Birdman foi coroado o melhor filme do Oscar de 2015. Fiquei pensando sobre os critérios da 'Academia' e não cheguei a nenhuma conclusão. Enquanto assistia ao filme, que me pareceu um pouco confuso à princípio, pensei que ele retratava uma crítica ferrenha à indústria cinematográfica, o próprio Michael Keaton um personagem terrivelmente verídico: imortalizado pelas comédias e estigmatizado como o Batman, ele foi acintosamente renegado a filmes de segunda linha nos últimos anos. Pena: é um ator brilhante, como se pode ver no filme premiado.
Mas o filme, em si, não me parecia à altura da premiação maior - minha escolha era "O Jogo da Imitação", uma incrível reprodução do desespero ante a guerra, a angústia para decifrar os códigos inimigos, a impotência depois da descoberta que, por estratégia, não podia ser revelada, tudo isso aliado à 'condição' de Alan Turing, uma mente brilhante presa num corpo obrigado a guardar segredo sobre sua homossexualidade. Um filme belíssimo sobre uma vida espetacular.
Mas eu, afinal, não entendo nada de cinema. Só sugiro que não deixem de ver essa história extraordinária, pois se hoje somos lidos e nos comunicamos através de uma máquina, é graças a esse gênio.
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