Uma das profissões mais instigantes do momento é o
coach. Há quem brigue com este nome, que lembra o velho e conhecido técnico, mas, na realidade, coach é um
condutor de caminhadas, sejam profissionais, amorosas, familiares, ou,
simplesmente, a caminhada da vida.
E na caminhada da vida, encontrei esta
delícia da atualidade.
Num instante, entre leituras e especulações, me transportei a
alguns anos atrás, quando eu ainda estava em pleno exercício do magistério,
convivendo com jovens adolescentes em busca de suas carreiras. Quanta
insegurança, angústia, pressão e depressão eu via entre os alunos. Certamente,
havia alguns bastante decididos, entretanto, muitos outros desestruturados.
Estamos em uma época em que as faculdades proliferaram
facilitando o acesso à garotada, em contraponto, o troca-troca de curso nunca
foi tão intenso.
Chegando cada vez mais cedo ao momento da escolha
profissional, os alunos do Ensino Médio se deparam com uma incerteza gigantesca
que mexe com seu campo mental e emocional, posteriormente, refletindo-se no
físico. Estresse, rebeldia, depressão, apatia e outros transtornos desta ordem
invadem as famílias de vestibulandos, ano após ano e a desorientação individual
passa a familiar, em um grande número de casos.
Psicólogos, terapeutas, médicos e outros profissionais dessa
área são tradicionalmente procurados para o S.O.S à turma do terceiro ano ou àqueles que já
terminaram a escola, mas ainda não conseguiram aprovação.
Tudo isso, passou-se como um filme do qual eu já fiz parte e
ainda faço, enquanto terapeuta destes jovens, principalmente com a terapia
floral e o reiki.
E veio o insight. Onde está o coach do estudante, ou
estudantil, ou educacional, ou vocacional, ou, seja lá como quiserem chamar. “Coisa
de primeiro mundo” - como disse um conhecido meu. Pois é! Tudo que esta
meninada precisa e o produto é tão escasso.
É um trabalho lindo que contempla não só o estudante, como
também a família e a própria sociedade, uma vez dissipada a nuvem de
insegurança e sofrimento que causa tantos dissabores pelos quatro cantos do
país.
Existe um vácuo imensurável em relação ao que se pode oferecer
em termos de educação e formação desde os primeiros anos escolares até o final
da jornada estudantil. Assim, é importante mais olhares para esse segmento e
mais condutores para estes caminhantes com uma enorme facilidade em diversificar suas ações, e, na mesma
proporção, a dificuldade de ter FOCO.
Evelize Salgado