domingo, 30 de agosto de 2009
Oito dísticos para a minha terra
Queria agora uma tarde de chuva no Seridó
com seu aconchego de mãe verdadeira.
Queria agora construir castelos
na areia permeável do terreiro de casa.
Queria botar água no vaso de louça
para as horas sertanejas.
Queria o lençol de retalhos coloridos
cheirando a pedras do quaradouro.
Queria sentir o redemoinho na entrada da casa
para eu dizer: “cruz, cruz, cruz!”.
Queria um sonho com melaço de açúcar
para adoçar os meus confusos sentimentos.
Queria construir um tempo de memórias
com antíteses disfarçadas em ventanias.
Queria alimentar meus sonhos verdes
Para receber, tranqüila, a maturidade.
Maria Maria
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8 comentários:
Beleza pura,
MariaMaria.
Gostei.
Pravaler.
Das imagens.
Dos sentimentos.
De tudo, enfim.
Um beijo.
Oi,
seu poema já estaá no Balaio.
Um beijo.
te li no balaio - falei lá e falo aqui - beleza de poema, dona moça!
besos
Lindo, lindo, Maria. Vou repetir o que escrevi no Balaio: só não entro em êxtase porque sou muito pesado.
Obrigado por essa sensação de... sublime. Viva a vida!
Beijo.
Maria, Só vim reiterar o que disse no Balaio!
Quando a gente sublima a terra onde se nasce, já é algo de muito grandioso.
Você foi além com sua linda poesia!
beijos
mirse
belo poema garota
abração
Oreny Júnior
Nossa! Achei tão lindo... tão meigo... fiquei encantada! :D
Maria Maria,
A imagem que ilustra os oito dísticos é extremamente significativa: é oração em forma de poema. Oração recitada.
Muito bom!
Beijos,
Marcelo.
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