Queridas & Queridos,
como sempre faço há vários anos no mês de janeiro, passarei uma temporada de alguns dias na casa de praia da minha irmã, na Paraíba. Estou precisando curtir um banho de sol, banho de mar, embalo na rede, brisa do mar, luares, auroras, crepúsculos, enfim, todas essas delícias que o nosso dia-a-dia na cidade não nos permite aproveitar (bem verdade as luas cheias nunca me escapam...). Voltarei a postar daqui a uma semana, aproximadamente.
FELIZ 2008 PROCÊS!!!
Té a volta.
Beijos grandes!!!
Ah, vou deixar pra vocês um poema malandro do grande poeta pernambucano Ascenso Ferreira, já falecido. Ei-lo:
Filosofia
hora de comer - comer!
hora de dormir- dormir!
hora de vadiar - vadiar!
hora de trabalhar?
- pernas pro ar que ninguém é de ferro!
:D
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
sábado, 29 de dezembro de 2007
amor supremo
em meus delíricos eróticos
a volúpia tem asas de jazz
alçando nosso amor
a altitudes saxcoltranharmônicas
a volúpia tem asas de jazz
alçando nosso amor
a altitudes saxcoltranharmônicas
domingo, 23 de dezembro de 2007
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
NOTA DE INDIGNAÇÃO
A CPMF foi rejeitada. Puxa vida! Quem tem conta em banco e assina cheque tem que pagar esse imposto sim. Quem tem mais grana tem que pagar uma parcela maior de imposto sim. E a grande maioria da população tá se lascando...Ai como eu fico p... da vida com nossa elite. R$ 40 bi que iriam pra saúde... PQP! O senado federal tá infestado de gente da pior espécie!
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Poucas & Boas
O MINISTÉRIO DA SANDRA DOIDA ADVERTE:
combinar pornografia e amor romântico pode causar danos à saúde mas faz um bem danado...
PS: Perdão leitores e leitoras, eu ando falando e pensando muita besteira ultimamente.
Segue abaixo uma canção do Raul que eu gosto pra caramba. Creio que reflete meu espírito de apatia pré-natalina.
Ouro de tolo
(Raul Seixas)
Eu devia estar contentePorque eu tenho um empregoSou um dito cidadão respeitávelE ganho quatro mil cruzeirosPor mês...Eu devia agradecer ao SenhorPor ter tido sucessoNa vida como artistaEu devia estar felizPorque consegui comprarUm Corcel 73...Eu devia estar alegreE satisfeitoPor morar em IpanemaDepois de ter passadoFome por dois anosAqui na Cidade Maravilhosa...Ah!Eu devia estar sorrindoE orgulhosoPor ter finalmente vencido na vidaMas eu acho isso uma grande piadaE um tanto quanto perigosa...Eu devia estar contentePor ter conseguidoTudo o que eu quisMas confesso abestalhadoQue eu estou decepcionado...Porque foi tão fácil conseguirE agora eu me pergunto "e daí?"Eu tenho uma porçãoDe coisas grandes pra conquistarE eu não posso ficar aí parado...Eu devia estar feliz pelo SenhorTer me concedido o domingoPra ir com a famíliaNo Jardim ZoológicoDar pipoca aos macacos...Ah!Mas que sujeito chato sou euQue não acha nada engraçadoMacaco, praia, carroJornal, tobogãEu acho tudo isso um saco...É você olhar no espelhoSe sentirUm grandessíssimo idiotaSaber que é humanoRidículo, limitadoQue só usa dez por centoDe sua cabeça animal...E você ainda acreditaQue é um doutorPadre ou policialQue está contribuindoCom sua partePara o nosso beloQuadro social...Eu que não me sentoNo trono de um apartamentoCom a boca escancaradaCheia de dentesEsperando a morte chegar...Porque longe das cercasEmbandeiradasQue separam quintaisNo cume calmoDo meu olho que vêAssenta a sombra sonoraDe um disco voador...Ah!Eu que não me sentoNo trono de um apartamentoCom a boca escancaradaCheia de dentesEsperando a morte chegar...Porque longe das cercasEmbandeiradasQue separam quintaisNo cume calmoDo meu olho que vêAssenta a sombra sonoraDe um disco voador...
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
O Romance do Pavão Mysteriozo

A Palo Seco
( Belchior)
Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava
De olhos abertos lhe direi
Amigo eu me desesperava
Sei que assim falando pensas que esse desespero é moda em 73
Mas ando um pouco descontente desesperadamente eu grito em português
Tenho vinte e cinco anos de sonho e de sangue e de América do Sul
Mas por força do meu destino um tango Argentino
Me vai bem melhor que um blues
Sei que assim falando pensas que esse desespero é moda em 73
Eu quero é que esse canto torto feito faca, corte a carne de vocês
Eu quero é que esse canto torto feito faca, corte a carne de vocês
Eu quero é que esse canto torto feito faca, corte a carne de vocês
Outro discaço que eu recomendo: O Romance do Pavão Mysteriozo (1974) de Ednardo, um dos grandes compositores cearenses junto com Belchior. A Palo Seco, a única música do disco que não é de Ednardo (putz, bem que eu podia ter escolhido uma música dele, não? mas é a cara dele!), juntamente com Pavão Mysteriozo, foram sucessos na década de 70, essa última foi tema de Saramandaia, novela da Globo. O disco inteiro é maravilhoso! Belas músicas e muita poesia.
Mas pra que falar? O bom é ouvir. Procurem esse disco ou baixem na internet. Gostaria de lhes oferecer áudio mas não sei como fazer isso, infelizmente...
PS: Vais, destaquei os últimos versos porque achei a sua cara, ou melhor, a música toda é a sua cara, pelo menos neste momento. Força, companheira!
Moacy, foi sua última postagem lá no poema/processo que me fez lembrar desse disco.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
hoje eu tô violenta...
vou fazer jorrar poesia:
com a lâmina da minha língua
vou cortar a jugular desse mundo cão
já sinto gosto de sangue na boca...
com a lâmina da minha língua
vou cortar a jugular desse mundo cão
já sinto gosto de sangue na boca...
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
domingo, 2 de dezembro de 2007
sábado, 1 de dezembro de 2007
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
terça-feira, 27 de novembro de 2007
"os des(a)tinados"
Jogar capoeira
depois à luta
amorosa
paixão roxa, rosa
luxúria
regada a suor e saliva
ele e ela
assim assado
amor odara
embriagado
dança eternizada
na paisagem úmida
de ensandecida madrugada
PS: Ane & César é um casal de Porto Alegre, leitores meus. Descobri recentemente (já desconfiava disso...rs) que meus poemas são uma espécie de trilha poético-amorosa pro amor deles. Fiquei lisonjeada, claro. Tô me sentindo meio madrinha virtual dos dois, ou melhor, fada madrinha, não, melhor ainda, foda madrinha...rs...
Eita mulher sacana, tem jeito não, tá no DNA...rs...
Perdão, Ane & César, pelo trocadilho safado, mas foi irresistível.
Abençoado seja o amor d'ocês.
Um beijo no coração de cada um.
E sejam felizes , sempre!
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
domingo, 25 de novembro de 2007
a hora e a vez de fazer dread
Fazia tempo que eu tinha vontade. Mas sempre que pensava em fazer acabava cortando o cabelo por causa desse calor infernal do Recife. Já usei cabelo curto, chanel, reto, em camadas, longo (como está agora), já pintei, já fiz trancinha, nunca alisei, até porque já é liso por natureza. Mas agora que meu cabelo cresceu, chegou a hora e a vez de fazer dreadlocks. Acho lindo! Gosto de seguir na contramão da tendência majoritária. Nunca vi tanta gente alisando o cabelo, até quem já tem cabelo liso tá alisando mais ainda, é chapinha pra lá, alisamento japonês pra cá. Nada contra cabelo liso, também acho lindo mas é preciso valorizar todos os tipos de cabelo, todas as raças, todos os olhos, toda pele, toda cor... E sem essa de que "cabelo bom é cabelo liso", cabelo por acaso tem caráter? Eu vou é enrolar meu cabelo, me livrar dos pentes. Adeus, cabelos embaraçados...rs. Acho que minha alma é negra. Eu sou neguinha! Eu sou neguinha!
Ah, pra quem não sabe, dreads são os cabelos dos rastafári que nós, branquelos/as de alma negra, invejamos ( inveja num bom sentido).
Quando tiver oportunidade (não tenho câmara digital) publicarei uma foto minha com o novo visual.
Quando tiver oportunidade (não tenho câmara digital) publicarei uma foto minha com o novo visual.
Salve Marley! Salve Tosh!
Viva Jah!
Valei-me Leão de Judá!
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Acabou Chorare

Acabou chorare, ficou tudo lindo
De manhã cedinho, tudo cá cá cá, na fé fé fé
No bu bu li li, no bu bu li lindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo
Talvez pelo um buraquinho, invadiu-me a casa, me acordou na cama
Tomou o meu coração e sentou na minha mão
Abelha, abelhinha...
Acabou chorare, faz zunzum pra eu ver, faz zunzum pra mim
Abelho, abelhinho escondido faz bonito, faz zunzum e mel
Faz zum zum e mel
Faz zum zum e mel
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Abelha, carneirinho...
Acabou chorare no meio do mundo
Respirei eu fundo, foi-se tudo pra escanteio
Vi o sapo na lagoa, entre nessa que é boa
Fiz zunzum e pronto
Fiz zum zum e pronto
Fiz zum zum
PS: Essa música dá título ao segundo disco dos Novos Baianos de 1972. Adoro! Dizem que o nome "Acabou Chorare" surgiu a partir de uma história que João Gilberto contou ao grupo sobre sua filha, Bebel, misturar os idiomas português e espanhol, quando morou com os pais no México.
Ouvi demais esse disco na minha infância. Todas as músicas são ótimas!
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
domingo, 18 de novembro de 2007
sábado, 17 de novembro de 2007
prêmio

Beijos e grata pelo carinho, viu?
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
domingo, 11 de novembro de 2007
desalento
já não sei a quem falas
certamente não mais a mim
já encontraste um novo regaço
e eu
flor de lótus
jaz (mim)
certamente não mais a mim
já encontraste um novo regaço
e eu
flor de lótus
jaz (mim)
sábado, 10 de novembro de 2007
bugigangas
susto eficiente é aquele que faz a gente
enxergar pela ótica da lua
***
se não há luar como o do sertão
que mal há em ser tão lunar?
***
chegou do sertão
trazendo sol e baião
me arreganhei todinha...
***
há samba na poesia
só não bebe quem é cego
***
faça um poema
coma a clara
e gema
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
meus versos são teus
depois da regra
sangro novamente
com música indiana
sou flor de lótus
você
é a reg(r)a
terça-feira, 6 de novembro de 2007
cabra da peste...
você confunde minha bunda
pensa que é a bunda das outras
mas veja bem, meu amor
nenhuma delas tem a marca
marca sem patente, sem precedente
a marca vermelha do teu dente
a marca da marca da tua mordidacabradapeste
pensa que é a bunda das outras
mas veja bem, meu amor
nenhuma delas tem a marca
marca sem patente, sem precedente
a marca vermelha do teu dente
a marca da marca da tua mordidacabradapeste
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Amor no Planeta Vermelho
estou nua e crua
estou quente
estou quente
úmida
e meu sexo de Vênus revira-se pelo avesso
nesse amor insano
ao Homem de Marte
domingo, 4 de novembro de 2007
Acho Que Te Vi Sorrir
Não me fale da morte
se nossa história foi de alegria
Apenas faltou-me a sorte
eternamente em euforia
Teu claro-escuro barroco
fez-me a mais feliz das mulheres
Se não posso te ter como louco
ao menos lava esses talheres!
Não se aborreça, meu amor
com a minha piadinha
Já disse que sou de humor
não faço drama, faço gracinha
E vou ficando por aqui
que não sou mulher de soneto
E teu amor que vejo sorrir
carrego como amuleto
se nossa história foi de alegria
Apenas faltou-me a sorte
eternamente em euforia
Teu claro-escuro barroco
fez-me a mais feliz das mulheres
Se não posso te ter como louco
ao menos lava esses talheres!
Não se aborreça, meu amor
com a minha piadinha
Já disse que sou de humor
não faço drama, faço gracinha
E vou ficando por aqui
que não sou mulher de soneto
E teu amor que vejo sorrir
carrego como amuleto
sábado, 3 de novembro de 2007
continente, península, arquipélago e um mar vermelho...
eu te amo, porra...
aos cuidados da minha boca
você entrega
toda sua força armada
e eu, numa fome louca
m(amo) sua porra
até o fim dos mundos...
você entrega
toda sua força armada
e eu, numa fome louca
m(amo) sua porra
até o fim dos mundos...
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
o refúgio, meu lar virtual
"a casa abriga o devaneio, a casa abriga o sonhador, a casa nos permite sonhar em paz" (Gaston Bachelard).
Segundo o dicionário Aurélio: asilo, abrigo, apoio, amparo...
O refúgio: meu lugar seguro, meu canto, meu sótão.
O refúgio: meu ninho, minha casa, minha concha.
O refúgio: meu lugar do sonho, do pensamento.
O refúgio: meu lugar da alegria, da poesia, da melancolia.
O refúgio: meu lugar das paixões, minhas aventuras.
O refúgio: minha "imensidão íntima", dimensão salvadora.
Segundo o dicionário Aurélio: asilo, abrigo, apoio, amparo...
O refúgio: meu lugar seguro, meu canto, meu sótão.
O refúgio: meu ninho, minha casa, minha concha.
O refúgio: meu lugar do sonho, do pensamento.
O refúgio: meu lugar da alegria, da poesia, da melancolia.
O refúgio: meu lugar das paixões, minhas aventuras.
O refúgio: minha "imensidão íntima", dimensão salvadora.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Valei-me Trotsky!
Leon Trotsky é São Jorge,
montado em seu cavalo branco,
em luta contra o dragão
do imperialismo contra-revolucionário:
a religiosidade mística da Mãe Rússia
continuava presente no imaginário popular
de operários, artistas e camponeses.
sábado, 27 de outubro de 2007
O Moço da Bicicleta Encantada
Quando eu tinha por volta dos meus 14/15 anos, tocava violão, tocava não, arranhava. Não que fosse destituída de talento, modéstia à parte, tenho bom ouvido e sou afinada. Mas não tinha determinação, nem disciplina para me dedicar ao estudo do instrumento. Cheguei a tocar algumas pequenas peças, lendo partitura. Mas hoje, vendo um pentagrama musical, só identifico a clave de sol.
Foi mais ou menos nessa época que também tive a minha primeira desilusão amorosa, uma paixão platônica, diga-se de passagem. Ele, o tal “Moço”, era o cara mais bonito da escola, pelo menos aos meus olhos... Mas o que mais me encantava nele, não era seu corpo, nem seu rosto, nem seus olhos... O que realmente me impressionava era a maneira como ele andava de bicicleta. Vocês precisavam ver a maneira como aquele Moço chegava à escola. Sua bicicleta era uma caloi azul, linda! Nem sei qual dos dois era mais bonito, o Moço ou sua caloi. Até porque parecia que a bicicleta era uma extensão do corpo dele, tamanho era seu domínio sobre o veículo de duas rodas. O Moço fazia o diabo a quatro com a bicicleta, o que me fazia lembrar o filme Butch Cassidy & Sundance Kid, naquela cena em que Paul Newman anda de bicicleta se mostrando para Katharine Ross. Quem viu o filme deve se lembrar... “Raindrops Keep Fallin' on My Head...” . E eu, uma adolescente muito tímida, ficava olhando, toda boba e pensando: Que tipo de música ele deve gostar de ouvir? Será que gosta de Caetano, Gil , Chico?. Eu já sabia tocar no violão João e Maria, de Sivuca e Chico Buarque... “Agora eu era o herói e o meu cavalo só falava inglês/ a noiva do caubói era você além das outras três...”. Ou será que ele preferia rock? Bem, eu estava determinada a aprender os primeiros acordes de Stairway to Heaven do Led Zeppelin. Mas talvez ele preferisse o romantismo malemolente do Jorge Ben... "A minha teimosia é uma arma/ pra te conquistar/ eu vou vencer pelo cansaço até você gostar de mim...”. Com a ginga toda que ele tinha em cima da bicicleta é provável que ele gostasse sim, do Jorge Ben. E eu suspirava calada... Até que certo dia o Moço chegou à escola dirigindo um carrão preto, desceu cheio de pose e as garotas mais bonitas da escola ficaram ao seu redor, provavelmente o bajulando um bocado. Vocês não imaginam a minha raiva e decepção: "Como?! Como ele foi capaz de trocar a poesia por um carro?!". Sim, poesia, porque vê-lo em sua caloi azul era como ler um belo poema, ou admirar um belo quadro, um belo filme... "Como?! Como?!" Questionava-me, inconformada. Naquele dia descobri que, além de bonito, aquele Moço era o cara mais idiota da escola. E que todo o encantamento estava em sua linda caloi azul. A bicicleta era encantada, só podia ser. Sem ela, ele perdera toda a beleza e poesia, pelo menos aos meus olhos...
Foi mais ou menos nessa época que também tive a minha primeira desilusão amorosa, uma paixão platônica, diga-se de passagem. Ele, o tal “Moço”, era o cara mais bonito da escola, pelo menos aos meus olhos... Mas o que mais me encantava nele, não era seu corpo, nem seu rosto, nem seus olhos... O que realmente me impressionava era a maneira como ele andava de bicicleta. Vocês precisavam ver a maneira como aquele Moço chegava à escola. Sua bicicleta era uma caloi azul, linda! Nem sei qual dos dois era mais bonito, o Moço ou sua caloi. Até porque parecia que a bicicleta era uma extensão do corpo dele, tamanho era seu domínio sobre o veículo de duas rodas. O Moço fazia o diabo a quatro com a bicicleta, o que me fazia lembrar o filme Butch Cassidy & Sundance Kid, naquela cena em que Paul Newman anda de bicicleta se mostrando para Katharine Ross. Quem viu o filme deve se lembrar... “Raindrops Keep Fallin' on My Head...” . E eu, uma adolescente muito tímida, ficava olhando, toda boba e pensando: Que tipo de música ele deve gostar de ouvir? Será que gosta de Caetano, Gil , Chico?. Eu já sabia tocar no violão João e Maria, de Sivuca e Chico Buarque... “Agora eu era o herói e o meu cavalo só falava inglês/ a noiva do caubói era você além das outras três...”. Ou será que ele preferia rock? Bem, eu estava determinada a aprender os primeiros acordes de Stairway to Heaven do Led Zeppelin. Mas talvez ele preferisse o romantismo malemolente do Jorge Ben... "A minha teimosia é uma arma/ pra te conquistar/ eu vou vencer pelo cansaço até você gostar de mim...”. Com a ginga toda que ele tinha em cima da bicicleta é provável que ele gostasse sim, do Jorge Ben. E eu suspirava calada... Até que certo dia o Moço chegou à escola dirigindo um carrão preto, desceu cheio de pose e as garotas mais bonitas da escola ficaram ao seu redor, provavelmente o bajulando um bocado. Vocês não imaginam a minha raiva e decepção: "Como?! Como ele foi capaz de trocar a poesia por um carro?!". Sim, poesia, porque vê-lo em sua caloi azul era como ler um belo poema, ou admirar um belo quadro, um belo filme... "Como?! Como?!" Questionava-me, inconformada. Naquele dia descobri que, além de bonito, aquele Moço era o cara mais idiota da escola. E que todo o encantamento estava em sua linda caloi azul. A bicicleta era encantada, só podia ser. Sem ela, ele perdera toda a beleza e poesia, pelo menos aos meus olhos...
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
comendo e amando
silêncio, por favor
você não percebe que eu estou...
estou pensando
se perco a razão te comendo
ou ultrapasse a lógica te amando
ou...
os dois
p
oooo
p
Sabem esses vídeos aí ao lado? Tentei colocar como postagem mas não consegui, sou ignorante num monte de coisas, inclusive nesses recursos internéticos. Bem, consegui adicionar como elemento de página, ufa! Adoro Ben Harper, quem não o conhece e curte soul, blues, folk e reggae, precisa ouvi-lo. O cara tem uma voz linda (ele é lindo!), músico de mão cheia e toca slide (é assim que se escreve?) guitar que é uma cooooisa. Conheço e curto Ben Harper desde o primeiro disco (da década de 90 do século passado), mas quando o vi cantando Sexual Healing, puxa vida! Que versão linda e delicada... Sexual Healing é de Marvin Gaye, já falecido, que eu adoro, como adoro toda a galera da Motown, gravadora norte-americana das décadas de 60/70 especializada em soul/black
music. Pena que esses vídeos do YouTube sejam cheios de interrupções... de toda forma espero que gostem.
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Seu Esfuminho & Dona Aquarela

sábado, 20 de outubro de 2007
O Homem de Paletó e Gravata
Encontrei aquele homem no sinal fechado. Ele trajava paletó e gravata e tinha em uma das mãos um envelope vermelho. Assim como eu, esperava o sinal abrir para atravessar a avenida.
Gostei dele, do seu rosto, seu cabelo estilo Beatles, desalinhado...Apesar da roupa não parecia um homem careta. Às vezes certos trabalhos exigem trajes formais. Fazer o quê?
O sinal abrira e nós e mais uma ou duas pessoas atravessamos a avenida. Ele tinha o passo rápido e um andar elegante. Não, não tinha nada a ver com a roupa. Ele andava de um jeito natural, meio largado, como se usasse jeans e camiseta, muito à vontade, como se não soubesse ou não desse a mínima para o traje de jovem empresário urbano que trajava. E eu gostei disso. Seu ar cool, meio outsider (quanto ingrês!) me impressionou. Acompanhei, a alguns passos atrás, aquele homem mas nossos caminhos se separaram no cruzamento seguinte. Que pena, pensei. Mas para minha sorte, ou desejo, ou acaso, ele reapareceu na calçada que eu estava, atravessara a rua à minha frente e seguiu com seus passos rápidos e charme blasé. Eu o segui um pouco atrás e apressei o passo para não perdê-lo mais de vista. Ele dobrou a esquina que eu também dobraria, meu caminho natural para casa. Perdi-o de vista mas sabia que o reveria quando virasse a esquina. Dito e feito. Quando entrei na Rua das Crioulas, logo após a farmácia, o vi parado num fiteiro, comprando alguma coisa. E pensei: deve estar comprando um cigarro. Dito e feito. Passei por ele. Tinha que seguir, não tinha razão para interromper meu caminhar. Atravessei a rua, e ele atravessou logo depois, bem atrás de mim. Pude sentir seus passos... Ele logo me ultrapassou e eu atravessei a rua seguinte mudando para calçada do lado direito, enquanto ele seguia em frente, na mesma calçada, com seu charme, seu andar elegante e largado, cigarro na boca, cabelo ao vento, envelope vermelho... Virei outra esquina, entrei na Rua da Amizade. Não havia motivo para seguir aquele homem. Mas quem era aquele homem? Fiquei pensando. Poderia ser um bandido, um espião, um homem-bomba com um envelope na mão. Bem, não importa. Ele me impressionou. Nunca gostei de homens de paletó e gravata. Mas aquele me encantou, justamente porque parecia desprezar seu ‘paletó e gravata’... Quando cheguei em casa o esqueci. Mas no dia seguinte acordei pensando nele e me questionei: Por que deixei-o escapar? Eu tinha tanta pressa para chegar em casa? Eu precisava mesmo de razões coerentes para segui-lo?
Gostei dele, do seu rosto, seu cabelo estilo Beatles, desalinhado...Apesar da roupa não parecia um homem careta. Às vezes certos trabalhos exigem trajes formais. Fazer o quê?
O sinal abrira e nós e mais uma ou duas pessoas atravessamos a avenida. Ele tinha o passo rápido e um andar elegante. Não, não tinha nada a ver com a roupa. Ele andava de um jeito natural, meio largado, como se usasse jeans e camiseta, muito à vontade, como se não soubesse ou não desse a mínima para o traje de jovem empresário urbano que trajava. E eu gostei disso. Seu ar cool, meio outsider (quanto ingrês!) me impressionou. Acompanhei, a alguns passos atrás, aquele homem mas nossos caminhos se separaram no cruzamento seguinte. Que pena, pensei. Mas para minha sorte, ou desejo, ou acaso, ele reapareceu na calçada que eu estava, atravessara a rua à minha frente e seguiu com seus passos rápidos e charme blasé. Eu o segui um pouco atrás e apressei o passo para não perdê-lo mais de vista. Ele dobrou a esquina que eu também dobraria, meu caminho natural para casa. Perdi-o de vista mas sabia que o reveria quando virasse a esquina. Dito e feito. Quando entrei na Rua das Crioulas, logo após a farmácia, o vi parado num fiteiro, comprando alguma coisa. E pensei: deve estar comprando um cigarro. Dito e feito. Passei por ele. Tinha que seguir, não tinha razão para interromper meu caminhar. Atravessei a rua, e ele atravessou logo depois, bem atrás de mim. Pude sentir seus passos... Ele logo me ultrapassou e eu atravessei a rua seguinte mudando para calçada do lado direito, enquanto ele seguia em frente, na mesma calçada, com seu charme, seu andar elegante e largado, cigarro na boca, cabelo ao vento, envelope vermelho... Virei outra esquina, entrei na Rua da Amizade. Não havia motivo para seguir aquele homem. Mas quem era aquele homem? Fiquei pensando. Poderia ser um bandido, um espião, um homem-bomba com um envelope na mão. Bem, não importa. Ele me impressionou. Nunca gostei de homens de paletó e gravata. Mas aquele me encantou, justamente porque parecia desprezar seu ‘paletó e gravata’... Quando cheguei em casa o esqueci. Mas no dia seguinte acordei pensando nele e me questionei: Por que deixei-o escapar? Eu tinha tanta pressa para chegar em casa? Eu precisava mesmo de razões coerentes para segui-lo?
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
terça-feira, 16 de outubro de 2007
nosso amor
dê-me uma lua cheia
que eu te dou o sol mais quente
e ninguém verá eclipse mais obsceno que o nosso
que eu te dou o sol mais quente
e ninguém verá eclipse mais obsceno que o nosso
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
você me dá tesão
brinco com você
na minha boca
mato você
na minha boca
depois você ressuscita
entre minhas coxas
na minha boca
mato você
na minha boca
depois você ressuscita
entre minhas coxas
El Che?
Minha irmã me disse que com meu jeito meigo e calmo (eu!?! meiga e calma? ela não sabe nada de mim...) eu consigo ser firme e dura com os cuidadores e enfermeiras do nosso pai. Me senti tão Ernesto Che Guevara: "Hay que endurecerse pero sin perder la ternura jamás".
Acho que tenho alguma salvação...
Acho que tenho alguma salvação...
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
"Eu Pixo" + um meme
p
Recebi um meme (Ô tarefinha...Brincadeirinha...rs) da minha querida Vais. O negócio é o seguinte: pegar o livro mais próximo (que esteja lendo, ou não), abrir na página 161, escrever a quinta frase e fazer um comentário sobre a obra. Lá vai...
Recebi um meme (Ô tarefinha...Brincadeirinha...rs) da minha querida Vais. O negócio é o seguinte: pegar o livro mais próximo (que esteja lendo, ou não), abrir na página 161, escrever a quinta frase e fazer um comentário sobre a obra. Lá vai...
O livro: Mate-me Por Favor: Uma História Sem Censura do Punk, Vol.I de Legs McNeil e Gillian McCain. (Será que eles são sobrinhos do McDonald? Brincadeirinhaaaa)
A frase: Então eu disse: “Seja legal com esse tal de David Bowie. Além do mais, ele é bonito e quero conhecê-lo. Então vamos nessa.” (Coloquei quase um parágrafo inteiro, né? Não resisti...)
O comentário: Através de entrevistas o livro narra a história da cena punk novaiorquina nos anos 70. Lá estão figuras como Iggy Pop, Debbie Harry, Nico, Patty Smith, Joey Ramone, entre outros que fizeram ou de alguma forma estavam envolvidos com a cena punk de Nova York. Se o livro é bom? Bem, não é essencial, se é que existe livro essencial. Mas pra quem curte a patota acima é, digamos...interessante.
Quem quiser seguir adiante o meme do livro, vai em frente. Deveria indicar 5 pessoas mas vou deixá-los (las) à vontade.
p
Ah, sim, o desenho acima fui eu que fiz mas é copiléfiti. Nem precisa citar meu nome. Sou inteirinha de domínio público, em versos e cores, uuuuiii, senti um arrepio! Mas que ninguém se aproprie do que é público, senão senão, aiaiai!
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
quinquilharias
1. Nem tudo que tem significado é racional.
2. A razão não clama por tesão.
3. A meu ver, um pouco de tudo é bom saber.
4. As rimas dão sonoridade às limas.
5. Quem não tem nada à dizer é porque...sei lá.
6. As besteiras servem pra irritar os soberbos.
7. A paciência tem limite mas seus frutos são de chocolate.
8. Calma é pra quem não desalma.
9. E só desalma quem não tem dálmata.
10. O sentido tá carcomido.
11. Tudo tem um pouco de razão e aberração.
12. A melancolia me invade ou será que mora
em mim e extrapola?
13. Sob o sol não há dúvida somos todos só(i)s.
14. As sensações não têm senso nem ações.
15. Nem a camaradagem tem câmara mas agem.
16. E o supérfluo pode ser super mas eu não fluo fácil.
17. Feminino é um niño afeminado.
18. Ando muito ansiosa pra escrever. Dá pra perceber?
19. Vou dar um tempo pessoal.
20. Nganga que eu gosto...
2. A razão não clama por tesão.
3. A meu ver, um pouco de tudo é bom saber.
4. As rimas dão sonoridade às limas.
5. Quem não tem nada à dizer é porque...sei lá.
6. As besteiras servem pra irritar os soberbos.
7. A paciência tem limite mas seus frutos são de chocolate.
8. Calma é pra quem não desalma.
9. E só desalma quem não tem dálmata.
10. O sentido tá carcomido.
11. Tudo tem um pouco de razão e aberração.
12. A melancolia me invade ou será que mora
em mim e extrapola?
13. Sob o sol não há dúvida somos todos só(i)s.
14. As sensações não têm senso nem ações.
15. Nem a camaradagem tem câmara mas agem.
16. E o supérfluo pode ser super mas eu não fluo fácil.
17. Feminino é um niño afeminado.
18. Ando muito ansiosa pra escrever. Dá pra perceber?
19. Vou dar um tempo pessoal.
20. Nganga que eu gosto...
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
a revolução sem rosto

Vocês já ouviram falar no Wu Ming? Eles criticam a propriedade intelectual e são a favor do copyleft.
Sim, sim, podem ter certeza, depois de todo esse rolo entre meu querido Marconi Leal e Fausto Wolff (ver aqui) fiquei pensando sobre questões relativas a direitos autorais. Não que Marconi não tenha razão em se sentir lesado. Mas se Fausto errou pela apropriação de algo que não era dele, Marconi exagerou na dose ao defender sua propriedade intelectual. Essa é a minha opinião. Já estava louca pra falar isso mas estava esperando o desfecho dessa história pra não pôr mais lenha na fogueira. Gostaria de escrever um texto mais longo sobre minhas opiniões mas não tenho talento suficiente para isso, sem falar que ando muito cansada com os problemas de saúde do meu pai. É isso... Visitem o sítio do Wu Ming. Vale a pena.
"Toda propriedade é um roubo"
Quem foi mesmo que disse isso?
terça-feira, 2 de outubro de 2007
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
sábado, 29 de setembro de 2007
Boas notícias

Ah, essas duas criaturas acima no meio do mato, sou eu e meu pai, Seu Maurício Camurça. Na foto parece que ele tá botando a língua pra fora, ou imitando um macaco, sei lá, coisa de pai brincalhão. :)
Valeu (tá valendo), moçada, pela torcida, carinho e força. Muito grata a todas e todos.
Um beijo enorme no coração de cada um/a.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Meu Pai...
Pra quem não sabe (já falei um tempo atrás sobre isso numa postagem) meu pai tem Mal de Alzheimer. De um mês pra cá deu uma piorada: teve convulsão devido à hidrocefalia que desenvolveu, de lá pra cá passou a tomar remédio controlado anti-convulsivo. Ele, que antes ainda falava um pouco e andava, passou a ter mais dificuldade na fala e nos movimentos. Sábado passado, outro "baque". Foi internado com pneumonia adquirida por causa de má ingestão de alimento: a comida foi pro pulmão. Está com muita secreção e hoje de madrugada foi levado para a UTI, por insuficiência respiratória. Espero que meu pai saia dessa... Torçam por ele... Não sei mais o que dizer...
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
domingo, 23 de setembro de 2007
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
desatinada
suas palavras me fodem
a boca, o cu, a buceta
e eu que já sou quase louca
quase líquida
começo a exalar cheiro de porra
sua porra...
a boca, o cu, a buceta
e eu que já sou quase louca
quase líquida
começo a exalar cheiro de porra
sua porra...
terça-feira, 18 de setembro de 2007
domingo, 16 de setembro de 2007
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
faço humor, não faço drama
o drama não me cai bem
tentei vesti-lo em cores trágicas
tentei vesti-lo em cores trágicas
não me cabe, aperta, machuca...
já o riso, a gargalhada, o humor
Aaah, me cai que é uma beleza!
p
Micaique? (que cacofonia...)
terça-feira, 11 de setembro de 2007
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
uma história
Essa é uma história com início, meio e fim, como muitas histórias que tem início, meio e fim. Gosto de escrever histórias com início, meio e fim porque histórias sem início, meio e fim são muito difíceis de compreender o início, o meio e o fim. E digo mais: o início, o meio e o fim são partes de um todo com início, meio e fim. E esse todo com início, meio e fim é feito uma viagem com início, meio e fim. Porque ler um história é "viajar"... Acho que posso afirmar que toda "viagem" tem um início, um meio e um fim. Mas esse fim não é absoluto porque sempre é possível recomeçar tudo de novo passando pelo início, o meio e o fim, mesmo que essa história tenha um início, um meio e um fim diferentes (início, meio e fim só se repetem como farsa). E devo acrescentar que início, meio e fim fazem parte da vida de tudo que há sobre a Terra que um dia teve um início, um meio... Espero que o seu fim esteja bem distante de ocorrer.
PS: escrevi o texto acima em setembro do ano passado, quando estava absolutamente sem falta de tempo ou disposição para escrever (exatamente como me sinto hoje...não, hoje estou pior).
PS: escrevi o texto acima em setembro do ano passado, quando estava absolutamente sem falta de tempo ou disposição para escrever (exatamente como me sinto hoje...não, hoje estou pior).
sábado, 8 de setembro de 2007
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Certifique-se!

Animot de César xrmr
La Vie Bohème de Acantha
Neurótika.com de Regina Ramão
Pirata Zine de Pirata
Recanto das Formas de Vais
Resumo da Chuva de Marcelo F. Carvalho
Ah sim, como castigo, os indicados também devem indicar mais cinco blogues... Ops, coloquei seis na lista, e agora?
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
pernambucália desvairada 2

Casa de Banhos /Recife – fundada em 1880 pelo Sr. Carlos José de Medeiros que solicitou autorização da Prefeitura para construir sua moradia nos arrecifes, próximo à antiga ponte giratória. Após algum tempo o proprietário decidiu explorar comercialmente o local: além de moradia a casa tornou-se uma hospedaria para fins medicinais. Era feita de madeira e ferro que segundo Mário Sette, “lembrava um navio sem mastro, com suas janelas ‘camarotes’, com seus terraços de convés, um para o rio (capibaribe) e o outro para o Atlântico...”
Chamava-se Grande Estabelecimento Balneário de Pernambuco mas ficou popularmente conhecida como Casa de Banhos. A casa tinha um grande salão de refeições, 5 banheiros que atendiam a 350 pessoas, duas salas, gabinete de leitura e outras dependências. No início do século XX a propaganda da Casa de Banhos dizia que a estadia no estabelecimento contribuía para a cura do beribéri e febres nervosas. Era muito procurada por estrangeiros para repouso e banhos de água salgada. Posteriormente foi comprada pelo inglês Sydney Rodhes que fez melhoramentos no local e aumentou a tabela de preços.
No seu auge a Casa de Banhos era um importante ponto de encontro da sociedade pernambucana, onde almoçava-se em louças inglesas, degustava-se bebidas estrangeiras e saboreava-se finas iguarias. Lá também aconteciam festas e bailes carnavalescos.
No fim da década de 1920, já decadente, a Casa de Banhos foi destruída por um incêndio, ainda nas mãos do proprietário inglês Sydney Rodhes.
Fonte: Fundação Joaquim Nabuco
Foto: http://www.memorialpernambuco.com.br/
Atualmente, no lugar onde havia a Casa de Banhos, existe o Bar do Dique, bem bacana. O acesso é de barco (tem um catamarã que sai do Marco Zero. Custo: R$2,00) ou de carro pelos arrecifes, vindo de Brasília Teimosa. Vale a pena ir!
Chamava-se Grande Estabelecimento Balneário de Pernambuco mas ficou popularmente conhecida como Casa de Banhos. A casa tinha um grande salão de refeições, 5 banheiros que atendiam a 350 pessoas, duas salas, gabinete de leitura e outras dependências. No início do século XX a propaganda da Casa de Banhos dizia que a estadia no estabelecimento contribuía para a cura do beribéri e febres nervosas. Era muito procurada por estrangeiros para repouso e banhos de água salgada. Posteriormente foi comprada pelo inglês Sydney Rodhes que fez melhoramentos no local e aumentou a tabela de preços.
No seu auge a Casa de Banhos era um importante ponto de encontro da sociedade pernambucana, onde almoçava-se em louças inglesas, degustava-se bebidas estrangeiras e saboreava-se finas iguarias. Lá também aconteciam festas e bailes carnavalescos.
No fim da década de 1920, já decadente, a Casa de Banhos foi destruída por um incêndio, ainda nas mãos do proprietário inglês Sydney Rodhes.
Fonte: Fundação Joaquim Nabuco
Foto: http://www.memorialpernambuco.com.br/
Atualmente, no lugar onde havia a Casa de Banhos, existe o Bar do Dique, bem bacana. O acesso é de barco (tem um catamarã que sai do Marco Zero. Custo: R$2,00) ou de carro pelos arrecifes, vindo de Brasília Teimosa. Vale a pena ir!
terça-feira, 4 de setembro de 2007
domingo, 2 de setembro de 2007
Burgo Medieval... Será Macau?
(para quem não tem acompanhado o blogue é preciso descer algumas postagens abaixo para entender, ou não, essa história de formigas oriundas da China)
p
ooooo
p
Caros Moacy, Jens e Acantha, respondi aos seus comentários na postagem anterior. Beijos.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Atenção: isto não é poesia mas dá um bom mote...

quinta-feira, 30 de agosto de 2007
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
terça-feira, 28 de agosto de 2007
domingo, 26 de agosto de 2007
não matem as formigas, por favor!
escrevi um poema neste espaço em branco. um poema amoroso, não, um poema erótico, sim, um poema sacana, safado mas tão doce tão doce tão doce que as formigas comeram ou levaram para o formigueiro, cada verso, cada palavra... puxa vida! deu tanto trabalho escrever. dediquei-me com afinco ao poema, como há muito não fazia. sabe, era um poema longo, não, era um poema curto, sim, bem curtinho, um haicai, sim, um haicai e as formigas deram um fim. pois é, as formigas mataram o poema. mas quem sabe ele não retorne? quem sabe?! quem sabe?! talvez ele retorne mais vivo. sim, mais vivo! mais poético! desmembrado em grãos de areia!
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
acho que falta alguma coisa...
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
pernambucália desvairada 1

Fonte: Fundação Joaquim NabucoFoto: coleção Allen Morrison
Não sei se isso é motivo de orgulho pois aconteceu durante o período de uma Alemanha hitlerista às vésperas da Segunda Grande Guerra... Mas não deixa de ser curioso.
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
domingo, 19 de agosto de 2007
o que eu vou ser quando crescer?

Hoje é meu aniversário: 39 primaveras. E a garotinha aí na foto sou eu, é claro. Adoro minhas fotos de infância. Não sei bem porque. Talvez porque meu pai, o fotógrafo oficial do Álbum de Família, tivesse muito bom gosto e sensibilidade. Talvez porque, penso eu, as crianças são sempre mais fotogênicas que os adultos. Talvez porque minha tez fosse mais viçosa (risos).Ou ainda porque minha infância foi muito bacana. Bem, não importa. Os anos se passaram...Estou na porta de entrada dos “enta”, então agüenta (risos).
Mas voltando ao início. 39 anos, pois é, quem diria que eu sobreviveria às minhas crises existenciais, aos problemas familiares, à separação do meu ex (que foi bem tranqüila mas dói, né?), ao desemprego (continuo sem emprego mas fazer o quê?). Sobrevivi a tudo sem analista (economizei uma grana, hein?) Hoje estou bem, tô na paz (será?). Aos poucos minha ansiedade está diminuindo. Dizem que é sinal de amadurecimento. Atualmente ao invés de roer todas as unhas das mãos diariamente, eu procuro revezar: um dia eu rôo a dos polegares, outro dia a dos indicadores e assim vai... Também aumentei uns quiliinhos, de 58kg pra 64kg em 1,58m de altura, o que significa excesso de peso mas tudo bem, normal...a celulite tá dominando...já identifico rugas de expressão no rosto.. mas tudo bem, tudo bem, TUDO BEM, faz parte. Calma, Sandra, calma. EU ESTOU CALMA. Não grita. QUEM ESTÁ GRITANDO? Brincadeira, pessoal. Não ligo muito pra essas coisas não. Minha angústia é mais de ordem existencial. Mas estou aprendendo a lidar com ela. Quando sinto uma pontinha de angústia no peito digo pra mim mesma: “Frescura! Vai trabalhar, vai dançar, vai trepar, aproveita, mulher!”. Mas às vezes dá aquela vontade de gritar e é aí que eu sinto saudade da infância. As crianças gritam, berram e está tudo bem, “é coisa de criança”. Agora, quando a gente grita... “é doido? pirou? tá maluca?”. Então que sejamos loucos & loucas. GRITEMOS GRITEMOS GRITEMOS. E eu ainda nem sei o que vou ser quando crescer...putzgrila!
Beijos & abraços
Té mais.
(Mas que menina danada! Quase pintou a foto toda, ai ai ai... )
E aí, gostaram da surpresa?
Mas voltando ao início. 39 anos, pois é, quem diria que eu sobreviveria às minhas crises existenciais, aos problemas familiares, à separação do meu ex (que foi bem tranqüila mas dói, né?), ao desemprego (continuo sem emprego mas fazer o quê?). Sobrevivi a tudo sem analista (economizei uma grana, hein?) Hoje estou bem, tô na paz (será?). Aos poucos minha ansiedade está diminuindo. Dizem que é sinal de amadurecimento. Atualmente ao invés de roer todas as unhas das mãos diariamente, eu procuro revezar: um dia eu rôo a dos polegares, outro dia a dos indicadores e assim vai... Também aumentei uns quiliinhos, de 58kg pra 64kg em 1,58m de altura, o que significa excesso de peso mas tudo bem, normal...a celulite tá dominando...já identifico rugas de expressão no rosto.. mas tudo bem, tudo bem, TUDO BEM, faz parte. Calma, Sandra, calma. EU ESTOU CALMA. Não grita. QUEM ESTÁ GRITANDO? Brincadeira, pessoal. Não ligo muito pra essas coisas não. Minha angústia é mais de ordem existencial. Mas estou aprendendo a lidar com ela. Quando sinto uma pontinha de angústia no peito digo pra mim mesma: “Frescura! Vai trabalhar, vai dançar, vai trepar, aproveita, mulher!”. Mas às vezes dá aquela vontade de gritar e é aí que eu sinto saudade da infância. As crianças gritam, berram e está tudo bem, “é coisa de criança”. Agora, quando a gente grita... “é doido? pirou? tá maluca?”. Então que sejamos loucos & loucas. GRITEMOS GRITEMOS GRITEMOS. E eu ainda nem sei o que vou ser quando crescer...putzgrila!
Beijos & abraços
Té mais.
(Mas que menina danada! Quase pintou a foto toda, ai ai ai... )
E aí, gostaram da surpresa?
sábado, 18 de agosto de 2007
epidérmico
hoje não sou haicai
mas ainda sou poesia
e as portas estão abertas
para infinitas possibilidades
hoje sonhei colada ao teu corpo
lambi teu esperma entre os dedos
e nem ao menos sei o teu nome
mas ainda sou poesia
e as portas estão abertas
para infinitas possibilidades
hoje sonhei colada ao teu corpo
lambi teu esperma entre os dedos
e nem ao menos sei o teu nome
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
O homem da máscara cor-de-laranja ou Doideiras

iiiiii
Atenção: Próximo domingo, 19 de agosto, postagem especial, neste mesmo bat refúgio, ou melhor, neste mesmo batmacumba refúgio. NÃO PERCAM!!!
domingo, 12 de agosto de 2007
sábado, 11 de agosto de 2007
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
domingo, 5 de agosto de 2007
sábado, 4 de agosto de 2007
Assinar:
Postagens (Atom)