Mostrando postagens com marcador A teimosia da felicidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador A teimosia da felicidade. Mostrar todas as postagens

18 de jul. de 2011

Gravação com Sopapo: processo e descobertas


Descobrimos que a melhor microfonação para a capatação de sopapo é com 3 microfones, posicionados um mirando a pele, outro na boca (saída de ar) e mais um de ambiência posicionado a mais ou menos 1 metro de distância.


Nem sempre se tem, mas o ideal é que os dois microfones - que não o de ambiência - sejam específicos para graves, como por exemplo o excelente microfone recém adquirido pela banda: um Akg 112. Outro exemplo bem sucedido é o Shure beta 52, mas acreditamos que pode-se chegar ao resultado com qualquer microfone que seja específico para captar frequências baixas, como bumbo de bateria.

No dia da gravação desta canção, Malandro Otário, um samba que faz parte do novo disco A Teimosia da Felicidade, não tínhamos dois microfones para graves, então substituímos o da pele (de cima) por um Shure SM 57, que acaba por ressaltar mais os médios agudos e nem tanto os graves. Quando se precisa de ataque e frequências mais altas, o ideal é colocar um SM 57 mais ao lado, mirando as bordas, além do microfone para graves no centro da pele.


No caso, escolhemos usar o microfone específico para graves na parte de baixo, pois o objetivo era captar um grave como de um surdo, com som durador e pouco ataque. Essa característica se escuta no sopapo na parte da boca (em baixo).


Está em aberto se uma captação ainda mais detalhada não poderia contar com mais 2, 3 ou até 4 microfones, visto que este tambor tem um grave imponente curiosamente difícil de captar e além disso tem harmônicos e um lindo som de slap (tapa). Pode-se usar, por exemplo, mais um mic para graves (no total de 3 para este fim) não dinâmico e sim condensador para captar um grave distante, onde a sala estiver proporcionando essa frequência com mais clareza. Na parte da pele, um mic para frequências baixas ao centro e outro para altas ao lado, o clássico para graves na parte de baixo e, quem sabe, mais dois condensadores próximos posicionados para captar um L e R. Pode-se ainda explorar o som da sala (de preferência uma sala grande) onde se coloque mais um par de condensadores L e R, visto que o Sopapo - dizem os mestres - "é pra ser ouvido de longe!".

4 de abr. de 2011

18 de fev. de 2011

Time escalado, já em campo

Seguimos ensaiando, hoje rendeu muito, arranjos de duas canções bem definidos, tocados com atenção na casa da Vila Nova: "Todo sopapo tem uma aranha dentro" e "Amor Malandrotário", prontas para gravação. Parte do disco "A teimosia da felicidade" que essa semana foi objeto de atenção da produção autogestionária da banda. Breve mais informações! Foto de Ane Franke

25 de jan. de 2011

Gravando a Teimosia

Dia 24 de janeiro de 2011, casa do Guilherme na zona sul de Porto Alegre. Avançando nas gravações e audições visando disco novo. Lucas Kinoshita, Bódi e Guilherme na foto. Richard Serraria de fotógrafo e

Memória do Samba sendo relembrada em seus arranjos através do youtube: http://www.youtube.com/watch?v=UhjZuaJSXZE 
Ontem gravamos vozes em Pixaim e fizemos bounces visando prosseguimento dos trabalhos em fevereiro sob comando de Lucas Kinoshita nas captações.

15 de jul. de 2010

Mestre Batista gravando cuíca em "Tijolo do Morro da Fumaça"


Fim de semana passado, fomos a Pelotas para buscar dois sopapos feitos por Mestre Batista: um pequeno (originalmente construído para ser usado no batuque/umbanda) e outro médio, com cerca de 95 cm de altura. Com essas aquisições, a orquestra de sopapos começa a se desenhar de forma cada vez mais clara e objetiva. Aproveitamos a estada em Pelotas e gravamos cuíca na canção "Tijolo do Morro da Fumaça" após o  almoço no sábado. Durante a noite fizemos um sarau no Joquin Bar, Rua General Telles, Centro de Pelotas. Breve mais informações sobre o terceiro disco da Bataclã FC, "A teimosia da felicidade".

1 de jun. de 2010

Memória do Samba (canção nova da Bataclã FC)

Memória do samba
Richard Serraria e Marcelo da Redenção

 

Na memória do samba
Tem jongo, palavra, dança tem lama
Na cabeça do nego
Na descida do morro
Tem meio dia inteiro
Sossego na caída da noite
Na pá virada de fome
Na força que vem de dentro do homem  
Na parede de vento
Na vida de Ginga
No barro da língua  
Na chance perdida
Na pomba que gira
A vida tão linda...  
Nunca se dirá que é só  samba
Nunca se dirá que é só céu  
Na palma do destino que é só  lança
Na alma do menino nasce o samba. 

Nunca se dirá que é só samba... 

Na mixórdia da sombra
Tem dengo, chamego que recua e avança
Na descida da lomba
Na umbigada da pança
Tem vento vindo ligeiro
Epaeio na Lomba do Pinheiro
Na lançada de longe
No banzu que vem de dentro do homem  
No telhado de vento
No chocalho da língua
O bagulho da Tinga  
No barulho à míngua
Num barracão de zinco
Um fado bem vindo...  

Nunca se dirá que é só  samba
Nunca se dirá que é só  céu  

A água é quem desce lá da lomba

O sol é que é o pai da sombra.   
 
Na memória do samba (repete)

Nunca se dirá que é só céu...