quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Ainda iremos a tempo?

Tentei criar uma petição online contra a castração do pobre felino Minhoca, o gato da nossa Teresa que hoje vai à faca, mas não consegui. O Crónicas do Rochedo, no entanto, dedica ao animal o seu primeiro post do dia: «Post para um gato infeliz». Minhoca, tens por todo o mundo a simpatia e a compaixão de muitos. Aguenta-te, pá!

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segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Protestos de uma nota só

«...porque razão a “música para todos” tem que destruir a música especializada para alguns? Será que o ensino generalizado (iniciação musical no 1º ciclo) não pode conviver com o ensino especializado (nos Conservatórios)? Onde é que está o problema? Se a ministra da educação gosta de ir ouvir a Orquestra da Fundação Gulbenkian, que eu também gosto, deveria saber que os seus músicos aprenderam a música no ensino especializado ainda mal tinham saído do berço»!
Margarida Côrrea de Aguiar, no 4º República
Entretanto, amanhã pelas 10.00h, uma concentração no Conservatório promete aquecer as águas, como se pode ver por esta convocatória aqui.

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sexta-feira, fevereiro 08, 2008

O Henrique, no seu melhor

«No Alentejo, onde a casa - a cozinha, quer isto dizer - é das mulheres, aos homens sobram os bancos da rua e os cafés. Passam ali horas em silêncio, com uma mini à frente e um cigarro nas mãos. Ops. Um cigarro? Pois, agora não. Agora, passam as tardes na rua. Em pé, calados, com a mini lá dentro, abandonada no balcão. O Estado está preocupado com a sua saúde. Que amor de Estado».

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Tributo

Fazia hoje setenta e um anos, o meu pai. Deixou saudade e obra também.

Luiz de Lancastre e Távora (1937 – 1993) dedicou-se largos anos à investigação histórica, com especial incidência nos campos da Genealogia, Heráldica e Sigilografia. Possuindo um elevado número de trabalhos publicados, duas das suas obras mereceram ser galardoadas, uma delas com um prémio internacional. Fez parte do corpo docente encarregado de ministrar os cursos de Iniciação à Genealogia e Heráldica iniciativa levada a cabo pelo I.P.P.C. através do Instituto Português de Heráldica e com o patrocínio das Universidades Clássica e Nova de Lisboa. Funcionário da Biblioteca da Assembleia da Republica, foi destacado para a Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, onde, a par de outras funções, dirigiu as actividades do Projecto Arquivos de Família. Sócio efectivo do Instituto Português de Heráldica, da Associação Portuguesa de Genealogia, da Sociedade de Geografia de Lisboa, e da Associação dos Arqueólogos Portugueses. Galardoado com os prémios General França Borges (A.A.P.) e Salazar y Castro (Academia Internacional de Genealogia e Heráldica, com sede em Madrid).

Nota: Esta foi a entrada (seguida da respectiva bibliografia que me escuso aqui detalhar) criada por mim para inserção na Wikipédia. O conteúdo foi considerado sem "interesse enciclopédico" e aconselharam-me a tentar de novo seis meses mais tarde, mas sem referencias à Nobiliarquia sendo Portugal uma república. Parece-me extraordinário como o preconceito político mais básico ainda se impõe tão impunemente na escrita da História. Para que conste, aqui se encontra o registo da correspondência trocada com um editor Relações Públicas da Wikipédia.
Ironicamente existe referência a Luiz de Lancastre e Távora nesta enciclopédia, no âmbito da genealogia, ou seja, sem qualquer suposto “mérito” que o justifique. Daqui a uns meses, conforme permite o regulamento, tentarei de novo editar o texto, na expectativa de que prevaleça então alguma sobriedade e justiça dos Srs. editores.

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sexta-feira, fevereiro 01, 2008

«Sou consultor de comunicação, não têm de acreditar em tudo o que digo»*


«Sejamos sérios», como costuma repetir Pacheco Pereira. De como lidar com os lobbies falou-se pouco ou nada e a maior parte das mais de 30 perguntas colocadas pelo público ficaram por responder. Essa foi também a opinião de Pedro Passos Coelho, presente na assistência. No entanto, nem por isso o debate de ontem na Lusíada foi morno ou despojado de farpas incendiárias.
Paixão Martins teve direito à primeira palavra e aproveitou-a bem, para situar-se no ringue como alguém que «está num debate e não num combate». «Eu se pudesse multiplicava os Pachecos Pereiras», disse, «enquanto Pacheco Pereira se pudesse exterminava as empresas de comunicação». Logo de seguida, saiu-se com o soundbyte que JPP, minutos mais tarde, acusaria como exemplo das frases que «ganham pernas e um efeito viral»: «Pacheco Pereira tem má pontaria e o medo de falhar leva-o a disparar rajadas de metralhadora».
Para além do soundbyte, LPM levava uma agenda e cumpriu-a: Clarificar a sua posição face à resposta da AR e acusá-la de não ter tido um comportamento correcto na forma como comunicou a recusa de acreditação dos consultores ao Parlamento. E atacar António Cunha Vaz, dando azo a picardias como esta:
LPM: «Faça-me o favor de não confundir consultores de comunicação com o Cunha Vaz, ou tudo o que diz está certo».
JPP: «Eu sei que os dois partilham o mercado».
LPM: «Por favor. Não ofenda o mercado».
José Pacheco Pereira levava também a sua agenda, com argumentos idênticos àqueles que tem reiterado publicamente. Para JPP, que afirmou nada ter contra a representação de grupos de interesse desde que de forma transparente, «há uma degradação dos mecanismos formais de decisão dos partidos», os quais estarão a substituir o Ethos (que associou a «virtude»), dificilmente comunicável, ao Pathos que faz depender a substância da forma. Dito de maneira mais simplificada, «a subordinação da política ao acto de a comunicar».
JPP defendeu ainda a profissionalização da Comissão de Ética num Parlamento que deveria centrar-se menos na produção de legislação e mais na supervisão dos actos legislativos do Governo, dando exemplos «reprováveis eticamente» como o de António Vitorino, Pina Moura e, sem citar o seu nome mas de uma forma que foi claramente entendida, Jorge Neto.
Para LPM, enquanto ele mesmo vê à sua volta o mundo como caos, JPP insiste em vê-lo de acordo com uma ordem inexistente. «Não são Pinto Balsemão ou Belmiro que dominam os media. É o Comendador Berardo e a lógica de entretenimento».
Já para JPP, «A maioria das decisões ninguém sabe quem as toma». «Nós não sabemos como é feito o tráfico de influências e corrupção».

Uma frase de LPM: «A transparência está para os consultores de comunicação como a objectividade para os jornalistas».
E outra frase de JPP: «Temos um Estado muito sobreposto à actividade empresarial. O que é muito pouco saudável».
*Título roubado a Paixão Martins mas adequado para o autor deste post.

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quarta-feira, janeiro 16, 2008

Angola é deles

Pode parecer estranho, para alguns, que Santos Ferreira tenha recolhido um apoio tão expressivo dos principais accionistas apesar de, ao contrário de Miguel Cadilhe, não ter apresentado o seu plano estratégico para o crescimento do banco. No entanto, eles sabem bem para onde vão. E as palavras eram desnecessárias para quem lá está dentro.
Enquanto a estratégia da equipa liderada por Cadilhe assentava essencialmente no reforço da componente comercial do banco numa lógica de Nova Rede, a aposta chave da equipa vencedora é Angola. Território onde os responsáveis socialistas têm, neste momento, excelentes relações com o poder económico (E político. Como sabemos, neste caso vai dar ao mesmo).
Angola sempre foi a carta mais importante no baralho desde o lançamento da OPA por Paulo Teixeira Pinto. É esse o principal mercado alvo para a expansão do nosso sistema financeiro. E é dele que depende, também, o sucesso do plano de negócios do BPI. Se as perspectivas de crescimento em Angola falharem, as promessas feitas por Fernando Ulrich de criação de valor para os seus accionistas, que serviram de arma na defesa contra a OPA, caem por terra.
Para o BCP, a Sonangol é um parceiro determinante. A entrada de Manuel Vicente na Assembleia Geral do Millenniumbcp e o peso da carteira de acções da petrolífera são importantes, mas não reflectem a verdadeira dimensão do que se vai seguir. Começou uma guerra sem quartel entre os dois bancos em África. Guerra essa que as negociações para uma fusão procuraram evitar, conseguindo apenas adiar.

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sexta-feira, janeiro 11, 2008

Isto nem sequer rima, seus gilipollas!

¡Viva España!
Cantemos todos juntos
con distinta voz
y un solo corazón.

¡Viva España!
Desde los verdes valles
al inmenso mar,
un himno de hermandad.

Ama a la Patria
pues sabe abrazar,
bajo su cielo azul,
pueblos de libertad.

Gloria a los hijos
que a la Historia dan
justicia y grandeza
democracia y paz.

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quarta-feira, janeiro 09, 2008

Isto ainda vai lá de moeda ao ar

«LNEC viabiliza aeroporto na Ota...e em Alcochete».

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segunda-feira, janeiro 07, 2008

Emoções básicas


Como sportinguista possuo uma já longa experiência - em determinadas ocasiões literalmente leonina - de frustração. Como seria de esperar, esse traquejo, diga-se penosamente adquirido, proporciona-me hoje uns bons anticorpos que me tornam quase insensível ao aborrecido assunto. Claro que depois também convém fazer como a avestruz e evitar os noticiários desportivos e demais referências ao tema. Pelo menos até a uma próxima boa e sólida notícia.
No entanto, na comunicação social de hoje é quase impossível evitar a imagem de Katsouranis e Luisão à pêra em pleno relvado, o que me proporciona um leve sentimento de consolação. Isso também explica porque não tenho que aturar os lampiões a xingarem-me a paciência nesta cinzenta Segunda-feira.

E já agora, carago, digam-me lá vocês os portistas: tem alguma piada chegarem ao meio do campeonato com a "taça" no bucho? Não, pois não?
Uma seca.

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quarta-feira, janeiro 02, 2008

Caro João Miranda

Percebo que tenha sido fácil ceder à tentação de escrever isto. Mas convinha ter esperado pela inevitável publicação do desmentido referido nesta notícia aqui.

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segunda-feira, dezembro 17, 2007

Mais uma razão para manter a Portela

O aeroporto de Lisboa vai ser o único com zonas para fumadores.

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Um argumento e peras


«Vou deixar de ser cliente desta casa» (...) «Os fumadores têm direito a matar-se».
Carlos, até agora frequentador do Galeto, ao Público. (Nota aos anónimos: Não, a senhora da fotografia não é o Carlos).

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sexta-feira, dezembro 14, 2007

Grande portuguesa

Irene Flunser Pimentel fez o seu Doutoramento sobre a PIDE-DGS. Lançou num curto espaço de tempo dois livros sobre o período do Estado Novo: «A História da Pide» e «Mocidade Portuguesa Feminina». Antes já tinha visto ser-lhe atribuído o prémio Adérito Sedas Nunes de Ciências Sociais pela obra «Judeus em Portugal durante a II Guerra Mundial». Foi ainda co-autora do livro «As Vítimas de Salazar». Hoje ganhou o Prémio Pessoa. Embrulha, João.
Adenda: «A gente quando começa a ler estas coisas da História depois tem dificuldade em ler ficção, sabe?». Irene F. Pimentel, há pouco na televisão.

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Não meter foice em seara alheia

«De que lado é que nós, os bons, nos devemos colocar se alguém nos interpelar»? Pergunta e muito bem a nossa Cristina lá mais abaixo. Eu diria, querida Cristina, que devemos colocar-nos no nosso lado, ou seja, o de quem não tem nada a ver com aquilo. Para mim, tem o mesmo interesse que assistir a um jogo de cricket. Hipnotiza-me ver a bola ser atirada de um lado para o outro por gajos vestidos de branco e pullovers giros, mas não percebo as regras do jogo e por isso não entendo pevide e bato palmas nas alturas erradas. Eles são a música clássica e nós somos o jazz, acho eu. Por isso é deixá-los e que se entendam.

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sexta-feira, dezembro 07, 2007

Assim não

É com profunda tristeza que assisto aqui no Corta-Fitas ao extremar de uma batalha intestina que promete criar profundas clivagens no seio (seio?) de uma família até agora tão unida. Enquanto em blogues de referência como o da Atlântico as questões fracturantes são tão sérias quanto a Direita, a Esquerda, o racismo e os tomates (tomates?), aqui é o poder de colocar homens com mamilos à mostra que está em causa e em debate. Não é, há que admiti-lo, prestigiante.
Em jeito de contributo para a pacificação das hostes e antes que o Conselho de Curadores tome alguma medida mais drástica, relembro às senhoras que nas revistas femininas onde mandam mulheres e que são compradas por mulheres as capas são sempre, mas sempre, mulheres. E porquê? Hem? Porque vós não comprais revistas com gajos de peitorais ao léu. Preferis ver outras mulheres assim lindas e estupendaças, normalmente balzaquianas. Tendes bom gosto, vós as mulheres. E não estou a acusar-vos de tendências sáficas colectivas, antes de uma saudável auto-estima de género. Decorre deste raciocínio que também não apreciarão vós mesmas visitar blogues com operários ostentando potentes bíceps estilo hora Coca-Cola Light. Numa frase só: Assim não vão lá. Dito de outra forma: Assim dão a este blogue um ambiente pior do que o de uma residência Erasmus, ainda por cima num dia como a sexta-feira sempre tão luminoso, na sua tranquilidade e paz. Meditai.

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quinta-feira, dezembro 06, 2007

«Santa Zita era così venerata in Toscana»

Ah, pois. Só faltava mais esta.

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Deslumbramentos

No 31 da Armada passaram-se. Quero acreditar que foi qualquer bebida marada no Snob que os pôs assim. Até o Henrique Burnay se diz «excitado» com a entrevista de Zita Seabra que já nos obrigaram a ver duas vezes. Parece-me que alguma estimável gente de direita está a esticar-se mais do que era suposto neste affair amoroso. Tudo por causa das críticas ao PCP? Pela sua leitura do 25 de Novembro? Ó meus amigos! Há muitos e muitas que sempre as fizeram e certamente estarão disponíveis para responder a algumas perguntinhas. À esquerda, inclusive.

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terça-feira, dezembro 04, 2007

Estou (nitidamente) a passar-me


Os Scorpions aterraram hoje para mais dois concertos. Há poucas situações em que encare como legítimo o recurso à força armada em jeito de retaliação. Mas o meu dedo do gatilho começa em convulsões só de imaginar que alguém me obrigava a ouvir «Still Loving You» mais uma vez que fosse. Ao que parece, o título aplica-se. Os Scorpions amam Portugal, único país que os ouve até ao fim dos alinhamentos sem atirar-lhes garrafas e outros objectos contundentes. E Portugal, um qualquer estrambótico Portugal, ama-os e recebe-os para concertos atrás de concertos invariavelmente iguais do género «novo disco e toca o mesmo». Que Portugal é esse? Por que não estão todos os que o integram internados em clínicas para curas compulsivas? Como é que não foram ainda os seus filhos entregues à guarda do Estado? O que faz o Governo? Onde anda a oposição quando precisamos dela? Porque se reformou o Chefe Catita? «Ô ô ô ô, Still lovin…» Crack, bang bang, tumfa, tumfa, rátátátá…Ufa!

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segunda-feira, dezembro 03, 2007

O Governo em crise ambiental

Nunes Correia, que conseguiu a proeza histórica de ser o único ministro-sombra dentro de um Governo em exercício, acabou por aparecer publicamente numa entrevista que acabou por resumir-se, em termos de impacto público, a uma declaração tão optimista quanto descolada da realidade: A de que a decisão da localização do aeroporto será, em última análise, sua e do ministério que tutela. Quando o ouvi e li, pensei que a invisibilidade de Nunes Correia, pelos vistos, passaria também pelos Conselhos de Ministros. Caso contrário, saberia o que todos os outros já sabem: Que a última palavra nesta decisão, como aliás em todas as outras, será do Primeiro-Ministro, pouco amigo destas desautorizações na cadeia de comando. Este Sábado, o ministro do Ambiente voltou a ser dado como remodelável no SOL. Não é de espantar. E ao lado de Mário Lino o qual, mais cauteloso, já veio dizer que: «A decisão é do Governo no seu conjunto».

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sábado, dezembro 01, 2007

Eu é que não posso falar do 1º de Dezembro


Afinal de contas, sou Villalobos. E Filipe.

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