31 de dezembro de 2013
30 de dezembro de 2013
26 de dezembro de 2013
fErViLhAr
Reparo agora que o chão me queima os pés. Sinto aquele fervilhar a chegar aos olhos. Mal vejo a hora de cantar.
23 de dezembro de 2013
c0r
Castanho teia de sonhos ao vento
Azul eu no toque da ternura
Sou fome que perdura
Fonte em água pura
Onde se inquieta o pensamento
Amarelo calor na minha pele deitado
Vermelho sangue de eterna paixão
Sou tanta vida em mais uma canção
Arrepio nos sorrisos do coração
Onde habita este corpo já cansado
Brilhante caminho pegada de amor
Verde ondulação nos teus cabelos luz
Sou ainda a voz que seduz
No útero fecundo que me conduz
Onde o mundo dança cada pedaço da sua cor!
20 de dezembro de 2013
aBaNd0n0
Se cada folha da calçada se silencia
Nos meus aromas sedentos
Morre mais um pedaço neste dia
Do ventre fecundo dos pensamentos
Não basta ser flor para brilhar
Não basta ser luz para um sorriso
Mesmo que as ondas não regressem ao mar
Mesmo que o gesto se perca indeciso
E se o vento chega furioso ou de mansinho
Resta-me recuperar a solidão
Para que de novo se chore o embalo no ninho
Feito abandono distraído do coração...
19 de dezembro de 2013
bLiNdAd0
Rápido o sopro de um tempo de inverno prostrado no meu peito. Como um relâmpago, vai-me consumindo o rosto e os sorrisos. Gostava de ser um navio aberto ao infinito, perdido nos sonhos de um vagabundo. Arrasar nos meus passos todos os instantes da tua voz e dos poemas. Mergulhar nos abraços do presente e cantar. Sempre cantar.
Qual o sentido desta passagem?
________________________________________________
Forte o olhar do mar. Como um sol tornado manto, vai levando pela mão o menino. Não sei se um dia haverá paz nas tuas histórias. Gostava de ser um desenho a nadar na ONDA. E de mansinho, malandro, oferecer-te um segredo.
14 de dezembro de 2013
m
Chegarás no embalo do meu sorriso
No abraço eterno do nosso amor
História mais bela em jeito de paraíso
Pintada de tanta ternura e tanta cor...
Chegarás poema, luz e pele quente
Entre beijos e emoção
Cantiga doce de um rio junto à nascente
Onde se refletem os olhos claros do coração
Chegarás e eu estou aqui
Perto de cada aroma deste mundo
Sou de tudo, de mim e de ti
O nó de nós em nó profundo!
13 de dezembro de 2013
12 de dezembro de 2013
11 de dezembro de 2013
(não)LuTo
Existe a terra. Existe a flor. O fruto. Existe a magia de criar.
Mas também existe a casa. Os outros. E a lágrima capaz de matar.
10 de dezembro de 2013
pArIsEmIm
Voltarei às tuas margens para cheirar todos os versos que se aconchegam na corrente com que refletes o amor e as memórias. Deixarei os meu pés entrarem nas águas frias dos enredos e dos amantes. Depois, como um ninar, fico-me a cantar os sussurros da tua partida.
Voltarei às ruas cheias. Aos museus. Às árvores em tons de amarelo e castanho. Ao grande lago das crianças. À embriaguez da felicidade. Tu és o meu lugar.
9 de dezembro de 2013
v0uCaNtAr0tEuNoMeNoVeNt0
Vou cantar o teu nome no vento
Fazer de cada nuvem um eterno calor
Florir os jardins cheirosos do amor
Despir-me em tudo o que faço e invento
Sei que irás bailar os poemas tantos
Tatuar na pele as melodias com que me alimento
E por entre ternuras, sonhos e prantos
Vou cantar o teu nome no vento
5 de dezembro de 2013
nÃoHáMoRtEn0tEuFiM
Em todos os momentos de mim, há um sussurro de ti. Há ainda o calor do teu colo. O sangue do parto. Mas não me farto. Não, mãe. Existes assim. Não há morte no teu fim.
Em todos os momentos de mim, há este grito da partida. Há um clarão na tua lembrança. Sou criança, mas choro. Mas não me demoro. Não, mãe. Que ter-te é um jardim. Não há morte no teu fim.
Em todos os momentos de mim, há o futuro. Há o canto e o abraço. O amor, a viagem e os sonhos. A mistura cheirosa das ruas de Paris. Mas sou feliz. Sim, mãe. Porque invento o mundo.
4 de dezembro de 2013
ToDoS
Pode ser apenas um sopro,
Um sussurro
Ou até um grito.
Pode ser o teu cantar aflito
O sonho mais interdito
O poema maldito
O amor já dito...
Pode ser tudo assim a nu.
O que interessa é que és tu!
Pode ser uma ausência,
Uma saudade
Ou até solidão.
Pode ser o cheiro do coração
A ternura da tua mão
O calor nunca em vão...
Pode ser tudo assim a nu.
O que interessa é que és tu!
Pode ser uma revolta
Uma luta!
Ou a tela de um mundo decente.
Pode ser o sorriso entre a gente
A viagem mais quente
Um passo permanente...
Pode ser tudo assim a nu.
O que interessa é que és tu!
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Pode ser a Maria,
O Rogério,
O Zé Manel,
A Carol,
A Ana,
O Paulo,
O Fernando,
A Inês,
O Henrique, o Diogo, o Guilhas, o Francisco, o Afonso, o Aron e a Margarida,
A Isabel e o Zé Mário,
A Guilhermina,
O Vítor,
O João,
O Gonçalo,
A Maria do 7,
A Catarina,
A Xica,
A Ana,
A Clara,
A Bicas,
O Migas,
O Paulo e o Luís,
O Tó,
A Joana,
A Rita,
O Pedro,
A Laura,
...
O infinito de nós!
Um sussurro
Ou até um grito.
Pode ser o teu cantar aflito
O sonho mais interdito
O poema maldito
O amor já dito...
Pode ser tudo assim a nu.
O que interessa é que és tu!
Pode ser uma ausência,
Uma saudade
Ou até solidão.
Pode ser o cheiro do coração
A ternura da tua mão
O calor nunca em vão...
Pode ser tudo assim a nu.
O que interessa é que és tu!
Pode ser uma revolta
Uma luta!
Ou a tela de um mundo decente.
Pode ser o sorriso entre a gente
A viagem mais quente
Um passo permanente...
Pode ser tudo assim a nu.
O que interessa é que és tu!
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Pode ser a Maria,
O Rogério,
O Zé Manel,
A Carol,
A Ana,
O Paulo,
O Fernando,
A Inês,
O Henrique, o Diogo, o Guilhas, o Francisco, o Afonso, o Aron e a Margarida,
A Isabel e o Zé Mário,
A Guilhermina,
O Vítor,
O João,
O Gonçalo,
A Maria do 7,
A Catarina,
A Xica,
A Ana,
A Clara,
A Bicas,
O Migas,
O Paulo e o Luís,
O Tó,
A Joana,
A Rita,
O Pedro,
A Laura,
...
O infinito de nós!
Foto retirada da net.
3 de dezembro de 2013
TuEeU
Aconchega-se o calor por entre os corpos da ternura
No leito de cada novo abraço
Existe em nós esta magia assim tão pura
Com que iluminamos o escuro e o cansaço
Fica-se a força desta entrega única e forte
Carregada de poder e vida
Nada trespassa este ser-nos em tão especial sorte
Em tão brilhante e melódica batida
Fonte de correntes
Almas presentes
Sentidos quentes
Há de tudo em nós, amor meu
Pontes de abrigo
Mão dada, encontro amigo
É assim que digo: ser meu e ser teu!
uMdIA...
Um dia irei ser erva. Pedaço a pedaço, o meu cheiro a terra molhada iluminará poemas. Os reflexos das memórias deixadas pousadas por entre os bichos, apenas tempo. Um dia irei ser erva. Talvez os pequenos jogadores de bola passem por mim e digam "Ei, men! Bora jogar aqui que é bué da fixe!". Serei o verde do mundo, largado nos imaginários e servirei de manto às centenárias pedras e árvores. Cantaremos todos juntos nas tardes de sol os arremessos com que a vida nos brindou para aqui chegar. No encalce doido de uma loucura assumidamente serena. Um dia irei ser mesmo esta erva. Eu sei. E tu, vento, continuarás a bailar comigo...
28 de novembro de 2013
SeMpReMaRiA
Sei-te tempestade, em cada novo desalento
Fogo que varre a memória à passagem
Cratera de uma outra ilha, uma outra viagem
Lágrima que te serve de nó e alimento
Sei-te corrente, em cada grito lançado
Sobre o areal da tua inquietação
Canto selvagem, cheiro do coração
Fonte de pranto vivo e já cansado
Sei-te voz, carregada de colo e carinho
Sangue de mim, de amor e calo
Vómito, tela ou mesmo abalo
Ritual de nós, que se dá de mansinho
Sei-te aqui, agora, sempre e agora
Na volta da volta e da revolta que volta
No poema-verso de arma que se solta
Que adormece, que fica e se demora
Sei-te, assim, Maria!
SempreMaria, 28 abril 2009
27 de novembro de 2013
oQuEeUtEnHoEmMiM
"Trago no peito um segredo dos mares por navegar..."
Trago no peito o mar todo, dos segredos por revelar.
Canto os silêncios abertos, perdidos, aconchegados.
Canto o aconchego mais belo, dos tempos já passados.
Trago no peito a virtude, da ternura que se dá quente.
Trago no peito a ternura, e a virtude de ser gente!
Canto a voz do amor, sorrindo ao destino.
Canto o sorriso do povo, na coragem de ser menino.
Trago no peito a minha mãe, a saudade que ainda chora.
Trago no peito a saudade, minha mãe, que não foste embora.
Canto os pedaços do mundo, em mim feitos jardim.
Canto-me sempre e sempre, porque só sei amar assim!
26 de novembro de 2013
aBrAç0iRmÃo
Cabem em mim as histórias, Pequena Pantera?
Claro que sim. És o Pequeno Príncipe!
E isso é o quê?
É um pouco de tudo e um muito de nada.
Um muito de nada?!!!!
Pois... Como se fosses capaz de, por magia ou apenas amor, esvaziar as coisas e parir de novo.
Parir de novo?!!!!
Sim. Uma nova história. Um poema. Uma canção. Um abraço...
Os abraços nascem, Pequena Pantera?
Obviamente! Nascem em cada gesto que tens.
E também morrem?
Pudera... em cada gesto que não tens.
São bons, os abraços, não são?
Raio de pergunta, Pequena Pantera! Dá cá um abraço e vamos tomar um chá!
Claro que sim. És o Pequeno Príncipe!
E isso é o quê?
É um pouco de tudo e um muito de nada.
Um muito de nada?!!!!
Pois... Como se fosses capaz de, por magia ou apenas amor, esvaziar as coisas e parir de novo.
Parir de novo?!!!!
Sim. Uma nova história. Um poema. Uma canção. Um abraço...
Os abraços nascem, Pequena Pantera?
Obviamente! Nascem em cada gesto que tens.
E também morrem?
Pudera... em cada gesto que não tens.
São bons, os abraços, não são?
Raio de pergunta, Pequena Pantera! Dá cá um abraço e vamos tomar um chá!
19 de novembro de 2013
SuRrEaL
Pandemónio, cachaça e esfregona
avental, disco rígido e chupeta
um dia vou a Barcelona
montado num cão a tocar trombeta
Bebedeira, bons conselhos e um pedaço de giz
alguns pionaises e cabos a dar com um pau
se pudesse voar, ia até Paris
aloucar-me à beira-rio. Nada mau!
Arrastadeira, empadão de carne e um quadro triste
horas de silêncios, sorrisos e trabalho
quem me dera ir a um lugar que não existe
e mandar tudo pó...
17 de novembro de 2013
PoDeSeR
Pode ser um pedaço
Pode ser uma estrela
Uma estrada de aço
O aroma da flor mais bela
Pode ser uma cidade
Pode ser uma inquietação
O som eterno da saudade
O toque suave da tua mão
Pode ser um beijo
Pode ser raiva apenas
Mais do que sinto ou vejo
Versos que transbordam dos poemas
Pode ser a morte
Pode ser o amor
Qualquer dia tido em sorte
O ronco deixado ao meu redor
Pode não ser mais nada
Pode também ser tudo
Serei SEMPRE aberto à madrugada
Por entre o que tenho e o que acudo!
13 de novembro de 2013
qUaNd0oAm0rSeDeIxAdIsTrAíDo
Palmilhando os silêncios que o dia me grita
Intranquilamente largado
Na dor sem lume, em cinza que dura maldita
O meu coração é um porto cansado
Nos jardins que a memória inventa e renova
Na loucura de quem sente este frio
Pergunto-me se cada soluço me comprova
Que de tão cheio vou morrendo tão vazio
Nas marés dos versos repetidos de mim
Volte-face entre o vento e os passos em frente
Embriaguez deste canto que se pousa assim
Dentro, dentro, entre o medo e o presente
Quero calar-me e ser saudade tanta!
Quero chorar e regar o amor!
Ser toque, sussurro, surpresa e manta
Vagabundo, poeta, cantor!
Quero levar-me ao infinito da vida!
Quero correr nos leitos do meu olhar!
Colorir de abraços cada recente ferida
E depois, finalmente, outra vez... amar!
12 de novembro de 2013
EsTrAdA
Sabes que a nossa estrada é um labirinto cheio de canteiros? Espelhos de nós, de mistérios, de sonhos, de poemas e canções onde nos deixamos perder vezes sem conta. E fazemos de conta que é uma estrada para andar e a gente não pára. Porque há ventos e mar. Os que inventamos ao acordar... ao adormecer... ao respirar... ao lutar. Somos viajantes dentro dos destinos! Peregrinos à solta de mãos dadas com o fogo. Saltimbancos mágicos que nos devolvem essa liberdade maluca e os beijos. Todos os beijos e abraços que soubermos dar enquanto houver estrada para andar... Sabes, Jorge. Amo-te. Assim. No encalce de todos os amantes também. Na ponta dos teus dedos que têm o cheiro dos mantos e das janelas. Na tua voz. Na tua história... De onde ilumino as flores e os frutos e os segredos e as solidões e o meu jeito de gostar de chorar... Nesta inquietude de ser maré forte. De tecer todas as malhas do olhar. De nunca querer chegar... Só para dizer que ainda há estrada e que a gente vai continuar... Para voltar a dizer que gosto de ti. Que hei-de cantar (te) até morrer. Encosta-te a mim...
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Texto de dezembro de 2009, que repito hoje, num dia muito especial!
8 de novembro de 2013
Am0-tE
Leva-me num abraço até ao centro do amor
Guarda-me para sempre juntinho à tua pele quente
Quero perder-me na magia de ser amante e cantor
Quero ser rio que sorri a cada reflexo da corrente
Leva-me num beijo a ver o infinito da nossa vida
Dá-me a mão, sussurra-me o teu cheiro e dança
Serei a lua que ilumina a noite mais esquecida
Serei a voz do mundo e tudo se alcança
Estar apaixonado é um verso eterno de saudade
Um caminho repleto de jardins e pinturas
Por isso grito dentro de mim a alegria desta verdade
Por isso solto-me entre passos, fontes e ternuras!
Guarda-me para sempre juntinho à tua pele quente
Quero perder-me na magia de ser amante e cantor
Quero ser rio que sorri a cada reflexo da corrente
Leva-me num beijo a ver o infinito da nossa vida
Dá-me a mão, sussurra-me o teu cheiro e dança
Serei a lua que ilumina a noite mais esquecida
Serei a voz do mundo e tudo se alcança
Estar apaixonado é um verso eterno de saudade
Um caminho repleto de jardins e pinturas
Por isso grito dentro de mim a alegria desta verdade
Por isso solto-me entre passos, fontes e ternuras!
5 de novembro de 2013
rEt0rNo
Se fores a Paris
Diz ao Sena da minha tristeza.
Mostra-lhe a cor da minha mesa
Do meu leito ou regaço.
Se fores a Paris
Conta-lhe que as coisas que faço
São da magia do nosso amor
Do ventre e do teu calor
Onde choro e rio também.
Se fores a Paris
Lembra-te da minha mãe.
Se fores a Paris
Diz ao Sena da minha voz.
Conta-lhe que ainda sei ser feliz
Como um rio junto da foz
Da margem ou da fonte.
Se fores a Paris
Deixa-te ficar numa ponte
E lança os teus olhos na corrente.
Cada lágrima passará junto dos cais
Para te cantar mais e mais
Aquela dor que ainda se sente e sente
E que teima em não ser cicatriz...
Se fores a Paris
Procura a minha morte no passeio junto ao rio
Essa é a minha história, o meu fio.
A passagem entre o cá e o lá
Essa terra que não há
Ou a que teimosamente me diz:
Pára de chorar e canta
Deixa que quando for a Paris
Deitarei o teu sangue como uma manta
Sobre o espelho do teu passado
Esse que te consome por todo o lado
Que te fala verdade e que te mente
Que se confunde com o presente
Ou que te fecha os punhos em luto puro
Só porque ainda não alcançou ou futuro
Ou tudo o mais que se pode dizer de quem
Traz no ventre a sua própria mãe
E grávido de muito, te grita num beijo doce
Vai a Paris como se fosse
Fazer amor por todo o lado
E depois, de mansinho e sem perguntar
Adormece o meu desassossego acordado
Para finalmente eu poder regressar...
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15 dezembro 2009. Foto retirada da net.
24 de outubro de 2013
sAuDaDe
Pergunto-me como estás. O que fazes? Qual o teu
sorriso pela manhã. As tuas corridas. Às vezes sei-te em palavras
lançadas ao vento. Outras encontro-te apenas nas memórias. O que tomas
ao pequeno-almoço? Quantas vezes pegas no telemóvel por dia? Por onde
voam os teus pensamentos? E os teus afetos, as tuas flores? Que jardins
as regam? De que cor é o teu pensamento quando escolhes uma camisa para
vestir? E as tuas mãos? Ainda são quentes? O teu cheiro ainda faz corar?
É que a vida não para: muda e respira. Por isso as saudades se apertam
em mim.
19 de outubro de 2013
cErRa0sDeNtEs
Cerra os dentes. Grita de dentro e atira os teus
olhos à luz do sol, eterno pilar do mundo. As tuas mãos conseguem
levar-te à maresia calma da viagem que ainda nem descobriste. A tua voz
cantará o seu destino. E a tua pele será o manto que aquece cada
segundo. Cerra os dentes.
16 de outubro de 2013
SuSsUrRoDoAm0r
Deixa que o silêncio do meu corpo te cante
Enfrenta o toque do seu sabor
Escuta o sussurro do amor
Faz do tempo um sol ainda mais brilhante
Deixa que a paz seja o nosso regaço
Recebe a saudade em colo sem dor
Escuta o sussurro do amor
Que se constrói belo, pedaço a pedaço
Deixa que o nosso leito seja rio
No sorriso presente onde me sei cantor
Escuta o sussurro do amor
Com que te amo, semeando cada noite, cada dia!
13 de outubro de 2013
f0dA-sE
Que o tempo me devore os poros todos da pele,
Um a um, os meus sonhos vão-se desfazendo e refazendo
Estou farto desta espera de mim
De me ter e de me ir tendo...
Que o vento me leve até ao infinito,
Canto a canto, vou sentido o calor amargo do vazio
E a minha voz aquece de tão rouca
E o meu corpo se moribunda de tão frio...
Que o verso seja vómito apenas.
Ejaculação fecundada que não vale nada,
Sirvo-me na vida a minha ceia plena de entulho
Sorvo os momentos de uma alma já cansada...
Foda-se.
4 de outubro de 2013
BaNaL
No teu olhar encontrei a cor da solidão
O futuro em dores e vendavais
No teu olhar, fome da minha inquietação
Que se esvazia na pobreza deste cais
No teu olhar, palavras de flores sem ação
Em jardins repletos e virtuais
Assim navega a fonte da desilusão
Por entre rios que se vão tornando tão banais
No teu olhar se perde o sorriso da emoção
E as viagens regressam mais que fatais
Meu amor, um dia sou pó e carvão
E nada resta. Nada mais.
3 de outubro de 2013
tRiLh0sFoRtEsDeSeRt0sEnCaNtAd0s
Trilhos fortes, desertos encantados
Caminhos feitos dos amantes acordados
Imensidão em cada ternura
De ser e estar, em sede e candura
Trilhos fortes, desertos encantados
A voz que canta em danças e fados
Inquietação em cada ausência
De ser e estar, em fome de essência
Trilhos fortes, desertos encantados
Viagem eterna sem gritos calados
Solidão que da vida se faz
De ser e estar, na guerra e na paz
Trilhos fortes, desertos cansados...
Caminhos feitos dos amantes acordados
Imensidão em cada ternura
De ser e estar, em sede e candura
Trilhos fortes, desertos encantados
A voz que canta em danças e fados
Inquietação em cada ausência
De ser e estar, em fome de essência
Trilhos fortes, desertos encantados
Viagem eterna sem gritos calados
Solidão que da vida se faz
De ser e estar, na guerra e na paz
Trilhos fortes, desertos cansados...
23 de setembro de 2013
RaMoSr0sA
Solta-se o vento dos teus versos
Flores vermelhas, cantares dispersos
Na grandeza de cada palavra quente
Viverás em mim eternamente!
Que da pegada deixada fruto e cor
Que da voz, ternura e amor.
Árvore forte, secular entre a gente
Viverás em mim eternamente!
Não se calará o sabor único no horizonte
Mel dos meus lábios no teu nome a monte
Vais, ficas... e é isso a maré da tua semente:
Viver em nós eternamente!
20 de setembro de 2013
pAuSa
Potente sopro o do amor
Cansado, em dias de sol e sorrisos
Calado entre os gritos mais precisos
Este sopro de sol, chuva e cor...
Carregado, o brilho da nossa vida
Na brisa fresca da euforia louca
Como uma dança nunca feita, nunca pouca
Este brilho, doce paixão forte e colorida...
Silenciosa, a dor da solidão
Feita gume que jorra sem parar
Cantiga de tanto não te saber amar
Esta dor, manto inquieto do meu coração!
10 de setembro de 2013
pArTiDa
Que do vento o amor se levante
Que do toque, a vida
Lágrima doce, a despedida
Num tempo de espera mais adiante...
Que da casa nasça a mãe
Que do leito, o futuro e o presente
Lágrima doce, a saudade quente
Dentro de mim, como uma onda que vai e vem...
Que dos sorrisos vossos se faça a luz
Que da força, esse abraço eterno
Lágrima doce, o desejo terno
Onde tudo cabe, engrandece e seduz!
Que do toque, a vida
Lágrima doce, a despedida
Num tempo de espera mais adiante...
Que da casa nasça a mãe
Que do leito, o futuro e o presente
Lágrima doce, a saudade quente
Dentro de mim, como uma onda que vai e vem...
Que dos sorrisos vossos se faça a luz
Que da força, esse abraço eterno
Lágrima doce, o desejo terno
Onde tudo cabe, engrandece e seduz!
5 de setembro de 2013
(H)aMaR
Leve, leve, o sorriso do dia a nascer
Mágico o sabor da tua pele em mim
Canto forte, nesta vida de te ter
Pousada em flor no meu jardim!
Bom, bom, o abraço do nosso abrigo
Céu de acordar neste amor sem fim
Abro-me em mar e tudo consigo
No embalo da flor no meu jardim!
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