Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

sábado, 27 de agosto de 2011

"A rapariga errada"




"Gostas de sentir os teus pés sobre a areia fina. Gostas de te afastar dos lugares ocupados pelas famílias (...). Gostas de sentir os teus pés sobre a areia e vais para longe, para o fim da praia. Gostas de ficar ali sentada, os braços a abraçarem as pernas dobradas, a olhar o mar. A confirmar que duas ondas nunca são exactamente iguais durante milénios e milénios (...)".
(negrito meu)



Pedro Paixão, "a rapariga errada", 1ª edição Junho 2011, Editora Impressão Digital. Com a devida vénia.






Ainda existem escritores que traduzem o que nos vai na Alma... confesso que sou um incondicional de Pedro Paixão. Só lamento ele não ser crente... tal transparece dos seus romances. Mas porque será que o excesso de lucidez para as coisas deste mundo por vezes "rouba" o lugar à Fé? Tal não é incompatível...bem pelo contrário, ter lucidez implica possuir a humildade suficiente para que possamos reconhecer que tudo devemos a Deus e d'Ele tudo esperamos.



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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Leituras de Verão III





Estou a ler o irresistível, apaixonante, sei lá que mais epítetos poderei dar aos " Males da Existência" de António Sousa Homem (há dias acabei o seu mais recente "Um Promontório em Moledo")!

Nestes volumes os ibiscos são personagens centrais, bem como a nossa História, a nossa sociedade (retratada com severidade), a nossa nostalgia do passado, da nossa família já desaparecida, e de um País que morreu creio que para sempre...




Nota: António Sousa Homem mais não é do que o heterónomo de Francisco José Viegas. Apenas encontro neste um defeito: ser defensor do "acordo ortográfico".

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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Leituras de Verão I



Ainda sem tempo para férias, vou-me debruçando sobre aquela literatura que poderíamos designar, sem desprimor claro, de "light". Acabo de ler a “Transa Atlântica”, de Mónica Marques, uma portuguesa que, por circunstâncias várias, radicou-se no Brasil, dedicando-se à escrita. Uma escrita que mais parece um diário de uma mulher e da sua vivência numa cidade como o Rio de Janeiro, com as suas praias, o famoso “Leblon”, e a tensão dos romances que se “vivem” naquelas paragens, o modo de pensar e viver dos brasileiros.


Eis um excerto:



“(...) carioca que se preze jamais entra na água de rabo de cavalo. Caminha, quase em bicos de pés, em direcção ao mar e negligentemente, antes de mergulhar, solta o cabelo, que só volta a prender após um tempo ao sol – se não mofa (...)".

O próximo que vou ler é o seu segundo livro: "Para Interromper o Amor" da Quetzal, que fala sobre essa matéria-prima delicada e intensa.

Enfim, tentemos esquecer a grande crise que vai aqui na Europa… provavelmente ainda teremos de emigrar para o Brasil, tal como fizemos no século XIX e em 1974…



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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sôbolos Rios Que Vão... I



O novo romance de António Lobo Antunes é belíssimo! E já vai na 3ª edição! Afinal, os portugueses ainda são capazes de se alhear desta política prostituída!


O pequeno livro é um olhar de frente a morte a partir da (nossa) vida e... não nos deixarmos cair de joelhos perante ela.


Decididamente, e apesar de franciscano (ou tentar sê-lo...), não consigo, como o fêz São Francisco, chamar à Morte de irmã...

À propos, esplendorosa esta foto do António... este António que ainda hoje ama tanto o seu avô... como eu... até ao último suspiro...

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quinta-feira, 3 de junho de 2010

João Aguiar - Viriato de novo vencido.


Corriam os anos negros da década de oitenta quando João Aguiar iniciou a sua carreira de escritor com o seu romance A Voz dos Deuses, páginas que me transportaram para um tempo em que os homens não eram ratos mas simplesmente… Homens!

O Viriato dos nossos dias acabou de tombar face ao tenebroso inimigo destes tempos. Mais uma perda irreparável no nosso horizonte.

É triste partir quando toda a Natureza desperta do seu sono. Mais triste ainda quando constatamos que apenas os medíocres permanecem neste rectângulo.


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sexta-feira, 19 de março de 2010

Marcadores (improvisados) de livros.

No Jornal "I", veio publicada uma curiosa notícia acerca de uma exposição, em Vila Real, denominada "Coisas que aparecem no meio dos livros", e que versa sobre "marcadores" de livros improvisados. Isso mesmo! "Artefactos" como telegramas, cartões de visita, pratas de chocolates, trevos de quatro folhas, postais ilustrados, boletins da lotaria com mais de 50 anos, listas de compras.


Um dia, alguém também há-de achar os meus "marcadores" nos meus livros...

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Hoje é dia de LER Janeiro...

Hoje é dia de...

LER!

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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Hoje é dia de LER Dezembro...


Hoje é dia de...

LER!


E atentar na entrevista de José Tolentino de Mendonça - "A Fé é nocturna"...

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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Hoje é dia de LER...


Hoje é dia de LER...

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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

"Os Cinco"


A memória da nossa infância é muito forte, para o bem e para o mal.

Prova disso é o facto dos britânicos, apesar do “encantamento” criado por J.K. Rowling e da sua saga "Harry Potter", terem agora escolhido Enid Blyton, criadora da série de livros infantis “Os Cinco”, como a sua escritora preferida.

Esta notícia, publica pelo “SOL” on-line, recorda-me como num verão muito belo da minha infância, na vila de Mação (Beira-Baixa), num Portugal ameno e tranquilo (digam lá o que disserem os detractores desse tempo), comecei a ler o primeiro livro de “Os Cinco”.

Tenho de o ir buscar à arrecadação… aliás, tenho-os lá todos, em primeira edição daqueles já longínquos anos sessenta. Da Editorial Notícias, se não estou em erro. Muito bem tratados, apesar de intensamente lidos...

Aquele comprou-me o meu saudoso pai aqui em Lisboa, no Rossio. Pensava ele que o livro daria para todas as férias “grandes”… li-o em poucos dias… e ali, na província, não foi possível comprar outros…

Ao tempo, marcou-me muito a leitura de toda a colecção: vivi aquelas aventuras como se fossem minhas, apreendi outro modo de pensar, outras vivências, outros comportamentos e atitudes.


Um tempo em que a vida passava obrigatoriamente pelo prazer de ler. Logo na infância…

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terça-feira, 1 de julho de 2008

Português Suave


O nome atraiu-me: Português Suave!

Lembrou-me a linha arquitectónica que o regime do Estado Novo criou: o famoso “português suave” - que traduz um conjunto de obras realizadas ao longo dos anos 40 em Portugal (atente-se nas obras de Cassiano Branco, por exemplo).

O “português suave” expandiu-se por todo o território pátrio, incluindo as províncias ultramarinas, num esforço de embelezamento da paisagem e de uniformização de critérios: veja-se, a título de exemplo, os Tribunais desse tempo, que subsistem com a sua dignidade (e que ainda não caíram…).


Isto a (des) propósito do novo livro de Margarida Rebelo Pinto - "Português Suave".

Vai ser lançado na próxima quinta-feira, no Hotel Ritz, com a apresentação de Paulo Teixeira Pinto.

Nunca li nada dela mas, atendendo ao exposto, e a esta “mistura explosiva” (PTP e MRP), vou-me sentar lá no Ritz a fim de tentar descobrir o que se passa…

A editora afirma que o romance aborda um certo “ modo de ser tão português, um espelho fiel da burguesia tradicional que persiste ainda no século XXI, constituindo um retrato de um certo Portugal”.

Bem, isto chega-me para abrir as folhas, curioso… Quem sabe se não vou ficar "fã" da MRP?


"Confesso que cheguei a invejar-lhes a vida organizada e ordeira, os filhos sossegados e disciplinados, aquele modelo muito burguês, muito português suave”.

(Margarida Rebelo Pinto, in "Português Suave").


Quem me dera hoje "viver" esse modelo…

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quinta-feira, 24 de abril de 2008

Os meus (últimos) livros I



Esta obra, relato de paixões humanas, revela afinal a essência divina do amor...

De Jacqueline Dauxois , "As Mais belas Histórias Mulheres da Bíblia", Editora Âmbar.

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segunda-feira, 21 de abril de 2008

Escolhas...


O Joaquim, aqui ao lado, no “Que é a Verdade?” (http://queeaverdade.blogspot.com/), tem um postal de desafio que levei à letra:

Pretende-se que se escolha 5 autores preferidos, e 1 que mereça apodrecer na estante.

Bem, a lista seria longa…

I -Numa visão muito pessoal, escolheria, do mundo profano (talvez não tanto…):

1."OS LUSÍADAS" de Camões, da simpática (e ao que julgo, extinta) Editora Ulisseia;

2. Toda a obra de MARCELLO CAETANO (HISTÓRIA E DIREITO);

3. OS DISCURSOS DE ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR, da Coimbra Editora;


II - No campo "estritamente" religioso:

4. Shusaku Endo – "Uma vida de Jesus" (lindo…): da Editora Asa.

5. De Jean Guitton – "No Coração do Infinito" e “As Minhas Razões de crer”, ambos da Editora Âncora.


III - Para o lixo: todos os livros sobre a maçonaria!

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domingo, 6 de abril de 2008

Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes.


Na sua 4.ª edição, o Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes distinguiu a Professora Maria Helena Rocha Pereira.

Professora universitária e investigadora, licenciou-se em Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 1947, e doutorou-se em Letras na mesma Universidade, em 1956.

Iniciou a sua actividade profissional no Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Porto, onde foi professora de Latim e depois também de Grego (de 1948 a 1957), mas fez a carreira universitária na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde ingressou em 1951 como segundo assistente de Filologia Clássica, e foi professora catedrática titular da cadeira de Literatura Grega desde 1964, e ainda vice-reitora em 1970/71.


D. Manuel Clemente, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, afirmou que a atribuição do Prémio “distingue a excelência da actividade realizada pela Professora Maria Helena da Rocha Pereira numa área – Estudos Clássicos – fundamental, ainda mais nos dias de hoje, para formação da cultura e da identidade portuguesas”.


Mulheres como a Professora Maria Helena Rocha Pereira foram formadas num tempo em que existia um clima de recolhimento, estudo e reflexão, que o regime de então propiciava.

E que hoje já não existe e parece não poder ser ressuscitado.


Os tempos que correm são de superficialidade e de apagamento da memória social e colectiva.

E ainda dizem que o “Estado Novo” foi tempo de obscurantismo!

Vivemos num tempo de destruição dos mais sagrados valores.

Paradoxalmente, já o Prof. Marcello Caetano alertava, no ano de 1972, que “Fazer política não pode ser cultivar o desvario das utopias estéreis ou agitar-se na loucura das violências destruidoras.”



Hoje, culpados e inocentes, todos pagamos as loucuras cometidas há trinta e três anos!





Nota I: fonte da notícia: Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

Nota II: o citado discurso de Marcello Caetano foi proferido na reunião das comissões da ANP, Santarém, 21 de Maio 1972

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Parafraseando..."Não Apaguem a Memória!"


Por amável convite da minha amiga K., deslocar-me-ei hoje à "Sala do Arquivo" - Paços do Concelho da Câmara Municipal deLisboa, a fim de assistir ao lançamento do livro " 1908 - Um olhar sobre o Regicídio" , da historiadora Margarida Magalhães Ramalho.


Ainda vamos dar uns vivas ao Rei e à Monarquia no antro do inimigo!





Adenda: Estive na apresentação do livro, e tive o prazer de rever a minha amiga K., mais o seu "mais-que-tudo". Mais bela (e mais magra...) que nunca...

A apresentação do livro ficou a cargo do Professor António Pedro Vicente, que nos levou a viajar pelo mundo da História. Ele e a Autora, Margarida Magalhães Ramalho, deixar-me-iam ali horas "perdidas" a ouvi-los... Que mundos que tantas vezes nos escapam, e que, todavia, são o sal que dá sabor à vida quotidiana...

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