Postagens

Mostrando postagens de março, 2016

J

Ao som Ellen Oléria, Natural Luz Pensava nas flores que poderiam brotar de todas aquelas sementes que estavam guardadas dentro das pessoas e algumas folhas voariam com os ventos dos sentimentos bonitos de alguém também. Júlia pensava nisso de manhãzinha, enquanto no fogão a água era aquecida para passar o café, cujo cheiro tomaria conta dos seus sentidos, lhe dando o prazer de saborear as manhãs com aromas em tons escurecidos.    Doutro lado do tempo, as pessoas continuaram a guardar suas sementes de boas coisas e ao invés de fazer as manhãs florescerem, transformaram o dia amanhecido de Júlia em um acúmulo imenso nos olhos de sal e sangue, as ervas daninhas haviam tomado conta de tudo, o que ficara, era apenas dor e essa dor transformou Júlia em silêncio absoluto. Dentro ainda do tempo de esperanças mortas e esquecidas, inúmeras outras Júlia(s), continuam amanhecendo e tendo então de simplesmente Resistir. No som das manhãs que desabrocham doloridas no tecido de suas mem