De: Czarina [http://sabedoriadeimproviso.wordpress.com]
Para: Jefferson
Na lata
Amigo. Distante.
Eu sei, a gente
não têm se falado o bastante.
Amigo, você é tão importante.
Não se eu já
te disse isso antes.
Amigo, daqui em diante
vamos nos encontrar
por MSN
ou de elefante
ou fazer das palavras
nosso pequeno telefone
de latinha e barbante.
Mostrando postagens com marcador dos espólios do B7C. Mostrar todas as postagens
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29 de dezembro de 2008
5 de março de 2007
Transparente
Voltando à série Retrô B7C...
Esse vem com uma alteraçãozinha... E com título, dessa vez! =)
Tô perdido nesse mundo
no meio de tanta gente
Tão transparente
Que à luz nem se vê
nem se nota
Tá tão escuro
que ninguém nem se importa
É só um vulto
Mais um ser
a transparecer
entre vários outros seres
opacos
num mundo obscuro
Esse vem com uma alteraçãozinha... E com título, dessa vez! =)
Tô perdido nesse mundo
no meio de tanta gente
Tão transparente
Que à luz nem se vê
nem se nota
Tá tão escuro
que ninguém nem se importa
É só um vulto
Mais um ser
a transparecer
entre vários outros seres
opacos
num mundo obscuro
8 de fevereiro de 2007
Aurora plúmbea
Pessoas!
Copiando a idéia que meu caro amigo-poeta Leandro Jardim havia colocado em prática recentemente, vou fazer aqui, no EscúchamePorra, a Retrô B7C
Este foi o escrito de estréia, "Aurora plúmbea"!
Essa manhã
amanheceu
tão
escura...
Vejo um céu cinza...
Mas não como o de outrora...
Esse céu
amanheceu
com cor
de chumbo.
Como se toda poluição do céu de outrora
se houvesse sedimentado nas nuvens...
Como se todas as Noites
transformadas em Dia
houvessem decidido invadir,
transgredir,
entrar sem hora marcada,
e em hora imprópria,
à sala da Aurora...
Chumbo!
O céu
está coberto
de
chumbo!
Como se toda Loucura dos seres terrenos,
todas suas impurezas e indecências
houvessem ascendido aos céus...
E essa Loucura é tamanha, chega a cobrir o Sol...
E eu posso sentir seu cheiro!
E posso sentir até seu gosto!
Posso sentir na pele
o peso
de todo esse chumbo
que me invade por todos os poros!
E eu posso ver a tudo isso
e admirar o espetáculo!
Relâmpagos cortam o horizonte
cinza-chumbo
apocalíptico...
É o caos!
A chuva vem para lavar a cidade
para seu derradeiro fim...
Vem manchar as ruas
com todo o chumbo
que estava no céu
diluído em água...
E eu aguardo ansiosamente a
chuva
para lavar os pensamentos da noite
imunda
e sigo a observar os raios que poderiam rachar-me a
cuca...
Vêm as primeiras gotas da chuva
umedecer a rua soturna...
Copiando a idéia que meu caro amigo-poeta Leandro Jardim havia colocado em prática recentemente, vou fazer aqui, no EscúchamePorra, a Retrô B7C
Este foi o escrito de estréia, "Aurora plúmbea"!
Essa manhã
amanheceu
tão
escura...
Vejo um céu cinza...
Mas não como o de outrora...
Esse céu
amanheceu
com cor
de chumbo.
Como se toda poluição do céu de outrora
se houvesse sedimentado nas nuvens...
Como se todas as Noites
transformadas em Dia
houvessem decidido invadir,
transgredir,
entrar sem hora marcada,
e em hora imprópria,
à sala da Aurora...
Chumbo!
O céu
está coberto
de
chumbo!
Como se toda Loucura dos seres terrenos,
todas suas impurezas e indecências
houvessem ascendido aos céus...
E essa Loucura é tamanha, chega a cobrir o Sol...
E eu posso sentir seu cheiro!
E posso sentir até seu gosto!
Posso sentir na pele
o peso
de todo esse chumbo
que me invade por todos os poros!
E eu posso ver a tudo isso
e admirar o espetáculo!
Relâmpagos cortam o horizonte
cinza-chumbo
apocalíptico...
É o caos!
A chuva vem para lavar a cidade
para seu derradeiro fim...
Vem manchar as ruas
com todo o chumbo
que estava no céu
diluído em água...
E eu aguardo ansiosamente a
chuva
para lavar os pensamentos da noite
imunda
e sigo a observar os raios que poderiam rachar-me a
cuca...
Vêm as primeiras gotas da chuva
umedecer a rua soturna...
Argila
Mais um da série Retrô B7C!
Ó, Senhor
que, do barro,
fizestes os homens
à Vossa imagem e semelhança...
Ó, Senhor
de tantas imagens
e zilhões de semelhanças,
explicação fácil
do destino
de tantos homens
diferentes...
Ó, Senhor...
Faz-me argila!
Quero me moldar novamente
Quero mudar
Quero ser moldado
de outra forma
Não, não quero ser um vaso novo...
Quero ser gente!
Não quero parar nas mãos de um oleiro,
mas nas mãos de um artista!
Ou de algum ser arteiro, que seja
Eu
ou qualquer outro que queira
Mas, nesse mundo
de homens que se confundem
com a Vossa imagem e semelhança, Senhor...
Neste mundo tão podre
e sujo,
ninguém quer sujar as mãos
pra moldar os outros,
pra mudar o mundo...
Em vez disso,
esperam a argila secar...
Só para ficar fácil
de destruí-los...
Bonecos de argila seca
lutam entre si
Guerreiros de terracota
cujo destino é
ficarem soterrados...
No calor dessas batalhas
toda argila do mundo
tem secado mais depressa...
Ó, Senhor
que, do barro,
fizestes os homens
à Vossa imagem e semelhança...
Ó, Senhor
de tantas imagens
e zilhões de semelhanças,
explicação fácil
do destino
de tantos homens
diferentes...
Ó, Senhor...
Faz-me argila!
Quero me moldar novamente
Quero mudar
Quero ser moldado
de outra forma
Não, não quero ser um vaso novo...
Quero ser gente!
Não quero parar nas mãos de um oleiro,
mas nas mãos de um artista!
Ou de algum ser arteiro, que seja
Eu
ou qualquer outro que queira
Mas, nesse mundo
de homens que se confundem
com a Vossa imagem e semelhança, Senhor...
Neste mundo tão podre
e sujo,
ninguém quer sujar as mãos
pra moldar os outros,
pra mudar o mundo...
Em vez disso,
esperam a argila secar...
Só para ficar fácil
de destruí-los...
Bonecos de argila seca
lutam entre si
Guerreiros de terracota
cujo destino é
ficarem soterrados...
No calor dessas batalhas
toda argila do mundo
tem secado mais depressa...
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