temporários são os mais desprotegidos dentro de qualquer empresa, que estão sujeitos a todo o tipo de pressões e chantagens por parte da chefia, que não têm regalias e que têm que se sujeitar a tudo, porque, caso contrário, são corridos para serem substituídos. São aqueles que não podem nunca faltar por estarem doentes, que não se podem dar ao luxo de ir a reuniões ou eventos da escola, que nem podem ficar com os filhos doentes em casa, que fazem horas extra e fins-de-semana, que trabalham em todo o tipo de condições, que não têm férias.
Dentro de dois meses, termino o limite de tempo por trabalho temporário na empresa onde estou. Completo um ano de trabalho temporário e, obrigatoriamente, tenho que me ir embora. Vão despedir-me, porque faz parte das regras, como também faz parte delas que estes trabalhadores fiquem quatro meses fora da empresa. Quatro meses! Se isto faz sentido? Não. Nenhum. As pessoas que lá estão já sabem como se trabalha, conhecem o material, os procedimentos, o local de trabalho, os chefes. E obrigam-nas a estar quatro meses fora? E ainda têm que ensinar uma pessoa nova, levando a atrasos na produção, o que é normalíssimo quando se tem uma pessoa a aprender.
Para além da indignação com estas regras parvas, confesso que vou sentir saudades! Não é o meu trabalho de sonho, quando era pequena o que queria para mim não era um futuro numa fábrica a fazer embalagem para produtos do sector automóvel. Mas é um trabalho do qual eu até gosto. Não temos as melhores condições, é certo. Mas é um ambiente do qual eu gosto. Já estou muito habituada ao sítio, às pessoas, às rotinas. Vou sentir a falta de tudo aquilo, as gargalhadas com as colegas de trabalho, as palhaçadas, o bom ambiente que se vive, das conversas banais com as pessoas com quem trabalho, como falar sobre o que fazemos para o jantar e a troca de receitas. É uma rotina que me agrada e que me vai custar perder. Já para não falar do desemprego. Que nisso nem quero pensar... Ter que ir pedir um subsídio merdoso e, muito provavelmente, ser chamada para aqueles cursos... é coisa para me dar urticária!
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