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24 de setembro de 2009

Continuam os problemas com o Camelódromo


Notícia da Agência Chasque:

RS: Camelôs conseguem evitar despejo na Capital

Prefeitura de Porto Alegre e a Verdi construtora realizarão campanha publicitária do Centro Popular de Compra e prorrogam até dia 15 de Dezembro o pagamento dos aluguéis para os lojistas inadimplentes.

Porto Alegre (RS) – Na manhã desta terça-feira (22), comerciantes do Centro Popular de Comprar (CPC), vulgo camelódromo, reuniram-se com vereadores da capital, Verdi contrutora e representantes da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio (SMIC). O objetivo foi buscar solução para os problemas que os lojistas vêm enfrentando como a baixa circulação de pessoas e o valor abusivo dos aluguéis.

Impedidos de acompanhar a reunião, centenas de comerciantes protestaram do lado de fora. Como enfatiza o lojista Valdir Terra, a situação é grave e atinge até 70% dos comerciantes.

“[O secretário Clóvis Magalhães] não pode mais inventar desculpas dizendo que o problema é só de 40 pessoas. Nós estamos aqui com mais de 100 pessoas insatisfeitas. Nós queremos uma solução definitiva para os problemas que vem se agravando desde o primeiro dia que o camelódromo foi inaugurado”, diz.

Após reunião, o secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico do município Clóvis Magalhães, enfatizou que os problemas serão resolvidos de maneira gradativa. Como solução apresentada aos lojistas, a prefeitura e a Verdi construtora realizarão campanha publicitária do CPC. Também prometem prorrogar até dia 15 de Dezembro o pagamento dos alugueis para os lojistas inadimplentes. Conforme o representante dos camelôs, Juliano Fripp, esses avanços são o resultado de um longo período de mobilização.

“Esse avanço se deve ao nosso movimento, ao nosso povo organizado que foi para cima da secretaria. Nós acreditamos que essas ações vão dar certo, mas caso não ocorra um fluxo maior de pessoas ou um número maior de vendas, nós vamos voltar pra discussão. Se a SMIC ou a Verdi construtora emitirem qualquer notificação de despejo, eles vão ter que arcar com as conseqüências, pois estarão infligindo o acordo”, conta.

Na próxima semana será realizada nova reunião para mapear os pontos do CPC com menor fluxo de pessoas e identificar os lojistas mais prejudicados do local.

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Os vendedores ambulantes [camelôs], que apoiaram o projeto do CPC, ouviram o canto da sereia. Evidentemente, o antigo espaço era desorganizado, mal cuidado, insalubre. Exigia-se melhores condições de trabalho e circulação entre vendedores, compradores, pedestres, transporte público. Quem atravessava a Marechal Floriano das paradas de ônibus do Mercado Público até a Salgado Filho, em dia de chuva, precisava ter cuidado para não se machucar nas cordas estendidas de lado a lado.

Agora, era preciso sair dali? Era preciso construir aquele centro de compras sobre pilotis? Esse tipo de comércio exige o "chão", é típico para atrair o público que está de passagem. As razões para tal mudança de local, bem como o tipo de construção pensada para organizar o comércio ambulante, talvez se conheça, a partir da pergunta: quem ganhou com isso?

Como se percebe, a parte mais interessada está sujeita a perda do lucro e despejo. E para saber mais, leiam o trabalho do Igor e da Carla sobre a construção do Camelódromo AQUI.

Imagem: Ricardo Stricher/PMPA

14 de fevereiro de 2009

O centro sem os camelôs: estacionamento?

Uma praça sem os vendedores ambulantes, 10 de fevereiro de 2009.
Nesta sexta-feira, vimos carros estacionados no local em que ficavam os camelôs em Porto Alegre. Ficamos intrigados com a cena: estacionamento no centro ao ar livre?

E esta é a imagem dos automóveis estacionados na Mal. Floriano, no local em que havia o comércio dos ambulantes. Segundo o autor, sai o camelódromo e entra o flanelódromo...

Fotos: Dialógico e f30 [automóveis].

Atualizado em 14/02/2009, 15h50min.

25 de janeiro de 2009

Camelódromo abre as portas

O CPC - Centro Popular de Compras de Porto Alegre - conhecido como Camelódromo, inaugura amanhã, dia 26 de janeiro. Ao ler a lei e o decreto [alterado posteriormente] que criou e regulamentou o CPC, buscamos algum item que tratasse do estacionamento. Tal qual as lojas da praça de alimentação, podemos inferir que o estacionamento se trata de uma Unidade Comercial, ou seja, "Toda e qualquer unidade de exploração livre pela CONCESSIONÁRIA, tais como salões, quiosques, bancas" [Resolução 5/08 de 4 de setembro de 2008, DOPA 10/09/08, pág. 14].

Porém tanto a lei como o decreto não preveem, ou não são claros, a respeito de tais unidades comerciais, o que nos deixa de cabelos em pé frente à lisura do empreendimento. O Decreto nº 15.472/2007 dispõe:

Art. 8º Os comerciantes populares e os demais estabelecimentos autorizados* para o exercício de suas atividades no Centro Popular de Compras – CPC, serão identificados mediante placa de uso obrigatório a ser afixada junto ao seu local de comércio, [...].

E o Art. 12: O uso de mesas e cadeiras nas áreas em frente aos estabelecimentos localizados na área de alimentação do Centro Popular de Compras – CPC, será requerido à Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio – SMIC, com a sua inclusão no alvará de autorização quando deferido.

As lojas da praça de alimentação aparecem na legislação, mas nada, nenhuma citação ou regra para o estacionamento que, segundo o Jornal Já, oferece 216 vagas! Em matéria, no mesmo jornal, do dia 9/11/08, somos informados que:

Dúvidas não faltam a respeito da obra, orçada em R$ 14 milhões e entregue por licitação à construtora Verdicon, empresa de Erechim, especializada na construção de presídios. Ela constrói o prédio de 20 mil metros quadrados, em dois módulos, em troca da permissão para explorar comercialmente o local por 25 anos, com direito a duas renovações de cinco anos cada. [...]
Inicialmente, tudo seria explorado pela concessionária*, mas depois de uma denúncia do Jornal do Centro - de que a empresa iria arrecadar R$ 120 milhões a mais, sem nenhuma contrapartida ao município, houve mudança. O estacionamento será explorado pela EPTC, até uma nova licitação.

Nós não sabemos em que pé anda a tal licitação do estacionamento. Cabe registrar, que a sua existência gerou polêmica, com resposta de baixo nível do Secretário Municipal da Produção, Indústria e Comércio Idenir Cecchim [permaneceu no cargo] sobre ato da Ver. Sofia Cavedon (PT) ao atender o interesse público da população portoalegrense.

*Grifos nossos.
Fotos: Jornal Já

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Atualização às 20h47 min:

Do insuspeito ClicRBS lido no blog da Ver. Sofia Cavedon:

Exigências dos bombeiros adiam abertura do camelódromo nesta segunda-feira

Prefeitura ainda não tem previsão para cumprir com as exigências do Corpo de Bombeiros

A prefeitura de Porto Alegre afirmou na tarde deste sábado que não inaugurará o Centro Popular de Comprar (CPC) nesta segunda-feira, como estava previsto. Hoje, após visitar o local para a realização de uma vistoria, o Corpo de Bombeiros fez duas exigências para a liberação do alvará da obra. Continuação AQUI.

E mais notícias sobre o CPC-Camelódromo AQUI.