23 de julho de 2011

9 de julho de 2011

_______vivendas geminadas não são para construir nos quintais das vizinhas


Estou naquele famosíssimo estado muito comum às mulheres “à beira de um ataque de nervos”. Anteontem descobri umas manobras estranhas no enorme quintal da VIZINHA, ontem uns senhores começaram umas escavações no dito cujo e hoje…há meia hora, mais precisamente, quando saí para comprar tabaco, fui informada de que a VIZINHA iniciou a construção da módica quantia de 5 vivendas geminadas de 1º andar, no terreno do seu quintal.

Há 18 anos, quando vim morar para este paraíso, não contava que a VIZINHA fosse plantar um bloco de casas coladas ao meu muro. Esperava ter para sempre a mesma privacidade e vista, uma vez que não existia nenhum terreno pelo meio, além do famoso quintal…

Não estou psicologicamente preparada para esta invasão que se vai instalar nas traseiras do meu quarto.

Não estou preparada para ser observada dos primeiros andares de 5 famílias, por mais simpáticas que sejam.

Não estou preparada para renunciar à minha vista.

Estou lixada com um F muito grande!

21 de junho de 2011

e PRONTES...sei que chegou o Verão

felizmente o meu CANITO não é preconceituoso...
tanto papa umas HAVAINAS do Pingo Doce, como umas brasileiras com pedigree


lá nisso sai à dona!

10 de junho de 2011

irmã da minh'alma



um beijo para ti...só um, mas daqueles que vão directos ao coração, como só as pessoas que se amam sabem dar e receber


faz hoje 10 anos que me (nos) deixaste...
que ainda me deixas...
FALTA
                        TANTA
em todos os meus dias


Beatriz do meu coração!

2 de junho de 2011

peQUEnos prazeres

prazer, prazer, dão-me os fins-de-tarde que terminam no sofá azul do telheiro da cozinha.
meio copo de vinho, sempre tinto e meio cheio, saboreado em recordações de um vidrinho anos 70, resto de infância, com florinhas entre o hippie e o naif...
as vistas são o pedaço de quintal mal amanhado, mas prazenteiro de verde, campo, céu, o ladrar longe dos cães dos outros e o brincar perto dos meus. o ruído de um ou outro carro que me faz lembrar a estrada, não muito perto, não muito longe.
o quase sempre pensamento na irmã Bea que se esconde numa destas estrelas do meu céu do quintal das traseiras.

PRAZER, PRAZER é gozar este momento, quase só comigo e em perfeita PAZ.

bons pequenos prazeres, também para vocês!

14 de maio de 2011

Ayamonte num impulso ou a vida do Serafim

não esquecer, desligar a musiquita do lado direito

Estou a escrever este texto, crónica, desabafo, baboseira ou o que lhe quiserem chamar, directamente de um boteco de montaditos em Ayamonte. A terminar um “jarro de cerveza”, que não é mais que uma caneca, e beberia outra não fosse este maldito sentido de responsabilidade que me persegue e na eminência de ficar alcoolizada em terras de Juan Carlos, que, era de facto o que me apetecia de momento.

Para chegarmos ao porquê deste, hoje, “jarro de cerveza” temos que recuar quase dois anos, quando descobri com uma enorme estupefacção, que o gato Serafim, bem como a restante família felina, eram portadores de SIDA felina. Ora o gato Serafim, o meu gato mariconço, frágil, caseiro, tímido, muito pouco dado a socializações e para quem quase só EU existo, não merecia ter sido contagiado, sem sequer se ter exposto ao perigo das redondezas.

ADIANTE…

A família acabou por morrer e o Serafim tem resistido estoicamente, cada vez com + mazelas, + magricela e com muito mau aspecto e eu…sempre à espera do dia D.

Ontem à noite, para espanto, começou a esvair-se em pus e entrei em estado de choque. Telefonia para as urgências veterinárias e a doutora (tão, mas tão QUERIDA) tratou de me acalmar, deu-me instruções de combate e mandou-nos lá estar logo de manhã. E fomos, logo, logo, os primeiros…eu nervosa e o Serafim a chorar todo o caminho, porque gato que se preze não gosta de caixas transportadoras.

E a veterinária olhou com olhos de pessoa experiente e ditou a sentença “o mais sensato era dar-lhe uma injecção para morrer”, e desta vez fui eu a esvair-me num filho da put@ de um choro, que me impediu de aceitar a proposta. E chegámos a acordo quanto ao adiamento da morte do Serafim e concordámos também em que ele ainda tem muita energia e que provavelmente ainda se vai aguentar muito tempo, cada vez com mais mazelas, mas com uma resistência felina que lhe permite estar desperto e mover-se e comer pouca comida de gato e muitas guloseimas de humano e seguir-me para todo o lado e gostar de mim como se eu fosse o seu ídolo e eu, ADORÁ-LO incondicionalmente (e estar feita parva, sozinha, a chorar no meio de uma cervejaria em Ayamonte).

BEM, vai daí que sai da veterinária, fui comprar antibiótico, mediquei o Serafim e fugi de mim…
Vim para a Espanha que tanto gosto, apesar desta zona ser como que o parente foleiro, a ouvir Ayo, como se não houvesse amanhã. A necessidade de sair de casa e de ouvir castelhano, porque é a língua que fica mais à mão, era tanta que fugi, literalmente…vontade mesmo tinha de ouvir um sotaque argentino, ou indiano, mas isso ficará para uma outra oportunidade.

Ficaria aqui a escrever mais umas tantas horas, mas não os quero massacrar...se é que conseguiram chegar até aqui.

Raios me partam (por favor deuses, não levem esta profecia muito à letra) se um dia não escrevo um livro a contar coisas. A contar coisas minhas em jeito de estórias iguais às vossas.
Soubesse eu os truques da escrita…

Acabei a cerveja, são 16.00 horas, vou regressar ao português, ao Serafim…e a mim!

para que saibam, o meu Serafim já foi um gato lindo

7 de maio de 2011

ferrugens

às vezes não choro por medo de enferrujar


de tanto fazer de conta,
convenci-me que era de ferro

1 de maio de 2011

fases

 encontro-me em fase de semi-hibernação. 
mal de amores!?...não, não é o caso!
estou mesmo é ZANGADA com o mundo!!!!!!!!!!!

21 de abril de 2011

ai as micoses...


Digamos que a cada vez maior falta de poder de compra e um pequeno grande amuo com o meu médico particular, fizeram com que passasse a recorrer à médica de família…e lá vou, cantando e rindo.

O “meu” Centro de Saúde, mesmo que se chamasse “Centro de Distribuição de Euros Só Porque Sim”, seria ainda assim uma coisinha triste e deprimente…

Um edifício supostamente moderno, inaugurado talvez com pompa e circunstância há 10 anos, em que o bom gosto se perdeu nas poupanças dos restos de materiais com que foi erguido. CARAMBA, é tão feinho, tão deprimentezinho, tão decadentezinho, que nem que me perca em “inhos” lhe consigo atenuar os defeitos e feiuras.

A cada nova visita lhe descubro mais enfeites de estuques caídos e tintas submersas em escuros bolores. As paredes alegradas por cartazes enxovalhados presos em excessos de fita-cola para se manterem firmes e hirtos. Uma planta trepadeira estende-se por toda a recepção, numa mistura singular entre o longo e o careca das folhagens que se prendem àquele caule a perder de vista.

A funcionária, ela própria a fazer pandam com o cenário, mergulhou o único armário existente (maior parte dos dossiês estão entricheirados no chão) em imagens que a fazem respirar a terra que deixou. Pronuncia madeirense muito acentuada, um ar eficiente que tanto se desdobra em simpatias como em perfeitas alarvidades, dependendo da posição dos ventos. Um andar que se faz seguro com a cabeça ligeiramente inclinada para o lado direito, e a desenvoltura de um touro que se prepara para investir. Roupagem num misto de casual desportivo, com alguns, muitos, resquícios do filme Aquarius, em versão BollyWood.

A clientela é maioritariamente feminina, sendo que os rabos enormes vencem com uma enorme vantagem (BOLAS que as portuguesas têm traseiros generosos).
Perto da hora do almoço o espaço enche-se de delegados de propaganda médica que dão um ar mais composto à coisa, por momentos chegamos a pensar que estamos à espera da abertura das portas de um teatro.

Hoje a coisa até correu bem...

É que no outro dia, a senhora funcionária esqueceu-se que a fechadura, da única porta existente estava avariada, foi almoçar e trancou-nos lá dentro. Sendo que as janelas têm gradeamento, foi assim um bocadinho aborrecido. Valeu-nos um Mc Giver enfatado da propaganda médica mais um senhor de idade que do lado de fora, nos ia fornecendo chaves de fendas e alicates e ainda muitas outras chaves todas giras e muito eficientes.

As micoses do nosso sistema de saúde alastram-se e arrastam-se…e, e, e…mas que chatice, porque é que isto é assim?!


14 de abril de 2011

manias & bizarrias

gosto de escrever em bocados 
de folhas aproveitadas,
 de contornos muito 
direitinhos 
e regulares,
 com lápis pequenos 
e de ponta afiada...
nessas alturas 
sinto-me com a importância
 de uma merceeira 
a apontar meticulosamente
 as contas do freguês.

31 de março de 2011

prima Vera



Sabe-me bem esta luz e a primeira camisola de manga curta, a medo na sombra e descarada ao Sol.

Sempre afirmei que a Primavera era a maior, a mais bonita das primas…e não se trata de uma opinião, é um facto, contra factos não há argumentos. 

Os meus pais não programaram gravidezes ao milímetro, na altura, geralmente aconteciam porque sim. A minha não foi sequer equacionada, foi um desastroso acidente, mas foi tão bem desprogramada que nasci na Primavera. Já o meu filho foi daqueles quereres porque se quer muito e já agora um querer que seja na Primavera o nascimento. 
E foi…um ano depois da programação, mas foi. Tão como eu queria que nasceu no dia a seguir ao meu aniversário, porque, volto a relembrar, contra factos não há argumentos e esta é sem dúvida a melhor estação do ano para se nascer.

E não é só por causa dos passarinhos, das abelhas e da cor das flores, não, não é! 

É tão só e apenas porque sim…

Talvez porque parece que se respira de novo, porque está um fresquinho bom, porque os dias crescem a olhos vistos e as pessoas se apaixonam mais, porque os sorrisos teimam em estampar-se idiotas nos rostos…



assim, só porque sim.

27 de março de 2011

desperdícios



É impossível atravessar totalmente um domingo sem que a 2ª feira nos martele sorrateiramente o cérebro.

Depois do jantar a coisa agrava-se bastante e chega a tornar-se incomodativa.

Por antecipação e engano, com a sensação de que se ganha tempo, começa a contagem decrescente para a 6ª à tarde.

E assim, de 6ª em 6ª, de amarguras de domingos, vamos roubando qualidade aos entretantos…

Que burros somos, e nem a vantagem das enormes orelhas temos…”para nos ouvirmos melhor”…

19 de março de 2011

gostares de gosto


Há gostares assim e gostares assado, uns porque sim e outros também, porque raros são aqueles que o são porque isto ou por aquilo…
gostar é isso, uma coisa que nos une ao outro sem sabermos bem porquê.

Há ainda os gostares fáceis e os difíceis, os complicados ou complexos e os simples, certinhos, perfeitinhos e quase sempre sem (muita) graça.

Aqueles que mesmo na distância se sentem como estando por perto, como sendo os nossos gostares…os de quem eu gosto e que me gosta.

Importante é gostar, a sério, gostar mesmo de gosto!

Um espaço do gostar preenchido, é meio caminho andado para termos a nossa zona de conforto.

10 de março de 2011

8 de março de 2011

os professores de desenho



Os professores de “desenho” já não o são, mas eu não me importo de ainda o ser, se é que me faço entender. Importo-me é que me perguntem se tenho pregos, ou alicates na minha sala, porque embora as Artes sejam um vasto mundo, que vai da escultura à gastronomia, têm diferentes áreas, como era suposto ser do conhecimento dos meus colegas, mas não é, porque estão na aldeia e alguns não fazem o mínimo esforço para ver as casas(revoltadinha, às vezes...tem dias)

Os professores de Ciências Naturais não têm que ter nas suas salas de aula, sulfato de cobre, nem tabelas periódicas penduradas na parede, porque as suas ciências não são Físico-Químicas. É fácil de entender…sei lá, acho eu…

Ora bem, os professores de “desenho” que já não o são, não se limitam a olhar para os desenhos dos alunos e comentar com os seus botões “ai que giro” ou “que fracote, este”…NÃO!
Nada disso! 
Avaliam por parâmetros, olham com olhos de ver, comparam, se for caso disso, conferem os traços com instrumentos de medição para assinalarem os erros e os alunos saberem onde falharam e o que podem melhorar. 
Estes professores de “desenho” podem levar horas a avaliar os trabalhos de uma turma…HORAS, sim, 4, 5…incrível! 
Como é que um professor daqueles que “tem muito jeito com as mãozinhas” e ideias, sempre muitas ideias para cartazes e isto e aquilo, daqueles que têm uma disciplina mesmo fácil, que não dá trabalho nenhum, consegue perder cerca de 15 horas para avaliar trabalhos de 3 turmas…

As coisas incríveis que vos conto………………………

Como é óbvio, estou a carnavalar à volta de uns trabalhinhos de casa!

obrigada pela visita!

pessoal que gosta de estar a par destas andanças

facebokiANOS a par desta coisa