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Há duas razões para ver This is England, uma das estreias da última quinta-feira. A qualidade geral das interpretações, com destaque para o muito jovem Thomas Turgoose (Shaun) e para o impressionante Stephen Graham (Combo). E também o modo como o filme faz passar o processo de crescimento do indivíduo, marcado pelos momentos em que pensa pela própria cabeça em vez da de outros. É aliás com uma situação do tipo que o filme encerra. Mesmo assim This is England não se liberta da densa sombra que sobre ele se abate e que tem origem em American History X (1998), obra cujo arco dramático é de outra pujança, (e aqui pasme-se) renegada pelo seu realizador, o britânico Tony Kaye, que nunca se recompôs por completo da façanha.