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17 de abril de 2011
27 de março de 2011
As (mais de) 10 mais do Chico!
Fui tentando selecionar algumas músicas do Chico pra fazer parte do repertório fixo (!) do Desafina.
Mas são tantas...
Consegui elencar as 10 mais e de lambuja mais umas 3, pro nosso deleite!
Lá vão:
Samba e amor
Essa moça
Estação Derradeira
O meu guri
Samba do grande amor
Vai passar
Partido alto
Apesar de você
Sem compromisso
Ela desatinou
E as outras mais:
Injuriado
Deixa a menina
Chão de Esmeraldas
agora é só ensaiar! :)
Mas são tantas...
Consegui elencar as 10 mais e de lambuja mais umas 3, pro nosso deleite!
Lá vão:
Samba e amor
Essa moça
Estação Derradeira
O meu guri
Samba do grande amor
Vai passar
Partido alto
Apesar de você
Sem compromisso
Ela desatinou
E as outras mais:
Injuriado
Deixa a menina
Chão de Esmeraldas
agora é só ensaiar! :)
13 de fevereiro de 2011
Para que os dias sejam melhores
Segundo Wernec, essa música só pôde ser gravada com a substituição do termo "titica" por "coisica" e "brasileiro" por "batuqueiro". Nesse episódio, um censor com ar britânico e o último best seller de Mario Puzo na mão, puxou a orelha de Chico: "Como é que você, que fez uma música bonita como CONSTRUÇÂO, agora vem com esta falando em titica e saco cheio?"
Essa música de Chico Buarque, gravada em 1972, e imortalizada no show/disco que “Caetano & Chico - juntos e ao vivo”, gravado no Teatro Castro Alves, em 10 e 11 de novembro de 1972.
Partido Alto
Diz que deu
Diz que dá
Diz que Deus dará
não vou duvidar, ó nega
E se Deus não dá
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que deu diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar e chega
Deus dará Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar e chega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, oh nega
E se Deus negar
eu vou me indignar e chega
Deus dará, Deus dará
Diz que dá
Diz que Deus dará
não vou duvidar, ó nega
E se Deus não dá
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que deu diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar e chega
Deus dará Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar e chega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, oh nega
E se Deus negar
eu vou me indignar e chega
Deus dará, Deus dará
Deus é um cara gozador
Adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo
Tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado me botar cabreiro
Na barriga da Miséria
nasci brasileiro
Eu sou do Rio de Janeiro
Adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo
Tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado me botar cabreiro
Na barriga da Miséria
nasci brasileiro
Eu sou do Rio de Janeiro
Diz que deu
Diz que dá
Diz que Deus dará
E se Deus não dá, ó nega
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar, e chega
Deus dará, Deus dará
Diz que dá
Diz que Deus dará
E se Deus não dá, ó nega
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar, e chega
Deus dará, Deus dará
Jesus Cristo ainda me paga, um dia ainda explica
Como é que pôs no mundo essa pouca titica
Vou correr o mundo afora, dar uma canjica
Que é pra ver se alguem se amarra ao ronco da cuica
E aquele abraço pra quem fica
Como é que pôs no mundo essa pouca titica
Vou correr o mundo afora, dar uma canjica
Que é pra ver se alguem se amarra ao ronco da cuica
E aquele abraço pra quem fica
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
E se Deus não dá, ó nega
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar. e chega
Deus dará, Deus dará
Diz que dá
Diz que Deus dará
E se Deus não dá, ó nega
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar. e chega
Deus dará, Deus dará
Deus me deu mão de veludo,pra fazer carícia
Deus me deu muita saudade e muita preguiça
Deus me deu perna comprida e muita malícia
Pra correr atrás de bola e fugir da polícia
Um dia ainda sou noticia
Deus me deu muita saudade e muita preguiça
Deus me deu perna comprida e muita malícia
Pra correr atrás de bola e fugir da polícia
Um dia ainda sou noticia
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus não dá
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar, e chegar
Deus dará, Deus dará
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus não dá
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar, e chegar
Deus dará, Deus dará
Deus me fez um cara fraco, desdentado e feio
Pele e osso simplesmente, quase sem recheio
Mas se alguém me desafia e bota a mãe no meio
Dou pernada três por quatro, e nem me despenteio
que eu já tô de saco cheio.
Pele e osso simplesmente, quase sem recheio
Mas se alguém me desafia e bota a mãe no meio
Dou pernada três por quatro, e nem me despenteio
que eu já tô de saco cheio.
8 de fevereiro de 2011
O primeiro samba
Considerado o primeiro samba brasileiro...Observem o Chico Buarque, que alegria! Parece nóis começando, hehehe...
28 de janeiro de 2011
Deixa o dia raiar!!!
E mais um Carnaval tá chegando...
Dias de encontros, encantos, desencontros até. E também dias tão cantados pela nossa música!
Inspirada pela marchinha do "Agora Vai", revelada na terça, decidi postar esse samba aqui, que além de mostrar seu encanto, é um encontro entre Chico e Nara.
Letra deliciosa!
E já já: é Carnaval...
Composição: Chico Buarque
Dias de encontros, encantos, desencontros até. E também dias tão cantados pela nossa música!
Inspirada pela marchinha do "Agora Vai", revelada na terça, decidi postar esse samba aqui, que além de mostrar seu encanto, é um encontro entre Chico e Nara.
Letra deliciosa!
E já já: é Carnaval...
Noite dos Mascarados
- Quem é você?
- Adivinha se gosta de mim!
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim:
- Quem é você, diga logo...
- Que eu quero saber o seu jogo...
- Que eu quero morrer no seu bloco...
- Que eu quero me arder no seu fogo.
- Eu sou seresteiro, poeta e cantor.
- O meu tempo inteiro, só zombo do amor.
- Eu tenho um pandeiro.
- Só quero um violão!
- Eu nado em dinheiro.
- Não tenho um tostão... Fui porta-estandarte, não sei mais dançar...
- Eu, modéstia à parte, nasci prá sambar.
- Eu sou tão menina...
- Meu tempo passou...
- Eu sou Colombina!
- Eu sou Pierrô!
Mas é Carnaval! Não me diga mais quem é você!
Amanhã tudo volta ao normal.
Deixa a festa acabar, deixa o barco correr,
Deixa o dia raiar que hoje eu sou
Da maneira que você me quer.
O que você pedir eu lhe dou,
Seja você quem for, seja o que Deus quiser!
Seja você quem for, seja o que Deus quiser!
- Adivinha se gosta de mim!
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim:
- Quem é você, diga logo...
- Que eu quero saber o seu jogo...
- Que eu quero morrer no seu bloco...
- Que eu quero me arder no seu fogo.
- Eu sou seresteiro, poeta e cantor.
- O meu tempo inteiro, só zombo do amor.
- Eu tenho um pandeiro.
- Só quero um violão!
- Eu nado em dinheiro.
- Não tenho um tostão... Fui porta-estandarte, não sei mais dançar...
- Eu, modéstia à parte, nasci prá sambar.
- Eu sou tão menina...
- Meu tempo passou...
- Eu sou Colombina!
- Eu sou Pierrô!
Mas é Carnaval! Não me diga mais quem é você!
Amanhã tudo volta ao normal.
Deixa a festa acabar, deixa o barco correr,
Deixa o dia raiar que hoje eu sou
Da maneira que você me quer.
O que você pedir eu lhe dou,
Seja você quem for, seja o que Deus quiser!
Seja você quem for, seja o que Deus quiser!
24 de janeiro de 2011
Morte e Vida Severina
João Cabral de Melo Neto (1920/1999) |
Em 1965, a pedido de então diretor do TUCA, Roberto Freire, Chico musicou alguns poemas de João Cabral de Melo Neto, da obra MORTE E VIDA SEVERINA. Para a montagem da peça, apresentada em 1968, apenas 2 composições são de autoria de Chico (Mulher na janela e Funeral de um lavrador), as outras são os poemas musicados.
Da obra de João Cabral, aqui abaixo a Introdução, que apresenta o personagem, o retirante Severino, ao leitor:
cartaz da montagem |
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mais isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem falo
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.
Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue,
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,
a de querer arrancar
alguns roçado da cinza.
Mas, para que me conheçam
melhor Vossas Senhorias
e melhor possam seguir
a história de minha vida,
passo a ser o Severino
que em vossa presença emigra.
pra saber mais do poeta
Ah, o amor!
"Amanhã, ninguém sabe
No peito de um cantador
Mais um canto sempre cabe
Eu quero cantar o amor
Eu quero cantar o amor
Antes que o amor acabe."
da canção - "Amanhã ninguém sabe", 1966.
Esperando...
Pedro Pedreiro
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando
Assim pensando o tempo passa e a gente vai ficando prá trás
Esperando, esperando, esperando, esperando o sol esperando o trem, esperando aumento desde o ano passado para o mês que vem
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro espera o carnaval
E a sorte grande do bilhete pela federal todo mês
Esperando, esperando, esperando, esperando o sol
Esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem
Esperando a festa, esperando a sorte
E a mulher de Pedro, esperando um filho prá esperar também
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro tá esperando a morte
Ou esperando o dia de voltar pro Norte
Pedro não sabe mas talvez no fundo espere alguma coisa mais linda que o mundo
Maior do que o mar, mas prá que sonhar se dá o desespero de esperar demais
Pedro pedreiro quer voltar atrás, quer ser pedreiro pobre e nada mais, sem ficar
Esperando, esperando, esperando, esperando o sol
Esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem
Esperando um filho prá esperar também
Esperando a festa, esperando a sorte, esperando a morte, esperando o Norte
Esperando o dia de esperar ninguém, esperando enfim, nada mais além
Da esperança aflita, bendita, infinita do apito de um trem
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando o trem
Que já vem...
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Ainda do primeiro disco, CHICO BUARQUE DE HOLLANDA, essa canção inaugura a experimentação dos texto nas letras de Chico, o estilo de brincar com os fonemas e as metáforas. Além disso, já apresenta sua crítica social, que o acompanharia em toda sua obra.
Curiosidade sobre essa canção:
Chico certa vez deixou de participar de alguns programas populares de televisão e teve problemas com o Chacrinha, apresentador do PROGRAMA DO CHACRINHA, de Rede Globo, pois este teria feito uma piada com a letra da canção Pedro Pedreiro, ao ouvir o ensaio. Irritado, Chico foi embora e nunca se apresentou no programa. Porém tempos depois, na mesma emissora aceitou o convite de fazer ele mesmo um programa de tv, o CHICO E CAETANO.
23 de janeiro de 2011
Influências e Parcerias
Chico iniciou sua carreira em 1965, lançando seu primeiro LP (lembram-se dessa expressão?) em 1966.
São consideradas algumas influências em sua obra, além das inúmeras parcerias:
vinícius, tom e chico |
ismael silva |
edu lobo, chico e gal |
paulinho da viola e chico |
edu lobo e chico |
chico e milton |
18 de janeiro de 2011
Do primero disco
Do disco CHICO BUARQUE DE HOLLANDA, primeiro da sua obra musical, essa canção - TEM MAIS SAMBA, já exalta de alguma maneira seu olhar poético pro cotidiano. Segundo Humberto Werneck, biógrafo de Chico, nessa canção ele privilegia o contato e o concreto, quando canta a aproximação, o encontro e a chegada.
Essa canção, encomendada para uma apresentação, saiu depois de um fiasco (uma outra canção apresentada ao solicitante, o publicitário Luiz Vergueiro, que não a aprovou para a peça Balanço de Orfeu! Isso foi em 1964). Segundo conta o publicitário, Chico chegou, com a primeira canção pronta, mas ela não servia. Ele então saiu furioso e voltou no outro dia, "com os olhos vermelhos pela noite em claro e um tremendo bafo de cana". TEM MAIS SAMBA tava pronta!
Francisco
Vem meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
(Sem fantasia)
Chico Buarque
Francisco Buarque de Hollanda, menino nascido no Rio de Janeiro, teve pai historiador e jornalista e mãe pintora e pianista.
Morou em São Paulo, depois em Roma (ambos os lugares em função do trabalho do pai). Retornando ao Brasil, permaneceu bastante tempo em São Paulo.
Sua primeira relação com a mídia, foi por aqui, em Sampa, por conta de ocupar uma referência nas páginas do jornal, por furto.
Sua primeira relação com a mídia, foi por aqui, em Sampa, por conta de ocupar uma referência nas páginas do jornal, por furto.
Segundo pesquisadores*, Chico possui uma identificação com a marginalidade, com elementos que transgridem o convencional, quando em sua obra aparece a solidariedade com "o elemento marginal, manifestando todo o sentimento do malandro, do pivete, do operário oprimido, do favelado, da prostituta, da lésbica, da mãe ou da mulher do malandro."
* Maria Helena Sansão Fontes - in Sem fantasia - Masculino e Feminino em Chico Buarque.
HOMENAGEM AO MALANDRO
(1977-78, da peça: Ópera do Malandro)
"Eu fui fazer um samba em homenagem
à nata da malandragem,
que conheço de outros carnavais.
Eu fui à Lapa e perdi a viagem,
que aquela tal malandragem
não existe mais.
Agora já não é normal,
o que dá de malandro regular profissional,
malandro com o aparato de malandro oficial,
malandro candidato a malandro federal,
malandro com retrato na coluna social;
malandro com contrato, com gravata e capital,
que nunca se dá mal.
Mas o malandro para valer,
não espalha,
aposentou a navalha,
tem mulher e filho e tralha e tal.
Dizem as más línguas que ele até trabalha,
Mora lá longe chacoalha,
no trem da Central"
dá uma olhadinha!
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